Carpatos escrita por Senhorita Escritora


Capítulo 20
Ele tem procurado você


Notas iniciais do capítulo

Olá, people...Finalmente o Nyah voltou (amém!!).

Espero sinceramente que esse capitulo agradem vocês ♥♥♥



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“Abri os olhos já marejados pelas lágrimas salgadas. Como ele pôde ter feito isso comigo?



– Não... Não... – chorei descompassamente e me deixei cair ao chão”.

Não sei quanto tempo eu tinha chorado, mas eu sabia que agora era guerra. Nathan era um completo monstro... Como eu pude ter acreditado que ele mudaria? Que ele poderia ser alguma vez um ser com boas índoles? A minha ingenuidade me fez refém das armações de Nathan.

Levantei-me lentamente e olhei novamente aquelas marcas já cicatrizadas no meu pescoço. Elas eram enormes para tentar esconder com o cabelo, por isso enrolei um cachecol em torno dele... Iria ser ridículo, pois não estava tão frio.

– Aonde vai com esse cachecol, Rúbia? - Meu pai perguntou o que eu sabia que perguntaria.

– Estou com dor de garganta e hoje tenho que apresentar um seminário, não posso ficar rouca. - Dei um sorriso amarelo, enquanto seguia em direção até a porta sem esperar outro questionamento dele.

Sai correndo e peguei um ônibus até algum lugar onde Nathan não pudesse me encontrar. Eu não iria para a escola hoje, não iria ir pra casa hoje... Eu só precisava fugir de tudo pelo menos por um tempo. Pelo menos até Nathan desistir dessa loucura de querer ficar comigo.

Olhei para a janela enquanto eu começava a sair da cidade. Meu coração se apertava, pois de alguma forma eu sabia que iria demorar muito até eu voltar para cá...

Uma Semana Depois...

– Rúbia! Os Clientes estão esperando – Minha chefa, Lucinda berrou na porta da cozinha.

– Já vou! – Gritei enquanto empilhava todos os pedidos na bandeja sem tentar derrubar... Eu era tão desastrada.

Humph!

Sai da cozinha e entreguei os pedidos para cada mesa. A maioria deles me comia com os olhos. E tudo isso porque eu trabalhava em um bar.

Eu sei que um lugar como esse não era um lugar adequado para uma pessoa que tem 17 anos de vida, mas eu precisava de um emprego e Lucinda foi generosa por ter me dado essa chance.

Já eram quase 10 horas da noite e os clientes não paravam de chegar. Eu estava exausta... Mas eu não me importava com isso, eu precisava de dinheiro.

– Rúbia, já chega por hoje. – Lucinda pegou a bandeja que eu segurava. – Você já está aqui há 12 horas sem descanso e eu não quero me ferrar por sua causa, pirralha. – Ela falou com sua grosseria costumeira e voltou para a cozinha.

Subi as escadas do bar e entrei no meu quarto improvisado. Ele era pequeno e um pouco rústico demais.

Deitei na cama e olhei para o teto escuro. O que seria de mim agora? Se Nathan me encontrasse eu provavelmente não teria mais vida social, pensei. Ele ira fazer questão de me manter como prisioneira até que eu jurasse que nunca mais fosse fugir. Que nunca mais lutaria contra ele.

Suspirei pesadamente e tentei dormir. Meus olhos se fecharam lentamente e me deixei ser embalada no sono profundo.

[...]

“Eu vou te encontrar”

Estava escuro demais para vê-lo, mas seus olhos vermelhos ensandecidos de raiva eram inconfundíveis.

Arfei quando ele se aproximou. Ele sorriu de maneira insana quando sentiu que eu estava com medo. Afastei-me dele, ate que senti algo sólido atrás de mim.

Ele sorriu ainda mais e vi seus caninos brilharem como uma ameaça. Nathan me encurralou na parede e me olhou insano.

“Eu vou te encontrar e quando isso acontecer vou prendê-la à mim para a eternidade”

Arfei quando ele se inclinou e tocou meu pescoço com seus lábios. Seus lábios se abriram e senti desgraçadamente seus dentes sendo cravados em mim.

“Rúbia”

– Não! – Gritei. – Não!Não! – comecei a chorar descompassadamente.

_Hey, hey. O quê está acontecendo aqui? – Lucinda entrou porta adentro e sentou na cama.

A encarei e balancei a cabeça. Eu não conseguia falar, meus soluços me impediam que eu dissesse alguma palavra.

– A pequena, o que eu faço com você. – Ela me aninhou em seu colo e acariciou meus cabelos. – Eu sei que está sendo difícil, mas você precisa lutar. Não pode se deixar levar assim.

A encarei confusa, por que ela estava me dizendo essas coisas sem ao menos souber do que realmente estava acontecendo.

– Lucinda... – sussurrei. – Eu...

Eu queria dizer a verdade a ela. Mas eu teria coragem? E se ela me chamasse de louca?

– Shh... Não precisa me explicar nada.

Engoli em seco. E tentei me acalmar... Eu tinha surtado por causa de um simples pesadelo.

– Lucinda. – Eu me afastei dela - Obrigada por ter me dado essa oportunidade de trabalhar aqui. Você foi boa demais pra mim e por esse motivo me sinto na obrigação de ser honesta com você. –funguei.

Ela pereceu intrigada, mas nada disse só aguardou silenciosamente o que eu iria dizer.

– Eu vim pra cá por que estava sendo perseguida. Já não agüentava mais e por isso fugi.

Talvez se eu ocultasse a parte do “vampiro” ela não iria me chamar de louca.

Ela me encarou confusa, depois me olhou com certa raiva e se levantou abruptamente da cama.

– Você é uma ladra, não é? Eu sabia! Eu sabia que não devia ter me sensibilizado com esses seus olhos inocentes. –Ela começou a andar de um lado para o outro pelo quarto.

O que?

– Lucinda, espera aí. – Me levantei. – Eu não sou uma ladra, sua louca!

Ela não acreditou muito. – Hm, sério? E espera que eu acredite que você fugiu do seu lar porque estava sendo perseguida? Daqui a pouco você vai me dizer que bruxas, duendes e vampiros existem!! – Exasperou.

– É exatamente isso que eu quero explicar. – Era agora ou nunca.

– Aposto que seus pais já devem estar te procurando e... O que disse? – Ela pasmou, empalideceu e paralisou.

– Não me chame de louca, ta legal?

–Você é louca!! – Ela berrou.

Suspirei pesadamente e revirei os olhos. – Eu não queria que fosse desse jeito... Você talvez vá querer me chutar para fora daqui, mas prefiro ser honesta com você a continuar te iludindo.

–Ah, Jesus! Porque o Senhor só me mete nessas furadas, poxa? – Ela olhou para o teto.

– Lucinda, sente-se, por favor... Depois eu vou embora, eu juro! – prometi.

Ela assentiu e se sentou na cama me encarando com raiva.

– Eu fugi de um vampiro, ou melhor, um Carpato. – Comecei, pensando que ela iria me interromper de alguma forma, mas continuou impassível.

Respirei fundo e continuei. – Ele ameaçou a vida de meu pai e a minha vida para que eu ficasse com ele. Por isso fugi, não agüentava mais seus ataques de loucura sobre mim. Eu sei que você não acredita em nessa estória, mas eu não me importo. – suspirei. – Vou fazer minhas malas.

Peguei minha mala e comecei a socar minhas roupas dentro dela.

– Se você continuar fazendo suas malas eu juro pela divindade que eu vou te dar uma bela de uma surra. – Ela ameaçou rudemente.

Virei-me assustada sentindo seu olhar sobre mim...

– Digamos que eu acredite em você, pirralha. – Ela se levantou. – Por mais que você tente você nunca pareceria como uma ladra. É santinha demais pra isso. – Ela riu e balançou a cabeça, enquanto cruzava os braços sobre o busto fazendo assim mostrar suas milhares de tatuagens.

– Então você acredita em mim? – Um brilho de esperança surgiu...

–Hey, calma aí. Vamos com calma, pirralha. Eu ainda acho muito louca a sua estória bizarra de vampiros, bruxas, duendes e fadinhas voadoras... – ironizou como eu sabia que faria.

– Eu não disse que duendes existiam...

–Não me interrompa. Mas continuando, eu acredito em você e quero confiar em você porque sei que é boa pessoa... Mas por favor, não me assuste mais com seus gritos na madrugada. – Ela bocejou. – Preciso ir dormir, amanhã tenho um dia cheio. E trate de dormir também, pirralha.

Ela se foi porta a fora e me deixou paralisada no quarto... Ela era realmente uma louca.

Suspirei pesadamente e voltei à cama. Iria ser difícil dormir.

[...]

– Rúbia, estamos com clientes novos... Atenda-os. – Lucinda colocou uma caneta azul na minha blusa e ajeitou meu avental amassado.

– Ok. – disse enquanto seguia em direção a mesa onde eles estavam. – O que vão pedir? – Perguntei sem olhá-los.

– Um pouco de sangue e um pescoço quente. – disse um homem.


Levantei meu rosto assustada e vi aquele par de olhos castanhos me encarando com malícia.

Era ele o médico que me atendera no hospital... O vampiro.

Engoli em seco e pensei em sair correndo, mas antes de tentar ao menos fazê-lo ele me impediu segurando firmemente meu braço.

– Espere. – Ele disse. – Preciso falar com você.

– Eu não tenho nada a falar com você, seu sangue suga maldito! – tentei me soltar, mas foi em vão.

– Não quer fazer um shozinho aqui, não é mesmo? Eu sei que foi difícil conseguir esse trabalho e pode ser ainda mais difícil você voltar pra ele quando for demitida. – disse implacável. – Vamos.

Ele se levantou e soltou meu pulso. O segui até a varanda do bar.

– Você deve estar se perguntando o que eu estou fazendo aqui. – Ele disse enquanto se apoiava na janela sem me encarar.

Não disse nada, eu não conseguia. Estava morrendo de medo.

– Eu não vou te machucar, garota. Mas você tem que saber que as consequências dos seus atos podem te encrencar muito... Ele tem procurado você... Está furioso, nunca o vi daquela maneira. – Ele balançou a cabeça parecendo admirado. – Vai ser doloroso quando Nathan te encontrar. – O desgraçado sorriu achando graça da situação.

– Ele não vai me achar. – afirmei. – Eu sempre estarei em algum lugar diferente.

– Quanto tempo você acha que esse joguinho vai durar? Ele é um Carpato, sua idiota! – Ele quase berrou.

Engoli em seco. – Vai me entregar a ele? – perguntei apreensiva.

– Não... Não. – Ele riu, e se aproximou. – Eu quero apreciar o momento.

– Não se aproxime de mim. – Tentei correr de volta para o bar, mas ele me puxou com uma rapidez inumana e segurou meu rosto entre as mãos.

– Você devia ter aceitado o seu destino... Ele não te ama como os humanos amam. O amor de um Carpato é muito mais intenso e por isso quando estiver toda machucada não diga que eu não te avisei Rúbia querida. - sussurrou ternamente.

Meus olhos estavam cheios de lágrimas não derramadas de pavor.

Ele se afastou de mim com um sorriso e se foi, mas antes se virou – Um conselho de amigo, é melhor que você procure um lugar novo para morar... Nathan já está pelos arredores da Cidade Do México, eu dou um prazo de menos de uma semana até ele te encontrar.

Deixei-me cair ao chão. Meus soluços se aumentavam cada vez mais conforme meu desespero subia.

Não, não, não...


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Notas finais do capítulo

Eu sei que o Nathan a princípio parece um maníaco obcecado pela Rúbia, só que ele a ama de uma maneira beeeem distorcida, mas a ama. Eu posso dizer que essa estória pode ter um final feliz mesmo com todas essas reviravoltas entre os dois...Eu disse que "pode ter", ok? rs



Por favor façam a Srta. Escritora feliz e comentem!! Também aceito recomendações,tá? ahloka.