Que Chegue Até Você. escrita por L-chan_C-chan


Capítulo 17
Parte XVII – Passado.


Notas iniciais do capítulo

E aí gente!!! Eu vim atrasada, mas vim! XD
Na verdade, teria vindo postar uma hora mais cedo, mas estava esperando pra ver SAO.
Um dos melhores episódios, sem duvidas! sz
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Vou revisar o capítulo na hora de postar, uma revisão só.. Meu presente, a Trilogia de Cinquenta Tons de Cinza acabou de chegar, e to muito curiosa pra ler. sz q
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Bem, eu me diverti escrevendo! Espero que gostem de ler. :3



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Parte XVII – Passado.


Sakura e Karin não eram tão diferentes como gostariam que parecesse. Mas na realidade, eram as duas pessoas mais parecidas que se poderiam encontrar. Suas semelhanças eram muito maiores e mais consideráveis do que as diferenças – embora de fato tivessem algumas diferenças. Mas mesmo que fossem tão parecidas, aquelas duas nunca chegaram, e nem chegariam a ser amigas. E a única coisa que podiam culpar por isso era a cruel peça que a vida lhes pregara.

Na verdade, a paixão que ambas nutriam por Sasuke era só a ponta do Ice Berg, apenas o motivo da rivalidade, mas não o do afastamento. O fato principal que as afastava era o de que os pais de Sakura, assim como a mãe de Karin haviam morrido no mesmo acidente, anos atrás. Acidente que, a propósito, fora causado porque a mãe da ruiva estava no celular ao invés de prestar atenção no trânsito. E, assim como Sakura, Karin também estava no automóvel àquele dia.

Embora a rosada jamais tivesse culpado a falecida senhora Uzumaki pelo acontecido, elas nunca mais conversaram amigavelmente depois daquilo. Após a morte da mãe, diante o deslocamento e tristeza do pai, Karin foi abrigada por Kushina até que a situação psicológica do senhor Nagato Uzumaki se ajeitasse, e estudou ao lado de todos durante o ginásio.

Ela e o primo eram muito ligados naquela época, como dois irmãos, e ambos incentivavam um ao outro para terem coragem em seus amores platônicos. Um ano após o acidente, o filho de Kushina enfim teve coragem de se confessar para a surpresa de todos fora aceito pela órfã Haruno. Sasuke se isolou ainda mais naquele verão, e a ruiva viu ali uma oportunidade perfeita para se aproximar.

De fato, eles chegaram a ter uma aproximação considerável, e até chegaram a dormir juntos, no quarto e na cama de Naruto, a propósito, mas o fato de ouvi-lo murmurar o nome da Haruno enquanto a tocava só fez os ressentimentos por ela ser sempre o centro das atenções tornarem-se ódio puro.

Sasuke nunca mais foi o mesmo depois daquele dia. O arrependimento era tão óbvio e tão doloroso que a fez cair num mundo onde ela jamais imaginaria que estaria num dia, e o pior de tudo, é que levara o primo junto.


Sakura não havia dormido nada àquela noite, suas olheiras a denunciavam isso. Mas mesmo com sono, cansada e deprimida, ainda assim estranhou o fato daquelas duas estarem conversando de manhã. E algo que, julgando pela expressão de Hinata, era consideravelmente sério. Karin sorriu na direção da rosada, um sorriso tão maldoso que a fez sentir um tremor na espinha nada agradável. – Hinata? – Ela preferiu ignorar a expressão da ruiva, e decidiu focar sua atenção na amiga pálida. Mas mesmo que ela estivesse tão disposta a ajudar, Hina não parecia tão a ouvi-la, pois assim que o corpo da Haruno se aproximou, o da Hyuuga recuou. Aquilo fez Sakura ficar ainda mais desconfiada.

Naruto e Sasuke chegaram juntos naquele momento, e também se surpreenderam com a atitude da morena. Os olhos perolados seguiram de Sak para Naruto, respectivamente, marejados e angustiados. – Eu não acredito que mentiram pra mim... – E todos paralisaram. Karin se arrependeu do que fez no momento em que viu a expressão do primo, que mesmo tentando disfarçar com um sorriso e um “do que você está falando?!”, era óbvia demais para as palavras de Karin serem desmentidas.

Hinata balançou a cabeça em negação, e sem esperar sequer uma explicação, saiu da sala de aula. Naruto suspirou cansadamente, e após lançar um olhar de reprovação para a prima, seguiu a amada. – O que você disse pra ela? – Sakura estava tão furiosa que não notou a presença do namorado. – O QUE INFENOS VOCÊ DISSE PRA ELA?! – A ruiva, mesmo arrependida, deu os ombros.

– Eu só disse a verdade, oras. Que você foi a primeira namorada do Naruto... Que ele era completamente louco por você... Sabe, coisas que você, como "melhor amiga", deveria ter dito antes. – Aquela foi a gota d’água para o humor da Haruno. Cansada, triste e agora furiosa, ela não se conteve antes de pular sobre a Uzumaki com violência, para arrancar-lhe os cabelos naturalmente ruivos.

Sasuke moveu-se instantaneamente para separar a briga, mas não foi muito útil, já que aquelas duas estavam muito dispostas a se baterem – e isso não era de hoje. – O QUE VOCÊ TEM COM AS NOSSAS VIDAS?! – Ouviu a rosada gritar. – SÓ PORQUE TÁ COM RAIVINHA PELO SASUKE-KUN E EU ESTARMOS JUNTOS, NÃO TEM QUE ESTRAGAR O RELACIONAMENTO DOS OUTROS SÓ PRA SE SENTIR MAIS FELIZ SUA VADIA! – Karin respondeu com tapas e mais tapas, que foram retribuídos na mesma medida.

– COMO SE EU ME IMPORTASSE COM ISSO! MESMO QUE NAMOREM, EU APOSTO MINHA VIDA QUE VOCÊ É TÃO MEDROSA QUE NUNCA DORMIRAM JUNTOS! SÓ ISSO ME DEIXA NA SUA FRENTE, SUA IMBECIL! – E foi respondida com um tapa na cara, também retribuído de muito bom grado. Sak estava tão nervosa que ignorou o claro aviso de “eu transei com ele antes”. Depois de muitas tentativas, o Uchiha enfim conseguiu afastar a namorada da colega, mas não adiantou nada, já que a ruiva fez questão de continuar a puxar os cabelos róseos mesmo que Sasuke estivesse entre elas.

– POR QUE VOCÊ NÃO VAI SE PROSTITUIR NA ESQUINA AO INVÉS DE FICAR SE MOSTRANDO NA SALA DE AULA?! SÓ PORQUE O SEU TITIO É RICO NÃO SIGNIFICA QUE VOCÊ PODE FAZER TUDO O QUE QUER, SABIA?! – A ruiva gargalhou.

– DEFINITIVAMENTE POSSO FAZER MAIS COM MEU TIO RICO DO QUE VOCÊ COM SEU TIO PROFESSOR! – Exibiu-se. – POR EXEMPLO, POSSO TER CERTEZA DE QUE OS PAIS DO SASUKE-KUN GOSTARIAM MUITO MAIS QUE EU, SOBRINHA DO DONO DO GRUPO UZUMAKI, UMA UZUMAKI LEGÍTIMA FOSSE COMPROMETIDA COM O FILHO DELES DO QUE VOCÊ, UMAZINHA CRIADA PELO TITIO PROFESSOR!

– JÁ CHEGA! – A voz de Sasuke soou mais alta que a de ambas, e elas enfim se calaram. – Vocês podem, por favor, se comportar como damas?! Vocês estão falando de mim, dos meus pais, da minha vida particular e dos meus gostos para os quatro ventos ouvirem! Não podem ser minimamente discretas?!

– Essa vadia acabou de estragar minha amizade com a Hinata e, de quebra, o namoro dela com Naruto! Como quer que eu me acalme?! – O Uchiha suspirou.

– Um dia ela ia ter que saber o que aconteceu entre vocês dois.

– Não aconteceu nada entre nós dois! – Ela tratou de deixar claro. – Sequer nos beijamos enquanto saíamos! – Aquilo surpreendeu Sasuke um pouco, embora Naruto jamais tenha insinuado qualquer coisa. – E o que ela quis dizer sobre “estar na minha frente”?! – Ele demonstrou desconforto, o que aumentou ainda mais a frustração de Sakura. – Estou falando com você, Sasuke Uchiha! – E diante do silêncio, a ruiva abafou uma risadinha. – Você está rindo?! – Sak perguntou incrédula. – Eu vou fazer você engolir esse sorriso, sua maldita prostituta! – Mas mesmo pulando contra a cabeleira avermelhada, foi segurada pela cintura pelo namorado, que a impediu de qualquer agressão.

~

Mais uma vez, o banheiro tinha sido o refúgio de Hinata. Por sorte, aquele era um dia em que todos estavam ocupados demais desfazendo a sujeira do festival, então permanecia completamente vazio.

A garota estava agachada num canto escondido, com o rosto escondido entre os joelhos, e chorava, mais por não ter sido avisada do que por qualquer coisa. Assim como no dia anterior, Naruto não tardou a invadir o banheiro feminino. Ele adentrou no Box em que a namorada se escondia e sentou-se ao seu lado, envolvendo-a num abraço terno e gentil. – Desculpe... – Ele murmurou enquanto beijava a cabeleira azulada. – Eu devia ter te contado, mas... Vocês são tão amigas... – Os olhos perolados se ergueram na direção dos azuis, desesperados.

– Você disse que me contaria tudo quando eu quisesse ouvir... – Ela limpou o rosto enquanto dizia. – Pois bem... Não me esconda mais nada. – Mesmo que estivesse claramente desconfortado, ele concordou. Afinal... Todos sabiam que Naruto Uzumaki nunca voltava atrás com sua palavra.

Ele contou sobre o namoro que durou apenas um verão, e foi cruelmente sincero quando contou sobre as dimensões de seus sentimentos por Sakura na época. Ele contou o motivo do término do curto namoro, que sequer havia rendido o primeiro beijo do loiro. Revelou que Sakura, mesmo naquela época, era profundamente apaixonada por Sasuke, e que por isso, ele não guardara rancor da moça.

Quando questionado sobre seu relacionamento com a prima, ele pareceu sinceramente envergonhado. – Não era bem um namoro... – Ela não sabia se ele estava concluindo para ela, ou para si mesmo. – Na verdade, afogamos as mágoas juntos. – E explicou para a amada que a ruiva passara uma noite com seu melhor amigo.

Segundo Naruto, depois que se afastaram de Sasuke e Sakura, ele e Karin sentiram-se tão miseráveis que acabaram adotando personalidades completamente opostas às anteriores. Faziam festas, bebiam e enquanto a ruiva beijava qualquer rapaz, fosse da vila ou não, Naruto dormia com qualquer mulher que estivesse disposta. Mesmo ouvindo tudo aquilo da boca do amado, Hina não sabia como se sentir.

Saber que o Uzumaki tinha um passado negro já era por si só algo horrível, mas ouvir da boca dele todos os detalhes sórdidos, e os motivos que o levara a viver daquele jeito era quase cruel, definitivamente torturante aos ouvidos da moça que até um ano atrás não se imaginava nem dando as mãos a um rapaz. – Você ainda a ama? – Ela perguntou depois de ouvir tudo. Naruto riu, mas para ela, pareceu um pouco tímido quando negou.

– Eu amo você Hinata. – Embora ele fosse sincero, ela não conseguia deixar de desconfiar. – Eu nunca amei tanto alguém... – E tocou a testa na dela. – Então, por favor, esqueça isso... Não deixe que um passado tão insignificante marque a sua amizade, nem que estrague o que nós temos... – Mas ela negou; sentia seu coração ser esmigalhar a cada palavra dita por ele.

– Pode não ter significado para ela, mas para você... – Ele suspirou, um tanto impaciente, na opinião da moça.

– Pelo amor de Deus Hinata! Você é minha mulher! – E puxou a mão pequena para seu peito. – Está vendo isso? – O coração dele parecia acelerado. – Ele bate por você, e só está desse jeito porque eu estou aqui, do seu lado... Eu não me orgulho do que vivi, odeio pensar que o meu passado a machuca, mas eu simplesmente não posso mudá-lo! – Estava angustiado. – Mesmo assim... Eu te amo, e farei de tudo para poder ficar ao seu lado... – Mas ela recuou as mãos, e tristonha, com os olhos presos ao chão, concluiu desgraçadamente:

– Eu não sei o que fazer sobre isso.

~

Depois daquele show na sala de aula, Sasuke teve que cumprir seu papel de monitor e namorado, e acabou por levar a rosada de volta para casa.

Estavam em silêncio no quarto dela. Ele preparava as bandagens dos arranhões deixados por Karin e ela, amargava sobre a descoberta. – Como você pôde fazer isso?! – Quis saber, ainda frustrada, enquanto ele desinfetava as suas feridas. Ela sequer se importava com a ardência do álcool. – Aquela vadia deve ter dormido com meio mundo! – Mas ele suspirou. Enquanto fazia os curativos, decidiu optar por não olhar nos tão penetrantes orbes verdes da amada.

– Ela não é tão vadia quanto você pensa. Na verdade, duvido que tenha dormido com outro além de mim. – Sabia que ela devia querer matá-lo naquele momento, por isso apressou-se em completar. – Foi na época em que você e aquele idiota estavam saindo juntos. Por algum motivo, eu estava incomodado... Pensando bem, agora consigo ver que não passava de ciúmes. – Murmurou a última frase. – Eu acabei usando ela como válvula de escape... Foi errado, e eu me arrependi muito no outro dia, mas... O que estava feito, estava feito. – Terminou o curativo e decidiu fitar os olhos da namorada. Ela parecia... Pensativa.

– Você sabe não é? – Ela falou depois de longos minutos, muito séria. – Que nada disso teria acontecido se você não fosse idiota, e aceitasse logo os meus sentimentos. – Ele suspirou, e tentou beijá-la. Mas, pela primeira vez, foi recusado.

– Sakura... O que você quer que eu faça? Não posso mudar nada! – Ela assentiu.

– Eu sei que não... E eu sei que no fim das contas eu vou te perdoar, por que... – Ela apertou os próprios punhos. – Eu te amo tanto que te perdoaria mesmo que tivesse me traído de fato. Mas agora... – Ele assentiu, compreendendo. Levantou-se e colocou sobre a cama da rosada a caixa de primeiros socorros que pertencia à Rin.

– Vou deixá-la pensar, então. – Ela assentiu agradecida, e o observou seguir até a porta de seu quarto. Ele parou antes de abri-la, e a olhou de soslaio. – Eu nunca quis te magoar. – Esclareceu, e ela assentiu. E após uma reverencia educada e um “até mais ver”, ele saiu do quarto.

~

O silêncio era muito comum naquela casa. Na verdade, mais do que comum, era desejado, principalmente porque seu dono apreciava e necessitava dela, já que era muito importante para seu trabalho.

Naquele momento, entretanto, o silêncio não era como antes. Não era o delicioso silêncio que uma família calma e cautelosa proporcionava... Não. Era um silêncio estranho, não o comum de uma família quieta... Era um silêncio frio e triste.

Sentados ao sofá, Mikoto se encolhia nos braços do marido; tinha os olhos vermelhos e angustiados, e demonstrava profunda tristeza diante à decisão do amado Fugaku. Ele, entretanto, não estava de todo infeliz. Na realidade, sentia-se orgulhoso de si mesmo, como se estivesse a ponto de fazer algo essencial para que sua família fosse definitivamente perfeita, mas ainda que se sentisse assim mantinha-se quieto em respeito à esposa e aos filhos, que não gostariam nada da notícia.

O computador prateado que o senhor Uchiha geralmente usava em negócios estava sobre seu colo, e por ele, o senhor verificava os últimos preparativos para que a viagem do caçula estivesse enfim completamente combinada. Enquanto verificava seus e-mails e os apartamentos disponíveis em Cambridge, próximos à faculdade que Sasuke certamente conseguiria entrar, com uma das mãos, a outra era dedicada à chorosa esposa ao seu lado, como se as carícias no braço pálido de Mikoto pudessem amparar seus tristonhos sentimentos por ver mais um de seus tão queridos e amados filhos deixando-a...

Claro que Mikoto Uchiha, assim como deveria ser, respeitava e apoiava as decisões do marido mais do que qualquer boa esposa do século XIX, mas respeitá-lo não significava que poderia concordar, ou se ver livre dos sofrimentos que aquelas decisões ocasionalmente lhe causavam. Como por exemplo, na época em que Itachi fora estudar no exterior por decisão do pai, ou até mesmo depois de seu retorno, quando começou a trabalhar com o pai, sempre sendo guiado por negócios que ela sabia que o filho detestava, sempre sendo arrastado pelo Japão inteiro – e às vezes, até pelo mundo – mesmo que fosse tão surpreendentemente caseiro desde criança.

O fato era que, ainda que Mikoto sofresse por ter os filhos distantes, todo aquele sofrimento poderia ser recompensado, caso ela imaginasse que eles podiam ser felizes longe de Konoha... Entretanto, ela sabia que aquilo não era verdade. Como o próprio Itachi havia mencionado naquela discussão, e como sempre mencionava, a senhora Uchiha deveria ser uma das mulheres mais inteligentes do país – embora fosse modesta demais para admitir a si mesma. Ela tinha um coração bondoso e terno, além de ser uma esposa e mãe dedicada, e dona de casa excepcional, era muito intuitiva. Mesmo que os filhos tentassem esconder sua tristeza, mesmo que eles tentassem simular sentimentos, ela sempre os percebia mentindo, embora quase nunca confessasse aos meninos. E de que adiantaria?! Aquelas crianças eram tão bondosas, sempre pensando com amor na mãe, sempre tendo a máxima cautela para não preocupá-la... Como ela poderia ignorar todo aquele cuidado?! E, mesmo que eles não tivessem tão dispostos a esconder seus verdadeiros sentimentos, por bondade para não preocuparem-na, como mãe, ela sempre sofreria, com eles e por eles.

Ah, se pudesse ir, no lugar de Sasuke... Se pudesse ter ido, no lugar de Itachi... Ela seria a mulher mais feliz do mundo se pudesse se sacrificar em prol dos filhos, mas não poderia. Não poderia ir contra o desejo do marido, e mesmo que aquilo parecesse submisso – o que de fato era –, era a maneira como havia sido criada, e nada poderia ir contra a criação de uma criança Uchiha.

Além do mais, Fugaku tinha razão sobre algo: de fato, Sasuke teria uma vida muito mais promissora se tivesse o melhor dos melhores estudos, e como pais ricos, eles poderiam dar ao filho a oportunidade do melhor ensino possível. “Ele é jovem, ainda tem muito a viver e a aprender, a única coisa que podemos realmente nos envolver é para que ele possa ter as melhores oportunidades da vida.” esse era o argumento de Fugaku, mesmo que Itachi discordasse veemente da opinião do pai, Mikoto, como a mãe cautelosa e sempre fora, não podia deixar de encontrar verdade nas palavras do marido – mesmo que concordasse que o filho mais velho também tinha sua parcela de razão. – Passagem comprada. – Ouviu o marido dizer de repente, o que a despertou de seus devaneios interiores.

Os olhos negros da senhora Uchiha se ergueram para o rosto do amado marido, inicialmente confusos. – Acabei de falar com o diretor do colégio do Sasuke; ele disse que, como se trata de um caso tão importante, concordou que ele faça as provas finais antes de todos. Ele partirá à Cambridge antes mesmo do natal... – Um bolo se formou na garganta da mulher, e o marido pareceu perceber instantaneamente.

Com um sorriso doce, que só aparecia quando era dedicado à esposa, Fugaku alisou a cabeleira negra. – Não se preocupe. – Ele murmurou calmamente. – Ele não vai passar o natal sozinho... É uma data em família, afinal. Iremos todos para lá. – A morena sorriu em resposta, um sorriso triste e melancólico, embora fizesse de tudo para parecer natural. – Por favor, Mikoto... Já me basta Itachi. – E suspirou profundamente. – Sabe que estamos fazendo isso por Sasuke... Apenas por ele. Pais precisam se sacrificar pelos filhos. – “Mas filhos não deveriam se sacrificar pelos desejos dos pais”, foi o que Mikoto pensou, mas se penalizou no mesmo instante, por notar quão parecidas eram as suas conclusões e as do filho mais velho...

Mas ela não era irmã de Sasuke. Mais do que a felicidade do rapaz, deveria desejar sua prosperidade, e aquela viagem certamente decidiria o futuro do filho mais novo. Então, mesmo que lhe doesse tanto se afastar do seu menininho, decidiu naquele momento que nada mais, nenhum pensamento a faria duvidar da boa vontade do marido, e que a partir daquele instante, apoiaria de maneira incondicional o que traria de fato, o melhor futuro para Sasuke.



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Notas finais do capítulo

Postado! :3
Tomara que eu consiga fazer mais um antes de viajar. T.T
Me desejem inspiração! :D
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Pude perceber nos comentários que o ódio pela Karin é mútuo, e não consegui deixar de sentir pena dela... XD Entretanto, creio gostaram de ver ela e a Sak nos tapas. lol
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Dúvidas, críticas, sugestões... Sempre a disposição!:3