Que Chegue Até Você. escrita por L-chan_C-chan


Capítulo 24
Parte XXIV – Febre.


Notas iniciais do capítulo

Yo minna~!
Como vão os meus adoráveis pedacinhos de chocolate? :3
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Vou contar uma coisa pra vocês: foi MUITO DIFÍCIL fazer esse capítulo. Muito, muito complicado saber o que eu faria! @_@
Mesmo assim, não sei se ficou realista (porque não entendo muito de gravidez); eu até pesquisei, mas... Não posso ter certeza. Qualquer coisa ridiculamente falsa, espero que perdoem a minha ignorância! XD
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O capítulo foi revisado, mas como sempre vou me desculpar qualquer errinho que tenha passado despercebido. :3
Eu fiz o capítulo ontem, e só terminei às 4 da manhã. T-T Eu to meio depressiva por uns problemas muito chatos e tal, e ainda tenho um seminário pra terça-feira (seminários sempre me deixam muito nervosa)... Se não estivesse nessa situação horrível, eu provavelmente postaria dois seguidos essa semana (talvez eu ainda poste, se meu humor melhorar...).
~
Espero que gostem da leitura! Eu me esforcei muito! T-T



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Parte XXIV – Febre.

Sentado na cadeira de seu novo escritório, Naruto terminava mais um dos relatórios chatos da semana; deveria mandá-lo para o pai em Tóquio, para que esse ficasse ciente  sobre o desenvolvimento de x fábricas da região. Claro que administrar fábricas não era exatamente o que Naruto gostava de fazer, mas já era um começo. Minato o ensinara bem, desde que ele tinha idade para assimilar, como mexer em um computador para aquele tipo de coisa.

Desde que conseguira passar no vestibular da faculdade da região, o pai decidiu que ele deveria “se envolver com os negócios da família”. Claro que o loiro, com tantas coisas para pensar, vetaria a ideia de imediato, se não tivesse a certeza absoluta que isso preocuparia a irmã mais nova – já que aquela decisão possivelmente resultaria numa briga feia com Minato – então lá estava ele: de sala nova, computador novo e cadeira nova para simplesmente mandar e-mails não muito grandes sobre o desenvolvimento econômico das fábricas e lojas que pertenciam ao Grupo Uzumaki na região.

A porta se abriu de repente, tirando-o de seus devaneios, e os olhos azuis animaram-se ao ver Itachi Uchiha adentrar na saleta com uma maleta que ele podia apostar, com toda a certeza, que tinha os endereços que ele pedira tão desesperadamente há pouco mais de um mês. – Eu te chamei duas vezes, mas não respondeu. Você parecia ansioso por isso. – O moreno retirou uma folha de papel da maleta e a ergueu com um sorriso divertido. – Então achei que poderia gostar de me ver. – Naruto se levantou subitamente; cumprimentou o irmão do melhor amigo com um aperto de mão e, apressado, puxou o pedaço de papel de suas mãos. – Calma... – O de cabelos longo pediu enquanto se sentava. – Não é só isso.  – Ele puxou da bolsa um portfólio fino e preto, e entregou ao Uzumaki. 

O rapaz abriu-o hesitante, e arregalou os olhos ao dar de cara com sete páginas, frente e verso, cheia de endereços e especificações. – Mas que droga...?!

- Eles são ricos porque tem propriedades, amiguinho. Você pediu para eu fazer uma pesquisa para encontrar a senhorita Hyuuga... – Ele puxou outro portfólio, e abriu-o; deslizou o dedo pelos textos escritos como se estivesse procurando algo para confirmar o que diria a seguir. – Segundo algumas testemunhas, ela foi vista pela última vez em Kyoto, fazendo compras numa cidade perto de algumas das propriedades... Mas faz algum tempo que ninguém a viu. Ela poderia ter saído da cidade. – Os olhos negros fitaram os azuis, que analisavam cada endereço. Naruto notou que a maioria dos terrenos grandes eram alugados pelo Grupo Uzumaki.

- Ela não sai muito... Disse-me que era educada em casa antes de voltar para Konoha. – Ele murmurou baixo, como se fosse uma reflexão. Quando Itachi se levantou, ele se obrigou a dar atenção e pelo menos algum agradecimento ao Uchiha, que se aproximou e deu duas batidas amigáveis em seu ombro.

- Sabe... Eu não devia ter te ajudado nisso... Na realidade, você nem devia ter me pedido, não devia nem ter entrado nessa história... – Suspirou. – Mas eu não pude ajudar meu irmão com a garota dele, e tenho certeza que se ele estivesse aqui, de alguma maneira ia te ajudar. Então não hesite antes de me procurar, certo? – Quase constrangido, o filho de Kushina concordou. Eles apertaram as mãos um do outro cordialmente mais uma vez, antes de Itachi deixá-lo com uma última informação de que ela provavelmente estava sendo mantida na casa dos tios, em Kyoto, pois não tinha como se manter sozinha sem sair de casa se estivesse morando só na casa antiga.

Depois de ligar para a mãe e avisá-la de que viajaria até a cidade vizinha (causando um surto que durou quase uma hora), e despedir-se da irmã cheio de beijos, abraços e promessas de que traria algo fofo e divertido para ela quando voltasse, Naruto pegou uma muda de roupa e seu presente de formatura (um carro caro espalhafatoso que esbanjava juventude na cor laranja), e sem se importar com a garoa do outono, seguiu a todo vapor para a viagem que duraria, no mínimo, algumas horas até Kyoto.

~

Quanto tempo? Quanto tempo devia ter se passado, desde a última vez que ela o vira...? Hinata não sabia dizer. Só sabia que era muito tempo... Tempo demais para que ela pudesse aguentar.

Era outono... Não sabia se era o começo, meio ou fim da estação, mas o tempo era uma droga. Ela viveu a maior parte de sua vida em Kyoto, e era acostumada com o tempo chuvoso e calmo... Mas não com tanto frio, tanto vento e tanta chuva.

Os tios moravam nos confins da cidade, isso ela sabia. E também sempre soube que a geografia do lugar era alta, portanto, mais gélida, mas nunca pensou que aquilo pudesse afetá-la tanto!

Maldito frio... Estragara suas belas plantinhas, estragara suas deliciosas frutinhas e sua saúde até agora inabalável – ou quase. Sim, sua saúde. Hina estava acamada há três dias ou seriam mais? -, tratada como sinhazinha pela tia Mai e defendida pelo tio (porque Hiashi insistia que só devia ser um mal estar pelo “descuido”, e que ela devia continuar trabalhando para aprender). No fim das contas, ela receberia uma desagradável visita do pai, e uma não tão desagradável da Dra. Suzuki. 

Deitada na cama de solteiro de madeira velha, a moça foi encoberta por cobertores grandes e grossos feitos à mão e alimentada zelosamente pela senhora Hyuuga, que sempre preparava deliciosos ensopados cheios de gosto de “comida de mãe”. Estava encolhida, tentando esquecer o zunido da cabeça e a dolorida dor do abandono, enquanto praguejava mentalmente – ou talvez murmurasse baixo, ela não sabia dizer – a má sorte de sua vida. Queria tanto que, naquele momento, a mãe estivesse ali...

Estava pensando isso quando sentiu uma mão quente pousar em sua testa. Ela abriu os olhos com dificuldade, e viu um borrão alto de cabelos azulados medindo sua temperatura. – Mamãe... – Ela murmurou debilmente, erguendo a mão para tocar o braço de Suzuki, que se preocupou.

- Hinata, sou eu. A doutora Suzuki. – Ela tentou explicar, mas o sorriso da garota aumentou ainda mais, sonhador.

- Mamãe, você está tão quentinha... – E ela se aconchegou na mão delicada. – Eu senti tanto a sua falta... – A garota murmurava com dificuldade. – Sabe mamãe... Eu fiz algo ruim... Mas eu não estou triste... – Por sorte, além de Suzuki e Hina, não havia mais ninguém no quarto para ouvir. – Eu estou feliz... Estou muito feliz, já que vou ter um bebê... – Ela suspirou cansada, e acabou soltando a mão da mais velha.

Embora a jovem não pudesse sequer suspeitar, visto seu estado crítico, Suzuki estava examinando-a há quase dois dias e seu diagnóstico não era lá muito bom. A médica saiu do quarto assim que a paciente adormeceu, e seguiu até a sala de estar, onde os tios e o pai da jovem esperavam ansiosos. – Ela está mal. – Tornou a dizer com um suspiro. – Leve-a para um hospital, ou vai se arrepender.

- Bobagem. Isso tudo é porque ela está frágil. – Mesmo que falasse assim, Hiashi não tinha mais tanta certeza de suas palavras. Aquilo foi a gota d’água.

Suzuki aproximou-se em passos firmes e irritadiços, e peitou o líder do clã corajosamente. – Ela está acamada há dias, com uma febre altíssima! Pode ser só alguma virose, ou também pode ser uma pneumonia, mas eu não posso saber com você a trancando aqui, desse jeito! Precisamos de um hospital, precisamos que ela seja examinada corretamente, com as ferramentas certas, para que o tratamento seja efetivo! A gravidez torna o corpo frágil. Ela pode estar só com uma gripe agora, mas pode piorar muito se não for tratada rápido! Então deixe de ser teimoso! – Hiashi apertou os punhos.

- “A gravidez”... Essa gravidez está acabando com a vida da minha filha! – Ele exclamou alto. – Está acabando com a vida que eu planejei para ela!

- Hiashi, ela está delirando! Pode ter um pouco de piedade pela sua filha?! – Ele se calou de repente, e seu rosto ficou rígido.

-... Não, Suzuki... – Murmurou depois de um tempo. – Você pode ter piedade pela minha filha? – Os olhos dela se estreitaram, desconfiados. – Eu sei que você tem as ferramentas... Ela não vai saber, nós não vamos contar... – E olhou para irmão e a cunhada, que não se pronunciaram. Depois tornou a olhar nos olhos perolados herdados por toda a família. – Suzuki... Você pode acabar com isso. Então, por favor... – Mas ela riu, uma risada alta e desacreditada.

- Espere. – Pediu. – Deixe-me ver se entendi... Você quer que eu faça o aborto de um bebê que a pouco vai nascer, sem a permissão da mãe?

- É pro bem de todos...

- Não, Hiashi! – Ela exclamou alto, tão alto que os parentes se assustaram. – Isso só é pro seu bem, e de ninguém mais! Sabe quanto essa menina se esforçou para que você tentasse aceitar?! Sabe o quanto ela sofreu, mesmo sabendo que está sozinha, só pra ter essa criança?! E você quer enganar a sua filha assim, sem mais nem menos, e tirar a primeira coisa que ela lutou verdadeiramente para conseguir?! Está muito enganado se pensa que eu vou cooperar com algo assim!

- Otou-sama...? – Um murmúrio foi ouvido do alto das escadas; assustados, os quatro mais velhos viram a garota que cambaleante, trajando uma camisola larga branca que a tia lhe presenteara assim que a barriga crescera. – Por que estão brigando...? – Ela quis saber confusa; segurava com força o corrimão antigo. – Por que estão sempre brigando...? Isso me lembra de você e a mamãe... Eu não gosto de brigas. Eu... – Cambaleou novamente, dando três passos para trás, antes de cair ao chão.

- Hinata! – Hiashi exclamou, e correu para socorrer a filha mais velha que, por sorte, não caíra do segundo andar. Puxou-a no colo cautelosamente, e fez menção em seguir para o quarto, mas foi parado por um exclamar duro da médica.

- Pare aí agora mesmo! – Ela disse séria. – Traga ela aqui para baixo. Coloque-a no carro e vamos para um hospital. – Murmurou entre dentes, visivelmente irritada.

- Não é necessário. Você é uma ótima médica, pode cuidar dela. – Repetiu o mesmo mantra que dizia desde que chegaram.

- Então eu não vou estar aqui. – Ele a olhou de lado, e viu sua expressão decidida. – Assim você pode tomar vergonha, e levá-la para o maldito hospital. – Ela pegou a chave sobre a estante da sala de estar e saiu, sem se importar com a bolsa de roupas que deixara no quarto de hóspedes.

Hiashi precisou de alguns minutos para absorver a atitude da parenta; olhou fixamente para o rosto belo da filha que ele tanto amou; a filha por quem ele tanto zelou... Lembrava-se da ultima vez que a segurara assim, em seus braços, e lamentou-se por ela estar, pelo menos, cinco vezes mais pesada. Pensou em todo o esforço que, de fato, ela havia feito... E em como se sentiu carrasco ao mandá-la fazer tudo aquilo, ao isolá-la até mesmo da presença da própria irmã, e lamentou... Lamentava-se verdadeiramente, quando sentiu algo quente molhar suas mãos e, com desespero, notou água e sangue manchando a camisola branca da mocinha. – SUZUKI!

~

Demorou muito, mas ele enfim conseguiu alcançar... Já era tarde; nove e cinquenta e sete da noite, ele confirmou no relógio, mas não podia mais voltar atrás. Não agora, depois de quase quatro horas de viagem incansáveis... Não agora que chegara à casa que Itachi dissera ser “a mais provável.”.

Era uma residência muito mais simples que a mansão Hyuuga em Konoha... Tinha uma cerca pequena, um jardim que devia ser muito bonito na primavera e uma pintura desbotada, que parecia dar um aspecto de “casa do campo”.

Ele tornou a confirmar o numero do endereço na folha; a chuva estava forte, e ele provavelmente tomaria um banho para chegar até a porta, mas mesmo assim, ele tomou coragem: abriu a porta do carro esporte laranja, se encobriu com o paletó de trabalho e correu na direção da entrada; subiu os três degraus para a porta ansiosamente, e bateu três vezes.

Na chuva, ele esperou... Dois minutos, e nenhum ruído. Esperançoso, ele tentou mais uma vez; o sorriso de Hinata estampava sua mente... Mas ninguém o atendeu.  Tentou bater mais uma vez, e o som da chuva foi torturante. – Olá! – Ele exclamou alto para quem quer que estivesse lá dentro, mas nada além das gotas grossas e rápidas caindo ao chão foi escutado. Os lábios dela, arfantes, ecoaram na sua memória. – Por favor, abra a porta! – Ele pediu alto; a voz dela murmurando seu nome ecoou na sua mente, e quando ele se deu conta, estava batendo na porta feito um louco. – HINATA! – O paletó que o protegia da chuva já estava no chão, encharcado.

Ele se lembrou do seu toque... Dos seus beijos... Das carícias, dos murmúrios, das promessas de amor... Das risadas, das lágrimas, das feridas e dos gemidos de amor e dor. Lembrou-se de tudo: do perfume de flores campestres no cabelo azulado tão macio; da pele pálida e aveludada que ele tanto amava beijar. Quando menos esperava, viu-se chorando, sentado em frente à soleira da porta dos pais de Neji, lamentando-se amargamente por tê-la deixado ir naquele dia horrível.

Depois de muita chuva, reflexão e choro, ele se levantou. Primeiro, rodeou toda a casa, deu mais alguns gritos chamando os Hyuuga e depois de um chute irritado na porta de madeira maciça, seguiu até o carro, mesmo molhado. Puxou a papelada de endereços e foliou até a página de Kyoto. Ele definitivamente não desistiria... Se Hinata estava ali, ele ia encontrá-la!

Ele deu partida e seguiu estrada a fora... Sem sequer imaginar que aquela era a casa certa, mas a hora errada.

~

O hospital de Konoha não era muito grande, mas o atendimento era ótimo, e os médicos, de primeira linha. Com a filha sangrando em seus braços, toda molhada e melecada com o que ele julgou ser a bolsa, Hiashi não pensou duas vezes antes de enfiá-la no carro e seguir até o melhor e mais próximo hospital de Kyoto.

Suzuki de fato havia ido embora sem pensar duas vezes, e provavelmente não olharia as mensagens que avisavam que a bolsa de Hina havia rompido precocemente. Ela com certeza ficaria louca, e faria a viagem de volta sem hesitar.

Hinata já estava há horas na sala de cirurgia... Ela não tinha dilatação, e estava inconsciente, portanto o parto seria uma cesariana feita às pressas pelo doutor Kabuto e uma série de enfermeiros de sua confiança.

O pai da garota estava desolado, porque não sabia o que fazer, e se desesperou quando o médico saiu da sala de cirurgias, ainda com as vestes e informou que a paciente, embora inconsciente, estava bem.

O bebê de Hinata foi levado para o berçário; segundo o doutor, a menininha era pequena demais e tinha uma saúde frágil, e ficaria presa a uma incubadora por tempo indeterminado. A primeira roupinha tricotada acidentalmente pequena demais foi bem vinda, afinal, pois vestiu perfeitamente no bebê prematuro. Hiashi não quis conhecer  a neta, mas fez questão de se trancar no consultório do médico para “conversar” sobre coisas do interesse de ambos. – Deixe-me ver se eu entendi... O senhor quer que eu finja que a criança não aguentou? Sinto informá-lo que é um pouco mais difícil do que imagina, senhor Hyuuga. – Mesmo dizendo isso, os olhos de Kabuto pareciam estrategicamente astutos... E Hiashi entendeu aquela expressão quase de imediato. Era uma expressão de negociação.

Tirou um maço com notas grandes do bolso e jogou sobre a mesa. – Isso facilitaria senhor? – Ele questionou secamente. O de cabelos brancos puxou, abriu e contou as notas uma por uma.

- Para mim, talvez... Mas e os outros? Os que me ajudaram na equipe, a administração do hospital... É algo caro à se providenciar, senhor. – O velho Hyuuga suspirou, mas concordou.

- Eu pago o necessário; fale com seus colegas. – Kabuto riu; puxou uma papelada da gaveta e entregou ao pai de Hinata.

- Vou confiar no senhor. Aqui estão os papeis de adoção... Preencha-os como se fosse sua filha, e a menina será separada assim que sair do estado de perigo. – O moreno se apressou ao pegar a papelada e a caneta das mãos do médico corrupto, e com cuidado preencheu o formulário de adoção, tendo cautela suficiente para deixar sua letra próxima à da filha. Ele hesitou um pouco na assinatura, mas o fez, e assim que terminada a papelada, entregou ao homem.

Eles se levantaram e deram um cordial aperto de mãos, como se tivessem acabado de fazer um negócio lucrativo a ambos. – Para sua sorte, senhor Hyuuga, ontem tivemos um feto morto de uma adolescente de quinze anos; ela fugiu sem pedir o filho, então não vai sentir falta... Posso maquiar a ficha do feto, caso a senhorita Hinata queira ver o bebê morto, ou se interesse por um velório. – Hiashi concordou.

- Faça como quiser, senhor.

- Vai querer saber, caso o bebê não sobreviva à semana? – O médico questionou, e o pai de Hina assentiu.

- Caso aconteça, por favor, ligue-me imediatamente. Farei um funeral. – Ajeitando os óculos, Kabuto assentiu.

- Como queira. – Disse antes de guiá-lo até a porta.

Do corredor até a sala de espera foram os passos mais longos da vida daquele velho (ou não tão velho) Hyuuga... Ele viu o irmão sentado, esperando, mas não viu a cunhada. Hizashi levantou-se e se aproximou do mais velho; apenas por seu olhar, ele entendeu o que estava acontecendo. Se ele achava errado ou certo, Hiashi jamais saberia, pois o pai de Neji não se pronunciou.

Mai não demorou muito para retornar; estava com um sorriso radiante, feliz e quase orgulhoso. – Hiashi... Ela é tão linda... – Ela murmurava encantada. – Tão, tão linda... É como a Hinata, quando menina; uma preciosidade... Lembra muito da minha irmã, Yume. Mas Hinata sempre foi parecida com Yume... – E ela riu, quase sem compreender os olhares apagados dos gêmeos ali sentados. – Que caras são essas...? – Ela perguntou um tanto desconfiada.

- A filha de Hinata está morta. – Foi Hizashi quem respondeu, e ela levou um tempo para entender.

- Mas o bebê-... – Tentou ponderar.

- Morta. – O marido a cortou, firme e gélido, e ela enfim pôde entender. Por um segundo, olhou para o cunhado com nojo, desgosto e repulsa, mas ao invés de expressar aqueles sentimentos, preferiu despedir-se do bebê que ela sabia que nunca mais veria... E lamentou-se por Hina.

Pobre criança... Pobre mãe, pobre filha. 


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Notas finais do capítulo

E aí está! Mais tragédia... Vocês devem estar ficando irritados comigo, mas não se preocupem! O próximo capítulo vai ser meio depressivo (claro), mas vai ser O ÚLTIMO REALMENTE TRISTE DA FANFIC! PROMESSA DE DOCETE! ÒÓ
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Espero que continuem firmes e fortes. Mesmo que eu seja tão melodramática... :x
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Dúvidas? Críticas? Sugestões?!
Estou sempre disposta a ouvir os meus adoráveis bolinhos de arroz. sz
~
Até a semana que vem! :D