Carpatos escrita por Senhorita Escritora


Capítulo 18
Companheira


Notas iniciais do capítulo

Olá, desculpe pela demora absurda. Eu tive alguns problemas, mas agora que estou melhor resolvi postar mais um capítulo.

Boa leitura....



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- Não sabe o que está dizendo. – ele sussurrou calmamente. Seu olhar estava feroz.

- Acha que eu estou louca? Agora eu sei o tipo de aberração que é você! – gritei descontrolada e como resposta vi seus olhos ficarem vermelhos, literalmente falando.

Em um instante eu estava borbulhando de fúria e agora estava chorando como uma criança amedrontada. Eu estava cansada daquilo, estava cansada de toda aquela tensão. Dos problemas com o meu pai, da situação constrangedora que fui submetida. E como resposta ele tentou me abraçar novamente. Tentei repeli-lo, mas eu já sabia que seria uma ação inútil.

-Por que me escolheu? Por que eu? – sussurrei e bati em seu peito enquanto sentia sua respiração tocando minha nuca.

- Eu não posso lhe contar, não é certo. – Ele se afastou e segurou meu rosto com firmeza entre as mãos para que eu o encarasse. – Tudo que você deve saber que meus sentimentos por você são reais, talvez seja... Amor...

Balancei a cabeça. – Não... Não, tudo menos amor. – me afastei dele, ou ele deixou que eu me afastasse. – Se me amasse não teria... Não teria...

Não consegui terminar a frase e olhei para o chão. Relembrar de todos os momentos em que fui humilhada e acuada por ele me fez engolir em seco. Eu não conseguia ver amor em sua ações, em lugar disso eu via uma enorme obsessão desenfreada em suas ações.

Fiquei de costas pra ele.

- Como pode duvidar do meu amor? – Ele se voltou para mim. – Acha que estou mentindo para você? – seus olhos estavam borbulhando de raiva.

- Eu não consigo confiar em você. Nem sequer me sinto segura ao seu lado. – balancei as mãos de maneira nervosa e olhei para elas que estavam tremendo. – A qualquer momento serei machucada de novo.

Ele nada disse, eu estava certa e Nathan sabia disso. Ele era o culpado.

Depois de um longo e desconfortável segundo resolvi subir as escadas em direção ao meu quarto. Eu precisava chorar, precisava tirar toda aquela tensão de alguma maneira. Afinal, eu só era uma adolescente, como todas as outras.

- Aonde vai? – perguntou ele.

- Vou para o meu quarto. – disse em um tom claro de que queria ficar sozinha.

Em resposta ouvi um silêncio e olhei para trás. Ele não estava mais lá.

[...]

Custei para dormir.

Ele não saia da minha mente. Aquilo era pior do que se imaginava.

“Desculpe-me  por lhe causar insônia”

Quase gritei pelo susto. E abri os olhos, sem nada ver. Estava escuro demais.

- Onde você está? – perguntei com a voz rouca.

“Na janela”

No mesmo instante olhei para a mesma com dificuldade, a escuridão na cedia. Mas foi ai onde o vi. Ele estava sentado em um tronco de árvore numa posição confortável.

Levantei-me da cama lentamente e segui com passos lentos até a janela. Por que eu estava fazendo isso? Por que eu estava prestes a abrir a janela?

A resposta estava mais perto do que eu imaginava.  

Abri o vidro e encarei-o. Ele não entrou, estava do mesmo jeito, só que agora seus olhos estavam tomando os meus. Ele me olhava com tristeza, mas eu podia ver algo mais ali...Carinho?

Em um movimento impensado me aproximei mais dele. Até que os nossos rostos estavam tão próximos que eu conseguia sentir sua respiração tocando meu rosto suavemente.

Eu me atrevi a olhar em seus olhos novamente e foi nesse momento que eu mei conta de que precisava dele de alguma forma.

Eu não entendia e não queria entender e soube que o queria, queria-o perto de mim, mesmo sabendo que eu teria o enorme risco de ser machucada novamente pela sua natureza furiosa.

- Não faça isso. – sussurrou. – Não me beije.

Eu tinha ouvido direito? Ele estava me evitando? Os papéis pareciam ter sido invertidos.

- Por quê? – sussurrei mais que envergonhada. Meus olhos não queriam se focar nos deles. Olhei para tudo que não fossem eles.

- Se me beijar não irei parar. E isso não é algo que faço de propósito. – Nathan sussurrou e levantou meu rosto com um dedo sobre meu queixo.

Eu não pensei e muito menos cogitei a idéia de beijá-lo, mas no mesmo segundo me vi agarrando-o fortemente.

Meus lábios guerreavam  com os deles em uma batalha sedutora e apaixonada.

Senti meu corpo ser empurrado e jogado contra a cama. Ele envolveu seu corpo contra o meu em um abraço possessivo.

Seus lábios voltaram ansiosos para tomar os meus de maneira intensa. Senti suas mãos acariciando meu corpo sedutoramente e ao invés de sentir nervosismo ou qualquer sentimento de medo, eu estava segura, mesmo que esse sentimento fosse um tanto irônico.

Surpreendi-me  quando vi o que ele estava fazendo. Suas mãos estavam rasgando minha camisa como se fosse um pedaço de papel e não um tecido bruto. Seus dedos passearam lentamente pela minha barriga até encontrarem meu sutiã. Nathan fazia tudo sem tirar uma vez sequer seus olhos dos meus.

- Como pode ser tão linda? – sussurrou e logo voltou a beijar-me como antes.

De repente senti algo pontudo perfurar meus lábios e me afastei assustada.

- O que... – não terminei a frase quando toquei meus lábios e vi meus dedos manchados de sangue.

Nathan se aproximou e envolveu meus dedos com seus lábios. Tentei repeli-lo, mas o mesmo me impediu. Logo ele se afastou e sorriu.

- Você tem um gosto maravilhoso. – sussurrou, seu sorriso aumentou e pude ver seus caninos brilharem como uma ameaça.

Naquele momento me lembrei daquele médico e o seus caninos tentando perfurar minha pele.

– Ele não te disse o que ele é e porque ainda está vivo? – ele sussurrou.

Olhei sem acreditar quando o vi se inclinando até mim, com seus dentes crescendo e seus olhos ficarem vermelhos.

– Por sua causa...Você o mantêm vivo. – Sussurrou com os lábios bem perto do meu pescoço.

Eu não tive coragem de gritar”.

Ele percebeu que eu estava assustada e tentou me acalmar. – Rúbia... Eu ia te explicar. – ele tocou meu rosto, mas eu afastei sua mão bruscamente.

-  Não. – sussurrei. – Vá embora. – coloquei minhas mãos sobre meu rosto.

 O fato de ele ser um vampiro era incabível. Eu não podia e não deveria ficar com ele... Não quando eu teria o risco de ser mordida a qualquer momento.

- Não posso, não posso. – sussurrou enquanto depositava beijos na pele de meu pescoço. - Não posso parar e muito menos quero fazer isso. – continuou.

- Nathan,vamos conversar. – tentei soar calma, eu precisava impedi-lo. – Eu não quero morrer, não agora. – sussurrei amedrontada.

Ele riu e se afastou. – Acha que vou matá-la?

- E não vai? – Ele era um vampiro.

- Se eu a quisesse morta já o teria feito no primeiro instante em que a vi.

Ele continuou sorrindo. – Eu sou um vampiro e você deve aceitar isso, por que logo será oficialmente minha companheira. – seus olhos brilharam estranhamente.

- O que?

Ele tinha dito o mesmo que o médico (vampiro) dissera.

- Será minha Rúbia e de mais ninguém. – prometeu e segurou meu rosto entre as mãos depositando um violento beijo matando o meu grito de pavor.


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Notas finais do capítulo

Eu tentei fazer o máximo que eu pude. O capítulo não ficou tão bom como os outros, mas eu prometo a vocês que irei caprichar.


E eu gostaria de agradecer a Jussara (sua lindaaa). Obrigada pela recomendação, você me deixou muito feliz! :)