Saisou suspirou de cansaço ao sair da sala de operação, o Raikage estava em péssimas condições quando chegou, tinha vários ossos quebrados, hemorragia interna e um pulmão perfurado, ele levou varias horas para curá-lo, mesmo com a ajuda de vários médicos. Agora ele estava em repouso se recuperando da cirurgia.

                O Senju foi até o refeitório do hospital para comer algo, ele já eram quase quatro horas da tarde e sua ultima refeição tinha sido as sete da manhã, o refeitório estava vazio, ele se dirigiu até o caixa e pediu uma refeição, a atendente lhe disse para se sentar que logo ela iria trazer a comida, ele se sentou e se pôs à esperar, não demorou muito para que a comida chegasse e ele começasse a comer.

                - Saisou! – ele ouviu alguém chamando,  o Senju levantou os olhos de sua refeição e viu uma mulher alta e com cabelos longos e loiros andando na direção dele, ele a conhecia muito bem, como não poderia, ele se levantou e ela pulou em seus braços beijando-o com paixão.

                - Yugito, o que está fazendo aqui? – ele perguntou à sua esposa.

                - como ele está? Eu fiquei sabendo da noticia enquanto terminava os relatórios da guarda interna – Yugito era esposa de Saisou e também a chefe da guarda interna de Ryugakure.

                - ele está bem, está descansando agora, acredito que em um ou dois dias ele já possa receber visitas.

                - graças à deus, pensei que ele iria morrer. – Yugito respirou aliviada.

                - eu sei como se sente, você e Bee-san eram muito próximos à ele, não se preocupe, Ryugakure dará toda a assistência necessária para que ele se recupere logo. – Saisou sorriu confiante.

                Yugito o abraçou apertado, agradecendo pelos ninjas de Ryu terem encontrado-a antes da Akatsuki. Ela se lembrava muito bem como tudo aconteceu, em um momento ela estava fugindo de dois homens da organização e no segundo ela estava cercada por três ninjas de uma vila desconhecida, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, os três atacaram e venceram facilmente os Akatsukis, ela veio a descobrir depois que eles eram Uchiha Sasuke, Uzumaki Naruto e Senju Saisou, os três kages da nova vila que apareceu. Eles a convidaram para fazer parte da vila, ela ficou indecisa no inicio, mas quando eles disseram que estavam protegendo os jinchuurikis da Akatsuki e que Bee-san seria convidado também ela aceitou, principalmente por medo de ser perseguida por pessoas como aqueles dois.

                Quando ela chagou na vila, ela ficou maravilhada com o lugar, lá ela encontrou Han e Hoshi, os jinchuurikis de Iwa, Fu, a Jinchuuriki de Taki e o próprio Naruto, o jinchuuriki de Konoha, cada um deles estava vivendo de maneira muito diferente do que ela estava acostumada a ver, eles não eram tratados de forma diferente de ninguém, eram iguais a todos, não havia distinção por serem jinchuurikis.

                Depois de alguns meses morando na vila, Yugito se viu cada vez mais junto à Saisou, dos três kages ele era o único que ainda não estava casado, ambos começaram a se encontrar mais e mais até que não tinha como negar que estavam apaixonados. Ela se casou com Saisou quase três anos depois de ir morar em Ryu.

                - querida, onde estão Takeshi e Hikari?

                - eles estão com Kitami, ela gosta de mimá-los – Takeshi e Hikari eram gêmeos e filhos de Yugito e Saisou, eles eram novinhos ainda, tinham apenas um anos e seis meses, Yugito lembrava o drama que foi a gravidez, por ela ser uma jinchuuriki a gravidez foi bem complicada, mesmo Nibi fazendo o melhor possível para ajudar ainda levou dez meses, mas todo sofrimento e esforço foram compensados, Yugito tinha dado a luz a gêmeos, um menino e uma menina.

                - Vamos buscá-los, mesmo eles sendo novinhos eu me assusto com a quantidade de sujeira que eles podem fazer – Saisou respondeu dramaticamente.

                - Hahahaha! Não seja bobo, você é que exagera demais. Mas se você quer, vamos buscá-los.

                Os dois sorriram e saíram do hospital e se dirigiram para a mansão de Kitami.

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                Assim que saiu da sala dos kages, Yuriko rapidamente se dirigiu ao centro de missões da vila, em Ryu as equipes eram formadas de maneira diferente do habitual, primeiro elas nunca eram fixas, quando se formavam, os genins eram dirigidos a outro teste onde os classificaria entre várias posições diferentes, entre elas tinha rastreadores, batedores, força tarefa e outros, a cada missão que o jounin recebia ele iria até o centro de missões escolher os genins que melhor se encaixariam na missão, assim todos os ninjas da vila eram bem familiarizados com a maneira que seus colegas trabalhavam e não tinham problemas ao ajustar suas estratégias com os diferentes colegas que trabalharam juntos ou que poderiam vir a trabalhar juntos.

                Cada um sabia suas fraquezas e forças e eram treinados para proteger e esconder as fraquezas dos companheiros e ao mesmo tempo elevar suas forças ao máximo possível, tirando todo o proveito das combinações.

                De acordo com os detalhes da missão, Yuriko iria precisar de um time composto de um infiltrador, um espião e um interrogador, por ela ser uma das ninjas mais experientes da vila ela tinha permissão de liderar até equipes ANBU, então ela já sabia quem iria chamar para essa missão.

                Chegando ao centro de missões, ela rapidamente se dirigiu à sala onde os responsáveis pelos jounins organizavam suas tarefas, ela entrou na sala e olhou para os dois jounins trabalhando nas missões do dia.

                Um deles a viu e levantou os olhos do trabalho – Yuriko-san, precisa de algo?

                - sim, esses ninjas dessa lista estão disponíveis? – ela entregou a lista com os três nomes que ela queria no time.

                O jounin pegou o papel e depois de checar os nomes, ele correu seus dedos pelos vários arquivos até encontrar três arquivos diferentes – sim, eles estão disponíveis, qual a missão e qual é a urgência?

                - A missão é secreta e somente os envolvidos podem saber dela, aqui está o selo do Kitsukage, e é urgente, avise-os que estaremos partindo logo na parte da manhã.

                O jounin conferiu o selo e acenou – Hai! Vou convocá-los, eles estarão lá no momento requisitado.

                - Arigatou. – Yuriko se curvou levemente e saiu da sala.

                Pela importância da missão e também pela dificuldade da mesma, ela teve que escolher os melhores em suas respectivas categorias, eles eram Uchiha Itachi, o infiltrador, Uchiha Rena, a espiã e Uzumaki Karin, a interrogadora. Cada um deles era o melhor em suas áreas de atuação, Itachi facilmente era o melhor infiltrador que a vila poderia possuir, Rena pode não parecer, mas ela tinha uma capacidade quase sobrenatural para conseguir informações, mesmo que ela use essa capacidade para fofocar, e Karin tinha se tornado uma interrogadora muito hábil e uma negociante muito inteligente.

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                Um ninja mensageiro saiu do prédio onde eram separadas as missões e correu na direção da casa de Itachi, o Uchiha preferiu construir sua casa em uma área afastada do centro de Tayou no Shima, depois de anos de lutas e enganos ele ansiava por um local pacato e tranqüilo, Rena também concordou, mesmo tendo excelentes talentos para espionagem ela também tinha talento para psicologia e viu que Itachi precisava dessa calmaria em sua vida turbulenta.

                Os dois estavam deitados em uma rede lendo um livro calmamente enquanto ouviam a fauna ao redor da casa cantar, pássaros de todas as espécies, sapos, grilos e vários insetos faziam um som de fundo excelente para a leitura. Quando o mensageiro estava quase chegando à casa, Itachi e Rena levantaram seus olhos do livro e olharam curiosamente para ele.

                - Uchiha-sama, senhora Uchiha, tenho uma mensagem do centro de missões para vocês dois. – o ninja se curvou e entregou o pergaminho lacrado.

                Rena se levantou e pegou o pergaminho enquanto agradecia com um sorriso, o ninja se despediu e desapareceu em um shunshin, Rena voltou para a rede e se deitou no peito de Itachi, que a abraçou enquanto apoiava o queixo entre as orelhas de gato da mulher.

                - o que é? – Itachi perguntou suavemente.

                - é uma missão – ela disse abrindo o pergaminho e lendo – nós dois fomos convocados junto de Karin-chan, Yuriko-san vai liderar a equipe.

                Itachi leu o pergaminho por cima da esposa e sorriu levemente, ao menos eles iriam juntos – e qual a missão?

                - não menciona, saberemos dos detalhes amanhã cedo na reunião, provavelmente é uma missão fora da vila.

                - entendo, vamos nos preparar então.

                Rena enrolou o pergaminho rapidamente e olhou nos olhos negros de Itachi – ahhh espera um pouquinho, está tão bom assim – ela se aconchegou nele e sorriu.

                Itachi suspirou mas depois sorriu, ela tinha razão, alem disso faltava muito tempo ainda para eles se encontrarem, ele levantou o rosto de Rena pelo queixo e a beijou levemente nos lábios – e então o que você quer para a janta?

                Ela sorriu – salmão.

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                Kohaku foi até o centro de missões um pouco mais tarde, entrando na sessão de genins ele rapidamente falou para os responsáveis que necessitava de três genins aptos à sair da vila e viajar por bastante tempo, não era necessário experiência em combate, era uma missão simples, os responsáveis pelo setor rapidamente escolheram três genins que precisavam de experiência de campo e que estavam disponíveis, ele mostrou os arquivos para Kohaku, que acenou com aprovação e falou para eles se encontrarem no porto em Mizu no Shima no dia seguinte logo ao raiar o dia.

                Ao sair do prédio ele rapidamente se dirigiu para o oeste da vila, onde seus pais moravam, ele precisava de uma técnica para esconder sua calda e orelhas, meso sendo muito talentoso com Henge, ele não conhecia outro genjutsu que funcionasse da mesma maneira sem ser detectado, achar um henge é fácil.

                Ele chegou na casa dos pais e bateu na porta, uma serva yokai o recebeu – boa tarde, jovem mestre, precisa de algo?

                - não, eu vim apenas pedir conselhos aos meus pais – a yokai se curvou e o deixou entrar.

                Kohaku era adulto o bastante para ter sua própria casa, ele não morava com seus pais, por isso ele se sentou na sala de espera enquanto os aguardava.

                - Kohaku? Que surpresa! – ele olhou para a porta e viu uma yokai raposa, com três caldas azuladas,sorrindo para ele.

                - Hahaue – ele se curvou sorrindo.

                - ei Kohaku! Faz tempo que não nos visita, o que aconteceu? Tem vergonha de ficar perto do seu velho? Hahahaha – um outro yokai raposa entrou na sala, ele tinha três caldas negras e estava sorrindo de orelha à orelha.

                - Chichiue – Kohaku cumprimentou.

                - ah deixa desse formalismo moleque, levanta essa bunda do chão e vai abraçar sua mãe.

                Kohaku não precisava de outro incentivo, ele se levantou e abraçou sua mãe, Kohaku era filho único, sua mãe tinha se tornado estéril depois que ele tinha nascido, seu pai era sobrinho de Kitami e sua mãe era de outra família pequena que se uniu aos Akashiya. Por ser filho único ele era o orgulho de seus pais, principalmente por ser jovem ainda, tinha apenas dezesseis anos, e já era um jounin.

                Kohaku passou muito tempo ao lado de Kaira, a herdeira de Kitami, portanto uma princesa, ele se forçou a aprender todas as formalidades para não envergonhar sua família, principalmente que Kaira tinha dez anos a mais que ele. Crescendo no meio da realeza dos yokais ele se tornou um jovem bem educado e formal, mas também aprendeu a se abrir e dizer tudo o que é necessário dizer, seus pais o ensinaram que educação e engarrafar emoções eram coisas bem diferentes.

                Após matarem a saudade, mesmo que ele tenha estado longe por apenas um mês, os três se sentaram na sala de jantar, onde as servas serviram um delicioso banquete com os mais variados tipos de frutos e massas. Kohaku e seus pais comeram enquanto conversavam alegremente, ele e seu pai trocaram insultos infantis como sempre faziam.

                Depois de terminarem de comer os três ficaram sérios – então, Kohaku, o que você precisa?

                - preciso de um selo ou genjutsu que esconda minha calda e orelhas, fazendo-me parecer humano.

                - por que isso? – seu pai perguntou.

                - tenho uma missão amanha, vou levar um pergaminho para a Hokage em Konoha.

                Sua mãe cruzou os braços enquanto olhava pensativo para a mesa – já sei! Eu conheço um selo que podemos usar, se eu o modificar para conter um genjutsu fraco e imperceptível deve funcionar bem.

                - você pode me ensinar a fazê-lo? – Kohaku perguntou com interesse.

                - sim! Claro! Mas vai demorar para você aprender, então eu faço o que você vai precisar para amanha e quando voltar eu te ensino.

                - Hai, obrigado. – kohaku se curvou e depois se levantou.

                - Kohaku – seu pai chamou.

                - sim?

                - você está indo para Konoha certo?

                - foi o que eu disse.

                - bem, quando chegar, depois de cumprir sua missão, procure um homem, seu nome é Jiraya.

                Kohaku olhou para seu pai com curiosidade – e o que eu irei falar para ele?

                Os olhos de seu pai brilharam enquanto ele tirava um livro de dentro do kimono – peça para ele seu autografo!

                - querido! – a mãe de Kohaku gritou, ele sorriu pensando que sua mãe iria ensinar seu pai a não ser um pervertido – Mas que grande idéia! Aqui, Kohaku, peça para ele autografar o meu também!

                - vocês só podem estar de brincadeira... – Kohaku disse em descrença.

                - e desde quando eu brinco quando o assunto é Icha-Icha? – seu pai perguntou serio.

                Kohaku bateu a mão na testa com descrença, como seus pais podem ser tão pervertidos assim.

                - e então, você vai pedir?

                - todo bem, se eu o encontrar eu peço...

               - Hahahahaha esse é meu filho! Estou muito orgulhoso!

            - pervertido... – Kohaku pegou os livros de seu pai e mãe e os colocou na bolsa.

               - Kohaku, volte aqui amanha cedo, o selo estará pronto.

                - hai, obrigado.