Carpatos escrita por Senhorita Escritora


Capítulo 19
Conte até 10


Notas iniciais do capítulo

Olá, novamente. Peço perdão por não estar postando os capítulos frequentemente.

Boa leitura.
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‘’– Será minha Rúbia e de mais ninguém. – prometeu e segurou meu rosto entre as mãos depositando um violento beijo matando o meu grito de pavor.’’


Seus lábios guerreavam com os meus. Seu ataque era violento demais e lutar seria em vão, mas eu não deixaria que ele me dobrasse dessa maneira, mesmo sabendo que eu não conseguiria resistir a ele...Cada toque, por mais doloroso que fosse me atiçava a querê-lo cada vez mais.



Suas mãos passearam lentamente até o meu quadril, aquilo me causou arrepios. E lá senti seus dedos brincarem com o fecho da minha calça.



Se eu não o parasse agora seria o fim. O fim de todo o meu controle, o fim de poder ter a escolha sobre a minha vida.



– Não... Eu... – tentei dizer para que ele parasse, mas seus lábios não deixavam que ao menos eu pudesse respirar.



Ele não me deu ouvidos, toda a sua atenção estava em meu corpo. Ele me desejava de uma maneira intensa demais para que eu suportasse.



– Será minha companheira. – sussurrou assim que libertou meus lábios dos deles.



Ao abrir os olhos e vi suas íris se tornarem vermelhas como sangue. Seus caninos cresceram até se tornarem tão pontudos como uma agulha.



Minha respiração se tornou cada vez mais curta pelo medo e o prazer daquela situação. Eu o queria, assim como ele. Mas o que me separava dele era seu mundo, frio e obscuro...O mundo dos Carpatos.



Ele era um vampiro, um Carpato.




– Não... – balancei a cabeça repetidas vezes.




Ele sorriu com maldade. – Minha.



E no próximo segundo seus dentes se cravaram lentamente em meu pescoço. A dor que eu senti naquele momento era indecifrável.



Eu tentei gritar, mas não consegui. Tentei lutar, mas seu abraço mortal me mantinha a mercê de seu ataque. Enquanto eu tentava rechaçar seu toque ele me prendia como se seus braços fossem grilhões.



Fechei meus olhos me rendendo à escuridão.



Senti minha calça sendo rasgada da mesma maneira que ele havia feito com a minha camisa...Como se aquele tecido bruto fosse um pedaço de papel.



Suas mãos tocavam minha pele agressivamente e eu sentia que meu sangue estava sendo retirado pouco a pouco das minhas veias.



“Abra os olhos”



Abri meus olhos para ver mais uma vez seus olhos vermelhos me controlando. Olhei instintivamente para seus lábios e vi manchas do meu sangue lá. Aquilo me fez engolir em seco e o fez sorrir.



Ele adorava-me ver assustada.



Minha respiração estava entrecortada, eu não conseguia respirar e meu peito subia e descia rapidamente e vi que sua atenção se foi para eles.



– Não. – eu disse já com lágrimas caindo sobre meu rosto.



Ele sorriu ainda mais com seus dentes incrivelmente brancos. – Preciso saborear cada parte do seu corpo. – Nathan segurou ainda mais firmemente minha cintura. Senti minhas costelas se quebrando.



– Nãooo! – gritei.




Ao abrir os olhos tive quase vontade de fazer uma prece. Tudo foi um sonho...




Mas parecia tão real que eu me certifiquei se Nathan ainda pudesse estar no meu quarto. Olhei em todas as partes, mas ele não estava lá.



Passei os dedos em meus cabelos com força enquanto me sentava na cama. Eu estava mais que nervosa, eu estava assustada.



Nem me dei conta quando os pequenos raios de luz atravessaram minha janela. Já era de dia, e eu ainda nem tinha me arrumado para ir a escola.



– Rúbiaa! Venha tomar seu café!



Meu pai berrou.



Suspirei desanimada e me vesti rapidamente. Eu não tinha muitas opções no guarda-roupa... Eu vestia basicamente uma camisa, jeans e um par de sapatilhas.



Desci as escadas rapidamente e encarei meu pai arrumando a mesa. Ou melhor, tentando arrumar. Ele não tinha nenhum senso estético.



– Bom dia, pai. – sentei-me na cadeira mais distante dele e tentei não parecer nervosa.



Naquele momento me lembrei da última conversa com ele e o que pôde ter acontecido no momento em que foi para casa de Pietra.




– Bom dia, filha. – Ele sorriu levemente e se sentou também.




Nada mais foi dito. Enquanto isso eu tentava comer.



Aquele silêncio era perturbador.



Tentei comer o mais rápido possível,eu precisava sair dali antes que eu acabasse por surtar, mas acabei por irritar meu pai.



– Pare com isso, Rúbia. – ele franziu as sobrancelhas e me olhou com desaprovação. – A comida não vai fugir de você, então trate de comer direito.



Engoli em seco e comi normalmente. Dei mais algumas mordidas no pão italiano, bebi o resto do café descafeinado e levantei-me da mesa.



– Pronto, vou escovar os dentes. – disse enquanto subia rapidamente as escadas.



Ele nada disse, ou talvez eu pudesse não ter ouvido. Mas no momento em que cheguei ao banheiro suspirei aliviada.



Eu não queria falar com ele, não poderia me sujeitar novamente. Eu queria sumir e não ser mais um peso para o meu pai. Mas para onde eu iria ir? Eu não tinha nem ao menos outro parente próximo.



Encarei-me no espelho e percebi que estava perdendo aquele brilho nos olhos que eu tinha antes, minha pele não ruborizava mais como antes. Minha vida era perfeita antes, é claro que havia algumas desavenças, mas elas não me afetavam como afetam agora.



E tudo por causa dele.



Escovei meus dentes rapidamente e lavei meu rosto. Olhei para o meu reflexo novamente e vi que havia algo estranho no meu pescoço.




Aproximei-me mais e quase dei um grito de horror quando vi dois buracos roxos já cicatrizados na pele do meu pescoço.




Perdi o equilíbrio e tive me apoiar na pia. Minhas mãos tremiam quando toquei aquelas duas marcas no meu pescoço...Não tinha sido um sonho.



Não pode ser.



Fechei meus olhos com força. Aquilo não podia estar acontecendo.



Contei mentalmente de zero a dez.



Aquilo era loucura.



4....5...6...



Foi só um sonho, Rúbia.



...7...8...



Rúbia, não surte.



...9...10...



Isso não pode estar acontecendo!



Abri os olhos já marejados pelas lágrimas salgadas. Como ele pôde ter feito isso comigo?




– Não... Não... - chorei descompassamente e me deixei cair no chão.





NOTAS DA AUTORA: ASSISTAM AO TRAILER OFICIAL DA ESTÓRIA:

http://www.youtube.com/watch?v=P6cojJdnvws&list=TL5LwoWcPJRi0




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Notas finais do capítulo

Peço perdão novamente e gostaria de agradecer a Beatriz Grey.
Obrigada sua linda, peço perdão por não ter te agradecido antes.




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