Os Adoráveis Filhos Do Meu Chefe. escrita por XxX Lulu chan XxX


Capítulo 24
Capítulo XXIV:A adorável decisão.


Notas iniciais do capítulo

Heey pessoal! Então, como estão todos? Espero que bem!

Beeem, parece até meio estranho estar postando depois de tanto tempo ( que, venhamos e convenhamos, foi muito, muito mesmo) Mas eu estou de volta, enfim. Eu não tenho muitas desculpas novas, só as clássicas: Falta de inspiração e desanimo extremo.
Eu fiquei com muita saudades dessa história e oque me alegrou muito foi a procura das leitoras que todo mês me visitavam e pediam por um capitulo novo. Heey GabbySaku eu consegui trazer o capitulo ainda nesta semana, isso não é bom flor?
Gente desculpa mesmo pela demora de mais de um ano, mas parece que quando se fica muito tempo sem escrever, os dedos ficam enferrujados e dá erva daninha no cérebro.

Eu quero agradecer a todas as meninas que esperaram, me puxaram as orelhas e pediram por mais capitulos. Desculpa mesmo pessoal, eu como leitora detesto atrasos então sei como ficaram. Mas prometo terminar esta belezinha aqui, pode deixar.

Maaas, parando com as desculpas por aqui, eu quero agradecer a todos os 883 comentários e o capitulo de hoje é dedicado à fofíssima da Kriss Chan Dattebayo, dona de minha décima terceira recomendação. Demorei muito, mas enfim trouxe seu capitulo, flor. Espero mesmo que goste. :3

Por último, gente eu estou revisando, odiando, amando, apagando e reescrevendo esse capitulo desde sexta-feira, mas deve ter um ou dois errinhos flutuando por ai, então me desculpe. Prometo conserta-lo depois.

Aaah, gente, vocês poderiam ler as notas finais, por favor? Tem algo meio chato que preciso dividir com vocês, então se puderam aguentem mais um pouquinho dessa autora tão chatinhaa. :/


Por aqui é só, sem mais eu desejo-lhes uma...
... Boa leitura!!

(Nossa como senti saudades de escrever isso, Haha)



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Os adoráveis filhos do meu chefe.

Escrito por: XxX Lulu chan XxX.

Capítulo XXIV: A adorável Decisão

Sentia-se perdida.

Perdida, zonza e desesperada.

Sakura sentia como se estivesse metida dentro de um estranho beco sem saída. Não existia uma melhor definição.

A sensação era como se ela houvesse corrido quilômetros inteiros para, só no fim, notar que nunca existiu um ponto de chegada e que quanto mais corria, menos saia do lugar. Não existia uma rota de escape dentro daquele beco cruel, apenas paredes altas e grossas o suficiente para mante-la sempre no mesmo lugar.

Quando Sakura retornou para a residencia dos Uchihas naquela tarde, depois da curta conversa que teve com o pai, ela estava verdadeiramente pronta para dizer o inevitável adeus.

Doía muito, claro. Embora enfrentasse tudo com um estupido e amarelo sorriso na face, por debaixo de todas aquelas máscaras Sakura queria apenas chorar. O jantar fora a última facada; sentar-se à mesa com aquela família e imaginar que aquela seria a primeira e última oportunidade apenas serviu para tortura-la ainda mais.

Mas mesmo assim... Mesmo que a machucasse e que tenha magoado pessoas importantes com toda aquela bagunça, Sakura estava mesmo pronta pra partir.

Ou ao menos esperava estar.

A garota suspirou e se encolheu mais debaixo dos cobertores, aninhando-se melhor ao travesseiro que abraçava. Ela não tinha a menor ideia de que horas poderiam ser, no entanto, o seu corpo praticamente implorava por algumas horas de descanso.

E embora estivesse mesmo exausta e que seus olhos não conseguissem se manter abertos, Sakura não conseguiu dormir. Não quando a sua cabeça doía por estar tão... Tão abarrotada.

As imagens de mais cedo ainda flutuavam em sua mente. A cozinha semi- escurecida, o chefe bem ali a sua frente, parado; a pilha de pratos limpos ao seu lado e a proposta que o homem saltou casualmente enquanto ela ainda secava as mãos.

Sasuke queria que ela ficasse.

Foi o que a babá ouviu e, mesmo que houvesse sido pega de surpresa e que o coração praticamente estourasse em seus ouvidos, Sakura não entendeu errado.

Ela tinha certeza, certeza absoluta!

O chefe não queria que ela fosse embora. Ela não queria ir...!

O Uchiha, Sakura recentemente havia notado, era um homem terrível! Mesmo sabendo que ela se esforçava tanto para suportar tudo, mesmo sabendo que o seu auto-controle andava em frangalhos ele lhe propõe uma curta estadia naquela casa, até o fim daquela estação fria... E ele havia sido tão, tão cruel e ainda assim a babá ainda conseguia sentir o coração palpitar.

Fora um pedido tão simples e fácil de entender. Por que não era difícil para a Haruno compreender que o chefe só estava sendo prático... Porque, bem, se ela não fosse embora, ele não se preocuparia em encontrar uma babá e Sakura trabalharia integralmente.

Tudo muito simples!

Simples e fácil.

Ainda assim... Mesmo que sua mente entendesse tudo muito bem, seu coração ainda tinha problemas em processar tudo corretamente.

Também, como conseguira?

Havia sido de repente, enquanto tudo ainda estava bagunçado.

Enquanto ela própria não entendia nada.

Por que, ela se questionava, por que tudo tinha que ser tão complicado?

As palmas suaves e quente de suas mãos alcançaram as bochechas rubras. O coração saltitava dentro do peito, enquanto na sua cabeça aquela pequena frase, o curto " quero que fique " passava o tempo todo.

Por que todo o seu rosto estava tão quente? Por que as mãos ainda tremiam fracamente como se Sasuke houvesse lhe dado choque?

Por que...?

Era tantas perguntas para tão poucas respostas, e ela já estava ficando tão exausta.

Em seu interior Sakura ainda queria entender o porquê de seu chefe se importar tanto com a sua partida, mesmo que fosse um pouco trabalhoso ele conseguiria encontrar outra empregada em algum momento e não precisaria ter que dividir o teto com uma estranha.

E quando ela pensava muito nisso, uma outra possibilidade pulsava em alguma parte de seu corpo. Talvez, bem, o Uchiha pudesse vir a sentir sua falta. Talvez Sakura tenha sido de alguma forma importante para ele tanto quanto ele e as crianças foram para ela.

Mas cogitar era errado. Não havia certeza alguma e pensar daquele jeito fazia parecer que ela esperava algo dele.

E ela não esperava nada... Certo?

Mas naquele momento, enquanto dividia a cozinha com o homem, enquanto os olhos de fera pousava sobre a frágil e abalada presa ao passo que era encurralada contra a pia, enquanto o coração e a mente esqueciam que era parceiros e batalhavam entre si, naquele momento tão curto e cheio ela realmente esperou algo...

Ela só não tinha a certeza do que esperava com tanta afobação.

E ela se enrolou nas próprias palavras enquanto Sasuke aguardava pela resposta, e como não tinha certeza de que poderia responder decentemente, apenas um pedido deixou os seus lábios.

" Me dê um tempo para pensar, Sasuke-san "

Não, dentre tantas coisas, a única que ela desprovia era de tempo. O seu último dia naquele prédio seria contado assim que amanhecesse, no começo da noite ela já deveria estar longe.

Mas ainda assim ele lhe sorriu encantadoramente antes de lhe desejar uma boa noite e desaparecer pelas escadas, deixando-a para trás com aquela difícil decisão.

Dentro da Haruno existia uma intensa guerra. Sua mente era bem prática e aceitava a situação muito bem e o coração era diferente, ele era machucado e entendia que aceitar qualquer generosidade daquela família poderia ser perigoso.

Por que ela teria mais tempo naquela casa, e seus sentimentos se duplicariam. E será que já não haviam sofrido o suficiente?

Sinceramente, Sakura não tinha a certeza de que ela aguentaria passar por tudo aquilo de novo.

E ela estava divida. Queria tanto ficar, mas sabia ser melhor partir.

__O que eu devo fazer?

E aquela era a pergunta de ouro.

Sua decisão não afetaria apenas ela própria, mas no meio de todo aquele turbilhão também existia o seu pai, o chefe e as crianças. Ela não poderia ser egoísta.

Um suspiro deixou os seus lábios e os olhos escorregaram pelas paredes cremosas do quarto. Sakura se levantou lentamente da cama e tocou com uma das mãos a parede que se erguia por detrás da cama.

O quarto de Sasuke estava bem ali.

Sasuke estava ali.

__Tão, tão pertinho. -Murmurou com meia voz, o peito retomando o ritmo acelerado de mais cedo.

Um pensamento amargo passou pela cabeça e Sakura se afastou da parede como se pegasse fogo. Ela já teve um pensamento parecido com aquele a tantas semanas atrás¹, quando jurou que definitivamente o que nutria por Sasuke apenas admiração.

Ela não podia pensar em Sasuke daquela forma, seu coração não podia se agitar tanto.

Uchiha Sasuke era apenas o seu chefe, pai de das crianças que ela cuidava. Jamais as trairia se apaixonando por ele, prometeu uma vez para si mesma enquanto conseguia a afeição de Sayuri e Daisuke.

Ela jamais quebraria aquela promessa.

Sasuke era proibido para Sakura.

Mesmo que doesse aceitar aquilo.

E mesmo que fosse se sentir solitária.

Mesmo que seu coração estranhamente se revoltasse e passasse a cooperar com sua mente traíra, Sakura cerrou os olhos e lentamente tomou a sua decisão enquanto os pés tomavam mais distancia daquela parede.

E por mais que doesse, sua decisão era definitivamente a melhor.

Ela deveria se afastar.

~~*~~*~~

Daisuke era um garoto amaldiçoado com a má sorte.

Ele não conseguia se recordar o porquê de tanto azar, mas desde o principio fora assim. Até mesmo quando ele arquitetava algum plano, nem sempre o resultado era satisfatório e agradável para a criança, mas mesmo que quase sempre o resultado se voltasse contra ele, seus planos raramente falhavam.

E era esse fato que o garotinho tinha dificuldades em mastigar. Como seus planos sempre tão bem elaborados poderiam de uma hora para outra não dar mais certo?

A algum tempo atrás, quando ele ainda possuía total certeza sobre os seus passos e havia entendido que Karin era uma ameaça, ele a tirou do campo facilmente. Aquela mulher ainda prometia voltar e ele estaria pronto quando a hora chegasse, mas não era aquele o ponto onde ele queria chegar... Karin era uma ameaça, sim, ela era, mas não a mais perigosa.

Era Haruno Sakura que deveria ter total atenção.

Aquela estranha mulher munida de seus sorrisos do tamanho do mundo, cheia de seus apelidos bobos era aparentemente inofensiva, mas por debaixo de toda aquela fachada, a babá era uma praga.

De alguma forma que Daisuke ainda não entendia muito bem, desde que ela chegou, Sakura esteve presente em todos os momentos mais importantes e esse fato parecia torna-la fundamental. Quando planejou contra Karin, Sakura lhe aconselhou e acobertou quando Sasuke deveria ter um ataque de fúria contra os pestinhas.

Quando a derrubou no banheiro e a machucou na testa, ela também transformou a situação, fazendo parecer um mero acidente.

O Uchiha ainda não conseguia lembrar em que momento ele deixou de odiá-la e passou a admirar e confiar tanto nela.

A única coisa que ele sabia era que, quando enfim achou um lugar para colocar aquela idiota, ela determina que deveria ir embora. Assim, do nada.

E antes mesmo de começar, seu plano falha mais uma vez.

Mas tudo aquilo doía. Não o fato de ter um plano aparentemente 'infalível' provando que era falho no fim das contas, mas sim saber que a babá de cabelos tão estranhos iria embora.

Ele até mesmo já havia se habituado com ela perambulando pela casa, com a animação e a certeza de que aquela bagunça seria a mesma no dia seguinte. Sakura transformou muita coisa naquela casa com o seu jeito, do seu jeito, e ele não conseguia parar de imaginar se as coisas ficariam bem.

Por que, bem, os Uchihas não eram muito bons ao lidar com perdas.

Daisuke era a prova. Quando era pequeno e sua mãe ainda estava viva, ela adoeceu. O garotinho cuidou bem dela, se esforçou ao máximo, por que ele vivia na esperança fantasiosa de que o seu esforço seria recompensado e ela logo melhoraria.

Ele acreditou de verdade.

Mas foi o contrário.

Nem com todo o seu amor e zelo, nem com todas as noites que Sasuke passou em claro e nem mesmo as lágrimas de sua caçula foram o suficiente para cura-la.

E ela foi a primeira e real perda dele. A primeira e mais significativa...

A mais dolorosa também.

Sua mãe era uma mulher incomum. Era meio infantil e péssima na cozinha, todas as traquinagem que ele e Sayuri faziam ela também estava metida, e ela tinha o sorriso mais encantador de todos e os olhos mais bonitos que já vira.

E ele a perdeu lentamente para uma doença que brincou por muito tempo com a esperança daquela família.

Perder sua mãe foi como perder o chão, e ele caiu depois de tudo.

Os seus planos mais egoístas começaram naquele ponto. Sasuke parecia ser uma especie de alvo e atraia todo e qualquer tipo de pessoa que o garotinho se esforçava para manter longe.

Era tudo pelo o bem da família, essa era desculpa que ele dava enquanto tentava esconder que fazia tudo apenas para ter alguma coisa que o mantivesse firme no lugar.

E na atual situação, além de azarado, Daisuke conseguia perceber que também era um grande perdedor.

O Uchiha acreditou que poderia resolver qualquer coisa, sua prepotência havia o cegado.

Os problemas de Sakura eram diferentes. Eram grandes e pesados demais para que ele, uma mera criança, tentasse resolver. Não era algo que ele pudesse por em cima de seu carrinho e andar pela calçada a fim de jogar na lixeira de um vizinho no fim da rua.

Não podia fazer nada.

Era frustrante.

Ele ainda queria tanta coisa. Precisava conhecer mais Sakura. Ela era estranha, queria descobrir como funcionava a cabeça dela e saber o porquê de tantos sorrisos despreocupados.

A babá era tão diferente de sua mãe... Ela era boa na cozinha e nunca estava mau-humorada, mas de alguma forma algo as tornava tão parecidas. Talvez fosse os olhos, eram da mesma cor, verdes e bonitos de se olhar.

Bem, não importava de qualquer forma, ele jamais poderia descobrir.

E o garotinho remoía toda a sua falta de sorte enquanto remexia o cereal que pelo o tempo já havia amolecido no leite. Os ruídos da televisão na sala alcançavam a cozinha, ele quis desliga-la, mas perdeu o ânimo de se levantar.

__Onii-chan, você está fazendo careta de novo. - Sayuri suspirou do outro lado da mesa.__A febre pode ter voltado... Eu vou ligar para o papai.

__Não precisa, Sayu. -Afastou a tigela de sua frente e apoiou o rosto numa das mãos.__Estou bem.

Não, ele não estava. A pequena pareceu perceber, mas não discutiu.

Sayuri estava meio estranha desde cedo. Era incomum te-la tão quieta, sem suas costumeiras alfinetadas. Mas Daisuke imaginou que ela ainda esteja remoendo tudo, talvez seja difícil para ela entender.

__Será que a Sakura-chan volta para se despedir da gente? -Ele a encarou e relembrou da promessa que a rosada deixou pela manhã enquanto beijava sua testa, dizendo que voltaria mais tarde.

__Se ela prometeu -Sacudiu os ombros.__Ela sempre dá um jeito de cumprir suas promessas, de qualquer forma. -A menor pareceu concordar.

Daisuke suspirou desanimadamente, abandonou a mesa e foi até a sala. A televisão foi desligada e ele se enrolou em algumas cobertas que já estava ali, se encolhendo no canto do sofá.

__Você está bem-

__Estou.

__Tá... -Ele se repreendeu por ser tão grosseiro.

Sayuri o estava sufocando, ele se virou para a pequena pronto para pedir que o deixasse sozinho, mas teve tempo de flagra-la receosa. O grande par de olhos que iam e vinham nas direções, a boca que abria e fechava.

Ela queria dizer algo!

__Você quer dizer alguma coisa, não é?

A pequena ainda levou tempo o suficiente para esclarecer a incerteza enquanto apertava a saia do vestido rodado.

__Sabe, Onii-chan, ontem, quando eu não consegui dormir, eu fui até o papai. Mas ele ainda estava na cozinha conversando com a Sakura-chan e eu os ouvi.

__E o que tem?

__Eu não sei muito bem, mas eu acho que o papai pediu para ela ficasse aqui em casa. - A Uchiha ainda não tinha certeza se deveria contar, ouvir conversas de adultos era feio e comentar ainda pior, sabia disso .__Eu acho que o papai também não quer que a Sakura-chan vá embora...

__Sayuri! Você escuta algo assim e não me diz nada?

__Mas eu não sabia se deveria...

__Esquece. Eu não entendo -Daisuke se se levantou do sofá, subindo as escadas com a pequena atrás.__Se o papai pediu para que ela não fosse, por que Sakura se despediu hoje?

Daisuke entrou em seu quarto, revirando o guarda-roupa.

__O papai disse que ela podia ficar, Onii-chan. -A voz dela soou baixa, mas ele pode ouvi-la da porta.__A Sakura-chan podia ficar, mas quis ir. -Fungou, esfregando o nariz com uma das mãos.__Fomos crianças más com ela, agora a Sakura-chan não nos quer mais.

Daisuke passou um casaco pelos ombros, se aproximando da mais nova. Sayuri estava confusa, ele próprio não entendia mais nada, mas ainda assim afagou a cabeleira escura dela.

__Não seja boba, Sayu. Sakura é idiota, tanto que nem mesmo deve se lembrar do que fizemos.

E era verdade, no fim das contas. Quantas vezes ele foi grosseiro com ela, já a machucou com um de seus planos maldosos e ainda assim ela nunca deixou de gostar deles.

Em em sua cabeça, Daisuke se esforçava para ligar os pontos.

Como, ele se esforçava para entender, como Sakura conseguia jogar pela a janela a chance de ouro?

Sasuke não era um homem caridoso, nem dado a bondades. Ela não podia simplesmente sentar e esperar outra chace dessas brotar.

E sua cabeça trabalhou, trabalhou tanto até chegar a conclusão que ela, no fim, só estava fugindo.

Fugindo deles.

O garotinho bufou cansado, enquanto calçava as botas de frio nos pés.

__Onde você vai, Onii-chan.

Apanhou um cachecol qualquer e devotou a atenção a pequena

Agora tudo parecia mais claro para os seus olhos. Daisuke compreendia que não podia fazer muita coisa, sabia que aquela situação fugia de suas mãos tão pequenas, mas uma coisa ele ainda podia fazer.

E iria fazer, custe o que custar.

__Sayu -Encarou a pequena que o encarava da porta, meio escondida.__Nós temos que ir buscar a nossa babá.

~~*~~*~~

__Você está bem, querido? -A voz era baixa e calma, mais também era cheia de preocupações. Existiu um minuto inteiro para que ele pensasse na pergunta e outro para que avaliasse uma resposta.

__Estou. -Não era verdade, mas também não mentia.

Akane ainda estava do outro lado da linha, quase podia enxerga-la encolhida em umas das poltronas perto da janela do quarto e cheia de olheiras nos olhos. Quis dizer para que ela não o esperasse chegar, para que fosse descansar a noite tão mal dormida que tivera. Mas não disse nada.

Naquele momento Toya realmente não sabia o que deveria fazer e deixar a mulher magoada e preocupada sozinha em casa na madrugada não foi sua intenção, mas foi inevitável.

As duas últimas semanas não foram bondosas com o Haruno, mas aquele dia conseguia ser especialmente ruim. Enquanto tragava um café preto e amargo numa cafeteria perto de seu trabalho, ele desejava que o líquido escondesse o cheiro de bebida e os olhos cansados.

Quando, na noite do dia anterior, Toya preparou-se para voltar para casa ele desistiu no meio do processo. Não existia animo e a cabeça estava cheia demais para que ele dirigisse, já as ligações de Akane foram ignoradas de propósito, não queria ser grosseiro com ela.

Quando amanheceu, o céu pesado e cinzento surgiu cheio de promessas de um dia ainda pior.

Sua filha partiria naquele sábado, à noite.

Iria embora mais uma vez e, sinceramente, o Haruno não tinha certeza se conseguiria lidar tão bem como da última vez.

Por que, mesmo que a sua pequena e revoltosa filha houvesse saído de casa, ele ainda conseguiu cuida-la, não era como se fosse de muita importância, mas saber que a tinha sob suas asas o deixava menos preocupado.

Mas desta vez ela iria para longe e, se dependesse de Sakura, ele jamais a veria novamente.

E mesmo que fosse doloroso, Toya entendia que, de sua posição, ele jamais poderia se opor a qualquer coisa.

A muito tempo ele tinha deixado de ter esse direito

__Toya-kun, quando você volta para casa?

Ele suspirou longamente enquanto dedilhava a xícara de café sobre o balcão, sem nem perceber que sua mão estava dormente por segurar o celular por tanto tempo.

__Eu ainda não sei, Akane. -Ele se levantou, deixou dinheiro pela bebida e se retirou do estabelecimento. Do lado de fora, o frio o saudou em cheio revirando os cabelos que ainda não foram penteados e ajeitados.__Coma alguma coisa e depois vá descansar. Eu logo chegarei. - Ela suspirou do outro lado, mas concordou com voz pesada demais para um tom tão doce.

__Se cuide, querido.

Foi ele quem desligou primeiro e depois se dirigiu até o carro. O sobretudo escuro o aquecia bem, mas ainda sim o ar frio parecia congela-lo por dentro.

Algo naquele dia infeliz o fez lembrar de um passado amargo que ele se esforçou para não rever.


"__Hey, papai, a mamãe disse que no ano novo iremos ao templo. -A pequena se jogou sobre o colo dele, com as bochechas coradas demais sobre a pele tão pálida.__Isso não é bom? "

Toya entrou no carro ajustando o aquecedor. Bagunçando ainda mais os cabelos despenteados.


"__Isso não é ótimo, querida? -Ela assentiu algumas vezes.__E o que você vai pedir?

A pequena sorriu com pequenas janelas em seus dentes. Um sorriso bonito de se ver. Um sorriso que faria qualquer um sorrir também.


__Eu vou pedir para que o papai, a mamãe e eu fiquemos juntos e felizes para sempre. -Ela cobriu os lábios com o indicador e resmungou um 'shii'.__Mas não conte para ninguém. "

O homem recostou a testa sobre a janela e observou um ponto qualquer do lado de fora.

__Talvez devêssemos ter ido ao templo aquele ano, Sakura. -Murmurou perdido demais para ouvir a si próprio.

O celular vibrou em um de seus bolsos e insistiu um pouco mais antes de ser atendido. O visor ainda pulsava o nome de sua criança quando atendeu.

__Oi pai.

" __E você papai, oque você pediria? "

__Eu tava pensando e talvez você pudesse me dar uma carona até a estação. -A voz soou tão trêmula e incerta que ele quase sorriu.__Mas não se sinta obrigado.

"Ele fingiu parar para pensar, mas não o fez verdadeiramente.


__É claro que eu pediria uma saúde de ferro para a minha princesa. -Acariciou a pele febril das faces dela, sentindo-a se aninha no contato.__ Se eu acreditasse nisso, ao menos...


A última parte ele sussurrou baixo demais para que não alcançasse os ouvidos dela. Por que não contaminaria mente de uma criança com toda a sua desilusão e desespero.


Por que, dentre todas as coisas, ele precisava mante-la forte e confiante. Pelo bem dela. Pelo bem dele"

__Eu realmente não me importo Sakura. -Murmurou ainda preso naquele labirinto escuro de seu passado.__Passo para te buscar mais tarde.

__Estarei esperando então.

Ela esperaria por ele, ele iria até ela. Por que, mesmo que ainda existisse algo que os separasse, Toya ainda faria o possível para estar por perto.


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Notas finais do capítulo

¹- O momento em que a Sakura se relembra lá em cima pertence ao capitulo 19, referente aos últimos paragrafos do texto.


Eai, merecedor de reviews?


Bem, esse capitulo foi muito, muito dificil de sair. Sabe, além de todo o travamento, eu não sabia como começar, quis pular para hora que a Sakura se muda logo para a casa do Sasuke, mas ai seria muito estranho, sei lá, rapido demais eu acho.
Esse capitulo não teve muito dialogo e foi dividido em dois, o outro eu vou trazer a visão do Sasuke sobre toda essa bagunça. Aaae o/ Sasuke-kun, enfim!


Vocês viram, eu coloquei alguns momentos do passado dos Harunos por aqui. Eu desenvolvi uma história para Toya e Akane e Sasuke e sua esposa, mas não consigo achar um momento em coloca-los aqui. Então estava pensando em fazer uma Double-Shot separadamente, como se fosse especies de ova de um Anime (?)
Oque vocês acham.


Pessoal, aquilo que eu citei lá em cima, a coisa chata que queria dividir com vocês, então: Nesse tempo que eu fiquei ausente, eu tive essa historia plagiada. Foi no FanFiction.net, o nome da cópia era " Os nada Amáveis", algumas leitoras me avisaram e a história já foi deletada. Esse fato me desanimou bastante, mas o pior é que parece que está acontecendo de novo. Dessa vez é aqui mesmo no Nyah, o nome da história é " Meus Pestinhas ". Novamente me foi avisado e eu fui lá para checar e agora estou confusa.
Essa fic é muito parecida com a minha, sabe. Coisas que eu decidi por aqui, as personalidade, momentos, tudo lá só que com palavras um pouco diferente, como por exemplo, as travessuras que acabou machucando a Sakura, o momento em que Daisuke aceita em tratar a Sakura pelo nome, o passeio, tudo. A única diferença é que aqui nos Adoraveis, Daisuke é o mais velho e lá é uma menina. Até ai, visivelmente é a minha Fic, mas em algum momento ( Por que eu não consegui ler a história toda) a história se desvia e então toma outro rumo, e é isso que me deixa tão incerta.
Eu fiquei bem chateada, mas ainda não consegui entrar em contato com a autora. Eu queria pedir se caso alguma leitora daqui ler essa história me de sua opnião, por que eu não quero acusar ninguém ( Embora eu tenha quase certeza que vou levar esse caso pro staff).
É bem chato trabalhar tanto em cima de uma história e te-la copiada tão facilmente.
Eu só preciso ter minha caixa de mensagens concertada e o esclarecimento de uma estranha mensagem que aparece quando abro minha conta, mas eu não vou deixar passar assim.


Entããão, deixando esse papo pesado de lado, então o capitulo foi aceitável? Pretendo trazer o próximo na segunda, no mais tardar terça-feira. Se não eu vou dar o meu endereço para vocês me baterem Haha.

Eai será que ganho algum comentário? Bem, de qualquer forma, peguem leve comigo por que eu tenho um coração muito frágil. Sejam carinhosos. :3


E por hoje é só pessoal. Nos vemos no próximo!
Beeijos.