Que Chegue Até Você. escrita por L-chan_C-chan


Capítulo 13
Parte XIII – Feliz Natal!


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal! Como vão?!
Nesse momento, eu estou morreeendo de dor de cabeça. Acabei de voltar do cinema, fui assistir Amanhecer com a minha irmã - a Lolli, segunda dona da conta - e cheguei acabada. q
Meu corpo dói, minha cabeça dói e eu to simplesmente caindo de sono. q
Minha semana de provas acabou terça-feira. o
E como dia dezenove pretendo viajar, devo postar mais de um capítulo durante as semanas que estão por vir. :~
Eu não betei o capítulo DE NOVO! T-T
Terminei ontem, às três da manhã, e tive que acordar às 8 hoje, pra ir pro shopps. T-T
Não estou muito acostumada a sair, sabem? Então sempre fico muito cansada quando acontece. q
Bee~m... Gostei do capítulo enquanto escrevia. Espero que gostem também.



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Parte XIV – Feliz Natal!


Como muitos jovens dizem: depois dos quinze os anos passam. De fato, essa é uma verdade. Quando se torna mais velho e mais consciente, as semanas e meses se tornam mais curta... E então, quando se está feliz, até os dias, até as horas passam num piscar de olhos! Principalmente se essa for uma felicidade apaixonada.

Quando a época de provas enfim chegou, assim como Sasuke e Sakura esperavam, Naruto entrou em desespero. Então planejaram uma sessão estudos em grupo na casa dos Uchiha, que era a mais tranquila dentre todas as opções. Como o casal de monitores imaginou, Naruto esqueceu-se completamente dos estudos quando Hinata, vestida em roupas casuais adentrou pela porta, mas Sasuke não permitiu que ele se desconcentrasse. E assim, o grupo de estudos constituído pelos necessitados Ino, Naruto e Kiba e os professores Sakura, em matemática, química e física, Sasuke em sociologia, filosofia e as demais ias e Hinata, em história, japonês e línguas estrangeiras. As aulas começaram com um ar casual, com conversinhas idiotas que Sasuke fez questão de cortar. E assim foram os estudos do grupo mais querido do segundo ano do Colégio de Konoha!

Quando as provas chegaram, todos estavam ansiosos, com exceção de Sakura, que era inteligente demais para se preocupar com suas notas e muito segura da capacidade do namorado, diferente de Hinata, que temia por seu amado. Surpreendentemente, Naruto foi aprovado de primeira. E como comemoração, além de correr com a namorada nas costas por toda a escola, fez à ela um galante e educado pedido para que em comemoração passassem o dia de natal juntos. Todos os ouvintes – e eles não eram poucos – aplaudiram a atitude corajosa do loiro, exceto Neji, claro, mas ele também não tinha ameaçado ninguém de morte, o que significava que ele estava começando a aceitar o Uzumaki. Hina aceitou prontamente, mas quanto mais se aproximava a data, mais ela se perguntava o que deveria fazer. De acordo com Ino e Sakura, um encontro de natal era muito mais que um encontro normal – que a propósito, ainda deixavam a moça nervosa. – Você tem que usar O vestido. – A amiga loira falou com um sorriso sugestivo demais na opinião de Sak. – Curto, mas sem muito decote. Você é peituda então se colocar um decote muito grande pode parecer vulgar. – O rosto da morena enrubesceu.

Estavam no shopping da cidade vizinha – que ironicamente, pertencia aos pais de Naruto. Sakura e Ino fizeram questão de levar a amiga para ajudar na escolha do presente de natal – e de quebra, comprar os seus próprios presentes e vestidos – e não poupavam sugestões. Para Hina, parecia que tinham andado o dia inteiro, para a pobre Hyuuga caseira, elas já deviam ter entrado em todas as lojas possíveis. Os presentes dos três respectivos namorados já tinham sido comprados, mas nenhum vestido parecia agradar a Yamanaka.

– Ei, Ino... – Sakura perguntou depois de vê-la puxar cinco cabides de uma vez, com cinco vestidos iguais, mas de cores diferentes – Você não está muito animada com isso? – A loira deu os ombros.

– Esse é o encontro do ano, não é? – E olhou para a rosada de soslaio, um sorriso malicioso estampando o rosto. – Estamos no colégio, Sakurinha. Você sabe bem o que todos os garotos querem ganhar de presente de natal. – O rosto de Sak enrubesceu, mas Hinata, que olhava os poucos modelos claros e rendados apenas ouvia, sinceramente sem conseguir entender. – Além disso, o meu namorado já é um homem. – Se exibiu enquanto caminhava para a sessão lingerie.

– Não acho que o Sasuke-kun seja experiente nessas coisas... – Sakura murmurou envergonhada, mas continuava seguindo a amiga.

– Não, também acho que o Sasuke-kun é um bom garoto. Ele segue as regras. Mas o Naruto-kun... – Deu ênfase no prefixo, e piscou na direção da morena.

Hina levou no mínimo trinta segundos para entender do que tudo aquilo se tratava. Os olhos se desesperaram, o rosto ficou vermelho e de uma hora para a outra, ela simplesmente não sabia o que fazer. Eles estavam falando... Daquilo? De fato, estava completamente apaixonada por Naruto Uzumaki, e sem dúvidas se considerava dele, mas... Aquilo não era... Cedo de mais?

Ela fora criada com a ideia de que “você não deve se entregar até o casamento”, e mesmo imaginando que aquilo era um pouco antiquado, nunca havia cogitado ignorar o conselho da mãe. Na verdade, considerava a virgindade algo lindo, e realmente importante.

Ino e Sak só perceberam que a amiga estava fora de órbita quando a loira mostrou a ela três peças íntimas que combinariam com a personalidade e aparência da Hyuuga, mas ela simplesmente não estava lá em espírito. – Hinata?! – A rosada se aproximou preocupada. – Hina, por favor! Não fique com essa cara, ele não vai te forçar a nada! – Tranquilizou-a quando pôde decifrar aqueles olhos envergonhados.

– M- Mas... Naruto-kun é... Naruto-kun é experiente nisso, não é?!

– Mais do que imagina. – O murmúrio debochado de Ino foi respondido com um olhar frio de Sakura, que logo voltou sua atenção à morena.

– Não se preocupe. Ele não vai te forçar a nada. – Garantiu à ela, e ele não ia mesmo. A própria Sak se certificaria que ele seria comportado. Hinata concordou com hesitação, mas mesmo depois de tantas piadas, risadas, tantas compras na agradável companhia das amigas, ela não conseguia parar de pensar nisso. Nem no dia, nem nas semanas.

No último dia letivo do ano chegou, Naruto lembrou a namorada do encontro e eles combinaram de se ver às dez da manhã, na estação de trem, no dia vinte e quatro de dezembro.

Ambos esperaram ansiosamente pela data – mais ela, que além de ansiedade também sentia medo – e ficaram sinceramente felizes quando enfim chegou.

Hina acordou bem cedo àquele dia. Vestiu o vestido branco de tecido pesado que comprara com as meninas no shopping, pôs meias grossas de renda desenhadas e uma bota longa de couro preto que fora convencida a comprar; tinha um salto tão fino que ela temeu não conseguir andar em meio ao gelo que se formava. Por precaução, pôs sapatilhas na bolsa também.

Guardou o embrulho pequeno do presente – um colar com dois pingentes de plaquinhas de prata. – na bolsa e depois de comer dois ou três biscoitos, pôs a jaqueta lilás, o cachecol e a boina e enfim, após despedir-se do primo e da irmã, saiu de casa.

Naruto já a estava esperando na estação; usava calças negras, uma boina azul e sua jaqueta favorita na nada discreta cor laranja. Ele se animou ao vê-la, e depois de elogios e mais elogios, seguiram para o trem. Mais uma vez, Hina não sabia para onde seria levada, mas depois de tantos encontros surpreendentes, se deu conta que Naruto entendia mais do gosto dela do que ela própria.

A viagem foi incrível... Pelas janelas grandes do trem, Hina se encantou com tantas luzes piscando nos bairros e vilas que passavam. Era um show de luzes coloridas, que foi assistido confortavelmente enquanto ela descansava nos braços do namorado, afofados pela jaqueta grossa. Naquele trem quase vazio, eles trocaram beijos, carícias e juras de amor, juras tão puras, tão sinceras que Hina quase cogitou de fato se entregar naquele dia.

Quase.

Eles chegaram à Tóquio algumas horas depois, e mais uma vez Naruto conseguiu surpreendê-la com o destino: A Disney de Tóquio. Ele a abraçou por trás enquanto ela ria, lembrando-se que ele havia mencionado o lugar no primeiro encontro, e após alguns milhares de beijos de agradecimento, entraram no parque.

Não foi como no primeiro encontro. Eles não ficaram vagando de brinquedo em brinquedo, não daquela vez. Até porque não teriam tempo, uma vez que só a viagem tomara um terço das horas que tinham.

Eles giraram nas xícaras malucas, andaram mais uma vez no carrossel, dessa vez agarrados um ao outro, almoçaram no restaurante e, por fim, enquanto o anoitecer caía, na roda gigante. Diferente da primeira vez, quando Sakura e Sasuke estavam lá para interromper o clima, foi incrível. Estavam sentados um ao lado do outro, as mãos de Naruto na cintura de Hinata, e a cabeça deitada na dela, que descansava em seu ombro. Ela estava maravilhada com as luzes noturnas do lugar... Era tudo tão grande, tão brilhante e tão feliz que ela simplesmente não podia acreditar que estava acontecendo. O loiro segurou sua mão, e livrou-se de suas luvas para que pudessem entrelaçar os dedos romanticamente. – Quer ver o seu presente? – Ele murmurou baixinho, e ela assentiu.

– M- Mas eu primeiro! – Ela já estava nervosa demais. Nunca, nem em sua família, havia trocado presentes no natal. Ele riu com a expressão da namorada, mas concordou com um assentir.

Hina abriu a bolsa apressada, e não tardou a achar o embrulho, e quase trêmula, entregou à Naruto.

Ele ergueu a sobrancelha loira ao abrir o presente, segurando-se para não rir do pânico na expressão da namorada, e sorriu sinceramente ao ver o presente. – Eles usavam um parecido nas guerras. – Ela disse apressada. – Para identificar soldados. Você pareceu se interessar nas aulas de história então eu achei uma boa ideia. – O loiro concordou, e prontamente colocou no pescoço.

– É muito legal. Vou colocar nossos nomes, assim quando seu pai mandar queimar meu corpo vão poder me identificar. – Ela fez uma careta de pavor e ele enfim gargalhou. – Estou brincando. – Confessou enquanto segurava o rosto pálido da mocinha e beijava seus lábios com amor. – Agora, vamos ao seu... – Ela estava esperando brincos, um colar ou qualquer coisa simples, mas tremeu ao ver Naruto abrir a jaqueta. Ele já tinha tirado a toca antes disso, e o cachecol, e agora estava tirando a jaqueta?!

Um temor invadiu a mente da Hyuuga e a ideia de que talvez perdesse a virgindade àquela noite tornou à sua mente. Ela ficou tensa, nervosa e chateada, tudo ao mesmo tempo, mas quando Naruto puxou algo de seu bolso, ela sentiu uma pitada de desapontamento. E então, arregalou os olhos ao ver o pequeno aparelho branco nas mãos do namorado. – É pra você. – Ele disse ao entregar nas mãos dela para que pudesse examinar.

Era simplesmente o celular mais fofo que ela já tinha visto antes. Era um modelo que ela não conhecia, daqueles que abriam e fechavam; era todo branco e retangular; em sua tela, corações de LED explodiam e em suas costas, detalhes feitos de strass. Até com pingente ele vinha: um pingente de borboleta lilás, não muito grande. – Eu espero que goste, mandei fazer essas coisinhas porque achei que ia gostar. – E apontou para as costas do telefone. – Ah! Eu também escolhi o pingente. Por algum motivo, acho que borboletas combinam com você. – Ela estava em choque. Olhou para o namorado com os olhos arregalados, e quando abriu a boca para falar que não podia aceitar, ele tratou de interrompê-la com um longo e irresistível beijo.

Ele se afastou minutos depois, e encostou a testa fria na dela. – Abra. – Ele pediu, e ela o fez. Sorriu feito uma criança ao ver a primeira foto que tinham tirado juntos, no carrossel naquele parque, como papel de parede.

– É lindo... Mas mesmo assim, não posso aceitar... – O Uzumaki suspirou.

– Eu comprei o celular, paguei esses negócios brilhantes, paguei o pingente e você ainda diz que não quer aceitar?! – Ela riu do tom dramático dele.

– Eu só te dei um colar, e você quer me dar um celular!

– Isso não importa. Bom, já que você pensa que o celular é muita coisa... Vamos fazer assim. – Ele voltou a sorrir, mais animado que antes. – Esse vai ser o nosso segredo... – E roubou um selinho. – Só eu vou ter esse número. Assim, quando seu pai voltar para casa, vamos poder trocar mensagens. – E roubou mais um. – Vamos poder nos falar... – E mais um. – E até mandar fotos. Além disso, você vai ter uma foto pra se lembrar de mim. – Ela hesitou um pouco, mas concordou no fim das contas, como sempre. Era incrível o poder de Naruto em manipulá-la!

Eles não foram embora antes de comprarem orelhas de Minnie e Mickey, e riram a viagem toda de volta para casa. – Você deveria jantar em casa, sabe. Assim eu poderia apresentá-la à mamãe. – Ela suspirou.

– Você já me fez aceitar um celular. Já são muitas emoções por um dia só. – Ela confessou e ele riu alto com a sinceridade.

– Certo... – Concordou. – Mas antes... – Tornou a puxar as luvas dela. Hinata o imaginou dando um beijo à lá cavalheiro, imaginou-o apertando sua mão, mas nunca pensou que ele fosse colocar um delicado anel de prata em seu anelar. Ele era moldado em forma de coração e tinha uma pedrinha de cristal muito pequena bem no centro.

– O celular foi seu presente de natal... E esse, é o seu presente de aniversário. – E beijou o anel. Hinata estava tão surpresa que não pôde dizer nada. – Achou que eu não sabia, é? – Ele a puxou para um abraço apertado. – Daqui a três dias, não é? Você faz dezessete anos. – Ela assentiu lentamente. – Neji disse que só liberava o natal se eu te deixasse em paz no seu aniversário. Você não aceitaria o celular e o anel no seu aniversário, então eu escolhi o natal.

– Não precisava... – Naruto deu os ombros.

– Eu sei que não, mas eu gosto de me exibir. – Ela riu, e retribuiu o abraço quente. – Obrigado por vir comigo hoje...

– Eu que agradeço... Por tudo... – Ele suspirou; encostou o nariz gelado no dela e beijou-a mais uma vez.

Eles só se afastaram quando o bip do celular de Naruto anunciou a meia-noite. Ele praguejou, mas Hinata riu. – Feliz natal, Naruto-kun. – Ele assentiu, entendendo que deveriam mesmo ir para casa e tornou a abraçá-la.

– Feliz natal, Hinata... – E com muita dificuldade, deixou-a ir. Observou até que ela estivesse fora de vista antes de seguir para sua própria casa. Estava tão... Feliz.

Mesmo que Naruto sempre fosse alegre, saltitante e engraçadinho, a verdade é que ele nunca pensou que pudesse ser tão feliz quanto estava sendo agora.

Ele se divertia tanto em seus tempos de garanhão, quando mais de uma garota estava deitada na sua cama, mas na realidade nunca sentiu que aquilo fosse felicidade. Não... Sequer tinha tocado Hinata, e ainda assim, sentia-se o rapaz mais feliz e sortudo do mundo.

Ela era bonita, inteligente... E mais que qualquer coisa, uma boa garota. De fato, inicialmente tinha cogitado levá-la para o hotel da Disneylândia, mas temendo que a assustasse, preferiu manter o encontro leve e descontraído. Também, quem não temeria depois das ameaças de Sakura que, ele sabia, eram seriíssimas.

Lembrava-se das palavras da rosada ao telefone: “Estou falando sério Naruto, se você levá-la pra um motel ela vai desmaiar antes mesmo de sentar na cama!” ou então: “Se você apalpá-la, ela não vai só desmaiar; ela vai ter um ataque cardíaco!”. Tinha falado tanto, insistido tanto que o fez prometer que se comportaria – embora ele não estivesse de fato pensando em se comportar quando prometeu.

Estava rindo de seus pensamentos quando entrou em casa, e se surpreendeu com uma voz familiar. Quando seguiu até a sala de estar, seu sorriso se tornou ainda maior ao ver o amado pai sentado no sofá. Mayu estava no colo de Minato, dormindo, enquanto ele lia uma história que ele podia ter certeza que era “Rudolf, a Rena”. Por algum motivo, o pai achava aquela uma ótima história, então sempre a contava nas noites de natal. Naruto nunca tinha ouvido o final da história, pois sempre dormia antes da metade. E, ao que parece, Mayuki também não parecia ser uma simpatizante. E nem Kushina, que deitada no ombro do marido, dormia tão profundamente que Naruto duvidava que o fato de estar fora a estivesse preocupando. – Pai! O que faz aqui? – Ele se aproximou sorrindo e o pai o abraçou mesmo sentado.

– Dei uma fugidinha dos negócios. É natal, eu queria ver meus filhos. – Ele assentiu e sentou-se ao lado de seu velho e querido pai. – Então, namorada? – O filho mordeu o lábio inferior, mas assentiu, mesmo que um pouco envergonhado. Geralmente não falava com o pai sobre garotas. – Espero que seja bonita o suficiente para você deixar sua mãe e sua irmã sozinhas na véspera de natal. – Minato alisou os ombros de Kushina, que se encolheu ainda mais no sofá.

– Papai, ela é mais que bonita. – Ele se exibiu. – Ela é bonita, inteligente, cozinha bem... – O pai riu. – É sério, ainda vamos nos casar. Tenho certeza que vão gostar dela quando a conhecerem.

– Devia tê-la trazido. – Ele concordou.

– Mas ela também tem família, a irmã mais nova dela... – Foi então que Naruto lembrou-se de algo essencial. Um fato que, até agora, tinha permitido que seu namoro seguisse em frente. – Pai, você não estava com Hiashi? – Ele perguntou. Começava a sentir a tensão invadir o corpo. Minato concordou.

– Estávamos resolvendo alguns negócios... Você sabe que temos meio que uma sociedade: ele dá os terrenos e eu construo as empresas. Por quê? Está interessado em negócios filho?! – Naruto negou.

– Ele voltou?!

Hinata estava voando com os pés no chão. A neve caía sobre seu rosto, mas aquilo realmente não importava, nem o fato do salto alto estar afundando no chão que agora devia ter pelo menos três centímetros de gelo fofo.

Tirou a luva mais uma vez, e fitou o anel que o namorado havia dado encantada. Ele era tão... Delicado. Era exatamente o tipo de coisa que Hinata Hyuuga adorava usar. Suspirou apaixonadamente, e beijou o anel assim como Naruto havia feito.

Ainda podia sentir os lábios dele... Deslizando por seu rosto, beijando seus lábios, sua testa e principalmente, suas mãos. Assim como ainda conseguia sentir as mãos dele presas em sua cintura, puxando-a possessivamente para mais perto, ou a testa dele encostada à sua... E as respirações se cruzando.

Era incrível como mesmo as lembranças deixavam-na tão nervosa e tão feliz. Entrou no clã cautelosamente, com medo de acordar o primo ou a irmã. Eles com certeza já deviam estar dormindo, já que os Hyuuga não costumavam comemorar o natal, mas uma luz acesa na sala lhe chamou a atenção. Primeiro ela sentiu medo, medo de que fosse alguém mal que aproveitasse as datas comemorativas para assaltar casas ricas de moradores que deviam estar viajando, mas lembrou-se instantaneamente que a porta, único meio de entrar na casa principal, estava trancada.

Mais aliviada e pensando que provavelmente deveria ser o primo, preocupado com sua ausência até tão tarde, Hina entrou no cômodo. Mas não era o primo que estava lá. Não era o primo, nem a irmã, e muito menos um dos servos.

Era Hiashi. Hiashi Hyuuga, seu tão temido pai.

Ele estava sentado na sua poltrona de costume, com óculos que ela jamais o vira usando. Lia papeis, provavelmente papeis de negócios, mas ergueu os olhos perolados idênticos aos da filha assim que ouviu os passos. Os lábios dele ficaram em linha reta e ele tirou os óculos para encará-la olho no olho, só para fazê-la se sentir ainda mais tensa do que antes – se é que aquilo era possível. – Então... – Ele começou. – Onde estava até essa hora da noite, Hinata?



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Notas finais do capítulo

Eu realmente espero que vocês tenham gostado. q
Não vou me demorar nas notas finais, já que estou esgotada. q
Dúvidas, críticas, sugestões?
Desculpe pela falta de cuidado ultimamente. Prometo que não vou mais fazer isso daqui pra frente.:3