Os Adoráveis Filhos Do Meu Chefe.

Escrita por:XxX Lulu chan XxX.

Capítulo VI:A adorável e benevolente babá.

Ele tinha que admitir,modesta à parte,seu plano havia ocorrido com sucesso,porém lá estava ela desacordada,inerte sobre aquele chão de mármore frio,em outra ocasião,quando ela estivesse acordada,ela certamente lhe chamaria com aquele apelido estupido e com aquele costumeiro brilho nos olhos,mas nada,ela não dizia e nem fazia nada.

"Que droga"Praguejou mentalmente,se punindo internamente por não ouvir a sua consciência que desde cedo o avisara que aquele plano não daria muito certo,e ele,que fez pouco caso de sua consciência,estava agora tendo suas inevitáveis consequências.

E por mas que isso soasse como uma loucura,ele esperava ansiosamente pelo castigo que viria de seu pai,e surpreendentemente,ele queria que a babá o ao menos o odiasse,talvez desse modo aquela estranha,e incomoda,sensação de culpa que queimava o seu peito desaparecesse.

__Droga...eu tinha esquecido de... -Suspirou pela milésima vez quando ouviu a babá de cabelos estranhos murmurar alguma coisa nada coerente.

Aquela babá parecia em um sonho bem empolgante,"mal agradecida"pensou,a babá enquanto estava ali sonhando com qualquer coisa,eles,ele e sua irmã,estavam lá com o coração na mão esperando a fúria de seu pai que com certeza lhe enchera os ouvidos com suas broncas.

__Nii-chan,papai tá demorando,não é? -Murmurou Sayuri que estava com a cabeça deitada em seu ombro,eles estavam sentados perto da babá.

__Não Sayuri,daqui a pouco ele chega. -Respondeu não se atendo completamente na conversa,estava bem mais distraído em varias formas de livrar-se daquele sentimento de culpa.

__O papai ficará furioso. -Ouviu aquela mesma frase,bem pelo menos agora ele sabia que deveria ter ouvido seu bom-senso e a sua irmanzinha também.

__Não se preocupe imouto,ele já deve estar bem furioso. -Murmurou.

__Nii-chan,isso não ajuda muito. -A pequena murmurou,provavelmente chateada por ele não consola-la,mas que culpa ele tinha?Já que ele próprio estava em um terrivelmente inconsolável.

__Desculpa imouto. -Desculpou-se

__Tudo bem. -Ela murmurou.__Será que ele demorará muito? -A mas nova perguntou,e no mesmo momento eles puderam ouvir o barulho da tranca se abrir.

__Isso responde a sua pergunta?

~~*~~*~~

Subiu as escadas apressado,ciente que o barulho que ecoava em sua cabeça dolorida eram seus passos firmes e enraivecidos.

Oque dera em seus filhos agora?Aquela era a pergunta que não queria cala,afinal ele era totalmente ciente das artimanhas feitas pelos filhos para expulsar as antigas babás,mas e agora?Oque dera neles para machuca-la?

__Que merda. -Murmurou assim que chegou na porta do banheiro podendo ver a baba caída no chão coberta por um edredom,"Que singelos,machucam depois a cobrem"Pensou,seus olhos negros caíram opressores sobre as figuras de seus filhos.

__Papai,foi sem querer. -Sayuri se pronunciara.

__Agora não. -Ordenou,avisando-os que as explicações ficariam para depois.

Pegou nos braços a babá adormecida,sem muitas dificuldades,levou-a para o quarto de hospedes deitando-a sobre a cama.Observou o pequeno corte no supercílio dela era superficial nada que realmente oferecesse risco a ela,menos mal.

__Daisuke,pegue para mim aquela meleta de remédios. -Não precisou olhar para trás para saber que o menino estava ali.

__Certo papai. -O menino respondeu saindo do quarto.

Seus olhos se fixaram sobre o roto pálido da menina de cabelos roséos,e ele percebeu,ela era bonita cilícios longos e espessos rosados igualmente as sobrancelhas,e como vira anteriormente os olhos da garota,que agora estavam fechados,eram de uma tonalidade bela.

__Ela ficara bem,não é papai? -Sayuri perguntara chegando,receosa,perto dele.

Seus olhos abandonaram o rosto da menina adormecida indo de encontro a figura amedrontada de Sayuri.O que ele pode fazer foi suspirar,não queria assustar sua filha,ela já deveria esta assustada demais por si só.

__Ficara Hime¹. -Falou acariciando os cabelos negros de sua filha.__Mas nem por isso você e seu irmão deixara de me ouvir. -Disse vendo-a afirmar positivamente com a cabeça,cabisbaixa.

__Aqui está,pai. -Disse Daisuke assim que chegou no quarto,estendendo para ele o kit de primeiros socorros.

Limpou o filete de sangue que havia saído do corte,ouvindo a rosada protesta mesmo dormindo,e fez um curativo que estava molhado com uma pomada que ajudaria a fechar e reduzir qualquer,possível,dor que ela estaria sentindo.

__O que iremos fazer com ela,Otou-san? -Daisuke perguntara.

__Não sei. -Ele murmurou pensativo.

__É melhor deixarmos que ela durma ai hoje,não acham? -Sayuri opinou.

__Talvez...mas a família dela provavelmente ficara preocupada. -Disse ele olhando-a.

__Mas a ela disse que a mãe estava morta.

__Daisuke modere nas palavras! -Disse ciente do quão pesada soara aquela simples frase.

__Itai¹ -Ambos se aquietaram voltando a atenção para a babá que dava sinais que acordaria,até que os olhos abriram-se.

~~*~~*~~

A primeira coisa que fez assim que abriu os seus olhos foi tornar a fecha-los,já que aquela iluminação artificial que a golpeava do teto com intensidade máxima parecia querer brincar com sua visão fragilizada e um tanto quanto embaçada,mesmo que seus olhos se encontravam fechados permaneciam alvos da iluminação.

Ouviu vozes que não passavam de cochichos,um tanto quanto macabros,odiava cochichos só para constar.

__Eu acho que ela está bem. -Ouviu a voz um tanto quanto abalada de Daisuke,e se perguntara internamente o que raios abalara o garoto que era um poço de indiferença.

__Ei,babá-chan,acorde logo. -Por mas que as palavras soara um tanto autoritárias pode facilmente detectar o tom desesperado na voz de Sayuri.

E novamente,e se pode dizer também corajosamente,ela tornou a levantar suas pálpebras deixando seus olhos descobertos,e desprotegidos,sob a luz que agora a acertava com menos intensidade,mas ainda sim aquela incomoda ardência a incomodava.

__O que houve. -Perguntou assim que se sentou sobre a cama,que por sinal achara muito confortável,ciente que o seu patrão também estava sentado sobre esta.

__Eu também quero saber. -Ouviu Sasuke falar e seguiu o olhar dele parando sobre as crianças,que ela jugara forte o suficiente por não perecerem sob aquele forte olhar do patrão.

"Pestinhas"disse mentalmente de forma lenta e ameaçadora,havia ligado os pontos,desdo inseto imaginário até o escorregão no banheiro,mas teve que admitir eram espertos,espertos e altamente perigosos.

__Bem... -Daisuke começou a falar,aparentemente não tão corajoso de suas palavras.

E novamente teve que admitir,ela era uma estúpida,claro que ela nunca deixaria que aquelas crianças fossem castigadas pelo pai,sua benevolência havia mais uma vez falado mais alto,se perguntou mentalmente até quando livraria a cara dos pequenos-pestinhas.

__Não foi culpa deles não. -Disse sorrindo amarelo,estremecendo quando os olhos negros a fitaram.__Eu sou muito desastrada e acabei escorregando quando fui matar uma barata. -Disse a primeira mentira que passara pela sua cabeça,e admitia ela odiava e não era boa nessa coisa de mentir,mas era por uma boa causa estava livrando a cara dos pestinhas que atentara contra sua vida.

__Sei...-Murmurou o moreno Uchiha,e ela soube que ele pouco botava fé em suas palavras.

__Que horas são? -Perguntou,sabendo que estava mudando drasticamente de assunto,mas não conseguiria mentir novamente sobre o olhar do chefe.

__E quase uma hora. -Constatou o homem,para a surpresa dela.

Ela se demorou alguns segundos encarando o homem,pensando consigo mesma que talvez ele estivesse brincando ou algo do tipo mas ai a ficha caiu aquele homenzarrão carrancudo faria alguma piada,ainda mas em um momento tão critico e tenso quanto aquele?

__Minha nossa! -Exclamou jogando suas pernas para fora da cama,sentando-se sobre ela.__Tenho que ir para casa. -Disse para si própria mas os outros ouviram.

__Ei não deveria se levantar tão rápido...-O chefe avisou não podendo terminar a frase já que com a mesma agilidade que ela levantara,ela praticamente foi ao chão por uma inconveniente tontura,ela somente não foi de encontro ao chão por que os braços,firmes e fortes,do chefe a seguraram.__Não faça movimentos tão bruscos,se não ficara tonta.

__Tonta ela já é. -Daisuke disse casualmente,esquecendo-se do pequeno acidente anterior,mas o beliscão de sua irmã o trouxe para a realidade.__Ahh...foi mal. -Foi apenas o que conseguiu dizer,não era bons em dar desculpas nem ao menos gostava de da-las.

__Acho melhor leva-la para casa. -Sakura realmente se perguntou se o chefe estaria a perguntando ou apenas concretando,mas ela resolveu intervir não queria tirar proveito do chefe.

__Eu estou bem,não vê? -Ela perguntou tentando sorrir,mas seus lábios pouco se mexeram,e o chefe apenas a olhou como se dissesse silenciosamente um claro "Não,você realmente não está bem",e para falar a verdade ela não estava muito bem,estava tudo rodando a sua volta.__A minha casa nem é tão longe assim. -Argumentou teimosa.

__Do jeito que está duvido muito que chegue a um ponto de ônibus. -Ele disse desdenhando de suas palavras.__Além do mas os ônibus param de passar onze e meia da noite.

__Eu não pego condução alguma para ir para casa,então isso não me faz diferença alguma. -Disse enquanto se perguntava mentalmente o quão teimoso seu chefe poderia ser.

__Sakura-chan. -Teve sua atenção tomada pela garotinha que nada havia falado,e de repente tudo ficara silencioso todos vidrados na pequena,até que por fim ela disse.__Deixe-nos leva-la,apenas estamos preocupados. -Era impressão sua ou os olhos verdes-escuros de Sayuri brilharam?

"Opa,pera ai"pensou,ela realmente havia a chamado pelo nome?'Sakura-chan',ela havia ouvido bem,certo?

__Certo. -Disse abobada,sentindo-se feliz internamente por até que enfim alguém a chamara pelo nome.

Sasuke e Daisuke apenas suspiraram,depois de tantos argumentos ela aceita ser levada para casa por um pedido da Uchiha mais nova,a pequena realmente tinha um ótimo poder de persuasão,ou então ela apenas estaria manipulando a mente de Sakura com seu 'excesso de fofura'.

__Venha. -Ela pode sentir um entranho formigamento nas bochechas quando o chefe a pegara,facilmente,no colo,ela realmente enfiaria sua cabeça na terra caso estivesse no chão,conotativamente claro.

~~*~~*~~

O percurso até a casa da babá ocorreu em um total silêncio,sua irmã estava com a cabeça apoiada em seu ombro já coçando os olhos,dando claro sinais ela logo dormiria.

A trajetória até a casa da babá que ela dissera que "nem era tão longe assim" ele percebeu que era realmente bem longe,para eles que iam de carro não demorava mas que dez ou mais alguns minutos,mas no caso que ela dissera que andava a pé com certeza era muito longe.

O carro parou em frente a um prédio,'não era lá aquelas coisas' 'mas também não era de todo mal' razoável:Essa era um boa definição,as janelas do prédio indicavam que todas as casas,sem exeção,estavam apagadas,sinal esse que indicava que todos estavam dormindo.

__Parece que na sua casa todos já dormiram. -Seu pai comentara,possivelmente pensado a mesma coisa que ele,e onde raios uma família dorme sabendo que a filha está até 'as tantas'na rua?Mas sua pergunta logo fora respondida pela rosada.

__Eu moro sozinha. -Ela comentara também observando o prédio.

Ele acabou intencionalmente se colocando no lugar na babá,sem mãe e morando sozinho,isso seria meio...solitário,não?Afinal por mas que seu pai fosse um tanto quanto ausente ele ainda era o seu pai e por mas de uma vez se mostrara preocupado ou prestativo e também tinha a sua irmã,que sempre estava ao seu lado ajudando em tudo.Mas se ele morasse sozinho?

Ele acabou chegando em uma unica e definitiva conclusão:Ele odiaria estar sozinho.

Mas no final das contas ele havia ficado intrigado com algo que percebera.Aonde raios estava o pai da babá?Ou irmãos,se ela tivesse é claro,ele já sabia que a mãe dela já havia falecido,mas e o resto da família?.

E aquela curiosidade pareceu queimar em seu coração,afinal das contas como uma pessoa sem mãe e sozinha podia rir tando quanto a rosada?E mas do que nunca em sua vida ele estava fervendo em curiosidade,curiosidade essa destinada a pessoa que ele mas odiara nessa semana.

Sua babá.

__Bem já vou indo. -Foi tirado de seus pensamentos pela voz da babá de cabelos estranhos.__Até amanhã crianças. -Ela se virou para trás despedindo-se deles sorrindo sem,aparentemente,nenhuma magoa.

__Até babá. -Despediu-se educadamente afinal não queria irritar o pai,mais do que ele provavelmente já estava.

__Até Sakura-chan. -Sua irmã se despedira,como sempre educada.

__Desculpe pelo o incomodo de me trazer em casa,Sasuke-sama,obrigada também. -Agradeceu ela sorrindo.

__Não foi nada. -A voz de seu pai saíra cansada e deverás mente arrastada.__Perdoe-nos pelo inconveniente de mas cedo. -Seu pai se desculpará lançando uma olhada bem significativa pelo retrovisor.

__Ahh sobre isso,está tudo bem,sim? -Perguntou ela sem esperar uma resposta.__Bem estou indo,até amanhã. -Despediu ela,abrindo a porta para sair do carro mas parou.__Ah Sasuke-sama,eu queria pedir a permissão de leva-los para passear depois da escola. -Ela pediu,e no final das contas ela não se esquecera daquilo.

__Sem problemas.

__Arigatou. -Disse a babá contente,saindo de vez do carro.

__Incrível,se eu tivesse me machucado por causa das crianças que eu cuidasse,eu certamente não voltaria mas. -Disse o seu pai com palavras carregadas de seriedade.

E por mas que aquilo soasse um tanto quanto cruel,ele também pensava do mesmo jeito.