Capitulo VII - VERÃO -

Thomas encarava a parede a sua frente. Tentava ignorar o gosto de sangue na sua boca, mas aquele gosto de ferrugem era nojento demais por isso voltou a cuspir no vaso de plantas ao seu lado. O inspetor deu uma olhada repreensiva, a qual ele retribuiu com deboche.

No banco da frente tinha outro garoto. Não tão machucado como ele e provavelmente uns dois anos mais velho.

Thommy acreditava que só tinha apanhado do jeito que apanhou por ter aquele maldito gesso em sua perna direita.

A diretora Montgomery abriu a porta de seu gabinete e suspirou entediada.

- Entrem!

Os três entraram e novamente Thomas e o outro garoto foram colocados um longe do outro.

- O que aconteceu Inspetor?

- Encontrei esses dois rolando pelo corredor, Diretora. É a segunda vez essa semana que o menino Cullen arruma uma briga. – disse o inspetor narigudo e necessitado de músculos.

A diretora voltou seu olhar para Thomas que tinhas os braços cruzados e cara fechada.

- Foi ele diretora! – acusou o outro garoto – Ele quem começou a briga! Estava lanchando quando ele veio do nada pra cima de mim!

A diretora voltou a olhar Thomas.

- É verdade? Voce começou?

Thommy deu de ombros.

- Ele não incluiu na acusação que eu só fiz o que fiz porque ele jogou suco na minha irmã! E eu faria de novo. E de novo. E quantas vezes fosse preciso.

A diretora suspirou.

- Doug Clark estarei mandando uma carta aos seus pais relatando o seu comportamento vergonhoso. Esclareço que bullyng é crime, e acredito que seus pais não adorariam ter que pagar pena publica ou passar a noite na cadeia por sua causa não é mesmo? – disse a diretora num tom jocoso – voce tem detenção pelo resto do dia! Inspetor; acompanhe ao garoto ao almoxarifado, ele tem muita coisa a fazer por lá.

Doug engoliu os protestos. Poderia piorar a situação, mas antes de sair deu uma olhada para Thommy deixando que não tinha terminado ainda.

- Thomas, eu e a senhorita Swan estamos resolvendo lentamente esse problema que envolve sua irmã Sofie. Tem até uma inspetora responsável por ela e que acredito que repreendeu Doug Clark, estou correta?

Thomas assentiu sem ainda se abater.

- Não posso deixar essa vez passar como fiz das outras. Vou ter que informar o seu pai do ocorrido! – decretou a diretora cruzando suas mãos sobre a mesa.

- Se quer que realmente alguém lá em casa saiba, avisa a minha Nanny.

A diretora sorriu.

- Eu já fiz isso!

E foi o tempo em que Isabella sem bater na porta, entrou.

- Thomas! – bradou furiosa – Como voce me faz algo assim em véspera de férias? – carregava Andy pendurada em sua cintura – Se tivesse pelo menos batido, o pior é ter arrumado briga e ter apanhado na frente de todo mundo!

A diretora arqueou a sobrancelha confusa.

- Ele mereceu Bella!

- E voce também. Só não puxo a sua orelha porque..

- ...porque voce não é a minha mãe! – completou Thomas roubando por um instante o raciocínio de Isabella.

A babá suspirou. E rolou os olhos.

- Como se eu precisasse ser isso pra meter a mão na sua bunda se for necessário! Moleque! – deu um peteleco na cabeça do garoto que sorriu.

- Senhorita Swan, espero que compreenda que não posso deixar isso passar em branco. Os Clarks provavelmente vão reivindicar uma punição.

- Entendo senhora Montgomery. E Thommy estará disponível durante as férias para manter a grama do jardim lateral aparada já que hoje se virá livre desse gesso!

Thommy encarou a sua baba em choque. Queria gritar não e não e não.

- Aprecio a sabia decisão senhorita Swan!

- Claro – disse Isabella com um sorriso – Depois dessa ele vai pensar mais vezes antes de arrumar briga.

- Sem chance que eu faço isso! – protestou Thomas.

- Ah sim e voce prefere o que? Sentar diante do seu pai e explicar porque não vai poder participar da primeira semana de aula depois das férias? Ou melhor? Ta pensando em lavar mictório? - Thomas rosnou e não disse mais nada. – Como eu imaginei! – Isabella sorriu.

- Que bom que ainda esta com as crianças senhorita, vejo uma melhor significantes nas notas de ambos e na socialização de Sofie.

- Em falar em Sofie – disse Bella apreensiva – essa briga não foi por ela não?

- Infeliz mente sim – disse a diretora se levantando – Mas como combinamos, na reunião dos pais vamos abordar o assunto. De acordo?

- Sim, sim! – disse Isabella satisfeita – Acredito que Tommy não vai poder permanecer na escola, certo?

- Correto!

Isabella suspirou e assinou a ata comprovando a presença como responsável, colocou Thommy no carro e foram ao hospital retirar o gesso.

Thommy estava bravo com Isabella por causa do castigo, mas ele deixou de lado quando a Nanny entregou a ele o pedaço do gesso que seu pai assinou.

- Pra voce guardar como lembrança. – ela começou dizendo – eu não tive a oportunidade de fazer isso.

- Nunca quebrou nada? – ele questionou.

- Pelo contrario, eu acho que já quebrei todos os ossos do corpo! – bradou histérica – Eu não teria onde guardar tanto pedaço de gesso!

Thomas gargalhou e Andy o acompanhou como se tivesse entendido tudo.

Ao estacionar a mini van Isabella percebeu que tinha algo errado. Algo muito errado. Algo perigosamente errado.

- Thommy, fica aqui um pouco com a sua irmã que eu.. eu já volto! – entregou Andy para o menino e correu para dentro da mansão.

Logo notou que era melhor ter ficado do lado de fora. Por milímetros um vaso de cristal não acertou o seu rosto.

- EU ENTÃO NÃO TENHO DIREITO A OPNIÃO???

- Em relação a minha vida amorosa?! Não!

Era Edward e Esme tendo o maior barraco em família.

- E mãe, pare de quebrar as coisas! É caro sabia?

Esme rosnou pegando outro vaso e arremessando perto do filho.

- Eu deveria ter quebrado a sua cara quando Victoria apareceu! Já não bastou a maldita Kate? Dedo podre pra escolher mulher! Agora me vem com uma Denali! DENALI!!! – pegou agora uma garrafa de Wisk e jogou no chão – Raça de víboras! Já se esqueceu que foi por culpa de Aro Denali que seu pai adoeceu e morreu?

- Claro mãe! Eles são praticantes de magia nega não é? – ele disse cético – Carlisle morreu por não cuidar da saúde! E por favor, pare de quebrar as coisas! Isso me irrita!

- Voce deveria gastar mais o seu tempo com seus filhos do que correndo atrás de mulher! E são todas fúteis e vagabundas! Vai casar de novo com uma dessa? Soube que Kate esta em Malibu casada com um homem mais rico do que voce! Tive o desprazer de encontrá-la em NY! Ah e ela tem um filha... uma filha Edward! Enquanto Thomas está aqui sem pai e sem mãe!

Essa foi a vez de Edward pegar algo para quebrar, e ao contrario da mãe, ele não pegou um objeto apenas, ele virou a estante de cristal destruindo tudo. Ele se apoiou na parece ofegante. Isabella levou a mão ao peito assustada.

- Tânya Denali vai fazer pior – continuou Esme cruelmente – Ela vai te tirar tudo o que voce tem. Casando com ela, voce perde a sua mãe e a sua irmã, em seguida seu irmão porque ela não é o tipo de mulher que gostaria de dividir a mansão com o cunhado, então ela vai dizimar os seus filhos... primeiro ela vai separá-los de voce e então vai separá-los entre eles. Sobrará apenas voce – pegou uma garrafa de vodka russa e jogou no chão – e a bebida pra se afogar!

Edward se virou para mãe com os olhos cheios de lagrimas.

- É por isso que voce sempre é a ultima a saber das coisas, é por isso que meu pai quando descobriu o câncer resolveu deixar a doença matá-lo. Voce é cruel, intragável, insuportável... não é tão melhor que Tânya Denali!

Isabella se escondeu atrás de uma coluna enquanto Edward entrava na biblioteca e Esme quebrava mais alguma coisa. Foi então que notou Thommy a encarando com os olhos cheios de lagrimas.

- Thommy...

Ele soltou Andy e correu para o andar de cima deixando Isabella desesperada para trás. Olhou para o chão e ali estava o pedaço de gesso com a assinatura de Edward.

- Pobre Thommy... – murmurou pegando Andy e subindo as escadas também e indo em direção a quarto.

Bateu varias vezes na porta. Chamou Thommy até não agüentar mais. Andy na estava ficando enjoada e estava dando a hora de buscar Sofie. Isabella começou a se desesperar. O que o menino podia estar fazendo lá dentro? Já tinha escutado muitas coisas se quebrando lá dentro. Será que era mania de rico quebrar tudo o que tinha pela frente?

- Thommy, vamos dar uma volta? Vamos sair? Vamos conversar? – chamou Isabella escorada na porta.

Não houve retorno. Andy começou a chorar, e o celular a apitar avisando a hora. Hoje parecia o dia de cão. E tudo isso completado por um calor absurdo.

Desistiu indo levar Andy para tomar um banho e pediu para que Art buscasse Sofie, ela não tinha atenção necessária para ficar atrás de um volante. Sua cabeça girava. E seu estomago revirava.

Seria tudo verdade o que a senhora Esme teria falado? As crianças seriam tratadas assim por essa mulher? E quanto a mãe de Thommy?

Em relação a mãe de Thommy, Isabella evitou pensar naquele momento. Seria muita crueldade se fosse verdade.

- Andy – disse Isabella encarando a bebê – se depender de mim, seu pai não casa! Não com essa bruxa! E se ele casar, eu levo todos vocês para morar comigo, eu não sou rica.. ainda. – disse ponderando seu estado financeiro – Mas vou escrever o Best Seller e vou poder dar a vocês coisas do bom e do melhor, mas o mais importante  - pegou Andy no colo – o essencial mesmo; é que eu amo vocês! As vezes mais que a mim mesma!

Abraçou a menina forte e rapidamente Andy dormiu.

Desceu as escadas atrás de Mary e na sala encontrou três empregadas limpando a bagunça.

- Mary, tem algum tipo de chave universal?

Mary a encarou desconfiada.

- Por favor não pergunte o porque da minha pergunta – murmurou Isabella – se tiver é importante pra mim!

A governanta voltou os olhos para a sala destruída.

- Isso é só o começo Nanny – resmungou indicando com a cabeça o caus – Domingo agora teremos um jantar de oficialização. E provavelmente virá o baile de noivado. Terá o ensaio de casamento. O casamento. E então se prepare para meses de guerra declarado entre a noiva, a sogra e a cunhada.

Suspirando Mary se virou para Isabella com uma chave dourada em mãos.

- Eu.. eu escutei parte da briga.

- E quem não escutou? – proferiu Mary com um sorriso triste lhe entregando a chave.

Isabella assentiu e deu alguns passos.

- Eu gostaria de Thommy não tivesse escutado.

Mary se sobressaltou com a notícia. Isabella deu de ombros e tornou subir para o segundo andar. Entrou sorrateiramente no quarto de Thommy e era como se um mini furacão tivesse passado por ali também. Olhou debaixo da cama. Atrás do armário. Dentro do guarda roupas.

Avistou por fim a porta do banheiro. Tentou abrir, mas estava trancada.

- Thommy? – chamou e esperou um tempo para tivesse retorno, mas nada aconteceu – Thommy eu posso escutar a sua respiração pesada e seus soluços involuntários sabia?

Continuou sem resposta. Então se sentou e escorou na porta.

- Sabe, eu não sei o quanto da discussão lá embaixo voce escutou. Mas pela sua reação, escutou muito não é? – ela deu uma pausa suspirando – Eu nem sei muito bem como te ajudar com isso. Não sou muito boa em resolver problemas... bem.. pelo menos eu tenho uma gaveta cheia deles e não tenho idéia de como me livrar... na verdade verdadeira, eu nunca me empenhei em resolver problemas, acho uma total perda de tempo! – disse divagando e então voltando ao foco – O que eu quero dizer... é que as vezes o problema não é com a gente. Não é sobre a gente. Não se refere a nós! – mordeu o lábio inferior – Se o seu pai quer casar novamente, o problema é dele, quem esta se enrolando é ele. Se sua mãe decidiu ir embora e viver outra vida, o problema é dela, quem esta perdendo toda a diversão é ela. Porque sabe? – Isabella se permitiu sorrir – Eu nunca imaginei que eu me divertiria tanto aqui. Com vocês eu tenho tantos momentos especiais. Na escolinha de futebol, nos passeios secretos, as aulas de balé de Sofi, os puxões de cabelo que Andy me dá ou aquelas mordidas doídas provenientes dos seis dentinhos mais afiados que eu já conheci. Dos momentos loucos no carro, ou das minhas idas e vindas pra escola... – ela se sobressaltou se lembrando do rosto de Doug - Thommy eu vi aquele garoto, voce só não acabou com ele por causa do gesso!

A tranca da porta fez um barulho e então a porta se abriu. Isabella fitou Thommy por um instante, sorriu para ele e abriu os seus braços. Ele correu para o aconchego do abraço de sua Nanny.

O choro incontrolável do menino a causou agonia profunda. Algumas lágrimas lhe escaparam dos olhos e ela tentou esconder o tanto que aquilo a machucava.

- Nanny! Nanny! – ele chamava com um grito abafado em seu peito – Nanny promete que nunca vai me deixar?

Isabella suspirou e o abraçou forte.

- Nem se me obrigassem Thommy! Eu vou ficar aqui até quando voce quiser!

Isabella fiou ali até que o garoto se acalmasse. E pudesse voltar a respirar normalmente.

- Eu não quero. – ele disse de repente.

- Não quer o que?

- Não quero que ele se case. A mãe da Andy, a tia Savannah, era legal. Mas eu me sentia como se eu fosse... eu estivesse atrapalhando. Eu não era filho dela.  Sofie também não... – ele se virou para a Nanny que prestava muita atenção no que ele dizia – ela não brigava com a gente, nem nada disso. Cuidava até de nós, mas... mas eu sabia que eu e minha irmã estávamos impedindo ela de formar uma família. Como se eu e Sofi fossemos parte fora, carta fora do jogo entende?

Isabella assentiu e segurou as mãos de Thommy.

- Quando ela morreu. Foi então que meu pai desapareceu de vez de casa. Tio Emmett que tentou por um tempo ficar junto, mas como voce percebeu, ele também tem muita coisa a fazer. E nós não somos filhos dele. Eu até gostaria de ser, mas...

- Hey Thommy! Eu entendo que voce fique desse jeito em relação ao seu pai, mas perceba que ele é seu pai e isso não vai mudar! Mas voce pode mudar a freqüência em que voce o vê.

Thommy estreitou os olhos um tanto confuso.

- Como vou fazer isso?

- A gente vai colocar a nova namorado do papai pra correr!

Isabella e Thommy olharam para porta e ali estava Sofie com um sorriso enorme no rosto.

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- Não! Logico que não! – bradou Isabella para os dois pestinhas a sua frente – Eu não posso me meter no relacionamento do pai de vocês! Não se eu quiser continuar aqui! Olha a gente pode aprontar com ela, deixar ela roxa de ódio, ou colocar tinta azul no shampoo dela, ou jogar pó de mico na gaveta de roupa intima dela, ou então colocar uma aranha em sua cama e um sapo na banheira durante o banho... mas eu definitivamente não vou dar em cima do pai de vocês! Olha o absurdo que vocês me pedem!

Isabella se sentou afobada e ofegante.

- Eu gostei da idéia do sapo na banheira! – murmurou Thommy.

- E eu a do pó de mico... – confidencio Sofie.

Isabella deu uma risada histérica.

- Será que de todo o discurso vocês só entenderam essa parte? – exclamou incrédula.

Os dois olharam pra ela com uma expressão inocente.

- Meu pai não é feio! – reclamou Sofie.

Isabella deu outra risada histérica.

- Não ele não é! Ele na verdade é muita areia pro meu caminhãozinho. E nem se eu fizesse duas viagens dava pra carregar tudo.

- Nanny, porque voce esta nervosa assim? – perguntou Thommy arqueando a sobrancelha.

Isabella respirou fundo. Porque ela estava nervosa mesmo? Eram apenas crianças com idéias sem fundamento. Porque ela tinha ficado agitada de repente? Seria porque ela se lembrou do primeiro dia de viu seu patrão? Se lembrou de seu peitoral definido e de suas mãos fortes a segurando pela cintura?

Balançou a cabeça tentando se livrar das imagens nada decentes que se o formavam em sua mente. E eram todas dela pegando seu patrão de jeito. Não era certo isso. Ele jamais olharia para ela. Jamais! Pra começar ela não era tão atrativa. E como ele mesmo tinha se referido na noite mais constrangedora da sua vida, ela era uma empregada. Pobre. E fora dos padrões.

- Não estou nervosa! – reclamou ficando de pé – Agora voce Sofie, vai tomar banho e voce também Thomas! E eu vou ir atrás de alguém pra arrumar a bagunça... – olhou em volta fazendo uma careta – Andem logo! – bradou fazendo os dois levantarem rapidamente e irem fazer o que foi ordenado.

Isabella foi para o seu quarto e se trancou por alguns momentos ali.

Edward Cullen não saia de sua cabeça desde sempre. Talvez fosse o fato dele ser tão misterioso e inatingível. Ela sentia uma raiva dele, uma vontade de jogar ele na parede e dizer poucas e boas e então ensinar pra ele o que era mulher de verdade.

Ele buscava mulheres em lugares errados. Mulheres “bolha de sabão” como Jake seu amigo definia. Lindas por fora e vazias por dentro.

Jake. Já tinha passado da hora de ligar para Jacob. Pegou o telefone apressada e discou o numero que tinha de cabeça. Não se importou com o fuso horário, ele iria atender, sim ou sim.

- Alo?! – uma voz grogue do outro lado respondeu.

- Jake! Jake! Voce não tem idéia do que eu teria pra ter voce aqui!

- Bells? Nossa... voce viu que horas são?

Isabella riu.

- Também sinto a sua falta, e preciso te contar algo muito maluco o que esta acontecendo comigo e voce tem que me manter com a mente sã!

Isabella escutou um suspiro. Poderia imaginar ele se acendendo o abajur, se sentando na cama para escutar e então opinar.

- Diga, matou uma das crianças?

- Ai como voce é mórbido! – reclamou – Ainda não, mas acho que elas é que querem me matar.

- Qual deles?

Isabella suspirou. Não tinha ninguém no mundo que a conhecia melhor do que aquele cara do outro lado da linha.

- Edward Cullen. Ele é tão nojento, tão estúpido e ao mesmo tempo me soa tão perdido.

- Tipico! – Jake murmurou do outro lado da linha – Voce nunca aprende não é?

Isabella suspirou se recordado da sua paixão na universidade.

- Ele não é o Taylor!

- Ele é o Taylor piorado! O dinheiro o deixou mais esnobe e ainda tem 3 filhos pra voce cuidar! Encrenca Bells!

- Eu sei! – ela choramingou – Eu sei.. e ele ainda vai se casar!

Jake riu.

- Bella o que eu faço com voce? – ele parecia divertido e indignado ao mesmo tempo – Espera.. casar? Mas a mulher dele não morreu esses tempos?

- Pois é, também acho que ele ta muito apressadinho, apesar de achar que ele esteja fazendo isso por conveniência!

- Não, não... – de repente Jake soou desesperado – Voce não pode estar pensando nisso!

- Nisso o que? – tentou soar inocente.

- Voce não vai se meter nisso Bells! Voce não vai impedir o seu patrão de casar!

- Mas não é por mim! – ela choramingou se jogando na cama – É pelas crianças!

Jake suspirou pesadamente.

- E voce realmente acredita nisso?

Isabella encarou o teto.

Ela não sabia no que acreditar.

- Não sei como te explicar Jake. Esta tudo tão bagunçado por aqui.

- Voce não tem obrigação de concertar tudo Bells! Para com essa mania de quere carregar o mundo nas costas! Sua obrigação ai é manter essas crianças vivas e saudáveis e com os compromissos em dia.

- Voce fala como se fosse um ser sem coração! Não tem como não me envolver com elas Jake!

 Houve silencio. Ela podia apenas escutar a respiração de Jacob do outro lado da linha. Esse seria o momento em que ele iria abraçá-la e beijar o topo da sua cabeça.

- Ta sentindo? – ele perguntou com uma voz rouca.

- Estou. – ela respondeu com um sorriso – Seus abraços via telefone são os melhores!

Ele riu do outro lado.

- Eu sei que não adiantou nada do que eu disse, mas..

- Mas voce disse! E vai poder falar a frase célebre.

Ele riu.

- Sim! “Eu te avisei!”

Isabella riu se despediu desligando o telefone.

Ela esperava não ter que escutar isso de Jacob. Pelo menos não dessa vez.

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