Carpatos escrita por Senhorita Escritora


Capítulo 4
Jantar


Notas iniciais do capítulo

Boa leituraa



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/269047/chapter/4

– Mas pai...


– Calada!


Bufei.


– Quer saber acho que vou para o meu quarto que ganho mais. - Dei as costas a ele.


– Como assim mocinha? Me deve satisfações...


Não parei para ouvir o sermão dele e continuei seguindo o meu trajeto até meu quarto, ignorando seus gritos de desaprovação.


Deitei-me na cama e fechei os olhos.


– Que merda de vida eu tenho. Não sei porque ainda não me matei. - Disse com uma pontada de escárnio. Em momentos como esse eu sentia que não tinha importância na vida das pessoas.


''Não diga isso nem por brincadeira''


Aquela voz...Estava falando comigo de novo!


Cai da cama aterrorizada...Não, mais que isso. Eu estava chegando ao ponto de correr para os braços do meu pai para que ele me acolhesse e dissesse que eu não era louca.


Aquela voz, a mesma voz. Falava comigo, como se me conhecesse. Era uma voz masculina, rouca e sedutora. Era tão real, que eu mesma duvidava da minha sanidade.


Respirei fundo e contei mentalmente até 10. Eu estava tentando convencer-me de que eu não era louca. E que toda essas vozes não passavam de sintomas do stress pós briga.


''Você não está louca, meu amor''


Ahh! - Gritei. - Pare de falar comigo! - Tapei minhas orelhas. Tentando inutilmente não ouvir mais dessas vozes


Sentei-me no chão e fechei meus olhos com força.


Eu não sou louca, não sou. Repeti para mim mesma.


– Rúbia!


Senti estar sendo envolvida por um par de braços.


Abri os olhos e vi que era meu pai que me abraçava. Respirei aliviada e me senti mais protegida.


– O que houve? Por que gritou? - Ele se afastou um pouco e pude ver a preocupação estampada em seu olhar.

Ele estava todo arrumado e muito cheiroso, por um momento resolvi perguntar o porquê de tudo isso, mas naquele momento eu só precisava que alguém me acolhesse.


– P...Pai. - Respirei fundo. - Acho que estou ficando... - tentei achar a palavra certa. - louca.


Ele sorriu - Só agora que percebeu? Pensei que jamais iria descobrir isso por si própria.


Haha, agora ele estava tirando sarro da minha cara. Belo pai que eu tenho


– Estou falando sério. E...Eu - Eu tentava articular as palavras, mas a covardia impedia.


– Fale Rúbia. - Ele incentivou, agora preocupado.


Tomei coragem e respirei fundo - Pai estou ouvindo vo...


Din-Don (campainha)


– Eles chegaram.


Ele se levantou e me ajudou a ficar em pé. Suas mãos acariciaram meu rosto quando ele disse:


– Fique calma, Rúbia. Logo você se distrairá com eles.


– Eles? - De quem ele estava falando?


– Poxa, já esqueceu? Acho que não sou tão importante assim para você. - Ele fez um falso olhar de tristeza e logo voltou a sorrir feito um bobo. - A senhorita Toulu e seu filho vão jantar conosco. - Ele se afastou porta a fora.

Fiquei processando a informação ainda estática.


– E vista uma roupa descente para o jantar Rubi! - Ele gritou já porta á fora.


Sorri, talvez ele teria razão. Eu precisava me distrair. Levantei-me e segui em busca de algo que eu pudesse vestir hoje.


Depois de minutos tentando achar algo interessante, percebi que não tinha nada para vestir.

Legal, Rúbia.

[...]

– E como é sua vida de solteiro? Aposto que sofreu muito quando teve que aprender a cozinhar.

Risos cordiais surgiram. Uma risada de mulher e outra masculina.

– Claro que aprendi. E olha, isso que está comendo foi preparado por mim. - Agora era meu pai que estava falando.

Me senti mal por estar ouvindo a conversa deles escondida, mas não contive a vontade.

Tentei olhá-los sem que eles percebessem. Mas eu não sabia ser discreta, logo meu pai olhou-me como se eu fosse louca.

– Ora, está se escondendo, querida? - Meu pai se lenvantou. - Venha cá.

Pigarriei e fui com passos lentos e desgovernados até a sala de jantar. Eu estava vestida com a roupa menos ''cara de nerd''. Um vestido preto com detalhes florais.

Quando levantei o rosto para comprimentá-los, tive, como posso dizer...Entrei em estado de choque.


Aquele garoto...O mesmo que eu tinha visto antes. Não pode ser...E a mãe dele! A diretora da minha escola!


– Ora,ora. Que mundo pequeno. - O garoto disse, com seus olhos fixos nos meus.





Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ah e não deixem de acessar o link do Book Trailer oficial da fic.
Link:http://www.youtube.com/watch?v=P6cojJdnvws
Mereço reviews??