Que Chegue Até Você. escrita por L-chan_C-chan


Capítulo 12
Parte XII - Memórias.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Como vão? :)
Trouxe o capítulo mais cedo hoje por que não tenho tempo de betá-lo. Pois é... Última semana, então tudo muito corrido! XD
No capítulo anterior, muitos leitores desejaram-me boa sorte nas provas, e agradeço muito a eles!
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Enfim, como eu dizia... Trouxe o capítulo mais cedo porque não vou betá-lo. Não, não é por preguiça nem nada parecido, é pelo simples fato que eu tenho que montar uma apresentação pra terça. XD
Um dos seminários malditos que eu TANTO ODEIO. Sério mesmo, prefiro provas que seminários... Enfim.
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Aí está o capítulo, espero que curtam. Qualquer errinho, perdoem-me, mas é devido a minha falta de tempo. :T



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PARTE XII – Memórias.

Era verão, início de verão.

Um verão quente, mas doloroso. Pelo menos para a jovem garota Haruno, que pela primeira vez em sua curta vida de quatorze anos passaria as férias separada de seus pais. Mas aquilo não era o pior... O pior era saber que não mais aconteceriam as anuais brigas com o pai para levar a família para praia, não mais sentar-iam-se na varanda da casa nem tão grande, nem tão pequena, apenas para olhar aquele sininho bonito que a mãe comprara há anos, balançar lentamente com o vento. Não brincariam mais de quebrar as deliciosas melancias, que o pai trazia Deus sabe donde, as mais doces possíveis.

As provas haviam passado muito rápido, na opinião da rosada que, pela primeira vez em muito tempo, era a quinta colocada nos resultados gerais. Não que ela se importasse... Afinal, o primeiro lugar era de Sasuke, que merecia muito mais que ela. Bem, pelo menos ele realmente estudava, e os outros à sua frente também deveriam. Claro que se incomodava com as garotas sonsas e atrevidas que adoravam se esfregar no “garoto mais inteligente da escola”, “o garoto frio e calculista com notas maravilhosas”, mas ela não estava realmente ligada nos comentários ditos por elas.

Era o último dia letivo e Sakura era a única que ainda não havia saído da sala. Estava sentada no seu lugar, amargando as idiotices que fizera na prova por pura desatenção, enquanto vez ou outra levava os orbes verdes tão bonitos até às janelas grandes e observava sem interesse toda a energia jovem que o verão poderia proporcionar. E foi enquanto seu mundo se dividia na prova e naqueles jovens escandalosos que ela ouviu a porta se abrir.

Instintivamente, os olhos seguiram até lá; era Naruto, Naruto Uzumaki, seu melhor amigo rapaz, e agora único melhor amigo. Sim, único... Já que sua melhor amiga garota agora não era nada mais que uma rival e, embora Sak estivesse apaixonada por Sasuke, ele não era exatamente um amigo.

Ele sorriu, mas parecia tenso, tão tenso e envergonhado que Sakura teve que retribuí-lo, mesmo que não tivesse a mínima vontade de sorrir. Depois do curto contato visual, voltou sua atenção à interessante janela, onde via Kiba e Chouji rindo e sorrindo sobre uma conversa que ela não podia ouvir. Mesmo fixada na atividade fora da sala, conseguia ouvir os passos do amigo loiro, que parecia seguir até seu lugar, pegar a mochila e... Ir até o lugar de Sakura?!

Ouviu-o pigarrear e olhou em sua direção, mais surpresa do que curiosa, e paralisou ao ver o estado do Uzumaki: rosto vermelho, olhos decididos e sem os seus famosos sorrisos que exalavam alegria. – Algum problema? – Ela quis saber, preocupando-se com a possibilidade de levá-lo até a enfermaria com um possível caso de insolação, mas ele negou com a cabeça.

Pigarreou mais uma vez, ainda mais nervoso que anteriormente e abriu a boca para falar... Mas nada saiu. Pigarreou uma terceira vez, e sob a mira dos olhos da Haruno, prosseguiu rápido e sem pensar realmente no que estava dizendo: - S- Sakura-chan! – Ele exclamou inicialmente. – Eu gosto de você! – Disse, e ela prosseguiu em silêncio.

- Bem... – Ela respondeu depois de pensar um pouco. – Eu também gosto de você. – Disse com inocência, mas o outro negou.

- Não! Você não está entendendo... E- Eu... – E desviaram os olhos azuis, nervoso demais para encarar aqueles grandes orbes esverdeados, só para, instantes depois, tornar a fitá-los ainda mais decidido do que antes. – Eu realmente gosto de você, Sakura-chan! Eu quero que saia comigo! Quero que seja minha namorada! – Inicialmente, ela não soube o que responder. Foi como se sua mente apagasse, e como se seu chão sumisse. E mesmo que ouvisse as palavras ecoando de longe, não conseguia se concentrar...

E debilmente, o viu se ajoelhar a sua frente. Olhos azuis fixos nos verdes. Puxou as mãos branquinhas e segurou-as com firmeza, sem quebrar o contato visual, quase que a despertando.

Sim... Naruto estava se declarando. Mesmo que aquilo fosse completamente surreal. Mesmo que a ideia de Naruto e Sakura saindo, namorando fosse completamente inconcebível na cabeça dela e de qualquer um que realmente a conhecesse, ele estava se declarando. Aquele garoto terno, generoso, gentil... Aquele garoto que ela tanto amava, mas que não passava de um irmão em seu coração.

Mesmo assim... Mesmo que ela soubesse que ele não era mais que um irmão, por que estava hesitando? Por que não estava recusando, como qualquer garota de bom senso faria?

A resposta era simples: medo. Medo de perdê-lo. E, na realidade, mesmo que incompreensível e surpreendente, a declaração de Naruto resolvia quase noventa por cento de seus problemas. Talvez assim Ino a perdoasse por se apaixonar pelo mesmo rapaz que ela... Talvez sair com Naruto durante o verão inteiro pudesse apagar, mesmo que por um curto período, a dolorosa lembrança de que seus pais não mais voltariam. E principalmente... Talvez, ficando ao lado daquele que era o melhor garoto que conhecera durante toda a sua vida, pudesse esquecer o doloroso amor que tinha no peito. Então, mesmo que aquilo fosse egoísta... Ela assentiu, lenta e debilmente, sem nem mesmo sonhar com o estrago que estava prestes a fazer.

E assim, o verão passou. Um verão mágico para todos eles, que estavam a um passo de se tornarem colegiais, mas não para Sakura.

Um mês havia se passado... Muito passeio, diversão, troca de risos e sorrisos, mas nada havia mudado dentro do coração da rosada. Mesmo que o namorado fosse o mais doce dos doces, o mais caloroso de todos, ela não conseguia deixar de pensar no frio e indiferente amor de sua vida. Não que fosse masoquista... Longe disso, mas ela realmente admirava Sasuke, e uma admiração tão grande... Uma paixão tão grande não poderia ser apagada assim, de um mês para o outro. 

Quando retornaram para a escola após as férias de verão, o casal foi aplaudido em meio à sala de aula, mas mesmo que tanta felicidade estivesse voltada a Sakura e outro garoto, os olhos verdes não conseguiam deixar a solitária figura no fim da sala de aula, centrada em seu livro sem a mínima preocupação de quem namorava ou deixava de namorar.

Ino também não havia se aproximado para parabenizá-los e Sak só então percebeu que todos os e-mails que ela havia mandado para a melhor amiga de fato haviam sido recebidos, mas ignorados. Ino deixou isso bem claro enquanto dava aqueles seus olhares insuportavelmente reprovativos, que perduraram por toda a aula, até o horário do almoço, quando a convocaram para fora da sala.

Sakura concordou com muita hesitação, já que jamais antes havia visto a amiga tão furiosa. E após dar uma desculpa qualquer para o novo namorado, seguiu até o campus do colégio, num lugar afastado de todos os outros alunos. – O que está fazendo?! – A loira lançou logo de primeira, surpreendendo-a.

- O que quer dizer?! – Ino suspirou de forma impaciente, e lançando os braços ao ar, continuou:

- Andando de um lado para o outro com o Naruto, como se fossem namorados! Não se envergonha disso?! – A rosada arregalou os olhos.

- Mas nós somos-...! – Ela tentou explicar, mas foi interrompida pela ainda furiosa Yamanaka, que gargalhou sem o menor humor.

- Oh, por favor. – Ela pediu com ênfase na última palavra. – Não venha tentar me convencer que estão mesmo namorando. Porque querida, se tem alguém namorando ali é o Naruto!

- O que quer dizer...? – Mesmo que já imaginasse do que se tratava, teve que perguntar. Ino tornou a gargalhar.

- Quero dizer, meu bem, que você é tão boa atriz quanto eu sou calma. – Ela não respondeu, e diante o silencio, a loira prosseguiu. – O que está fazendo não é certo. Acha que só eu consigo enxergar? Acha que só eu notei aqueles olhares apaixonados para o Sasuke-kun? – E os olhos verdes se apertaram em agonia. – Quanto mais durar essa mentira, mais machucado ele vai ficar. E acredite Sakura... É o Naruto quem mais vai se machucar nessa história louca que você inventou. – A Haruno podia sentir as lágrimas chegando.

- E o que você quer que eu faça?! – Perguntou sufocada.

- Pare de ser covarde! – Foi uma exclamação alta, mas que apenas ambas ouviram. Sak fungou, e escondeu o rosto com as mãos; não queria que ela a visse chorando... Não queria que ninguém a visse chorando. – Pare de chorar, não é você a vítima da história! – Mas ainda assim ela não conseguiu cessar as lágrimas.

- Sasuke-kun nunca vai olhar pra mim... – Disse com a voz trêmula. – Ele nunca, jamais vai reparar em mim. – A loira revirou os olhos.

- Se você continuar com o melhor amigo dele, é óbvio que não. Mas se ele realmente não se preocupasse com você, não estaria na secretaria nesse momento, por sua causa. – Ela se surpreendeu. Limpou o rosto rapidamente, e tornou a fitar os olhos azuis da ex- amiga, dessa vez curiosa. Mas Ino apenas cruzou os braços e desviou o olhar, não ajudaria mais que isso... E, subitamente, Sak correu incansável pelos longos corredores do colégio de Konoha em direção a sala dos professores, mas sequer precisou entrar para ver o que acontecia.

Lá estava Sasuke, em pé ao lado do tio Kakashi, enquanto ouvia a chata ladainha vinda dos diretores. – Ainda não entendi o que está fazendo aqui, senhor Uchiha. – Um professor comentou entediado. – Pensei que tivéssemos chamado à senhorita Haruno.

- Desculpe professor, mas eu sou o representante de classe. Antes de chamar a senhorita Haruno, quero ter certeza do que se trata.

- Claro que é sobre as notas dela. – Foi a professora Kurenai quem disse. – Elas caíram... Mesmo que estejam na média, é preocupante quando o desempenho de uma aluna brilhante cai tão de repente.

- Desculpe professora, mas não acho que foi de repente. Sakura sempre esteve no topo de qualquer coisa que fosse acadêmica, desde matemática à língua estrangeira... Mesmo que não tenham notado, seu desempenho vem caído desde que os senhores Haruno faleceram. – O coração da garota congelou. – Mesmo eu posso imaginar o quão difícil deve ser para ela, ainda tão jovem, perder os pais... Creio que ainda esteja muito frágil, sensível... Por isso quero evitar ao máximo qualquer punição, ou advertência que tenham a ela. – Os professores ficaram um minuto em silêncio, e Sak tremia. – Eu mesmo, como representante... Pedirei que seja mais cautelosa com a escola, mas não acho necessária a interferência dos senhores. – Os professores se entreolharam, mas depois de muitos murmúrios, concordaram.

Sakura estava petrificada diante aquilo tudo, sem saber como reagir. Afinal... Mesmo com aquela parede de gelo estendida ao seu redor, Sasuke era mais observador do que previra; ele deveria ser o único em toda a escola, além dela própria, que havia notado que suas notas estavam decaindo aos poucos. E também o único adolescente com moral suficiente para falar de igual para igual com professores, mesmo que ainda tivesse quatorze anos de idade. Estava tão... Estupidamente feliz por tê-la defendido que mal podia mexer os pés do lugar e só se deu conta que estava paralisada quando Sasuke saiu da sala e a flagrou. – O que faz aqui? A aula já vai começar. – Ele avisou como normalmente faria.

- N- Nada. – Ela não conseguiu controlar o gaguejar.

-... Está aqui há muito tempo? – As sobrancelhas dele se juntaram e ela podia jurar que ele estava nervoso; notando isso, negou.

- Acabei de chegar, vim procurar meu tio. – O moreno assentiu, compreendendo.

- Kakashi está lá dentro. – Avisou, e ela agradeceu com um sorriso tão feliz que o fez se sentir estranho. E, com mais um assentir, Sasuke a deixou, sem sequer imaginar que os olhos verdes acompanhavam apaixonadamente suas costas. E ela, sem nem mesmo sonhar que o espectador daqueles suspiros apaixonados era o seu namorado.

Naruto sentiu seu coração se despedaçar ao ver aquela cena... Sakura tão próxima a Sasuke, e tão obviamente apaixonada. Ele havia notado os olhares dela a ele na sala de aula, mas no fundo no fundo, ainda tinha a curta e improvável esperança de que ela poderia ser sua. – Sakura-chan! – Ele tentou soar o mais feliz possível, e a viu quase pular de susto.

- N- Naruto! – Ela se surpreendeu.

- O que está fazendo aqui? Vamos comer algo, juntos-... – Mas os olhos dela não pareciam felizes, nem fingiam. Ele sorriu com aquilo, sorriu ao perceber o quão idiota era, e acenou positivamente com a cabeça, como se entendesse perfeitamente o que ela queria dizer. – Vamos. – Não a tocou, apenas seguiu em frente a caminho de um corredor solitário. Mas não foi tão fácil quanto pensavam... Para nenhum dos dois.

- Naruto... – Ela começou. – Eu... Não posso... – Ele concordou com a cabeça.

- Eu sei. Eu entendi. – E a fez se calar. – Sabe Sakura-chan... – Os olhos seguiram até o teto. – Nós estamos saindo faz semanas... Você não deve ter percebido, mas sequer nos beijamos. – Ela cerrou os punhos; sabia muito bem do fato, porque ela própria havia o adiado o máximo possível. – Se você estivesse mesmo se divertindo nos nossos encontros... Não riria tanto. Se você estivesse mesmo feliz, daria um daqueles sorrisos que dá quando olha pro Sasuke. – Ele riu de si mesmo. – Você sabe... Aqueles sorrisos babões, que mostra o quanto você baba por ele. – Mesmo que quisesse chorar, continuou rindo. E quanto mais ele ria, mais ela chorava. – Por que está chorando? Era pra eu estar chorando! – Mas ela não conseguia conter os soluços e, diante disso, com um pesado suspirar, ele afagou os cabelos róseos.

- Tudo bem, Sakura-chan. – Assegurou-a. – Não precisa se preocupar... Vai lá, babar pelo Sasuke. Eu vou comer alguma coisa e voltar pra sala... Não precisa se preocupar, eu não vou mais insistir. – Ela hesitou no início, mas quando ficou claro, pelos olhos dele, o quanto ele precisava ficar em paz... O obedeceu.

E foi só ela desaparecer da vista que ele desabou; primeiro, colocou a testa encostada na parece fria; desceu o corpo lentamente, até que caísse sentado e, socando a parede engessada, chorou.

~

Quando Ayame Ichiraku confessou à Hinata sobre a primeira namorada de Naruto, não pretendia estragar a tarde do casal. Ela só queria anunciar para a Hyuuga o quão importante ela era, uma vez que estava sendo apresentada à segunda família do Uzumaki, mas jamais teria dito aquilo se soubesse o quão aéreo ambos ficariam por todo o resto do dia.

Depois do restaurante, eles seguiram até o cinema, um filme em que não conseguiram se concentrar, já que Naruto estava preso às memórias do passado e Hinata, às preocupações do presente.

Não tinham conversado muito depois daquilo... Apenas concordaram em algumas coisas, comentaram outras e notaram o quão estranho estava sendo aquele que deveria ser o primeiro e inesquecível encontro.

Como sempre, Foi Naruto quem decidiu parar com todo aquele drama mexicano. Sim, ele de fato tinha se apaixonado por Sakura... Realmente tinham saído por um mês incrível, que ficaria marcado para sempre em sua memória, mas os sentimentos... Os sentimentos estavam esquecidos. Ele tinha certeza do sentimento de Sakura por Sasuke, e mais ainda do seu pela doce, pura e bela Hina, e não pretendia perder o seu futuro brilhante com uma cozinheira incrível como esposa por memórias velhas e dolorosas.

Então, enquanto a mocinha remoia internamente, imaginando quem das veteranas poderia ter sido a especial primeira namorada séria de Naruto, foi surpreendida pelas mãos dele, que seguraram as suas tão repentinamente que a deixaram nervosa, fazendo-a esquecer – pelo menos momentaneamente – as preocupações. Sentiu o rosto enrubescer ao ver aquele sorriso luminoso, e seu coração palpitar quanto sentiu seus dedos sendo entrelaçados pelos dele. – Eu tenho uma surpresa pra você. – Ele contou sorridente. – Uma surpresa que vai fazer você sair desse seu mundinho. – E após uma piscada galante, correu a arrastando Konoha à dentro.

Sakura não estava exatamente feliz. Estava há horas parada na mesma posição, movendo, se muito, dois músculos a cada meia hora. Estava sentindo qual era o sentimento predominante: a raiva ou amor por Sasuke, quando ouviu um batucar em sua janela. Preferiu ignorar, já que sabia quem era, mas os batuques continuaram. – Pode abrir isso? É difícil ficar em pé aqui. – Ouviu a voz calma pedir, e tremeu.

Apressada, se levantou, e abriu as cortinas para se surpreender com a imagem de Sasuke Uchiha pendurado sobre o canteiro de rosas de sua janela. Ele sorriu de maneira desajeitada. – Pode abrir? – Ela hesitou, mas vendo o quão perigoso poderia ser, decidiu abrir e ajudá-lo a adentrar o quarto.

- Pensei que fosse óbvio... Eu não quero vê-lo. – Ele suspirou.

- Eu sei. – E puxou as mãos da moça. – Também sei que isso é raiva, e amanhã vai fingir que esqueceu alguma coisa na minha casa só pra me procurar. – E riu quando ela cerrou os olhos. – Estou brincando. – E puxou uma das mãos pequenas, hesitando um pouco. – Olha... Eu realmente sinto muito pelo que eu disse. – Começou olhando-a nos olhos com constrangimento. – Só estou tenso por causa dos exames, mas você tem razão quando diz que eu tenho que reservar um tempo pra você. – O sorriso dela foi tão grande que ele riu. – Não podemos sair. – Avisou só para fazer toda aquela luz se apagar do rosto da garota. Ela estava a ponto de retrucar quando assim, de repente, sentiu os lábios tocarem os seus. Foi suave, hesitante e rápido... Mas fez algo explodir dentro do peito da Haruno; um sentimento que ela jamais imaginaria ser capaz de sentir, assim como nele também. – Sakura... Eu gosto de você... – Ele murmurou baixinho, enquanto encostava a testa na dela. – Quer namorar comigo? – Ela sentiu os olhos queimarem, mas não chorou. Ao invés disso, assentiu freneticamente, num sim não falado, mas compreendido, que foi respondido por mais um beijo... Doce, longo e gentil.

Hina se surpreendeu com seu destino: o cais de Konoha. Era consideravelmente longe de sua casa, e de longe o lugar mais calmo naquela pequena vila.

Estava vazio, sem barcos nem pessoas além do casal, que após uma caminhada considerável pela ponte que devia medir pelo menos quatro metros, sentaram-se sobre a ponta dela, deixando os pés próximos ao mar. Pelo menos Naruto fez isso... Afinal, Hinata não sabia nadar muito bem, então optou por deixar os joelhos próximos à barriga. Naruto riu da atitude da namorada, e a abraçou pela cintura. – Pode deixar... Eu seguro você. – Garantiu, e ela como sempre, cedeu.

Estava tão assustada que não conseguia pensar em mais nada, esquecendo-se até mesmo das boas maneiras de relacionamento e agarrando a mão que Naruto pousava sobre sua cintura. Ele não se importou, mas preferiu que ela estivesse agarrada em seu corpo. Mesmo assim, encostou a cabeça na dela, pedindo uma atenção que foi prontamente concebida. – Você não precisa pensar no meu passado. – Ele falou com um tom de voz surpreendentemente calmo. Tão surpreendente que os olhos perolados se fixaram no seu rosto. – Eu não ligo pro meu passado... Eu ligo para o meu presente. – E levou os orbes de safira até os olhos dela. – Não quero que se preocupe com quantas, quem foi ou quem deixou de ser minha namorada... Só quero que entenda que, agora... Eu gosto de você. Gosto tanto que se você caísse, eu me jogaria para salvá-la sem pensar duas vezes. – Hina não respondeu; apenas conteve a enorme vontade de beijá-lo que teve após a declaração, e agradeceu mentalmente por ser tão controlada quando ele desviou o olhar para o horizonte. – Veja. – E apontou para frente. Imediatamente, Hinata seguiu seu olhar e perdeu o fôlego diante daquilo.

Era tantas cores, tanta beleza, que ela não pôde formular sequer uma frase para descrever aquele pôr do sol que, assim como o loiro ao seu lado, era tão caloroso. E mais romântico que aquela visão só poderia ser o beijo que Naruto, após puxar o rosto pálido, furtou sem resistência alguma. 


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Notas finais do capítulo

Então minna!
Enquanto eu escrevia, gostei bastante. Espero que também tenham gostado. :)
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Ontem eu investi toda a minha madrugada num planejamento enooorme de capítulos, pois pretendo trazer mais de um capítulo por por semana em dezembro. Afinal, dia 19/12 eu vou viajar pra passar três semanas com meu honey. Não quero deixar vocês na mão, então assim que as provas acabarem, vou me matar de escrever! :3
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Enfim... Essa semana, tenho a semana inteira de provas. Meu único dia de suposto descanso,seria terça-feira, mas meu querido professor agendou um seminário. ¬¬
Então, essa semana me despeço de vocês desejando muita sorte nas últimas provas do ano! E me desculpando por não poder responder os comentários.
Obrigada a todos! Eu sempre fico muito feliz! *o* Não se preocupem, não é porque eu não respondi que não li! :3
Agora vou fazer o seminário e procurar na internet uma maneira de ficar sem voz por dois dias. q
Desejem-me sorte, seus lindos!