Os Adoráveis Filhos Do Meu Chefe.

Escrita por:XxX Lulu chan XxX.

Capítulo VII:Os adoráveis pedidos de desculpas.

Ainda podia ouvir as duras e cruéis palavras de seu pai rondando a sua cabeça ora ou outra,atormentando os seus pensamentos e alimentando aquela odiosa sensação culposa que ainda sentia,porém ele concordava plenamente com o seu pai.

Entretanto o sermão que seu pai lhe dera mais cedo havia diminuído um pouco da culpa que ele sentia,mas mesmo assim ainda existia resquícios profundos daquele odioso sentimento dentro de si,e só para constar ele odiava se sentir culpado.

Mas no momento ele nada poderia fazer,a não ser esperar,esperar para que a babá voltasse pela manhã e esbravejasse furiosa sobre ele,e ele admitia preferia ser odiado pela babá de estranhos cabelos rosados do que continuar com aquele incomodo sentimento.

Porém algo estranhamente inédito ora ou outra tomava conta de seus pensamentos,e ele se odiou mentalmente por estar sendo traído pela sua própria mente,mas no final das contas ele não sabia oque era aquela sensação que ele sentia,além da culpa,era como se algo dentro de si implorasse para que não fosse odiado pela babá,mas por enquanto ele ignoraria esses pensamentos traiçoeiros.

Mas aquela antiga e insistente ideia ainda permanecia intacta dentro de si,definitivamente ele tiraria aquela babá inconveniente de sua casa,ou ele não se chamaria Daisuke Uchiha,mas agora ele tinha consciência de que não poderia usar táticas que pudesse fazer mal a rosada,iria jogar limpo dali para frente até por que ele não queria se sentir ainda mais culpado e também não queria levar outra bronca de seu pai.

E inquieto ele novamente se remexeu sob as cobertas,e inevitavelmente os seus olhos negros caíram sobre o retrato sorridente de sua amada mãe,e ele suspirou olhando-a.

__E você mamãe,também quer puxar a minha orelha? -Perguntou fitando o retrato,mas ele sabia sua mãe nunca lhe daria sermões no máximo alguns conselhos.

E nesse exato momento oque ele mas queria era um conselho de sua mãe,ele estava tão perdido

~~*~~*~~

Abraçada ao seu fiel ursinho de pelúcia ela relembrava da bronca que ela e seu irmão haviam recebido de seu pai,e ela se sentia mal,nunca gostará de levar sermões de seus pai e tampouco machucar os outros,pois agora havia acontecido os dois,sua babá havia se machucado e seu pai deixara a sua orelha com uma sensação formigante depois de tanto falar.

Ela sabia que devia ter impedido o plano de seu irmão mais velho,porém no momento lhe faltara a coragem nescessária,mas mesmo assim se ela tivesse feito seu irmão se sentiria traído e essa era a ultima coisa que ela queria que acontecesse...

...Por que ela sabia...

...Que no final das contas depois da morte de sua mãe,o seu irmão era o que mais havia sofrido.

~~*~~*~~

Seus olhos abriram-se assim que os primeiros toques melodiosos,porém exagerados,de seu despertador preencheu o comodo,seus dedos caminharam de maneira quase automática até o despertador calando-o.

Sua cabeça pouco latejava certamente por causa do pequeno corte que agora seu supercílio possuía,mas não era algo que atrapalhasse o seu dia,a unica coisa que parecia um empecilho era o frio que provavelmente já cercava a sua cama,e temporariamente ele estava protegida pelo terno calor de seus edredons,mas ela sabia,tudo que é bom dura pouco.

E lentamente ela foi afastando o caloroso edredons de seu copo,já sentindo-o ser atingido pelo ar insípido que aquela manhã,como tantas outras,lhe proporcionava.Os dedos pequenos de seus pés tocaram a madeira,agora bastante fria,do chão e pronto ela já estava a merce da baixa,e malvada,temperatura.

Tomou um rápido banho vestindo-se com roupas confortáveis e quentes,seus cabelos foram rapidamente penteados e presos em um rabo de cavalo alto,escovou os seus dentes para logo poder abandonar o seu quarto,na cozinha preparou o seu cafe da manhã com o que ainda restava na geladeira e depois de te-lo comido ela finalmente estava pronta.

Abandonou o seu apartamento assim que a porta atrás de si fora fechada,de seus lábios escapava um ritmo melodioso enquanto suas mãos jaziam aquecidas como podiam dentro do bolso de seu casaco,após alguns minutos as calçadas praticamente vazia que ela andava fora se tornando barulhenta e movimentada e dentro de uma hora e alguns poucos minutos ela já se encontrava na frente da casa dos Uchihas.

Abriu o pesado portão gradeado da residencia adentrando-a,seguiu com seus passos até a parte dos fundos passando pelo caminho de pedra evitando pisar na grama verde e podada do jardim.A primeira coisa que fez assim que entrou na cozinha fora acender a luz,e depois se pôs a subir as escadas à caminho aos quartos.

Seus passos seguiram até o quarto cor-de-rosa da pequena Uchiha adentrando-o,e lá estava a menina adormecida com os cabelos negros espalhados pelo travesseiro branco,mas Sakura estranhou a menina não estava,como de costume,com os ursos de pelúcia amontoados sobre si mas sim um único ursinho de pelúcia,ela estranhou mas deixou de lado.

Poucos foram os passos que deu até a cama aonde se encontrava a menina balançou poucamente o corpo pequeno da criança,ouvindo alguns múrmuros incompreensíveis e alguns pedidos sonolentos por mais alguns minutos de sono.

__Sayuri-chan,vamos acorde. -Falou sorridente achando fofa a careta manhosamente sonolenta que já se desenhava na face da pequena Uchiha.__Sayuri-chan! -Chamou-a calmamente podendo ter enfim a atenção dos olhos verdes-escuros,nublados de sono,sobre si.__já está na hora mocinha. -Declarou sorridente,vendo a pequena manear a cabeça em um gesto positivo.

Porém Sakura notou o olhar receoso de Sayuri sobre sí,e estranhou.

__Oque foi Sayuri-chan? -Perguntou curiosa.

__Dói?

__Dói oque? -Perguntou novamente,pouco entendendo do que a menina falava,porém bastou apenas que a menina apontasse com o pequeno indicador para a sua testa,para enfim ela saber do que se tratava.__Ahh fala disso,não é? -Perguntou tocando sua própria testa.

E a menina novamente assentiu com a cabeça.

__Ahh não se preocupe com isso,eu até havia me esquecido. -Ela mentiu,na verdade ela sentia uma leve dor no local,porém ela sabia que a garota não precisava ter conhecimento de tal coisa.__Bom Say-chan arrume-se e desça para o café,certo. -Disse enquanto caminhava até a porta porém foi parada pela voz da menina.

__Sakura-chan. -Sayuri a chamara.


__Hun? -Murmurou na interrogativa,fitando a pequena.

__Desculpa. -A outra murmurou com os olhos suplicantes,e ela não pode evitar que seus lábios abrissem em um sorriso.

__Ei,não se preocupe com isso,Okay? -Perguntou apontando para a testa,como se a mesma não merecesse muita atenção.__Foi só um arranhãozinho. -Comentou enquanto novamente andava até a menina apertando levemente a bochecha corada.

Sayuri sorriu timidamente,aquela babá realmente sabia animar uma pessoa.

__Bem se arrume rápido! -Exclamou divertida se retirando do quarto.

E caminhou poucos passos até o quarto do outro lado do corredor,adentrando-o e como já era de costume o quarto se encontrava afogado na escuridão e as pesadas cortinas que cobriam a janela impediam que os fracos raios de sol clareasse aquele quarto,e as paredes em tons de azul escuro pareciam favorecer ainda mais aquela escuridão.

Pouco incomodada com a falta de luz do quarto,suas mãos dedilharam as cortinas abrindo-as,e os fracos,e fragilizados,raios solares transpassaram as janelas,e ela não pode evitar sorrir baixinho quando o menino deitado na cama,reclamou em meio a alguns múrmuros,ele realmente deveria gostar de dormir na escuridão,muito estranho para uma criança.

Foi até a cama observando o menino coberto pelos seus cobertores azuis,e lá estava novamente nos ouvidos dele aqueles,fofos,fones de ouvidos.Será que ele havia esquecido,ou ignorado,oque ela falará no dia anterior sobre dormir com fones?

Se sentou na beirada da cama,levando suas mãos sobre os fones bonitinhos,eram os mesmos do dia anterior,em formato de orelhinhas de gato,porém antes de conseguir retirar o fone do pequeno ela foi parada no processo pela voz dele.

__Deveria parar com essa insistente mania de tirar os meus fones de ouvido. -Ele comentou abrindo os olhos negros encarando-a debruçada sobre ele.

__Bom-dia Neko-chan. -Ela saudou animadamente,ignorando o mal-humor do menino,e ela sorriu e Daisuke se perguntou internamente como raios alguém podia sorrir tanto.

__Não ignore oque eu disse. -Disse o menino encarando-a.

__Então não ignore oque eu disse sobre dormir com fones. -Disse para em fim retirar o aparelho dos ouvidos do menino,e Daisuke acabou por ficar sem argumentos.

__Você é muito entrometida. -Ele comentou mas para si mesmo do que de fato para ela,porém Sakura ouviu.

__Não deveria dizer isso. -Falou fingindo-se magoada embicando os lábios,porém lá estava aquela estranha sensação de ter sobre si o peso dos olhos negros do menino.__Oque foi hein? -Perguntou desconfiada,porém sua desconfiança morreu quando detectou aquele sentimento visível nos olhos do pequeno,era culpa.

__Isso ai deve esta doendo. -Ele comentou enquanto se sentava dobre a cama.

__Não se preocupe Neko. -Disse ela sorridente,e notou o menino se levantando poucamente até ela e tocando o machucado com a pota de um de seus dedos.

__Não dói? -Ele perguntou.

__Não. -Respondeu,porém sentiu uma estranha pressão sobre o machucado.__Ai! -Exclamou sentindo os dedos saírem de perto de seu machucado,e ele novamente havia se sentado sobre a cama.

__Oh,você tinha dito que não doía. -Disse ele sínico e sarcástico.

__Oras oque queria? -Perguntou enquanto massageava a região.__Você apertou o machucado.

__Não seja boba,eu nem coloquei pressão. -Ele disse dando pouca importância para ela.

__Bem que seja. -Concretou ela para si mesma.__Se arrume e desça,Ok. -Disse enquanto se levantava da cama,e Daisuke novamente pode ver os lábios da babá se partirem em um sorriso.

Sakura que já iniciava os seus passos até a porta mas fora parada pela mão de Daisuke que segurava a manga do seu casaco,se virou para o menino que a encarava emburrado.

__Hun...Oque foi? -Perguntou fitando-o

__Escute bem porque irei dizer somente uma vez. -Avisou ele,e ele prestou mais atenção.__Me desculpa,pelo o que aconteceu ontem.

~~*~~*~~

Ele encarava,emburrado,a babá que também o encarava,e ele admitia o peso daquele par de olhos verdes-esmeraldas era terrivelmente desconfortável,e ainda mas depois dele ter pedido desculpa,na verdade ele se sentia orgulhoso demais para fazer tal coisa,porém ele sabia que deveria fazer.

E sua mão saltou o casaco da babá,deixando-a livre para se retirar do quarto,porém ele sabia que não seria isso que ela iria fazer ela provavelmente riria dele,porém seus olhos arregalaram minimamente quando sua cabeça pesou um pouco mais assim que a mão da babá caiu sobre esta,afagando-a.

__Eu realmente tenho muito orgulho por cuidar de duas crianças tão educadas e bonitinhas. -Ela comentou enquanto retirava a mão da cabeça dele,encerrando o afago,enquanto caminhava até a porta.__Bem não precisava me pedir desculpas,mas sei que isso aliviara a culpa desnecessária que você provavelmente esteja sentindo então eu digo...-Falou ela enquanto abria a porta.__Está desculpado. -E saiu,mas antes ela se virou para ele sorrindo abertamente.

E antes que ele percebesse ou pudesse impedir os seus lábios já haviam se movido em um sorrido.

"Que babá idiota"Pensou enquanto se retirava da cama,ainda sorridente.

~~*~~*~~

Enquanto descia as escadas ela ia repensando os pedidos de desculpas que ela havia recebido,e ela tinha que admitir que aquelas crianças,traiçoeiras e manipuladoras,era extremamente fofas,com toda a certeza se o tempo não fosse tão corrido ela iria apertado mais as,fofas,bochechas rosadas de Sayuri e bagunçaria ainda mais os fios negros e rebeldes de Daisuke.

Caminhou até a cozinha já arregaçando as mangas de seu casaco,preparando-se para fazer algo bem nutritivo e gostoso para a família,sua mãe sempre lhe dizia que o café da manhã era a refeição mais importante do dia e ela sempre seguia fielmente tudo que era lhe dito pela sua mãezinha.

Ela preparou um rápido e saudável café para a família,já que tempo era uma coisa que ela não possuía no momento já que ficara muito tempo de conversas com as crianças,então ela preparou um Sanduíche de queijo branco e uma jarra de suco de frutífero,arrumou rapidamente a mesa e fora novamente para trás das bancadas arrumar o que ela havia sujado.

E dentro de poucos minutos ouviu sons de passos descendo as escadas,e pela porta passou o seu chefe,e bem só para constar o perfume de aroma levemente amadeirado preencheu a cozinha assim que ele entrou,e como era bom o cheiro do perfume dele.

__Bom-dia,Sasuke-sama! -Saudou,sorridente,o chefe e ele assim que a vira também sorriu minimamente com a lateral de seus lábios.

__Bom-dia,Sakura. -Ele cumprimentou enquanto andava até a bancada ficando do lado oposto ao dela.__E como anda esse machucado ai? -Ele perguntou casualmente enquanto passava o polegar sobre o curativo,que ele próprio havia feito,a palma da mão dele estava apoiada na sua bochecha,e só para constar a mão dele era quente,ou talvez quente estivesse o seu rosto com a aproximação.

__Estou bem,Sasuke-sama. -Respondeu ela,assim que encontrou a sua voz que a pouco parecia estar perdida dentro si.__Não precisa se preocupar! -Disse sorrindo,e só no momento ela percebera o quanto aquela frase havia se tornado frequente naquele dia.

__Fico feliz. -Disse ele com os olhos fixos sobre o machucado,e depois ele retirou a mão de seu rosto.E algo dentro de si reclamou porém ela decidiu ignorar.__Assim que eu chegar do hospital eu renovo o curativo. -Falou ele caminhando até a mesa,e assim que ele se sentou puderam ser ouvidos alguns múrmuros sonolentos e dessa vez quem passou pelo arco da cozinha fora as crianças.

__Bom-dia. -Saudou,ciente de já ter cumprimentado-os.

__Bom-dia,Sakura-chan. -Sayuri como sempre educada cumprimentou-a,enquanto se sentava sobre a cadeira.

__Uhn,bom-dia. -Daisuke cumprimentou em meio a um sussurro,ela teve que se esforçar para ouvir.

Sayuri comeu o café dela aparentemente achando-o bom,já Daisuke olhou decepcionado talvez por não ser a tão adorada tigela de cereais que ele parecia gostar,mas mesmo assim comeu e não fez nenhuma cara ruim,oque Sakura considerou aceitável.

Ela visualizou a família enquanto estavam tomando seu café e ela achou-os um tanto quanto silenciosos,oque ela considerou que para eles o momento deveria ser consumado em silêncio,mas aparentemente a família parecia ser bem unida.

Pelo menos era o que parecia aos olhos dela.