Que Chegue Até Você. escrita por L-chan_C-chan


Capítulo 5
Parte V - De novo?!


Notas iniciais do capítulo

E segue o capítulo mais açucarado da fic até agora! *-*/
Eu revisei três vezes, e realmente me encantei com o resultado... *Q*
Pelos meus conhecimentos do português, está tudo certinho! Espero que eu esteja certa, mas perdoem-me se tiver algum erro.
Se mais... Derretam-se. *Q*



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PARTE V – De Novo?!


Ainda faltavam duas semanas até o festival cultural. Graças aos preparativos, o encontro de Naruto e Hinata fora adiado mais de uma vez, mas ele estava decidido a ignorar qualquer ordem de Sasuke essa semana, e tinha feito a Hyuuga prometer que também o faria.

Era uma sexta-feira ensolarada, mas a sala estava tranquila com os preparativos. Assim como o perspicaz Sasuke havia imaginado, Chouji foi muito seletivo na escolha do cardápio; ele não quis que ninguém, além do preguiçoso Shikamaru – que a propósito era seu melhor amigo desde a infância – o ajudasse nas escolhas. Mesmo assim, ele e Hinata tiveram que dialogar algumas vezes, afinal a morena era a responsável pela cozinha e o rapaz o responsável pela escolha das comidas; surpreendentemente ambos se deram muito bem! Afinal, ela era sempre gentil e tímida, assim como ele sempre bondoso e envergonhado. As personalidades parecidas e o amor pela cozinha – embora de diferentes maneiras – fizeram com que os dois criassem uma amizade daquelas do tipo em que você só fala de uma coisa, mas que ainda assim contava como um grande avanço na socialização da Hyuuga.

Ino, melhor do que ninguém conseguiria, escolheu a decoração perfeita e conseguiu todas as peças necessárias para que o local se tornasse rústico e romântico, do jeito que um bom café deve ser! O grupo que ela liderava sofreu muito com as ordens e pedidos impossíveis, mas os resultados eram tão gratificantes – por exemplo, uma mesa que eles mesmos fizeram, com a ajuda do professor Yamato, que sabia muito sobre carpintaria – que os animavam a continuar trabalhando ao lado dela sem pedir ajuda ao representante.

As fantasias foram aceitas de bom grado e as garotas dariam conta da costura do resto da turma, se inspirando nas compradas. Tudo ia bem, às mil maravilhas, mas ainda assim algo conseguia incomodar a paz de Sasuke. Não era o festival e muito menos o fato das provas serem no próximo mês, mas o simples fato de sua vice ter começado a evitá-lo depois daquele dia.

Normalmente Sakura fazia de tudo e mais um pouco para que pudesse ficar no mesmo grupo que o Uchiha, para que pudesse ajudá-lo no que poderia e conseguir ajudar a relaxá-lo, mas desta vez era diferente. Na verdade, foi tudo o oposto.

Ela fez questão de cuidar das fantasias com as garotas, fez questão de ir às compras com Ino e fez questão de ser a provadora oficial de Chouji e Hinata, mas nem chegou perto de Sasuke enquanto ele decidia que preços dar a cada item, nem na votação de quem deveria ir lá fora representar a sala e conseguir clientes e muito menos no esquema, que ele teve que fazer sozinho, decidindo quem atenderia, ou quem ajudaria na cozinha e quem descansaria durante os três dias de festival. Aquilo estava o estressando muito, principalmente porque ele sabia que mesmo afastada, aqueles orbes verdes cintilantes vez ou outra olhavam na direção dele, mostrando que a dona estava preocupada. Preocupada, mas não o bastante para ir ajudá-lo.

Antes de ir embora naquela sexta-feira, para a felicidade particular de certo loiro e certa Hyuuga, o representante pediu a todos para que descansassem naquele final de semana, até porque ele, mais do que ninguém, precisava descansar. Afinal, quem aguentaria ter que ficar com as responsabilidades pesadas além de ter que fiscalizar o trabalho de todos os outros? E ainda mais sem ajuda, já que sua mão direita estava magoada e ele simplesmente não tinha coragem de pedir a ela que não misturasse as coisas.

Quando ele chegou a casa àquela tarde, Mikoto o recebeu com o costumeiro “Seja bem vindo”, enquanto servia chá para o mais velho que milagrosamente tinha parado em casa. – Bem vindo, Sasuke. Ou deveria chamá-lo de fantasma? – Itachi era o tipo de irmão mais velho que todo o irmãozinho pequeno gostaria de ter: ele era engraçado, atencioso e popular. Mas para Sasuke, um adolescente egocêntrico e competitivo, ele era um insuportável metidinho que gostava de exibir sua influência e inteligência a tudo e todos. Ele era irritante, mas mesmo que negasse até a morte, se orgulhava de ser irmão dele.

O mais jovem suspirou com impaciência. – Eu estou cuidando dos preparativos do festival. – Se explicou. Itachi fez uma careta.

– Já tive sua idade e já estive no seu lugar, então sei o que quer dizer. – Comentou enquanto agradecia a mãe com um aceno e bebia do chá servido. Mikoto cedeu sua xícara à Sasuke e tornou para a cozinha, deixando os irmãos Uchiha a sós.

Sasuke praticamente se jogou no sofá; pegou a porcelana e sorveu o líquido de uma só vez. – Você está estressado. – Itachi observou, e ele concordou com um acenar.

– Eu preciso dormir... Preciso muito dormir. – Concluiu mais para si mesmo do que para o outro. – Estou estudando igual um condenado, e ainda tenho que preparar explicações pro Naruto idiota... Passei a semana inteira indo dormir de madrugada, porque tinha que acabar tanto os esquemas quanto os estudos. Isso está um inferno!

– A Sakura-chan não era sua vice? – Ele fechou a cara e o mais velho ergueu a sobrancelha direita. – Vocês brigaram? – Sasuke deu os ombros. O mais velho sorriu com a expressão que o outro fez; uma expressão típica de Sasuke, onde ele tentava fingir que não se importava sem perceber que, na verdade, só deixava mais claro que não conseguia parar de pensar no problema.

–... É que... Sabe, ela se declarou pra mim. – Ele tinha o rosto levemente corado enquanto revelava ao irmão.

– E qual é o problema? Você não gosta dela? – Ele pareceu pensar no que ia dizer.

– Se eu simplesmente não gostasse dela seria mais fácil... – E de repente, sentiu o tão costumeiro peteleco de Itachi em sua testa. Ele olhou irritado para o irmão, e se surpreendeu com aquele sorriso que emanava tranquilidade.

– Você sabe que nunca foi, nem nunca será obrigado nem proibido de nada... Eu farei com que isso seja possível, então simplesmente viva sua vida. – Ele estava envergonhado por dizer tudo ao irmão, pois até então apenas ele e Sakura sabiam do acontecido – ao menos era o que ele imaginava... Mas realmente se sentiu aliviado com as palavras do mais velho. Porque, no fim das contas... Itachi sempre estava certo. – Agora eu vou dormir. – Ele avisou enquanto se levantava. – Devo dormir durante a semana inteira... – Comentou enquanto afrouxava a gravata vermelha. – O pai me deu uma folga, mas só Deus sabe quando ele vai mudar de humor e me botar pra trabalhar de novo. – Sasuke riu.

– Até parece. Vá dormir Sr boa vida! – E jogou uma almofada no de cabelos longos, que não só a segurou como a levou para as escadas.

Ele estava recolocando a porcelana de Mikoto na mesa de centro quando viu o envelope branco aberto; sem pedir permissão, pegou e olhou o conteúdo, surpreendendo-se, e de súbito tendo uma ideia brilhante. – Ei! Onii-san! – Chamou, fazendo o mais velho para no meio das escadas. – Eu posso ficar com isso? – E ergueu o envelope. Itachi deu um sorriso sugestivo e, em resposta, deu os ombros, e tornou a subir as escadas.

Sasuke respirou cansado, teria que adiar o sono por mais algumas horas... Levantou-se, foi até a cozinha e avisou a mãe que voltaria mais tarde.


Sakura caminhava sozinha pelo distrito Uchiha. Acabava de voltar da casa de uma das colegas de classe, estava exercendo sua função de “vigia das costuras”, mas na verdade todos estavam tão animados e estimulados que não tinha muito que monitorar. Afinal, pessoas animadas costumam fazer um bom trabalho! Mas ela nunca, jamais diria à Sasuke que era desnecessário. Afinal, se ele se convencesse que era desnecessário, a estipularia para algum trabalho, e provavelmente algum trabalho que teriam que fazer juntos... E ela não suportaria aquilo sem chorar.

Desde aquele dia não conseguia parar de se autodenominar o ser mais estúpido do mundo! Como pôde se levar pelas palavras de Hinata? Ela era um doce, mas uma garota sem experiência nenhuma em lidar com pessoas, quem dirá com garotos! – Embora ela esteja conseguindo lidar com Naruto melhor do que eu imaginava... – Murmurou para si mesma enquanto se escondia o rosto no cachecol amarelo.

Quando parou de pensar sobre tudo aquilo, se surpreendeu com Sasuke ali, no portão do condomínio, sentado no jardim com as mãos no bolso do uniforme e olhando diretamente para ela. Ela parou por um momento, corada e surpresa, mas depois que caiu em si, tornou a andar.

Ouviu-o suspirar e levantar, e se assustou quando ele segurou seu braço, fazendo-a parar. – Até quando vai continuar com isso? – Ele quis saber.

–... O quê? – Ela fingiu não saber.

– Você está me evitando desde aquele dia, quero saber até quando vai fazer isso. – Ela não respondeu. Apenas continuou olhando para frente, sem coragem de olhá-lo nos olhos, e se surpreendeu com o envelope que ele colocou na frente de seus olhos. Ela inicialmente não entendeu, até que ele a instruiu: - Pegue. – E ela o fez.

Confusa, tirou o conteúdo de dentro – dois ingressos para um parque fora da cidade -, e fitou os olhos negros esperando uma resposta. Sasuke estava corado, mas mesmo assim tentava fitá-la sem hesitação. – Meu irmão me deu... Eu não tinha nada pra fazer, então... – Coçou a nuca. – Eu também não quero chamar o Naruto, seria deprimente e estranho dois homens num parque. Então... Quer ir comigo? – Ele desviou os olhos quando pediu.

Passaram-se dois minutos e ela ainda não tinha respondido tamanho o choque recebido. – Vai ou não?! – Ele quis saber sem paciência.

– C-Claro! – Ela quase gritou, e ele puxou o envelope de volta.

– Então esteja pronta no domingo às onze. – E depois disso, deu passos largos na direção de sua casa, deixando uma Sakura confusa e, mais do que nunca, feliz.


Hinata mal pôde dormir naquele sábado. Estava tão animada, tão ansiosa... No dia seguinte ao convite do loiro ela havia saído para comprar roupas; afinal, Hiashi poderia ser tudo, mas não era sovina. Ele sempre se certificava de que as filhas tinham tudo do bom e do melhor, então Hinata duvidava que ele fosse reclamar de gastos com roupas ou sapatos.

Ela não tinha muita certeza se seriam do gosto do Uzumaki, mas sua autoestima sempre baixa nunca a tranquilizaria sobre esse ponto.

Ela levantou às seis da manhã no sábado; fez sua ronda mesmo que nem todos os trabalhadores estivessem acordados; fez o café da manhã da irmã e até preparou petiscos para entregar a Naruto no dia seguinte. E após não ter mais o que fazer, decidiu voltar para o quarto e tentar dormir mais uma vez.

Mas, para sua surpresa e desgraça, enquanto andava pelos corredores na direção de seu quarto, topou com o primo seguindo silenciosamente para seu próprio quarto, segurando as malas da viagem.

Neji também se surpreendeu com a presença dela. Afinal, mesmo Hinata não era dada a acordar tão cedo. – O que faz acordada essa hora?! – Ele perguntou mais por surpresa do que por curiosidade. Já Hinata... Estava chocada demais para responder, ou conversar, então inventou que tinha levantado para beber um copo d’água e sem mais explicações, entrou no quarto. Deitou a cabeça sobre o travesseiro e não dormiu nem mais um minuto.


Quando Hanabi enfim acordou, ela julgou que era hora de se levantar, embora não tivesse vontade.

Ambas seguiram até a cozinha e tomaram café com Neji, que elogiou demais a comida da prima. Ele explicou que demorou a voltar porque Minato não conseguia decidir quais dos terrenos Hyuuga seria escolhido para a expansão da fábrica em questão, pois todos lhe pareciam muito agradáveis, portanto fez com que os Hyuuga explicassem cada vantagem e desvantagem de cada terreno. Ele ainda estava em duvida, mas diante a proximidade do festival, Hiashi achou melhor dispensar o sobrinho. E então, depois da explicação, seguiu descrevendo todas as maravilhas em andar de trem, e cogitando como elas deviam ter se divertido enquanto vinham de Kyoto para Konoha. Claro, ele não deve ter considerado que no dia em questão, elas estavam tão depressivas com a morte da mãe que jamais seriam capazes de prestar a atenção no cenário.

Mesmo assim, Hanabi ouviu entretida sobre as esquisitices de Tóquio, surpresa pelo primo conseguir ser tão divertido em suas descrições. Quanto a Hinata... Bem, ela poderia estar ali em corpo, mas não em alma. Não conseguia parar de tentar pensar em uma solução boa o suficiente para dobrar o primo. O dia passou, e nenhuma ideia... Nem mesmo vaga ideia do que fazer. A noite chegou e após um jantar muito agradável, pelo menos na opinião de Hanabi e Neji, todos foram para seus respectivos quartos.

A noite passou... E Hinata não dormiu direito, mais uma vez. Quando deram sete horas, uma ideia louca passou por sua mente, mas como era a única que tinha tido até agora, ela a botou em prática. Afinal, nunca, jamais deixaria Naruto plantado às oito da manhã num ponto de ônibus!

Então, às seis e meia da manhã ela começou a se aprontar. Vestiu uma camiseta azul com um corte quadrado e franzido no busto, e uma saia jeans preta de prega; colocou uma meia de lã e as botas de couro sem salto.

Colocou o sobretudo bege para se proteger do frio da manhã e o cachecol azul escuro, pois independente da época do ano, Konoha era sempre gélida de manhã e a noite; se maquiou da melhor maneira possível, tentando lembrar de todas as dicas que recebera de Sakura um dia desses no banheiro feminino. Pegou os petiscos e colocou na bolsa, e escreveu um bilhete para tranquilizar a irmã e o primo, avisando que voltaria até o anoitecer. E depois disso tudo – que conseguiu em um tempo recorde de uma hora e meia – ela saiu de casa escondida pela primeira vez na sua vida.

Esperou por Naruto até a hora marcada, e ambos ficaram felizes ao se verem, naquela manhã tão esperada.

Ele estava vestindo uma jaqueta grossa laranja, calças negras e um tênis comum. Tinha as mãos escondidas dentro dos bolsos da jaqueta.

Depois de abraços e cumprimentos, ela finalmente perguntou o que estava lhe atormentando a semana inteira: - Então, que filme nós vamos ver? – Ele balançou a cabeça.

– Isso é um segredo de estado, você acha que eu revelaria assim, sem nada em troca, os nossos planos de hoje? Está muito enganada, senhorita Hyuuga. – Ela riu da expressão dele.

– Desse jeito, talvez eu possa comprá-lo com comida. – E tirou da bolsa o bentou que havia feito com tanto carinho. Os olhos dele até brilharam, e a barriga de ambos roncou, denunciando que nenhum tinha tomado café.

Eles riram um do outro, e entraram no primeiro ônibus que apareceu. Hinata estava tão feliz que nem parou pra ver o itinerário, e se surpreendeu ao perceber que Naruto a tinha distraído com esse propósito. No fim ele não era tão bobo quanto parecia!

Eles lancharam no ônibus, mesmo com todo aquele tremelique que os últimos lugares têm o privilégio de ter, e Naruto se mostrou tão sabido que até chantagem fez para que ela pudesse alimentá-lo!

Mesmo assim, ele não contou onde iriam passar o dia.

Demorou muito até que ele levantasse, dizendo que era a hora de descerem, e assim que ambos pisaram o solo, Naruto tapou os olhos perolados com as mãos.

Hinata corou, e sentiu o coração acelerar com a aproximação dele. Ele estava atrás dela; os corpos não estavam colados, mas tão próximos que ela conseguia sentir o zíper da jaqueta em suas costas. – Vá andando. – A voz dele soou tão suave e sedutora que ela se sentiu ainda mais nervosa. Mesmo assim, obedeceu. – Continue... – Ele pediu, e ela continuou até ser avisada que podia parar.

Quando as mãos se afastaram, os olhos de Hinata brilharam diante a surpresa: era um parque! Um parque cheio de cores vivas e luzes piscando. Um parque tão enorme que ela se perguntou se poderia andar por toda aquela extensão.

A primeira coisa em que seus olhos bateram foi a roda-gigante, que era a coisa mais alta que uma garotinha crescida no lugar mais calmo de Kyoto já tinha visto. Depois, sua atenção se voltou a assustadora montanha-russa, e então, a casa mal-assombrada. – Bem, não é a Disney. – Naruto disse enquanto se colocava ao lado dela. – Mas acho que nunca veio num lugar desses, então imaginei que gostaria. – Ela olhou para ele no mesmo instante, e lhe deu o sorriso mais sincero e feliz que já conseguiu dar na vida. Suas bochechas estavam levemente rosadas, tanto de animação, surpresa e principalmente pelo fato dele estar ali.

– Obrigada. – Foi tudo o que pôde dizer. Pouco, na opinião dela, mas que fez o coração do Uzumaki pular e palpitar.

Ele deu mais um de seus sorrisos contagiantes, e guiou Hinata até a entrada do lugar.

O primeiro brinquedo que Hinata quis entrar foi o Carrossel. Desde criança sonhara em montar um daqueles cavalos falsos, mas nunca teve a oportunidade. Naruto hesitou no começo, mas vendo o brilho nos olhos dela – e também cogitando o fato do parque estar quase vazio por ainda serem onze da manhã – ele aceitou.

Ele fez questão que montassem o mesmo cavalo, e a garota estava tão animada que não pôde enxergar segundas intenções. Ela se agarrou na barra de metal como uma criança assustada, enquanto Naruto segurou apenas para que suas mãos ficassem próximas as dela.

O loiro também fez questão de tirar duas fotos do celular, uma da expressão da Hyuuga sem o consentimento da mesma e a outra, dos dois juntos. Ela com seu rosto tímido, mas vermelho de animação, e ele com um de seus sorrisos de tirar o fôlego.

Depois do Carrossel, Naruto exigiu que fossem em algo mais “adulto”, e assim eles seguiram para a montanha-russa. Naruto não gostou do jeito calmo que ela tinha em lidar com adrenalina, soltando apenas alguns gritos ao invés de agarrá-lo, então seguiram para a casa mal assombrada logo depois.

De fato, Hinata se assustou tanto que chegou a agarrá-lo mais de uma vez, mas ele estava tão assustado que não pôde aproveitar o momento.

O parque já estava enchendo quando decidiram almoçar. Mesmo diante dos protestos dela, ele pagou tudo. Depois do almoço, tornaram a atenção aos demais brinquedos e depois de filas e mais filas, finalmente só restava a romântica roda-gigante, que Naruto havia deixado por último propositalmente.

Eles entraram na fila, sorridentes, com uma conversa animada e descontraída. E só depois de muito tempo notaram que o casal à sua frente era estranhamente familiar... A garota com cabelos incomuns, rosados e o garoto com cabelos negros e espetados. – Sasuke?! – Naruto enfim percebeu, espantado, assim como o Uchiha ficou ao se virar. – O QUE FAZ AQUI?! – Ele berrou tão surpreso quanto contrariado.

– O que você faz aqui?! – O outro também questionou tão infeliz quanto o loiro.

– Sakura-san...! – A morena reverenciou a rosada, que retribuiu. E o clima continuou assim, pesado... Mesmo depois de Sasuke explicar que só estava ali porque Itachi havia lhe dado ingressos que inspiravam hoje, Naruto não podia perdoá-lo por estragar de novo o seu encontro.

Quando chegou a vez de Sasuke e Sakura, e o maldito rapaz que controlava o brinquedo perguntou se os quatro entrariam no mesmo, tanto o Uchiha quanto o Uzumaki ficaram constrangidos demais para negar, embora tanto Sakura quanto Hinata entendessem que não era a vontade de nenhum dos quatro.

E assim, a tão esperada volta na romântica roda-gigante não foi tão animadora quanto os casais esperavam.


Depois do desastroso fim de encontro, ambos os casais decidiram que seria melhor e irem embora. Eles entraram no ônibus juntos e os rapazes decidiram se sentar juntos para diminuírem as suspeitas um do outro, causando a decepção nas garotas. O ponto bom nisso tudo é que Hinata pôde finalmente fechar os olhos e dormir, mesmo com o ônibus em movimento, mesmo com os sacodes de um lado para o outro, pois ela estava tão cansada que não se importava.

Sasuke e Sakura desceram um pouco antes para ficarem mais perto do clã, e Naruto então fez questão de se sentar ao lado da até então amiga.

Ele corou quando ela se aconchegou no seu ombro, mesmo que inconsciente. Ele corou momentaneamente, e ficou a observá-la por um tempo. Notou que ela estava mais pálida que o normal, então devia realmente estar cansada... Os cabelos azulados escondiam parte do seu rosto, então ele ajeitou as mechas atrás da orelha pequena da garota, que se aconchegou de maneira que seu rosto ficasse exposto.

Aqueles lábios róseos entreabertos... Aquela expressão tranquila, angelical... E principalmente, o sussurrar do nome dele foram mais que suficientes para que ele tomasse coragem e aproximasse os lábios dos dela lentamente e selá-los num beijo doce, que fora retribuído nos sonhos da moça.



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Notas finais do capítulo

Esse foi meu presentinho de Dia das Crianças para todos vocês! *O*
Então sejam bonzinhos, e me deem reviews de presente também! sz
Esclarecimentos... Sim, esse foi o primeiro kissu NaruHina, um selinho, mas a Hinata estava dormindo, então não vai se lembrar, porque não tem consciência do acontecido. q
Se alguém leu Purikyu e notou a semelhança, não é mera coincidência. Eu achei tão perfeito que quis colocar aqui. q
Espero que tenham gostado. *-*
Se eu tiver mais de três reviews posto o próximo domingo. Se não... Só quando terminar de escrever o VII. u__u
Beijinhos da tia Cah! Bom feriadão pra everybody! :*
A capa não é da minha autoria, mas também não sei a quem pertence. :3