Carpatos escrita por Senhorita Escritora


Capítulo 16
Diabólico


Notas iniciais do capítulo

Depois de muita luta finalmente consegui fazer esse capítulo...Estamos chegando no desenrolar dessa estória.
Esse capítulo ficou meio ''punk'', por isso estou alertando-os, pois se houver alguém que se impressiona fácil, não leia esse capítulo...Mas se você for corajosa(o) vá em frente.

Boa leitura ♥



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Algumas garotas choravam e outras se reuniam em grupinhos e falavam olhando de maneira assustada para mim.Tentei fazer de conta que isso era coisa da minha cabeça, mas foi só aparecer um belo cartaz colado no mural da escola para fazer minhas idéias se destorcerem:

'' QUERIDA MEGAN. DESCANSE EM PAZ.''

''PS: VOCÊ SEMPRE SERÁ A NOSSA MELHOR CAPITÃ DE TORCIDA.''

Como assim, ela morreu? Olhei assustada para o cartaz que no final estava escrito com letras pequenas:

''Velório aberto ao público das 13h até ás 17h.''

O quê?

Eu demorei até cair a ficha de que aquela garota tinha realmente morrido. Era como se minha mente estivesse nublada, com mil pensamentos passando por segundo.

– Você vai no enterro dela?

Quase pulei de susto. Olhe desconfiada quando vi um garoto desconhecido na minha frente, me olhando com um semblante triste.

– Eu não acredito que você está realmente me perguntando isso. - murmurei friamente. Será que ele não se ''recordava'' do que aquela garota tinha feito à mim?

Ele franziu as sobrancelhas e pude ver um brilho de raiva em seus olhos. - Olha, a minha irmã era uma boa pessoa...Sei que ela te fez mau,mas isso já é passado e...

– Sua irmã? - Me afastei dele. - Só você pode realmente gostar dela...

Ele riu, mas sua risada era sarcástica e a ironia estava fixada em seu olhar. - Garota petulante.

O encarei perplexa, ele conseguiu me cutucar bem na ferida. Mas nem por isso deixei de respirar fundo e dar as costas à ele, mas a criatura teve a audácia de segurar meu braço e encará-lo de volta.

– Não me dê as costas! Estou falando com você. - Meu braço estava doendo com o seu aperto.

Tentei soltar-me, mas seu aperto tornou-se mais forte. Ele me encarava com raiva, parecia estar ficando fora de si. Notei que as pessoas estavam olhando assustadas para a ''grande cena patética''.

– Você está marcada garota. Me ouviu bem? - Ele fez questão de aproximar seu rosto do meu e manter seus olhos nos meus. E logo depois me soltou com um empurrão que me fez quase cair. Ele sorriu e se virou, afastando-se de mim.

– Desgraçado. - Gritei sem pensar.

Eu só podia ser uma suicida mesmo.

Ele parou e virou-se lentamente.

– Está realmente pedindo para morrer? - Ele se aproximou pronto para lançar um golpe. Fechei os olhos por impulso, mas o golpe não veio, a dor também não.

Abri os olhos e vi o braço daquele garoto sendo torcido por outra pessoa. Era ele.

Era irônico o fato do meu salvador ser a pessoa que mais atormentava minha vida...Nesses momentos eu me assegurava de que ele era uma boa pessoa. Mas quando olhei para o que Nathan estava fazendo quase tive um colapso.

Ele estava quase quebrando o braço daquele imbecil.

– Acho que você deve desculpas à alguém, se não quiser que eu arranque seu braço. - Nathan estava sorrindo, como se aquilo fosse uma brincadeira.

O garoto estava se contorcendo de dor,e se ajoelhou e tentou falar algo, mas só conseguiu balbuciar gemidos. Nathan não estava dando a oportunidade para o garoto dizer sequer uma única palavra.

– Não consigo ouvir o que está dizendo. Fale mais alto. - disse ele com um longo sorriso.

– N...Nathan. - sussurrei. Eu queria que ele parasse com aquilo. Ele me olhou, e pude notar que estava fora de si, seus olhos mantinham uma expressão sinistra. Ele me olhou por breves segundos e um sorriso diabólico brotou em seus lábios assim que ele voltou a olhar para o garoto que estava ajoelhado diante dele.

– Eu lhe dei uma chance. - disse e logo depois torceu ainda mais o braço do garoto em um movimento inumano.

Seu braço estava quebrado...Aquilo era horrível de se ver e o único som que pode ser ouvido naquele momento foram seus gritos de dor.

E logo uma risada alta guerreou com seus gemidos de dor. Nathan estava dando gargalhadas, o encarei com certo horror. Ainda não tinha me acostumado com o seu lado ''sádico.''

As pessoas que ali estavam paradas, ficaram olhando a cena com horror. Algumas colocavam suas mãos em suas bocas, como se para tentar não gritar de pavor.

Ele me olhou e seu sorriso morreu no mesmo instante. Ele me assustava quando me olhava assim, de maneira tão possessiva e talvez insana. Aquilo fez meu estômago embrulhar pelo medo. Eu queria ir embora, queria sair daquele lugar e não medi esforços para fazer isso.

Ele percebeu que eu iria fugir e correu atrás de mim. Corri para longe dele, mas eu sabia que essa fuga não iria durar muito tempo. Meus passos eram rápidos e desgovernados, não ousei olhar para trás, pois sabia que isso iria me amedrontar ainda mais.

" Não fuja de mim!"

Engoli em seco e entrei no banheiro feminino. Eu sabia que ele não entraria lá. As garotas que se encontravam lá me olharam de maneira assustada. Puro engano. Elas não estavam se borrando de medo por minha causa, estavam olhando fixamente para algo que estava atrás de mim.

– Vocês. Saiam. - Aquela voz. Não pode ser.

Olhei para trás e encarei um Nathan muito bravo. Ele me empurrou para um banheiro individual e fechou a porta atrás dele. Suas mãos foram de encontro aos meus ombros e me empurraram na parede fria de maneira bruta.

– Eu não entendo você...Realmente não entendo. - sussurrou, enquanto se aproximava mais.

Engoli em seco. Aquela proximidade não me deixava pensar com clareza.

– O que você quer? - sussurrei amedrontada, como sempre. - Você quebrou o braço dele. - relembrar aquela cena era no mínimo algo realmente nojento.

– Eu salvei você...E é assim que me agradece? Fugindo de mim? - Ele se aproximou ainda mais e senti seu corpo colado ao meu.

Abaixei a cabeça, não iria conseguir encará-lo. Não nesse ângulo. Seu tom de voz era frio, e eu o conhecia bem o suficiente para saber que ele estava salpicando de raiva.

– Me solte. - sussurrei.

Ele riu. - Não mude de assunto.

– Se não me soltar eu vou gritar. - ameacei-o, a minha única arma era essa.

– Quero ver você tentar, querida Rúbia. - Ele disse sério, mas havia um tom divertido em sua voz.

Respirei fundo e gritei, mas um segundo depois me vi com sua mão tapando minha boca.

– Você quer realmente continuar agindo como uma tola ?. - Ele sussurrou com os lábios bem próximos do meu pescoço.

Engoli em seco e tentei tirar sua mão que estava sobre a minha boca, mas foi igualmente inútil. Seu aperto era como grilhões. Ele começou a depositar beijos molhados na pele de meu pescoço.

Não.

Eu não podia deixar que ele me dobrasse dessa maneira tão cruel, por isso tentei sair de seu braços de todas as formas possíveis. Eu sabia que aquilo seria inútil, mas o desespero possuiu todos os meus sentidos.

Senti um vento na minha barriga. Olhei instintivamente para baixo e vi minha camisa aberta. Ele desabotoou os botões dela sem ao menos eu perceber. Sua mão agora estava no fecho do meu sutiã.

Crueldade.

Era essa a palavra que justificava o que Nathan fazia. Onde estava aquele garoto doce e gentil há poucas horas atrás?

Solucei, incontáveis lágrimas desciam sobre o meus rosto. Eu já sabia qual seria o meu fim...

Seus dedos abriram o fecho do meu sutiã e rapidamente a peça foi tirada do meu corpo. Fechei meus olhos com força e continuei a soluçar desesperadamente.

– Olhe para mim. - sussurrou ele, enquanto tocava meus seios suavemente o que me fez gritar, mas o som foi abafado pela sua mão.

Não ousei olhá-lo, eu estava desesperada demais para fazer sequer isso.

– Me obedeça, se não quiser que eu a tome aqui mesmo.

Abri os olhos e o encarei com dificuldade, as lágrimas impediam esse ato. Nathan me olhou de maneira assustada e tirou a mão que tapava minha boca. Respirei aliviada e me surpreendi quando ele tocou meu rosto e limpou minhas lágrimas.

– O que foi que eu fiz. - sussurrou. E pude ver lágrimas de sangue descendo sobre seu rosto. - Me perdoe, me perdoe. - sussurrou novamente e me abraçou.

Um dia depois...

– Rúbia! Estou falando com você!

Olhei assustada para frente. E vi meu pai me olhando de maneira preocupada.

– O que está havendo? Você está muito estranha. Mal comeu hoje. - Ele se sentou na cadeira e segurou minhas mãos que estavam sobre a mesa.

Engoli em seco e balancei a cabeça. Eu queria dizer que eu estava bem, mas qualquer um podia ver que eu não estava.

– Pai, não precisa se preocupar. - sorri e olhei para suas mãos que estavam sobre as minhas.

– O que aquele garoto fez?

O encarei assustada. Será que ele sabia de algo?

– N...Nada. - balancei a cabeça. - De onde o senhor tirou isso? - me levantei da mesa, mas ele ordenou para que eu continuasse sentada.

– Um dos deus piores defeitos é que você é uma péssima mentirosa. - Ele cruzou os braços sobre o peito e me olhou desconfiado. - Agora, me diga alto e claramente. O que aquele desgraçado fez?

Notas da autora: Assistam ao trailer oficial da estória!


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Notas finais do capítulo

Eu me inspirei bastante nesse capítulo. Vimos um Nathan mais frágil e diabólico.
Espero sinceramente que tenham gostado.

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