Que Chegue Até Você. escrita por L-chan_C-chan


Capítulo 6
Parte VI - O Festival.


Notas iniciais do capítulo

YO MINNA!!
SURPRISE!!! :D
Eu disse que ia postar no próximo domingo e cá estou eu para postar nesse último feriado de estudantes e professores, tudo porque vocês me enviaram muuuuitos reviews fofinhos pedindo a continuação! sz
Eu teria postado ontem, mas feliz ou infelizmente comecei a ler o mangá de Code:Breaker e não consegui parar o FDS inteiro! Eu li até às 6 sábado e fiz o mesmo domingo!
Alguém aí tá viu os primeiros episódios do anime? A história é simplesmente perfeita!!! *O*
Eu indico muito o mangá! ;*
Ah! Também não posso deixar de comentar a nova temporada de SAO... Alguém aí tem que ver! Se não verem... Vão assistir agora! SAO é simplesmente a perfeição personificada em anime! *-*
Agora, espero que curtam esse capítulo. :3



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PARTE VI – O Festival.


As semanas depois do tão esperado encontro passaram muito rápidas. Depois daquele dia – e de um longo interrogatório feito por Neji, que no fim se conteve com a explicação de que ela havia ido a um parque com Sakura porque a Haruno tinha ingressos – os preparativos para o festival tomaram tanto a mente, quanto a energia dos nossos queridos protagonistas.

Hinata e Naruto não conversaram na primeira semana, embora tenham trocados olhares para uma vida. Por sorte, Sasuke estava cansado demais com os deveres de representante, então não notou muita coisa além das suas funções, mas Sakura havia percebido.

Ainda assim, preferiu não pressionar a amiga a contar. Já tinha notado que Hinata era nova no assunto ‘relacionamento’ – e quem não havia? – e que se meter demais só poderia complicar ainda mais as coisas para Naruto. A única coisa que pôde pensar em fazer para ajudá-los a se aproximar naquela horrível semana para todos os estudantes foi escalar Naruto como o Provador Oficial, o que os fez passar maior parte dos intervalos e aulas culinária juntos.

A partir de então, os dias para o festival passaram como num piscar de olhos! Talvez fosse o cansaço de todos, ou a ansiedade bombardeando os corações jovens.

O final de semana enfim havia chegado e segunda daria início ao festival. Sasuke dispensou todos no fim de sábado, porque tudo parecia exatamente do jeito que ele havia planejado: duas salas reservadas, sendo uma para a cozinha, e outra para o café. As mesas escolares da segunda foram trocadas por poucas outras de madeira, que foram cuidadosamente produzidas por alguns alunos ao lado do professor Yamato, e sobre estas, arranjos feitos por Ino e Sakura. Havia mais de um relógio na parede, relógios antigos que Sasuke conseguira sorrateiramente ao pegar no porão da casa – embora ainda não tivesse entendido o motivo de tantos relógios antigos escondidos no porão -, e onde não tinha relógio, tinha quadro. Quadros com fotos da cidade, e da própria escola, fotos que pertenciam à família Uzumaki, uma das fundadoras de Konoha. As janelas estavam cobertas por finas cortinas de chiffon brancas, e os tecidos comprados no domingo em que Sakura se declarou estavam sobre o balcão, que tinha apenas dois arranjos para dar espaço aos doces. – Eu nem acredito que conseguimos. – Sakura disse num suspiro cansado. – Finalmente vou poder dormir! – E levantou os braços aos céus enquanto falava.

– Do que está reclamando? Eu ainda tenho que fazer isso e cuidar das lições do seu amigo idiota. – Sasuke murmurou enquanto analisava uma das fotos da escola. – Me lembre de colocar os preços no quadro negro. – Ela anotou assim que ouviu o pedido. – E certifique-se de que a Hinata trará as vasilhas de vidro, e avise a Ino para não se esquecer dos vestidos. – Sakura concordava com acenos enquanto escrevia cada palavra.

– Mais alguma coisa?

– Pergunte pra Sakura se ela quer dançar comigo. – Ela até começou a anotar o recado, mas parou após escrever o próprio nome. Os olhos esverdeados se ergueram na direção do Uchiha, que ainda olhava para a mesma foto.

–Desculpe, não ouvi direito. – Ela mentiu.

– Você sabe. A dança da fogueira... – Ela sentiu o coração acelerar. – Assim vai ficar mais fácil de dispensar aquelas perseguidoras doidas. – O comentário infeliz conseguiu fechar a expressão de iluminada do rosto da Haruno.

Ela se aproximou do Uchiha com um sorriso irritado, ele ainda olhava na direção dos quadros, então a moça fez questão de puxar aquelas mãos pálidas e tão maiores que as suas e colocar a caderneta em que anotara tudo sobre elas. – Sinto muito. – Ela começou, sem tirar o sorriso irritado do rosto. – Mas amanhã vou estar muito ocupada. Então, você deveria fazer essas coisas. – E antes que ele tivesse tempo de retrucar, se afastou.

– S- Sakura! – Ele exclamou fazendo-a parar na porta.

– Ah, sobre a dança... – Os olhos verdes profundos o fitaram de soslaio, mas para a surpresa do Uchiha, pela primeira vez desde que a conhecera, ela lhe deu um dos olhares mortais que aterrorizavam tanto Naruto. – Eu vou pensar. – Terminou e saiu, não sem antes bater a porta da sala.

Sasuke suspirou, olhou para a lista e praguejou baixinho um “irritante” dedicado à vice-representante rosada.


No primeiro dia do festival, todos estavam cedo na escola. Precisavam terminar os preparativos, se vestir e tomar as últimas decisões.

Quando todas as garotas estavam com seus uniformes, e os garotos com os seus, eles se juntaram em volta de uma das mesas de madeira. – Hinata vai cozinhar agora. – Sasuke disse enquanto lia um cronograma que demorara o domingo inteiro para terminar. – Eu e Sakura vamos lá fora, chamar clientes.

– Sobre isso... – Foi Sakura quem o interrompeu. – Eu acho que duas maids fariam mais sucesso. Então eu indico a Ino para vir comigo. – Duas veias pulsaram na testa do Uchiha, e ele deu um sorriso irritado para a rosada, que retribuiu igualmente.

– Está dizendo que meu cronograma perfeito está errado?

– Só estou dizendo que pessoas como Sasuke-kun não entendem os sentimentos de pessoas normais. – Concluiu desafiadora, sem tirar o sorriso do rosto.

– Eu concordo com a Sakura. – Ino se sentou ao lado da rival. – As garotas se atraem com coisas fofas, e nós estamos fofas, não é verdade meninos? – E piscou para a metade masculina, que sem exceção corou. A Haruno deu um suspiro cansativo.

– Então, se estão todos de acordo, eu e Ino vamos chamar os clientes. Sasuke-kun vai ficar melhor no caixa, já que é o segundo melhor em contas. – E com um último olhar penetrante na direção dos olhos ônix, saiu da sala, sendo acompanhada pela loira.

Sasuke levou dois minutos inteiros – o que para ele era muito tempo – para que pudesse se recompor, e então prosseguiu: - A equipe que Chouji escolheu vai ajudar a Hinata na cozinha, e o resto vai ficar aqui atendendo clientes. Enquanto não tem ninguém, vamos organizar o que falta. – Todos concordaram e seguiram rumo às suas funções.

A equipe que Chouji Akimichi escolhera para Hinata fora surpreendentemente seletiva, formada por apenas quatro pessoas além dela própria: Uma garota chamada Matsuri, que era quase tão quieta quanto Hinata; Shikamaru – que provavelmente só estava ali porque não queria trabalhar, e como melhor amigo de Chouji tinha um tratamento VIP -, o próprio Chouji e Kiba, que era surpreendentemente astuto na cozinha.

Quando os três – porque Shikamaru definitivamente havia sido excluído – começaram a trabalhar, foi tudo como um sonho para a jovem Hyuuga. Todos conversavam de maneira animada, se ajudavam, davam dicas do que fazer com certo petisco, que detalhes adicionar aos cupcakes, que desenhos poderiam fazer nos cafés mais tarde e tudo o que se era possível imaginar.

Kiba ensinou à Hinata como fatiar as laranjas de maneira uniforme – coisa que ela quase nunca conseguia – e ficou feliz pelos milhares de agradecimentos da morena; Chouji e ela até mesmo discutiram sobre quanto tempo as delícias deveriam ficar para assar, e a morena não desistiu até que o gorducho aceitasse que cinco minutos eram suficientes para os petit-gateau ficassem sólidos e com um recheio atraente.

E quando menos esperavam a manhã que deveria ser tão tranquila se transformou numa correria danada!

Os clientes, curiosos demais com o fato de um Uchiha estar vestido de mordomo, conseguiram lotar o café antes mesmo do horário de pico! E não era para menos, mesmo Itachi e Mikoto visitaram Sasuke e nenhum dos dois conseguiu conter risos ao ouvir o curioso “Deseja alguma coisa Sir. Lady?”, fala que o próprio rapaz havia estipulado para si mesmo, julgando não ser tão constrangedor quanto os “mestres” que as garotas eram obrigadas a dizer aos clientes.

Claro que, diante à humilhação das piadas de Itachi, Sasuke ao menos se importou quando Naruto sugeriu que ele ajudasse na cozinha com as louças, e bufou um: “vire-se” muito conveniente para o loiro.

O lugar aonde Hinata e Chouji trabalhavam era a sala ao lado, que o representante havia interditado no mesmo dia em que decidiram o que fariam. Chegou ali com pratos e um sorriso encantador. Ele colocou-os dentro da lavadora que tinha feito questão de trazer de casa, e se aproximou da paquera. Hinata ficou constrangida, mas o sorriso não negava felicidade.

Chouji estava ocupado demais pedindo com gentileza para que Shikamaru levantasse e fizesse algo útil, Matsuri estava ocupada confeitando algum doce e Kiba tentava fingir não ver a intimidade entre o Uzumaki e a Hyuuga.

Ela ofereceu um pouco da massa da torta de laranja, e ele fez uma careta ao provar, arrancando gargalhadas da mocinha. – É ruim? – Ela quis saber.

– Não, é ótimo. Mas o gosto cítrico... É forte, não acha? – Ela concordou.

– Mas eu gosto de laranjas. – E deixou a massa cair da colher para a ponta do dedo, e provou tocando-o na língua, sem nem imaginar o impacto da cena para os rapazes que a observavam. – Hum... Você tem razão, acho que precisa de mais açúcar. – Murmurou pensativa.

– Não... Eu já disse que está ótimo... – Ele afirmou com os olhos azuis fixados aos perolados dela, que corou ao notar a intensidade do olhar.

Olhar que fora quebrado por uma tigela colocada entre os dois. – Você não veio aqui lavar a louça Naruto? – Kiba quis saber, podia-se ver uma veia pulsando em seu rosto. – Então, eu preciso que você lave essas tigelas... O lavador está cheio, então vá até a cozinha da escola sim?! – Os dois trocaram faíscas pelo olhar, faíscas que não foram notadas pela Hyuuga.

– Poderia lavar isso para mim também, Naruto-kun? – Ela perguntou meiga, apontando para algumas fôrmas.

– Claro Hina. – Ele sorriu de maneira natural e suave, e o Inuzuka fez questão de esconder aquele sorriso nojento colocando as pilha de fôrmas nos braços do outro.

– Rápido! Não temos o dia todo! – Ele comandou, e mesmo a contragosto, Naruto se retirou.


As coisas foram assim pelo resto do dia. Cansativas e estressantes. À tarde Hinata foi servir, assim como Sasuke havia comandado, e assim como o Uchiha imaginou, fez a clientela masculina lotar o lugar, clientes que a propósito, haviam sido frustrados pelos protetores da Hyuuga, que sempre se metiam em meio às cantadas.

Certa ocasião, quando Hina se aproximou de uma das mesas e perguntou qual era o desejo dos rapazes, teve como resposta “que tal um beijo? Ou talvez seu telefone?”, mas antes que ela pudesse responder de maneira educada, Naruto entrara entre os dois, batendo na mesa com uma das mãos e dissera de maneira ameaçadora: “ela não tem telefone. Mas quer um beijo dos meus punhos?”, fazendo-os se calar imediatamente. Claro que a atitude fez o loiro levar um sermão de vinte minutos de Sasuke, além de uma penitência nada agradável de ficar trabalhando em período integral, sem descanso no dia seguinte.

E assim o dia acabou. Cheio de confusões, alegrias e muitas memórias para todos.


No dia seguinte, Hinata preferiu trabalhar com roupas casuais, alegando à Sasuke que se sentiria mais a vontade para cozinhar, e garantindo que vestiria o uniforme em seu turno.

Cansado demais para qualquer discussão, o Uchiha concordou, desde que ela cumprisse o combinado sem tentar fugir dos clientes.

Sakura até tentou fazer com que Ino mais uma vez a acompanhasse no anuncio, mas Sasuke jamais permitiria, não depois de todos os problemas que teve no dia anterior, então todos foram aos seus postos originais, decididos no cronograma do representante.

A manhã da rosada foi realmente chata. Assim como na véspera, ela rira e sorrira para os clientes em potencial, explicara os cardápios, apresentava fotos dos serventes e elogiava os cozinheiros, fazendo de tudo para parecer minimamente charmosa.

Diferente dela, Sasuke parecia muito mais confortável ali do que dentro do café em si. Ele abordava qualquer garota bonitinha que passasse ali por perto com um bordão irresistível: “A senhorita gostaria de ser servida por mim? A 2-A está promovendo um café com um delicioso cardápio, e a moça terá uma recepção digna de princesa” e depois de uma piscadela muito cafajeste, terminava com um “Eu garanto” de tirar o fôlego.

Claro que ela, que fora desde sempre apaixonada pelo moreno sabia que aquilo não passava de teatrinho para conseguir clientes, mas isso não facilitava em nada. Ele reclamava tanto de perseguidoras... Mas gostava mesmo de criá-las, não é?

Estava sentada numa das cadeiras disponibilizadas pela escola para os visitantes olhando seu querido primeiro amor se derretendo para cima de uma garota qualquer, com os olhos verdes fixos no rosto pálido sem vergonha quando sentiu um olhar provocante daqueles orbes de ônix vindo em sua direção, o que a fez concluir que ele só podia estar fazendo aquilo de sacanagem. Ela pôde ter certeza quando ele, muito educado, puxou a mão de uma das desconhecidas e a beijou, mas com os olhos fitando os de Sakura, e aquilo foi a gota d’água.

A Haruno se levantou com mais energia do que nunca, e abordou o primeiro alvo: um rapaz alto, ruivo e de olhos castanhos que era bem comestível. – Kya, mestre! – Ela começou com a voz manhosa. – Poderia, por favor, tomar só um cafezinho na sala 2-D? – Os lábios róseos formaram um beicinho pidão. – Lá tem tantas maids... – E colocou o indicador no nariz do estranho. – O mestre vai gostar. – Concluiu com um sorriso brincalhão. O pobre rapaz ruivo, sem entender nada, apenas pôde concordar; pegou um panfleto e andou atordoado na direção da escola. O representante deu passos firmes e largos na direção de sua vice.

– O que acha que está fazendo?! – Ele tinha veias pulsando na testa. Sak deu os ombros.

– Eu estava arrumando clientes, assim como você. – Disse com a maior naturalidade do mundo. Os olhos negros estavam possessos, pareciam a ponto de trincar de raiva.

– Isso tudo porque eu te pedi pra dançar? Ou porque eu te rejeitei? – Ela paralisou. Mal se lembrava da rejeição àquela altura do campeonato. Ou melhor, até se lembrava... Mas julgava ter sido cancelada depois do primeiro encontro.

– Pois é... – A voz dela estava trêmula. – Você me rejeita, me chama pra sair e depois me chama para dançar. O que eu deveria pensar sobre isso?!

– Do que está falando? Uma coisa não tem nada a ver com a outra! – Sasuke então notou que as vozes estavam altas, e que metade da cidade estava presenciando sua briga quando decidiu puxar a colega para um canto reservado.

A Haruno entendeu, e foi de bom grado, esperando pacificamente enquanto ele enviava um e-mail para que Ino e Kiba ficassem no lugar deles. Quando os olhos de pedra voltaram a fitar os esverdeados, ainda estavam tensos. – Como assim, não tem nada ver?

– Eu só... Só fiz aquilo pra acabar com aquele clima estranho entre a gente, sabe? Nós crescemos juntos, somos amigos desde sempre... Não quero nada de estranho na nossa relação. – Sakura sentiu os olhos queimarem, e se esforçou muito para não chorar.

– Mais estranho do que já está sendo? – Percebeu que estava rouca. – Sinceramente, Sasuke Uchiha... Você tem que se decidir de uma vez o que eu sou pra você. – Ele deu um suspiro pesado.

– Já disse... Nós somos amigos.

– Se somos tão amigos, porque ficou tão irritado quando Naruto apareceu naquele parque? – O corpo do rapaz enrijeceu. E diante o silêncio, ela prosseguiu. – Francamente, Sasuke-kun... Você não percebe o que faz não é? – E desviou o olhar. – Você não pode chamar uma garota que se declarou a você para um passeio no parque, muito menos para a dança na fogueira... Talvez não faça isso por maldade, mas... Pare. – Ele a olhou de soslaio. – Machuca muito. – Sussurrou, mas não teve resposta. E vendo que não teria uma tão cedo, se retirou, decidindo se esconder no banheiro do segundo andar e chorar feito uma criança de colo, deixando o Uchiha sozinho.

Inicialmente, Sasuke estava chocado demais para qualquer reação. Ele não conseguiu responder a ela... Encostou a cabeça na parede e fechou os olhos, imaginando o que deveria fazer dali para frente, e socou a parede mais de três vezes ao perceber o quão cruel tinha sido com a única garota que realmente se importava.


Já estava na hora da troca de turno, e logo Hinata apareceria com o belo traje de servente, para a alegria do loiro Uzumaki.

Matsuri já estava servindo a mesa, Shikamaru estava dormindo escondido no terraço do colégio, Kiba estava ocupado lá fora e Chouji entretido conversando com o pai. Então, em sua primeira brecha, Naruto entrou na cozinha com uma desculpa qualquer sem que ninguém percebesse suas intenções.

Ela estava lá, sozinha. Já estava vestida, e terminava de comer os bolinhos de arroz que havia trazido para o almoço, sentada num cantinho escondido. Constrangeu-se ao ver o rapaz ali, mas não pôde deixar de sorrir para ele, como sempre fazia.

Naruto deixou os dois pratos que havia pegado como desculpa na lavadeira, e se aproximou dela com uma expressão calorosa. – O que faz aí escondida? – Ele fez uma voz desconfiada, e ela se apressou em oferecer o que comia. Ele acenou negativamente, mas Hina não teve coragem de comer diante das brilhantes safiras azuis que analisavam cada poro de seu rosto.

– A- Algum problema? – Sentia seu corpo tremer e seu rosto borbulhar, e o loiro riu ao perceber o nervosismo na voz da moça. Percebendo, ela tornou a comer timidamente, com um rosto contrariado, e enrubesceu ao vê-lo segurar o riso mais uma vez. – O- O que foi Naruto-kun?! – Quis saber irritada.

– Seu rosto. – Ele explicou entre risos. – Está sujo. – Imediatamente, Hina ergueu a mão para se limpar, mas foi impedida pelo Uzumaki, que a segurou pelo pulso.

O coração palpitou, e tamborilou ao notar aqueles orbes marotos e sorriso travesso estampados no rosto do garoto. Naruto não disse nada, apenas se deliciou com a expressão tensa e tímida de sua princesa, e após se contentar, aproximou o rosto do dela e mordeu os grãos presos no canto inferior direito, apenas um dedo abaixo de seus lábios.

Ele foi demorado e extremamente sedutor, acabando com qualquer reação da menina, que olhou abismada para o rosto corajoso – que não tinha nenhum vestígio de timidez – como se ele tivesse acabado de violá-la – embora ela não parecesse incomodada, apenas surpresa.

Os lábios se abriram para falar, mas ela não conseguiu pensar em nada útil naquele momento. O rapaz riu, se encantando com as maçãs do rosto dela mais avermelhadas do que nunca. – Desculpe. – Ele pediu, embora não se arrependesse. Ela não conseguiu formular uma resposta, porque tanto sua mente quanto seu coração estava a mil. Ele ajeitou a tiara de renda com tranquilidade, se levantou e ergueu a mão para ajudá-la a fazer o mesmo, e mesmo que estivesse chocada, ela o fez.

Passaram algum tempo em silêncio e quando Naruto percebeu que já era demais, coçou a nuca e desviou os olhos para o teto. – Nós temos que voltar ao trabalho... – Ela concordou atordoada. – Você pode atender apenas as mesas de casal, assim não vai precisar passar pelo que passou antes. – A tranquilizou com um sorriso confiante, e ela mais uma vez assentiu. – Hina... – Os olhos dela ainda estavam presos ao rosto dele, levemente esbugalhados. – Pode parar de me olhar como se eu tivesse acabado de levantar sua saia? – Pediu com constrangimento, e ela enrubesceu mais uma vez.

– M- Mil perdões! – Desviou os olhos perolados para o chão. – Eu não tive a intenção...!

– Quer dançar comigo? – Foi ainda mais repentino que os convites para sair. Ela tornou os olhos aos dele, surpresa, mas ele tinha uma expressão confiante. – Você não deve saber, porque estudava em casa, mas geralmente os alunos se juntam em volta de uma fogueira após o festival cultural. Aí nós dançamos. Quer dançar comigo amanhã? – Ela concordou lentamente, acenando com a cabeça. Naruto riu, e afagou os cabelos azulados como se Hinata fosse uma criança. – Yosh! – Exclamou baixinho antes de puxá-la pela mão e guiá-la para atender os clientes.



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Notas finais do capítulo

Então pessoal, curtiram? *-*
Fugaku-sama é um colecionador de relógios. Que... Nada a ver, né não? q Mesmo assim, coloquei. Porque afinal de contas... Era madrugada enquanto eu escrevia o capítulo. E quando betei não vi necessidade em tirar. q
O próximo vai ser postado domino, se Kami quiser! òóv
Torçam para a sua escritora conseguir terminar os scans americanos de Code:Breaker pra eu não travar! XD
Espero reviews, seus lindos! Me animem como fizeram nesse curto final de semana! sz *-*