Carpatos escrita por Senhorita Escritora


Capítulo 12
Briga


Notas iniciais do capítulo

Acho que é a primeira vez que posto um capítulo grande...Boa leitura.



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‘’Nathan se deixou cair ao meu lado e puxou -me contra ele. Senti um cobertor envolver meu corpo e a escuridão dominar o quarto.


Senti algo sendo pressionado na minha testa...Eram seus lábios.

– Durma, Rúbia.


Funguei e fechei olhos, não iria ser fácil dormir, mas pelo menos naquele momento senti-me aliviada pelo simples fato de saber que Nathan me respeitava...De uma maneira meio distorcida, claro. Mas respeitava.’’




Sabe aquela sensação de estar sendo observada por várias pessoas como se você fosse um ser de outro planeta?



Era isso que estava acontecendo comigo. E não era só uma grande parte dos estudantes que me encaravam, eram todos. E tudo por quê? Porque eu estava andando com o garoto mais atraente e estranho da escola...Sim, o Nathan.

Elas paravam para olhar, alguns até apontavam e riam. Eu estava desconcertada e com raiva por ter que passar por essa situação(outra vez) graças á esse garoto insuportável.

– Hey, eu ouvi isso. - Ele disse com um sorriso zombeteiro. Percebi que ele tentou segurar minha mão, mas fui mais rápida e cruzei os braços sobre meu peito. - Vai se fazer de difícil agora? - sussurrou com os lábios bem próximos da minha orelha.

Ah ele queria morrer, só pode.

Tentei afastá-lo, mas Nathan se afastou e começou a andar em outra direção com passos lentos. Olhei ele se afastando e me perguntei aonde ele iria e o que iria fazer, mas ao mesmo tempo senti-me aliviada por ele ter tido a decência de me deixar sozinha. Eu não aguentava mais seus ataques sobre mim, ele fazia questão de me tocar e beijar quando estávamos sozinhos. Mas parte desse frustração que eu sentia era por culpa minha também, já que muitas vezes em que ele me beijava eu me pegava querendo mais e isso era totalmente inaceitável. Eu tinha que odiá-lo pois, esse sentimento era o certo.

Mesmo andando desacompanhada as pessoas ainda olhavam. Tentei ignorar esses olhares constantes enquanto seguia com passos rápidos até a sala onde eu teria a primeira aula.

– Rúbia, querida...

Olhei assustada para trás e vi aquelas três meninas me olhando nada amigavelmente. A do meio que era loira exuberante parecia ser a que estava mais desconfortável.

– Eu. Vi. Você - Ela dizia cada palavra com muita intensidade.

Senti meu rosto gelar e minhas pernas pareciam querer amolecer. Eu estava com
medo.

– Não é o que você pensa, eu... - Típica frase de um covarde.

Ela inclinou a cabeça para o lado e lançou um olhar irônico. - Ah, é? Por acaso você me acha idiota? - Ela se aproximou mais de mim.

Eu sabia o que ela iria fazer, mas nem por isso resolvi fugir. Eu não era tão covarde assim...Ou era?

Várias pessoas começaram a parar para olhar a cena e logo um roda foi feita. Iria ser mais difícil fugir.
Não acredito que pensei nisso. Eu não iria fugir de uma loira que se achava demais, tudo bem que ela era bem maior que eu e parecia ser do tipo que malhava todos os dias.

– Por que você não fala com ele? Eu não tenho culpa se você não é sociável com o sexo oposto. - Eu queria provocá-la e enfraquecê-la com minhas palavras, já que eu não era tão boa usando a força física.

– Você só pode estar querendo morrer.- Ela estralou os dedos sobre o meu rosto e as outras duas garotas começaram a rir e se aproximaram mais.

Eu estava encurralada. Nesse momento senti falta de Nathan no momento que mais precisava dele. Ele não deixaria que aquelas garotas me agredissem, eu tinha plena certeza disso.

– Sabia que 3 contra 1 é covardia? - Uma voz irritante disse. Era Yasmin.

– Cai fora sua esquisita. A conversa não chegou até você. - Ela estralou os dedos e olhou para as garotas. As duas seguraram Yasmin, afastando-a de mim.

– Hey! Me soltem suas piranhas! - Yasmin gritou e pediu ajuda, mas ninguém interveio. Todos estavam querendo ver a briga, querendo me ver apanhando.

Vi de relance um garoto me filmando com o celular.

– Agora ninguém vai me impedir de te dar uns bons socos, sua estúpida. - Ela segurou meu cabelo com força e me jogou com toda a força no chão. Senti-me tonta quando cai no chão e não tive chance de me defender quando ela sentou sobre mim e lançou vários tapas e socos. Eu tentava proteger meu rosto, mas isso não a impediu de acertar outras partes do meu corpo.

Eu conseguia ouvir os gritos das pessoas. Eles pareciam cachorros assistindo a uma briga. Ninguém teve a coragem de tirar essa louca de cima de mim e a cada golpe eu sentia que rapidamente iria perder os sentidos.

Eu já não conseguia ver nada além de borrões e as vozes pareciam estar cada vez mais distantes. A dor já não era tão forte e logo a escuridão dominou-me com intensidade.

Ao abrir os olhos pude ter certeza de que o lugar onde eu estava não era a minha casa. O lugar parecia ser mais um hospital com as paredes incrivelmente brancas.

– Finalmente acordou. - Uma mulher baixa e de idade me olhou com preocupação. - Estávamos preocupados, você dormiu por muitas horas. - Ela olhou o relógio de pulso. - Você dormiu por 8 horas. - E sorriu delicadamente - Mas agora tudo está melhor, já que acordou.

Eu não sei se ela estava falando alto demais, mas enquanto ela falava eu sentia um enorme dor de cabeça.

– Não me leva á mal, mas estou com muita dor de cabeça. - disse.

Ela sorriu. - Desculpe, vou chamar seu pai. - Ela sussurrou e foi porta a fora com passos rápidos.


O que?



Meu pai?




A porta abriu lentamente e um fio de suor desceu da minha testa. Ele iria me matar.




Meu pai lançou um olhar apreensivo e correu na minha direção. Ele tinha chorado?


– Minha filha, como eu fiquei preocupado com você. - Ele sussurrou e algumas lágrimas estavam visíveis. Ele nunca tinha chorado na minha frente e isso causou-me surpresa e preocupação ao mesmo tempo, ele devia estar muito sentido para fazer isso na minha frente.

– N...Não chore. - Levantei minha mão e enxuguei suas lágrimas delicadamente. Percebi que também estava chorando, eu não queria vê-lo triste.

Ele segurou minha mão que estava em seu rosto e a manteve lá. - Se aquele garoto não tivesse separado a briga e levado você até o hospital... - Ele não terminou a frase e balançou a cabeça como se estivesse imaginando o que poderia ter acontecido.

Eu me perguntei se ‘’aquele garoto’‘ fosse Nathan.

– Por que não me avisou que você tem um namorado? - Ele perguntou calmo, mas pude notar uma certa raiva contida lá.

Caramba.

Notas da autora: Assistam ao trailer oficial da estória!

































































































































































































































































































































































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Notas finais do capítulo

Se gostarem do capítulo comentem.