Que Chegue Até Você. escrita por L-chan_C-chan


Capítulo 1
Parte I - Alguém para se Admirar.


Notas iniciais do capítulo

Olá, olá!

Eu sou Candy, e essa é a terceira fanfic que estou postando no Nyah, e a primeira que tem como protagonista a Hinata! :3

Sinceramente, eu gostei muito da ideia dessa fanfic. E foi a primeira história, na minha vida de escritora, que eu li e reli tantas vezes um capítulo e que eu considerei tanto em postar.

Eu não queria postar até o término da história, mas como ando ficando ativa... Fiquei com vontade, então tá aí. XD

Eu li e reli várias vezes, então acho muito difícil ter erros ortográficos. Mas se tiverem, perdoem-me. :3

Espero que curtam ler tanto quanto eu curti escrever! sz



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PARTE I - Alguém para se Admirar.


Os olhos estavam caídos ao chão, avermelhados e tristonhos. Ela estava exausta... Tão cansada que mal podia sentir seus próprios membros.

Havia chorado a noite inteira, e mesmo assim, as lágrimas não haviam cessado.

Tinham pegado o primeiro trem da madrugada e seguiam para a pequena cidade de Konoha, onde seu pai vivia confortavelmente em uma casa que mais parecia um palácio.

Ah, claro... Mas não podemos apresentar a família sem antes apresentar ela própria, a doce e sofredora protagonista de nossa história: Hyuuga Hinata. Era a filha mais velha de um clã importante, uma família rica e tradicional do Japão que tinha poder sobre metade das terras de Konoha, além de outras mais.

Embora tivesse nascido em Konoha, passou seus últimos treze anos ao lado da mãe e da irmã para ser educada na tranquila Kyoto. Mas tudo havia mudado há trinta e duas horas, quando sua amada mãe fechou os olhos para sempre, e foi decidido pelo pai que tanto ela quanto a irmã voltariam para a raiz da família.

A verdade é que nenhuma das duas simpatizou com a ideia. Hanabi tinha apenas doze anos, então mesmo que possuísse uma personalidade tão forte que nem o pai conseguia lidar, não tinha voz alguma nas decisões. E Hinata era completamente submissa ao seu progenitor, então aceitaria qualquer coisa, desde que Hiashi ordenasse.

Quando o trem parou às exatas cinco horas da manhã, Hanabi já estava adormecida, no ombro da irmã mais velha, que a sacudiu levemente para que ela pudesse despertar aos poucos. Os olhos perolados da menor se abriram, lentamente, de forma manhosa, e Hinata sorriu. – Olá, querida... – Ela disse com a voz gentil. – Nós já chegamos. – Avisou.

A garotinha coçou os olhos e suspirou. – Eu não quero ir, onee-san. – Ela reclamou e viu Hinata colocar o indicador sobre os lábios e apontar a cabeça para a janela. Os olhos da mais nova seguiram os da outra e viram, sentado no banco, o primo mais velho da família e possível sucessor dos negócios: Hyuuga Neji. Com mais um suspiro pesado, Hanabi se levantou e pegou sua maletinha de tesouros, enquanto Hinata pegava a maleta de documentos.

Juntas, desceram do trem e foram recebidas educadamente pelo primo, que deu uma atenção especial – e estranha, diga-se de passagem – à irmã mais velha.

Elas foram levadas ao carro, um dos empregados da estação levou suas bagagens até o porta-malas e seguiram até a residência Hyuuga.

Definitivamente o clima não podia ser mais frio. Hinata sempre soube que o pai era daquele jeito: rígido, frio e sombrio. Para ele, a família não era algo para se zelar, amar e cuidar. Pra ele, a família só servia para ser usada no sistema hierárquico. Talvez fosse exatamente por esses conceitos que a mãe de Hinata tivesse levado as filhas embora.

Hinata lembrava-se perfeitamente dos anos que passou ao lado do pai. Mesmo que tivessem sido poucos, eram marcantes. Marcavam tudo o que ela queria esquecer, na verdade. A frieza, a maldade, a falta de amor... Tudo o que a mãe tentou fazê-la esquecer.

Hiashi era o exemplo perfeito da disciplina. Ele era durão, sem dúvida, e passava essa dureza para todos à sua volta.

Prova disso era que os primeiros passos de Hinata, ao invés de espontâneos e felizes como os de qualquer criança comum, foram obrigados, e de forma violenta: à base de gritos e ordens do pai. Na verdade, todas as suas primeiras experiências se passaram assim: com violência. A primeira palavra lida, o primeiro texto escrito, a primeira frase dita...

Quando Hanabi nasceu, a mãe decidiu que não faria a mais jovem passar pelas mesmas experiências que a mais velha, e depois de um acordo gerado de uma violenta discussão com o patrono da família foi decidido que ela levaria as filhas para Kyoto e as criaria ao melhor estilo Hyuuga de ser.

Longe dos gritos e surtos de Hiashi, a mãe de Hinata a criou as irmãs com amor e carinho. As educou como moças dignas de seu nome, mas sem violência ou pressão, apenas com amor. Mas o destino é cruel demais, e uma doença horrível tomou conta do corpo da mãe das irmãs Hyuuga, que depois de um longo período acamada, veio a falecer exatamente no mesmo dia em que Hinata completava dezesseis anos.

O fato tirou o chão da irmã mais velha, pois além da perda inestimável, ela sabia que seria obrigada a voltar para aquele lugar frio, e o pior era que seria obrigada a levar a irmã. Mas ela não podia negar nada ao pai, era covarde demais para aquilo... E também não poderia fugir, não poderia deixar Hanabi sozinha, sozinha como ela era quando menina.

O carro estacionou e cessou todos os pensamentos de Hinata, fazendo o pânico fincar em sua alma.

Mesmo pálida, ela deu um sorriso terno para Hanabi saiu do carro.

Elas foram guiadas até um quarto onde dormiriam juntas e não foram incomodadas pelo resto da semana.

Uma semana após o luto, foram chamadas ao escritório do pai, que após um longo discurso de boas vindas – que mais servia parar provar que elas não teriam vida própria enquanto estivessem dentro daquelas paredes – ele lhes entregou os uniformes das respectivas escolas.

Momentaneamente, nenhuma das duas entendeu. Era um fato que Hiashi não gostava que os Hyuuga se enturmassem com qualquer organização social que não tivesse seu sangue, então desde sempre elas foram ensinadas em casa, mas depois de descobrir que a professora particular passaria alguns anos fora do continente, estudando a vida e costumes estrangeiros, entenderam perfeitamente que ele não tinha outra opção.

Elas começariam logo no dia seguinte, e mesmo com as infindáveis reclamações de Hanabi, elas acabaram obedecendo ao pai.

Juntos, Hinata e Neji levaram a menina ao ginásio, e depois seguiram até o colégio. Ele era apenas um ano mais velho que Hinata, portanto, estava no último ano do colegial.

Ele não tinha muitos amigos, e se não fosse por pura necessidade, não conversaria com ninguém da sala. Hinata pôde perceber isso quando entraram no prédio. Ele não cumprimentava nem por educação! Apenas acenava para alguns conhecidos – os mais bem vestidos, na verdade – e isso deixou a garota muito desconfortável.

Hinata nunca foi de se relacionar. Não por se achar superior – como a maioria das pessoas no seu clã – mas pelo simples fato de ser estupidamente tímida.

Tinha vergonha de tudo e de todos. Só de olhar nos olhos de alguma pessoa, fosse ela quem fosse, sentia o rubor subir por seu rosto, então procurava sempre evitar qualquer envolvimento.

Então, quando entrou na sala do segundo ano, só levantou a cabeça para procurar um lugar vago, e não tornou a erguê-la até o fim da aula.


Dois meses se passaram, e Hinata continuava a mesma pessoa excluída socialmente. Os Hyuuga não tinham uma boa reputação, então todos a julgaram como uma ridícula e esnobe princesinha. O egocentrismo de Neji tinha muito a ver com o julgamento das pessoas sobre ela, mas a menina era inocente e tímida demais para procurar resolver os maus entendidos.

A sala era muito divertida! Pelo menos aos olhos de Hinata. Sempre que entrava ali, se sentia uma espectadora de um show de comédia!

Todos se conheciam desde meninos, portanto se davam muito bem. Eram alegres, riam e sorriam dois em especial costumavam a trocar ironias entre si.

Por algum motivo, esses dois tiraram de Hinata uma atenção especial... Eles eram como melhores amigos e piores rivais, sempre ofendendo um ao outro, sempre competindo entre si, mas ao mesmo tempo, sempre se ajudando. Na verdade, Sasuke sempre ajudava Naruto, que parecia ser idiota demais para entender qualquer coisa... Mas isso fez com que a Hyuuga se interessasse mais pelo loiro, que mesmo sendo um idiota brincalhão, não desistia e sempre estava tentando estudar, por mais difícil que fosse.

Não só estudando, a verdade é que Naruto sempre tentava aperfeiçoar a si mesmo, desde a educação física até os lanches que ele mesmo tentava fazer – embora esses nunca ficassem comestíveis.

Ela então começou a questionar a si mesma. Sempre tão tímida e reservada, mesmo que quisesse rir e brincar ao lado de todos os seus colegas de sala... Começou a pensar como seria se finalmente tivesse coragem de conversar com todos.

Mas, como toda garota tímida e inocente, ela só pensou, e nada fez.


Àquela tarde Neji não pôde acompanhá-la, pois parecia ter negócios a tratar com o chefe da cidade em nome de Hiashi. Então, Hinata foi sozinha do colégio até o ginásio para buscar a irmãzinha.

Como sempre, Hanabi saiu sorrindo ao lado de uma amiguinha. A imagem fez Hinata sorrir, orgulhosa com a irmã, que provavelmente havia brigado muito para acabar com o preconceito na sala de aula.

A amiga de Hanabi era um pouco mais alta, tinha cabelos loiros presos em duas Marias-Chiquinhas e olhos estupidamente azuis.

Por que será que aquela menina lembrava alguém...?

Os olhos da Hyuuga mais nova brilharam ao ver a irmã sozinha, e sem medo ou hesitação que estavam se tornando costumeiros, correu para os braços de Hinata e agarrou sua cintura. – Onee-chan! – Exclamou alto. Ah, como sentia saudade de chamar Hinata de “onee-chan”... Desde que chegaram ao clã, só podia dizer “aniwê, aniwê”, como se elas não fossem íntimas o suficiente uma da outra. Hinata afagou os cabelos da mais nova com um sorriso terno.

– Como foi de aula? – Quis saber.

– Ótima! Eu tirei uma nota alta na redação que escrevi. Sabe, é aquela que eu perguntei se poderia falar sobre você. – Hinata assentiu.

– Baaka! – Ouviu a outra menina dizer, mostrando a língua. – Você tirou a segunda nota mais alta, porque eu, obviamente tirei a maior. – E abrindo a mochila, a loirinha exibiu a nota dez da redação. Hanabi fez biquinho, e se agarrou ainda mais na irmã.

– Pelo menos a minha irmã me busca na hora, baah. – E mostrou a língua. Hinata riu mais uma vez.

– Seus pais estão atrasados-...? – Só então se deu conta que não conhecia a amiga da irmã. Depois de um sorriso extragrande, a loirinha ergueu dois dedinhos em “v” e se apresentou:

– Sou Mayuki! – Disse em alto som. – Uzumaki Mayuki! – Só então aquilo fez sentido. Aqueles olhos, aquele sorriso e principalmente, aquela energia... Certamente, ela era-... Antes de concluir o pensamento, a dita Mayuki foi pega por alguém, que a apertou e depois de rodopiá-la, a colocou sobre as costas. – Droga, Mayu! – Naruto reclamou. – Se você não fosse tão pequenininha, ia ser mais fácil te achar. – Fingiu um biquinho e sentiu as pancadas na cabeça.

– Onii-chan idiota! Não é que você não tenha me achado, você só chegou atrasado! Francamente! Mesmo que a mamãe tenha que ir fazer compras fora da cidade, é demais mandar logo você vir me buscar.

– Ei! – Ele a sacudiu nas costas. – Não ofenda seu irmão publicamente! – Reclamou, sem cessar os frenéticos sacodes que faziam a loirinha gargalhar.

O relacionamento era tão espontâneo, e as brincadeiras tão normais, tão felizes... Que as irmãs Hyuuga ficaram ali por um bom tempo, apenas observando a energia tão contagiante, ficando bestificadas com aquilo.

Elas se amavam, com certeza, mas mesmo que Hanabi tivesse coragem de abraçar a irmã em público, e até beijar-lhe o rosto – o que não era permitido dentro do clã -, elas jamais conseguiriam ser tão animadas, principalmente de uma forma tão constrangedora... Mas como aqueles dois pareciam tão felizes com atitudes que elas sempre aprenderam a considerar idiotas e desnecessárias?

Só então, depois de risos e sorrisos Naruto finalmente notou a colega de sala, que com os olhos esbugalhados e lábios entreabertos, parecia maravilhada com as atitudes dele. – He? Você não é da minha sala? – Perguntou surpreso. O rosto de Hinata corou com os segundos de contato visual, e depois de desviar os olhos, ela assentiu. – Eh... Como se chama mesmo...? Arata... Hiata... Hisata...

– Hinata, onii-chan! Hyuuga Hinata-chan! – Mayuki corrigiu, com as bochechas cheias de ar e falsa irritação. – Ao menos se lembre do nome dos seus colegas! – Reclamou a pequena, que apenas levou mais um sacode.

– Você aí, fique quieta! – Ele mandou com falsa autoridade, e tornou os orbes azuis até o da garota, sorrindo novamente. – Essa é sua irmã? – Mais uma vez, ela assentiu tímida demais para responder.

– Sou Hanabi. É um prazer conhecê-lo, Uzumaki-san. – A mais jovem se afastou milímetros da mais velha e o reverenciou. Tanta educação fez uma gota escorrer pela testa do loiro.

– C- Claro... Mas não precisa de tanta formalidade. – Naruto odiava formalidades. – A Mayu é sua amiga, não é? – Hanabi assentiu. – E eu e sua irmã somos colegas de turma, então você já pode até me chamar de “Naruto onii-san”. – Mayu fez um biquinho e agarrou o rosto do mais velho.

– Não pode! O onii-chan é da Mayu. – Reclamou manhosa, fazendo Hanabi gargalhar. – O- O que foi Hana-chan?! – Hanabi deu os ombros e tornou a agarrar a irmã.

– Não me importa, já que eu tenho a onee-chan. Pelo menos a onee-chan nunca chega atrasada, e sempre faz bolos muuuitos gostosos, só pra mim.

– HEE?! – Naruto fingiu surpresa. – Então não tem jeito. Não posso competir com bolos gostosos, já que minha comida é uma porcaria. – Mayu assentiu.

– Onii-chan é como a mamãe. Não sabe fazer nada. – Todos riram inclusive Hinata, que mesmo constrangida a ponto de ficar rubra, não conseguiu se segurar. E o sorriso causou mais impacto no rapaz do que ele próprio imaginava, já que ele ficou paralisado só de olhá-lo, como se fosse a coisa mais rara do universo.

Depois disso, Hinata se levantou, e segurou a mão da irmã. – Amanhã vou fazer um bolo bem gostoso pra você trazer de lanche, mas vai ter que dar um pedaço pra Mayu-chan, ouviu? – Hanabi assentiu.

– ARIGATOU, HINATA ONEE-CHAN! – Mayu gritou, com os olhos brilhando só de imaginar a economia do lanche. Hinata sorriu mais uma vez, e reverenciou os Uzumaki.

– Até logo. – Despediu-se, e Hanabi a imitou.

– Nos vemos outro dia, Naruto-san. Até amanhã, Mayu! – E depois de acenar freneticamente para a amiga, as irmãs seguiram em direção ao clã.

Durante o caminho, riram e sorriram conversando sobre o dia-a-dia da vida escolar, uma conversa que não poderiam ter perto do clã, nem ao lado de outro Hyuuga. E, enquanto se afastavam da escola, não perceberam... Que Naruto, o tão energético e divertido Naruto, pela primeira vez na vida, tinha o coração calmo e límpido, e não sentia vontade de correr ou gritar... Apenas ficar ali, parado, observando aquelas duas irmãs, que mais pareciam um quadro feliz de uma época muito antiga.

Só quando elas sumiram de sua vista, pôde sentir as batidas de Mayuki na sua cabeça. – Onii-chan! – Ela reclamava. – Vamos logo! Mayuki está faminta! – Com um suspiro cansado, ele assentiu e como se toda a sua energia voltasse, ele correu, fazendo a mais nova abrir os braços como um avião e dizer o “weee” mais divertido de toda sua vida.


No dia seguinte ocorreu a coisa mais espantosa do universo: como sempre, Hinata chegou ao colégio antes de todos os colegas, se sentou em seu lugar e abriu um livro que pegara na biblioteca Hyuuga na noite passada. Estava meio sonolenta por ter acordado mais cedo para fazer o tão desejado bolo de Hanabi, então ler uma história de ação talvez a acordasse.

Ela não esperava nada de diferente, e no começo nada aconteceu mesmo. Os alunos foram entrando, sentando e começando a conversar. Não se importavam se estava ou não incomodando a Hyuuga, a verdade é que queriam incomodá-la. Mal sabiam que as conversas de fundo faziam-na ficar a inda mais acordada, e focada na aventura em suas mãos.

Quando Naruto e Sasuke chegaram à sala aos berros, soltando suas rotineiras ofensas, ela não pôde se segurar e ergueu os olhos milímetros. Milímetros que foram suficientes para encorajar Naruto, que sorriu na direção dela, fazendo-a corar e voltar os olhos para o livro.

Aquilo era estranho, mas Naruto era curioso demais para deixar as coisas daquele jeito. Então, com o seu senso de bom-humor sempre alto e presente, ele caminhou até seu lugar – que ficava estrategicamente à frente de Hinata -, cumprimentou a todos, sempre animado e quando se sentou, virou a cadeira. Pousou os cotovelos na mesa dela e ficou a encará-la de um modo que seria constrangedor para os dois, pelo menos se ele tivesse um mínimo de bom senso. Depois de três minutos na mesma posição, Hinata baixou o livro, e constrangida, fitou os olhos dele. – Eu... Posso ajudar...? – Ele deu os ombros.

– Na verdade, agora sei o porquê de não lembrar seu nome, e também sei o porquê de estranhar tanto ouvir a sua voz... Você é bem quieta, não é?

– Desculpe...? – Ela não sabia exatamente o que dizer. Notando a timidez, o sorriso de Naruto apenas aumentou, e ele aproximou ainda mais o rosto.

– Agora saquei! – Ele exclamou, com um brilho indescritível nos olhos. – Você só é tímida, não é? Não tem como uma garota que ofereceu bolos para a Mayu ser uma estranha esnobe. – Ela abriu a boca, mas não conseguia pensar em nada para dizer. – Além disso, você é bem inteligente... – Ele refletiu, colocando a mão sobre o queixo. – Já sei! – Exclamou, batendo as mãos e tornando a olhá-la. – Por que não me ajuda um pouco em matemática?

– Mas... – Ela baixou a cabeça, tímida demais para olhá-lo nos olhos. – Isso não iria deixar o Uchiha-kun zangado...? – Ouviu-se uma risada alta vindo da mesa de Sasuke, que a fez olhá-lo automaticamente.

O Uchiha estava sentado ao lado de Naruto, e com os braços cruzados, olhos fechados e meio sorriso, ele deu os ombros. – Na verdade, você estaria tirando um peso das minhas costas. Esse daí é tão burro que não ia aprender a matéria nem por via lavagem cerebral. – Ela riu, timidamente, escondendo os lábios com as mãos. Para a sua surpresa, seu pulso foi puxado pelo loiro, fazendo-a se calar subitamente.

Ele deu um incomum sorriso constrangido com o silêncio, tanto de Hinata quanto de Sasuke, e coçou a nuca. – Bem... Você não deveria esconder o seu sorriso. Na verdade... – Ele corou um pouco e olhou para o teto. – Você fica linda sorrindo. – Murmurou, fazendo o Uchiha erguer a sobrancelha em desconfiança e a Hyuuga corar por um segundo, e no próximo, sorrir de um jeito tão feliz que ela se assustaria se visse a si mesma.

Foi tão rápido que só depois ela notou que a conversa não era exatamente um particular entre três colegas de sala; era uma conversa entre os dois garotos mais ricos, bonitos e populares, e a garota que, até agora, todos julgavam como a princesa do egocentrismo. Uma conversa que todos observavam bestificados, como se procurassem uma explicação para eles se darem tão bem com uma menina até agora estranha para todos.

Mas aquele sentimento de vergonha e incômodo não durou por muito tempo... Pois de uma maneira estranha, curiosa e espetacular, Naruto conseguia tirar esses sentimentos da mente da pessoa apenas com um sorriso, sorrisos que ela observou tanto e por tanto tempo, e que ele estava começando a dedicar a ela.





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Notas finais do capítulo

Bem, eu li o capítulo mais de cinco vezes, então espero que esteja tudo certo! :D

Essa é a fic mais pura que eu já escrevi na minha vida, e acho que deve ser a mais doce também. Eu tenho um carinho muito grande por ela, e espero que vocês também comecem a gostar! n.n

Be~m... Se vocês gostarem tanto quanto eu gosto, eu continuo. :3

O próximo tá pronto, mas só sai semana que vem, e apenas se tiverem reviews. :D

Dúvidas? Críticas? Opiniões?

Estou sempre disposta a ouvir! Então fiquem a vontade! n.nv

Até semana que vem... o

Ao menos é o que eu espero. ^-^'