Capitulo XIX

Isabella se posicionou exatamente onde um dia esteve o muro de Berlin. Viajavam por toda Alemanha, Jasper tirou a foto e os dois riram. Ele correu ao seu encontro e se posicionou do lado dela para que tirassem uma foto juntos. Dali foram para um pub. Agora Isabella tinha alguma bagagem, por toda cidade que passou eu comprou uma camiseta uma calça ou uma lembrança. Sentaram e pediram Salsicha Munchner Weisswurst. Isabella tirou da bolsa o envelope que tinha todos os tickets aéreos e de trem que pegaram desde que saiu de casa. Tinha passado pelos países baixos, Romenia, Italia, Suíça, Turquia, Espanha, Portugal, França Hungria, Austria e agora Alemanha.

Jasper puxou o mapa e traçou uma ultima rota que fariam ali, e depois Isabella escolheria qual seria o próximo destino.

– Já estamos dois meses viajando e eu não tenho idéia se quero parar. – ela disse empolgada.

– Podemos nunca parar Bells! – ele disse divertido.

– Bem, não sou como voce de fonte inesgotável, o dinheiro só dá para mais um lugar e então terei que voltar para a casa. – ela tomou um gole do chá que foi ofertado pelo estabelecimento.

– Sabe, eu acho que o mundo inteiro deveria poder viajar, sentir essa liberdade essa sensação de conhecer o mundo e um dia ter para onde voltar.

– Concordo! – o garçom chegou com o pedido e Isabella sentiu se estomago remexer.

Ela mordeu um pedaço da salsicha, Jasper elogiou o sabor, mas ela sentiu necessidade de vomitar.

– Eu vou ao banheiro, já venho! – tentou sair menos afoita o possível.

Se inclinou sob o vaso sanitário e vomitou o que tinha comido mais cedo. Pensou seriamente na possibilidade de ter pego alguma intoxicação alimentar, ela tinha comido de tudo por todos os lugares que foi.

Fitou seu reflexo no espelho e notou que algo estava diferente nela, por um momento não queria acreditar que era algo errado então por isso se recuperou e voltou a mesa, não queria estragar o final da viagem com bobeira.

Se sentou e Jasper já tinha terminado de comer e agora mexia no GPS, Isabella afastou seu prato e puxou o mapa.

– Hoje é nossa ultima noite aqui, o que vamos fazer?

Jasper olhou para o prato dela e então devolveu o GPS para mesa.

– Bells eu sei que não da minha conta e que somos apenas amigos, eu nunca pensei que poderia encontrar alguém tão animada para viajar e me acompanhar nas minhas loucuras – Isabella se virou para ele um tanto intrigada com a introdução da conversa.

– Mas... – ela instigou.

– Bells, voce tem estado um tanto cansada, sempre que pode esta dormindo, eu sei que estamos há dois meses viajando, mas não é motivo, voce esta comendo muito pouco e na ultima semana voce tem ficado muito enjoada, e bem como o homem que eu sou, eu notei que – ele desviou os olhos dela e então focou na xícara de chá a sua frente – Bom vou ser direto, Bells – ele voltou a olhá-la – não tem nenhuma possibilidade de voce estar grávida?

Isabella riu.

– Jazz não seja absurdo! – suspirou – Eu grávida – resmungou perdendo a graça – isso seria... isso seria um desastre épico!

Respirou fundo tentando não acreditar na verdade, ela sabia que havia algo errado.

– Bells, calma, se há essa possibilidade..

– Não. – ela interrompeu enfiando seu rosto em meio as mãos.

Sua menstruação estava terrivelmente atrasada, mais de dois meses que não vinha e ela esteve tão empolgada com a viagem que não se deu conta de que seu carma mensal não tinha vindo. Não havia a possibilidade, era um fato imediatamente constatado.

– Bells, o pai é quem eu estou pensando? Porque se for..

– Jazz, me tira daqui.- disse subitamente - Acha nesse seu aparelho mágico algum laboratório, eu não quero pensar enquanto não seja verdade. – se levantou rápido demais e Jasper a pegou antes que caísse.

Estava tonta, via tudo girando, era como se uma bomba nuclear tivesse acabado de explodir em sua mão.

– Ok, vamos, tem um aqui na esquina debaixo.

Jasper pagou a conta e a levou para o laboratório e depois para o hotel, Deixou ela descansando enquanto voltava para buscar os resultados do exame.

Antes de voltar para o hotel se sentou numa praça. De repente o que ele achava certo passou a ser duvidoso. Isabella tinha passado toda a viagem sem checar emails ou falar com a família, apenas volte e meia deixava um recado na caixa de mensagens de sua casa. Para ela reagir do jeito que reagiu; era porque ela não sabia do escândalo que havia estourado no centro de negócios de Londres e das capas de revistas estampadas com a foto de Tânya abandonada no altar. Sentiu que todos esses dias passou com ela, foi apenas uma mentira, ela jamais o veria além de um bom amigo, ainda mais agora em que poderia estar grávida de Edward Cullen.

Deu duas batidas na porta e entrou no quarto. Ela estava sentada trocando compulsivamente de canal.

– Desculpe a demora.

Ela deu um sorriso fraco. Ele entregou o envelope.

– Antes que você abra, preciso saber se esta ciente do que aconteceu em Londres depois que foi embora.

– Eu antes de viajar deixei alguns recados no email que fiz para as crianças conversarem comigo; fora disso, nunca mais entrei; nem sei se obtive resposta.

Jasper assentiu e abriu seu computador.

– Acho que voce precisa saber então.

–

–

Edward tentou amarrar o cabelo de Andy, mas o laço saiu um pouco mais torto que o normal.

– Bem Andy, papai não é a Mamy!

Andy olhou para ele decepcionada.

– Mamy!

– Sim eu ainda vou encontra-la. – beijou o topo da cabeça dela. Andy saiu correndo em busca de seus irmãos.

Alice entrou na sala com o celular em mãos.

– O detetive que voce contratou é uma porcaria. Ele sempre chega no lugar depois que ela foi embora. Ele diz que ela pode estar na Alemanha, mas não tem idéia de que cidade.

Edward se levantou.

– Ela realmente levou a serio em tentar me esquecer.

– Não faça drama vai. Voce merece um pouco a dificuldade em encontrá-la de novo já que foi estúpido o suficiente para deixar que ela fosse embora.

Edward rolou os olhos.

– Vou fingir que não te escutei, estou fazendo o impossível para achar Isabella, Alice. Voce sabe.

Alice deu de ombros.

– Falei com Jake agora pouco, ele disse que os pais de Isabella não recebem nenhum recado dela tem mais ou menos uma semana.

– O que me preocupa Alice não é a ausência de recados dela – ele se encostou no sofá – É o fato dela estar acompanhada por Jasper White!

– Um pouco de ciúmes faz bem. – disse zombeteira.

– Alice, e se ela não esta sabendo que eu estou a sua procura. E se ela não sabe que eu não me casei? E se ela resolve realmente dessa vez entrar de cabeça num relacionamento com o White?

Alice se sentou e cruzou as pernas.

– Se isso acontecer maninho, vocês dois juntos de verdade, não vai rolar. – bateu no lugar vago ao seu lado – senta aqui. – Edward se sentou e Alice passou seus braços em torno dele – Eu posso pegar pesado com você as vezes, mas saiba que eu estou muito orgulhosa do que voce fez naquele dia. É preferível que estejamos em dificuldades financeiras, que eu não passa mais torrar dinheiro como se fosse agua e que mamãe tenha que sossegar um pouco o facho, do que termos tudo e perdermos voce!

Edward sorriu.

– Eu devia enlouquecer vocês mais vezes.

– Não ouse! – advertiu Alice se fingindo de séria.

Edward a abraçou e bagunçou o cabelo dela.

– Tampinha! – se levantou e Alice ainda sorria.

Thomas entrou na sala correndo como um furacão.

– Pai, pai. – Edward se virou para ele – A Bella respondeu o meu email!

Alice e Edward se olharam e então subiram correndo para o quarto de Thomas onda o computador estava ligado.

Edward se sentou na frente do objeto e passou a ler o email.

Thommy! Sinto muito por esse período enorme em silencio, eu não sabia que a minha caixa de mensagens poderia suportar tantas correspondências. Acontece que eu estive viajando pela Europa e decidi que não iria voltar a sentar em frente a um computador enquanto não me sentisse preparada para não me render a proximidade e terminar indo parar na porta de sua casa.

Acabei de saber sobre o que aconteceu. E não posso negar que gostaria de ter descoberto no mesmo dia, mas sinto que foi melhor assim, a ignorância é algo tão bom que nem sei como te explicar. Estou indo me encontrar com Jake, preciso falar com ele antes de qualquer coisa e depois do que eu decidir, eu mando um email para marcarmos um lugar para nos encontrar.

Mande um enorme beijo para as minhas meninas! Estou morrendo de saudades de vocês!

Com amor, de sua e para sempre sua,

Edward se afastou da tela e Alice continuou lendo o texto.

– Ela não sabia? – Alice exclamou chocada – Eu colecionei todas as capas de revistas com Tânya arrancando os próprios cabelo no altar.

– Alice! – ralhou Edward.

– Pai, a Bella ta vindo não é?

Edward assentiu puxando o filho para um abraço.

– Ela esta voltando e eu nunca mais vou deixar que ela vá embora Thommy!

–

–

Isabella se sentou na poltrona avião, Jasper estava ao seu lado lendo a revista oferecida a bordo.

– Jazz desculpe pela explosão, eu não queria te ofender.

Jasper olhou para ele e sorriu.

– Fique tranqüila Bells. Eu te entendo.

Isabella sorriu fracamente e olhou para a paisagem lá fora. Ela havia exagerado no momento em que começou a gritar com Jasper, como se fosse culpa dele, ela não saber que Edward não havia se casado, que a empresa tinha quase falido, que ele estava torrando recursos que quase mais não tinha para localizá-la enquanto ela viajava pelo mundo e carregava na barriga outro filho dele.

Não demorou para que chegassem a Londres, Jake a esperava no saguão com o sorriso branco e perfeito dele.

– Ora, ora vejam só! – ele a abraçou forte. – Alem de ser uma mulher viajada esta munida de silicone?

– Jake! – disse Isabella constrangida – tenha dó! Voce fica tanto tempo sem me ver e a primeira coisa que me diz é isso?

Jake riu.

– Hey! – Jasper cumprimentou e entregou a bagagem de Isabella – Espero que de tudo certo Bells! Ate mais!

Isabella viu Jasper se afastando novamente de sua vida, e ela sabia que ele estava novamente machucado por ela e pelo mesmo motivo.

– Ele era seu namoradinho? – questionou Jake olhando ele se afastar.

– Não Jake, ele foi um namoradinho, mas nessa viagem ele foi apenas um amigo, um grande amigo. Aonde esta Vanessa? – questionou.

– Ela me disse para te levar ao encontro dela num endereço que me mandou por mensagem, porque voce quis falar com ela? Vocês nunca foram amigas.

Isabella suspirou e começou a andar em direção a saída do aeroporto, Jake a seguiu com a bagagem dela.

– Tenho algo a te dizer Jake, não sei se é bom ou se é ruim ou se é certo ou se é errado. Se sentou num banco que tinha no estacionamento – Mas eu não coloquei silicone.

Jacob começou a gargalhar.

– Que drama Bells! Alguma técnica Tailandesa? – Isabella negou esperando que o amigo pudesse chegar a alguma conclusão – Mas que ... – Jake fitou a barriga de Isabella e então os olhos dela. – Bells!

Abraçou a sua amiga enquanto ela chorava.

– Bells, sua mãe sabe? – ela negou com a cabeça - Quem mais sabe disso?

– Apenas o Jasper, ele que me jogou na cara os sintomas! – limpou o rosto – Jake eu não sei o que fazer, eu não estou pronta para isso, ainda mais nessas condições. Edward deve estar me odiando, e pode perfeitamente pensar que esse filho é do Jasper, e...

– Hey! – Jacob interpelou – Parou ai. Eu estive acompanhando a busca de Edward por voce, ele te ama Bells, ele nunca vai duvidar da sua palavra; nunca! Eu acho que talvez ele se torne o homem mais feliz do mundo depois de escutar que vai ser pai, - ponderou com um sorriso - de novo.

Isabella suspirou.

– Mas eu tenho medo que tudo tenha mudado.

– Se mudou? Lógico que mudou Bells, agora vocês podem ficar juntos!

– Não digo sobre isso, sobre o convívio, eu abandonei eles Jake, sumi por quase 3 meses!

Jake se levantou e estendeu a mão para ela.

– Bells, eu acho que antes de voce ficar aqui formulando teorias, voce deveria ver com os próprios olhos.

Ela suspirou mais uma vez, limpou as lagrimas e aceitou a mão estendida. Jake a guiou para o carro emprestado, e a levou para o encontro de Vanessa. Quando ele chegou lá, se deu conta de que era uma clinica de ultrassonografia.

– Bells, o que é isso?

– Eu apenas quero ter certeza, uma prova, ver o que tem dentro de mim com meus próprios olhos. – imitou a expressão dele.

Vanessa apareceu na hora e eles entraram na sala de espera. O médico não chegou a demorar e então quando Isabella deu por si ela estava deitada na maca com o gel frio sob a barriga. Olhou para a tela preta e de repente ela começou a demonstrar formas, formas de um pequeno ser.

Escutou um fungado e olhou para Jake, ele enxugava uma lagrima.

– Oh céus, eu vou ser tio!

Vanessa riu e abraçou o namorado, Isabella segurou a mão dele.

– O milagre da vida é lindo, voce esta de 11 semanas Isabella. Esta perfeitamente bem com vocês! - O medico limpou a barriga dela – Pode esperar na recepção as fotos da ultrassonografia.

–

–

Alice terminou de comer o doce de coco e lambeu o dedo. Seu celular apitou e ela leu a mensagem que ali estava. Segurou a respiração por alguns segundos e então soltou.

Lavou as mãos e foi para o jardim chamar as crianças para tomar um banho e se aprontarem para o que estava por vir, passou por seu irmão na sala e o chamou.

– Edward, acho que você deveria se preparar. - Ele a olhou confuso. - Bella esta vindo para cá.

– Agora? – perguntou assustado.

– Não sei se é agora, mas deveria se aprontar, as crianças eu já mandei para cima.

Edward assentiu. Ficou um tempo ali na sala e subiu por fim para seu quarto. Ali estava diferente, ele tinha decidido manter as cortinas abertas, mudou a posição dos móveis, e no closet apenas suas roupas e o espaço para as de Isabella reservado.

Entrou na ducha e deixou seu nervosismo escorrer pelo ralo, afinal, era a Bella, a sua Bella que estava voltando. Nervoso ele não poderia estar, apenas ansioso por seu retorno.

Ele tinha esperado por esse dia desde o momento em que se deu conta de que ela havia ido realmente embora. Seu coração estava um tanto acelerado e ele tinha medo dela ter mudado o suficiente para enxergar o fiasco de pessoa que ele era. E se nesse período ela tivesse descoberto que tem gente melhor que ele por ai? E se ela estivesse apenas vindo visitar as crianças? Ele conseguiria se certificar de que ela não iria embora de novo? Ela o amava o suficiente para perdoar o dia em que ele deixou que ela entrasse no carro e fosse embora sem se despedir?

Isabella entrou na mansão. Encontrou os seus amigos a sua espera. Mary, Art e Tom quem lhe entregou uma rosa. Avisaram que Alice estava com Nelly e as crianças no andar de cima e que Edward Cullen estava no quarto.

Respirou fundo e pediu licença. Subiu as escadas e parou bem no meio do corredor. Primeiro as crianças ou Edward? Matar a saudade ou resolver seus problemas?

Edward saiu do banho ainda inquieto, seu estomago parecia estar vivendo uma guerra mundial de borboletas; se vestiu, secou os cabelos com a toalha e saiu do closet.

Isabella permaneceu parada na porta olhando para ele. Por um momento o mundo parou. Ficou suspenso no ar todas as partículas de poeira. Ela nem ousou respirar. Analisou cada célula do corpo dele. Cada detalhe de seu rosto. Os olhos que roubavam dela a capacidade de seu coração bater corretamente. O cheiro... o cheiro invadiu as suas narinas e penetrou em sua alma. Ela realmente estava ali? A três metros dele? A três metros do céu?

– Bella. – ele disse quase num sussurro mudo.

E então Isabella respirou fundo. Seu peito subiu e desceu como se inalasse algo tóxico. Ela não tinha idéia do que iria vir agora. Uma bronca? Um beijo?

Quem diria que aquele momento estava realmente acontecendo? Depois de tudo o que passaram; depois dar lagrimas e sorrisos, eles estavam frente a frente com a chance final de ficarem juntos para sempre ou nunca mais ponderarem isso.

– Tenho algo a te dizer. – murmurou rapidamente umedecendo os lábios.

– Eu também. – disse ele encurtando o espaço entre eles, ele a olhou ansioso e drasticamente nervoso – Eu preciso te dizer algo que eu não disse. Que eu engoli varias vezes por medo de dizer. – ele estava tão perto que Isabella chegava sentir vertigem – Isabella Swan – ele disse olhando seus olhos com toda a intensidade verde que ele possuía – Eu te amo.

Isabella segurou o braço dele para que suas pernas bambas não a levassem ao chão.

– Eu te amo. – ele repetiu alargando o sorriso – Eu te amo, e tenho vontade de gritar para o mundo inteiro ouvir. Eu te amo e sinto muito por não ter te dito aquele dia na varanda. Eu não tinha nada para te dar naquele momento alem dessas palavras Bella, mas agora eu tenho. Eu tenho o resto da minha vida para viver com voce, para te fazer feliz. – respirou fundo e olhando naqueles olhos tão seus – Me perdoa por ter agido tão inconseqüente e dito e feito coisas que te machucaram, eu não posso mudar o nosso passado, mas eu posso mudar de hoje para frente. Bella, - ele segurou a sua mão desocupada - Eu te amo tanto que faria o impossível por voce, eu te amo tanto que poderia morrer agora.

– Não! – Isabella quase gritou desesperada – Voce não pode morrer agora! – ele abriu mais ainda o sorriso – Não quando...

– Quando voce voltou! – ele tentou completar.

Ela não sabia como reagir bem depois de toda essa declaração. Era tudo o que ela sempre tinha sonhado em ouvir, palavras que ela divagava modelando na hora de dormir, e agora quando ele finalmente tinha dito, ela não se sentiu pronta para escutar tudo aquilo, porque ela não era mais a mesma Isabella e ela já não estava mais sozinha.

– Não quando eu...- ela engoliu seco e se afastou – O merda como vou te dizer isso.

Edward sentiu um gelo na alma.

– Dizer o que Isabella? O que voce tem para me dizer.

Isabella olhou para ele incerta um tanto receosa e estendeu para ele a pasta com seus exames. Ele pegou rapidamente e abriu. Edward apenas ficou de pé porque ele não se permitiu sentir o impacto de uma vez.

– Isso é....

– Meu? – perguntou Isabella – Sim. É meu.

Edward respirou fundo e continuou fitando a ultrassonografia.

– Eu não tinha idéia Edward. – Começou Isabella um tanto apavorada – Quando eu fui eu não imaginei que poderia existir essa possibilidade, eu estava com a cabeça na lua! – Edward piscou atordoado sem entender – E na viagem? Nossa na viagem eu estava muito mais interessada em tirar fotos e comer coisas estranhas do que saber se a minha menstruação tinha descido – Um alivio profundo foi tomando conta do peito dele – Sem falar que nunca pensei no dia em que eu me olharia no espelho e daria de cara com uma barriga gigante. – Edward olhou novamente a ultrassonografia e avistou a quantidades de semanas do bebe – Eu realmente sinto muito, porque se eu tivesse descoberto antes eu até iria falar com Alice, - ele fechou a pasta e encarou Isabella divertido – Eu não te esconderia a criança, mas também muito menos deixaria aqui com voce e... - Isabella parou de tagarelar – O que foi? Porque voce esta sorrindo assim?

– Voce esta dizendo que vai ter um filho meu? – questionou tentando controlar a necessidade de agarrar ela e nunca mais soltar.

– Sim, eu... não... – ela estava engasgando com os próprios pensamentos. Isabella Swan nunca tinha se imaginado grávida.

Edward a puxou pelo braço e a enlaçou pela cintura.

– Vamos parar agora com essa frescura e ficar juntos para sempre?

– Para sempre? – ela perguntou sentindo um sorriso formar em seu rosto e seus medos e inseguranças irem embora.

– Para sempre Bella! – ele desceu uma mão para a barriga dela – Eu, você e as crianças!

Isabella sentiu lagrimas quentes escorrerem por seu rosto. Edward sorriu ainda mais e a beijou como se fosse a única coisa que interessasse no mundo. Isabella entrelaçou seus dedos nos cabelos úmidos dele. Ele mordeu sua bochecha, orelha, pescoço e ombro, e também distribuiu beijos por ai. Rodopiou ela no ar e a beijou varias e varias vezes. Jogou Isabella na cama e parou o tempo novamente apenas para fitar seus olhos, os olhos que lhe traziam a vida toda as vezes que olhava. Ela enxergava o fundo de sua alma e com ela ali ele não tinha medo de ser feliz, ele simplesmente desejava ser feliz.

– Edward – ela disse com a voz meio rouca – Voce não pode me monopolizar.

– Mas é exatamente o que pretendo. Bella eu te juro que não suportaria ficar mis um dia sem voce.

Isabella acariciou o rosto dele. Edward se apoiou no cotovelo e acariciou a sua barriga.

– Eu também – murmurou – Eu descobri que sem voce a vida não tinha muita graça. – ele sorriu – Mas eu definitivamente preciso ver minhas crianças, mais um segundo é o máximo que posso suportar de saudade delas!

Edward suspirou e selou seu lábio no dela.

– Esta bem – saiu de cima e estendeu a mão – Não tenho contra argumentos em relação a isso.

Isabella saiu do quarto e deu de cara com Sofie saindo do dela. A menina paralisou por alguns segundos tentando acreditar que era realidade.

– BELLA! – Sofie gritou correndo em sua direção – Bella! Voce voltou! – Isabella se ajoelhou para recolher Sofie em seus braços. A menina praticamente se fundiu a ela. Sofie cheirou os cabelos de sua mamy e deixou que algumas lagrimas fujonas escorressem por seu rosto.

– Sofi! Que saudades eu estava!

Sofie se afastou e olhou bem para Isabella.

– Sentiu mesmo? Porque voce não mandou as mensagens que disse que mandaria? Voce foi viajar! Papai estava te procurando que nem doido! Nunca mais faça isso, eu pensei que voce tinha morrido. – tomou fôlego – Thomas estava um chato e Andy mais ainda. Ninguém acertava fazer o coque do balé na minha cabeça, ou era apertado demais ou frouxo demais! Tio Emmett e a tia ou professora Rose, ainda não sei como chamar ela, vão se casar. E voce não estava aqui para ver o anel que ele deu para ela, ou então para ler para mim. Voce não estava aqui. – limpou a lagrima que escorreu – Mary tirou o seu lençol e a fronha que eu peguei já tinha desaparecido seu cheiro. E voce não estava aqui para me ajuda a ter uma nova fronha com seu cheiro. Voce foi embora. Eu ainda estou brava com voce. Porque voce foi embora? Voce tinha que estar aqui!

Isabella puxou Sofie novamente para um abraço, Thomas e Andy apareceram que correram para os seus braços também.

Edward, Alice e Nelly ainda encaravam Sofie chocados. A menina tinha falado naquele momento mais do Andy e Thomas juntos em toda a vida deles.

– Ela não é muda? – questionou Nelly de olhos arregalados.

– É por isso que a Isabella sabia de tudo. – Alice cruzou os braços – Trapaceira! E eu aqui pensando em fazer aulas dos sinais para me comunicar com minha sobrinha.

Edward permaneceu em silencio admirando a cena. E então se aproximou e ajudou Isabella se levantar.

– Crianças eu e a Bella temos novidades para vocês, vamos lá para a sala.

Isabella abraçou Alice e Nelly enquanto desciam as escadas e iam para a sala de estar. Sentia uma felicidade que não poderia caber numa folha de papel, nem as suas anotações finais no diário que fez tinham a emoção que ela sentia agora. A tristeza era um sentimento poderoso, mas não tão poderoso quando a felicidade. Antagonistas de humores sim, mas não equivalentes nas forças. Sentia que a felicidade era contagiante, até os objetos a sua volta pareciam felizes, a felicidade dava a capacidade de enxergar áureas, enxergar um mundo mais brilhante e colorido.

Sentados todos ali, Isabella sentiu que pela primeira vez na sua vida; ela estava em casa. O pensamento a fez sentir um arrepio, ela finalmente tinha encontrado o seu lugar no mundo, o seu lar, a sua família.

– Bom – começou Edward – Isabella voltou para sempre agora.

– Pala sempli? Mamy? – perguntou Andy que estava no colo de Isabella.

– Para sempre sim! – Disse Isabella dando um beijo no topo da cabeça dela.

– Mas crianças; ela não será mais a sua Nanny.

Thomas sorriu.

– Pai, a gente sabe, ela veio ocupar posto de mamy e não de Nanny!

Edward riu e afagou os cabelos do filho.

– Exatamente. Eu e Bella estamos juntos, pra valer.

– Ate que enfim! – disse Sofie – Eu já não agüentava mais ficar sem mãe!

Isabella e Edward riram.

– O seu projeto de gente – bradou Alice ainda indignada – Desde quando voce fala? Porque voce sempre me fez me sentir uma tonta tentando decifrar seus desenhos ou suas palhaçadas com mímica.

– Alice ... – resmungou Edward – Sofi é diferente, respeite isso.

– Ah, me poupe Edward. – e voltou a olhar para Sofie que sorria – Vamos baixinha, responde.

– Baixinha não tia – ela disse – eu sou quase do seu tamanho!

– Respeito sua linguaruda! – Alice a puxou para fazer cócegas – Vamos, me responda se não vai ser torturada.

Sofie começou a gargalhar em antecipação.

– Não tia Alice, não, por favor! – Alice ameaçou caminhando seus dedos pela barriga dela – Tá! É por que eu gostava da atenção. Não falar era um jeito legal de chamar a atenção do papai.

Alice olhou para Edward. Pode ver nos olhos do irmão um pouco de dor. Ele jamais poderia apagar o passado que ele tinha com as crianças. O de uma pessoa insensível, ausente, ignorante. Isabella segurou a mão dele e isso levou Alice fazer a pergunta seguinte:

– Mas agora voce fala, porque? – Alice se sentou no tapete e ajudou Sofie a se sentar também.

Sofie se virou para seu pai.

– Porque agora eu preciso que ele me escute e não me veja, porque ele já me vê.

Edward sorriu e tentou esconder a expressão de choro, esticou os braços para Sofie, ela correu ao seu encontro e enquanto ele a abraçava e beijava o topo de sua cabeça, Edward entendeu finalmente que ele estava no caminho certo. Mesmo que as coisas tinham se complicado financeiramente, os negócios da família em crise, sua mãe assumindo posto na aristocracia, Alice tendo que finalmente realmente cobrar por suas fotografias e Emmett assumindo a frente da empresa, Edward notou que era um momento de transição.

A vida toda ele tinha assumido as responsabilidades da família, manter todos bem custeados, os empreendimentos, os acordos, a política, o nome na alta sociedade. Ele era o único que cuidava disso; mas agora, as coisas estavam ficando divididas, cada um tinha assumido uma função e ele estava com tempo para descobrir quem ele era, conhecer particularidades de seus filhos, e amar Isabella e o bebe que estava chegando.

Os seus olhos encontraram com os de Alice; e então ambos souberam, eles tinham achado o segredo da família Cullen, e o segredo dessa família era a união.

– Temos algo mais para contar. – disse Edward.

– O que tem para contar? – rompeu Emmett acompanhado de sua mãe. – Oh céus! Bella!

Isabella sorriu e se levantou indo em direção deles. Esme olhou o filho aturdida enquanto esperava Emmett soltar a garota e colocar ela novamente no chão.

– Bella! – Esme abraçou a sua criatura – Quanta, mas quanta falta sentimos de voce!

Isabella se afastou olhando Esme nos olhos, ironicamente se lembrou do dia em que se conheceram e o quanto terror aquela figura ainda elegante poderia por.

– E eu de vocês! – respondeu – Eu senti muitas saudades, mais do que possam imaginar.

Esme acariciou os cabelos dela e Edward se aproximou puxando finalmente a sua Isabella para seus braços.

– Mãe... – disse – Irmãos... crianças. – suspirou e beijou o topo da cabeça de Isabella – Eu poderia esperar para o jantar ou evento, mas o fato é, eu não consigo manter essa alegria apenas para mim. – Emmett trocou um olhar com sua mãe – O que tenho para dizer é: Mãe, voce será avó novamente. Emmett será tio de novo antes que seja pai e Alice o mesmo serve para voce. – se virou para as crianças – Sofi, Thommy e Andy, papai e Bella vão dar a vocês um novo irmãozinho.

–

–

– Mas isso é um desgosto Isabella! Desgosto! – Bradou Charlie indignado.

– Papai...

– Chega! – ele disse ainda exaltado – Eu não criei uma filha para terminar assim! Isabella, voce poderia ao menos me escutar uma vez na vida!

Renée permaneceu calada diante da reação explosiva de Charlie. Isso era um milagre.

Charlie se virou pra Edward. Conseguia apenas enxergar tudo vermelho a sua volta.

– Voce sabe o quanto fez a minha filha sofrer para agora vir aqui, na minha casa, como se nada tivesse acontecido, e dizer: voce me da a mão de Isabella em casamento? – bufou como um bicho feroz – Não! Eu não abençôo essa união, não quando eu tive escutar a minha filha chorar por três semanas seguidas e eu ter que inventar uma viagem para Florida na casa da perturbada da minha irmã para ver se ela parava um pouco. – se virou para Jacob – E voce? – estreitou os olhos como uma águia fazendo Jake dar dois passos para trás - Eu confiei a minha vida toda em voce e agora me aparece aqui do lado desses dois desocupados e noivo de uma garota de cabelo azul! – se virou para Nessie – Sem ofensas, mas normal voce não é! – voltou a olhar Isabella – Voce sabe que te apoiei a vida inteira. Tudo, tudo o que eu pude te dar e fazer por voce, até mesmo escondido de sua mãe eu fiz, mas isso minha filha? – olhou para ela um tanto decepcionado - Amor próprio em nome de Deus! – Apontou para Edward – Esse homem é chave de cadeia e eu nem precisaria ser policial para saber.

Charlie caminhou indignado para cozinha e voltou com uma garrafa de gin. Abriu um tanto exaltado, negou a ajuda de Renée e bebeu no gargalo. Todos permaneciam em silêncio enquanto ele tentava se acalmar. Isabella soltou a mão de Edward e se aproximou de seu pai. Ele ainda estava de costas para todos, tentando aceitar que ela havia crescido e que estava indo embora de verdade, Charlie não poderia aceitar que esse dia havia chegado mais cedo que ele poderia ter calculado.

– Pai – ela chamou – lembra daquele dia em que eu em Jake resolvemos fugir de casa?

Ele se virou para ela, seus olhos estavam vermelhos.

– Lógico. Vocês se perderam e me deixaram quase louco, jamais poderia esquecer.

Isabella sorriu e retirou a garrafa de bebida das mãos dele e entregou a sua mãe.

– Quando eu e Jake estávamos na floresta, eu não fiquei com tanto medo. Primeiro porque eu não estava sozinha, e segundo; eu sabia que voce iria me achar, não importasse o quanto demorasse, voce iria me encontrar. – Charlie respirou fundo – Eu dessa vez não estou fugindo, eu estou indo porque eu cresci e é natural que os filhos cresçam, mas eu não estou sozinha, Edward vai cuidar de mim e se ele falhar, eu sei que voce vai me encontrar e me trazer em segurança. Porque mesmo que eu tenha crescido, eu sei que eu ainda tenho cinco anos para voce.

Charlie fungou e alisou o bigode. Analisou Edward de cima a baixo e negou com a cabeça.

– Eu não gosto do que vejo Isabella – negou novamente – não gosto. Ele não pode falhar com voce, mas o fato é que ele já fez isso!

– Não importa! – ela interviu calmamente - Eu gosto, não combina muito, mas ele me faz feliz pai. – segurou a mão de seu velho – Tão feliz que de dois fizemos ser três.

– Do que voce esta falando Isabella? – Charlie perguntou já mais preocupado de ter a certeza na resposta.

– Pai, voce vi ser vô! Eu estou esperando um bebe. – Charlie olhou bem para a filha e então se virou para Edward.

– Seu desgraçado!

–

–

Isabella acariciou o olho roxo de seu noivo e voltou a por um pouco de gelo.

– Eu esperava uma contusão – disse Jake se sentado ao lado de Edward – Um olho roxo, estava valendo também, boa historia para contar. Imagina nas fotos do casamento?

Isabella rolou os olhos.

– Eu ainda não sei como voce não levou um também.

– Charlie ponderou os anos de amizade. – ele disse ainda olhando divertido para Edward – Não esperava por essa não é?

Edward se ajeitou no sofá.

– Sinceramente? Não. – olhou para Isabella – É a segunda vez que levo um soco na cara por sua presença.

– A segunda vez que apanha por ser idiota. Não é minha culpa.

Edward sorriu.

– E ainda que voce diz que me ama, imagina se não amasse.

Jake riu e se levantou indo em direção a Nessie.

– Voce ainda não viu nada Edward, espera que voce tem a vida inteira para ver. – se virou para Isabella – Eu vou levar a Nessie para casa, Sue diz que não era para nós demorarmos que ela tinha uma surpresa. Bells – Jake disse fazendo uma careta – esqueci de te contar.

– O que?

– Leah! – Jake torceu o nariz – Leah esta bancando a irmã ciumenta, nunca imaginei que eu viveria para ver algo do tipo, Rebeca e Raquel levaram tão de boa e a Leah esta sendo a destruição da minha vida.

– Eu vou afogar aquela garota na praia. – disse Nessie.

– O que ela fez? - perguntou Isabella divertida.

– Ela não esta bancando a irmã ciumenta – explodiu Nessie – ela é apaixonada pelo Jake! A próxima vez que ela se oferecer para passar as suas cuecas Jacob Black, eu vou passar a tua cara no asfalto!

Isabella e Edward gargalharam enquanto Jake ficava com uma expressão de confuso. Os dois saíram e então Isabella ficou sozinha com seu noivo.

Noivo. Ela mal podia acreditar que era verdade. Olhava para ele e pensava estar sonhando, vivia apavorada com a possibilidade de acordar.

– Bella eu tenho algo para conversar com voce.

– Diga – ela voltou a cuidar do machucado dele e então ele segurou as mãos dela a impedindo.

– Bem, eu não vou poder te dar um casamento de princesa como seria com a Tânya. Não vou poder alugar castelo, catedral histórica... eu já não tenho mais a fortuna de antes.- dizia isso olhando nos olhos dela – Fique tranqüila que não estou pobre, mas no momento, eu tive que vender algumas propriedades, desfazer de ações, enfim, mas as coisas vão ter que ser um pouco simples.

Isabella permaneceu calada olhando para ele.

– Para o bem do nosso relacionamento – disse por fim – Vou fingir que voce não me disse nada disso, que voce não pensa que eu estou preocupada com o quanto tem o banco. Apenas vamos comentar que voce perguntou qual é o meu sonho, e meu sonho é me casar na igreja em que meus pais se casaram. Ela fica á umas doze quadras daqui, máximo de convidados, 150 pessoas, 75 para mim e 75 para voce. O vestido que vou usar é o vestido que a minha mãe usou e as flores do buque serão rosas azuis e a decoração da pequena festa e igreja, será responsabilidade da floricultura da família Swan. – alisou o rosto de Edward – Espero que esteja claro para voce agora. Eu te amo, não amo o que voce tem ou deixa de ter.

Edward incrédulo puxou Isabella para seu colo. Beijou a sua boca sentindo como se seu coração não pudesse mais ser feliz. Porque se ele fosse mais feliz do que era, ele poderia ter alcançado o céu.

Um pigarro os fez se separar. Charlie estava ali de pé na sala.

– Bem – ele disse alisando o bigode – Não tem muita coisa que eu possa fazer não é? – ele disse olhando para os dois de pé e de mãos dadas. Suspirou – Me desculpe o jeito, espero que as fotos do casamento não fiquem tão mal.

Deu um pequeno sorriso e Edward suspirou aliviado.

– Entao o senhor permite que eu me case com sua filha? – perguntou Edward.

– Depois que voce colocou um filho nela? – estalou os lábios – Eu te mataria se não se casasse!

Edward e se virou para Isabella.

– Minha mãe me deu isso tem um tempo, - retirou do bolso uma caixinha de jóia - eu nunca tive coragem de dar a ninguém. É uma jóia de família; foi o anel que meu tataravô deu para a minha tataravó e que foi passando de geração em geração. – ele se ajoelhou – Isabella Swan, voce aceita casar comigo? Aceita me aturar pelo resto da sua vida? Aceita ser mãe dos meus filhos?

Isabella encarou o lindo anel de brilhantes. Era a vez dela ter seu sonho de princesa realizado. E daí se não era em Downton Abbey? Se o príncipe Harry não viria prestigiar seu casamento? Ou então não sairia nas colunas do jornais britânicos mais importantes. Pelo menos ela não sairia também na capa de revistas como a noiva abandonada no altar. Sua pernas estavam bambas e um tanto tremula ela pegou o anel. Admirou por um tempo cada detalhe que tinha e as iniciais do tataravô de Edward na parte interior.

– Eu aceito ser sua esposa, te aturar pelo resto da minha vida e ser a mãe de seus filhos. Não em mais remédio não é?

Edward sorriu e se levantou colocando o anel em seu dedo, beijou a testa de Isabella e abriu espaço para que Charlie abraçasse a filha.

O homem de cabelos grisalhos e bigode conteve as lagrimas. Não restava muito o que fazer a não ser sentir a felicidade de levar a filha no altar e dar de vê-la partir. Assumir seu novo titulo de avô e se deliciar com a nova etapa que estava por vir.

No decorrer dos dias Charlie se acostumou de vez com a idéia; principalmente quando Thomas, Sofie e Andy chegaram a sua casa. Ele até parecia outra pessoa, incrédulo com o fato dele nunca ter se imaginado sendo avô. Saia cedo com Thomas para pescarem e Renée ficava com Sofie e Andy na cozinha fazendo cookies e bolinhos.

Esme e Alice chegaram um tempo depois e com Isabella ficavam a maior parte do tempo na floricultura inventando os arranjos e fazendo os pedidos para o casamento. Edward passava seus dias em La Push quando o resto da sua família estava ocupada e tendo as novas experiências. Ele Jake jogavam basebol ou então ele ia para a trilha com os outros conhecidos da reserva. Passou pela iniciação lobo, que era ficar apenas de cueca enquanto ou outros arremessavam nele turrões de lama.

Nessie ainda tinha a sua batalha a travar com Leah. As duas passavam o dia em pé de guerra e Seth adorava assistir de camarote quando a sua irmã levava umas boas surras verbais.

E quando o grande dia de Isabella chegou; ela se olhou no espelho, vestida no vestido que foi de sua mãe. Se fitou ali por um longo período. Mal acreditava que não era um sonho, mas sim a sua nova realidade.

Renée entrou no quarto e olhou para a filha. Deixou que lagrimas escapassem. Era a sua bebe ali, se casando. Sendo mãe e feliz.

– Mãe se voce chorar eu vou acabar chorando também.

Renée riu.

– Voce lembra quando eu te disse que tudo se ajeita? – Isabella segurou a respiração – Tudo se ajeita minha filha. – sua mãe se aproximou – Tudo da um jeito. – acariciou o rosto da filha – Deus não falha; olha aonde esta voce... eu devo ser a mãe mais orgulhosa desse mundo.

Isabella soltou a respiração e abraçou sua mãe.

– Eu te amo mãe, perdão por ter sido tantas vezes cabeça quente.

– Oh querida, voce jamais precisará me pedir perdão! – se afastou encarando os olhos da filha – Jamais. Só me prometa uma coisa; meus netos tem que voltar o quanto antes!

Isabella riu. Alice rompeu a entrada saltitante seguida de Esme e Rosalie.

– Rose! – Isabella exclamou – Pensei que voce e Emmett chegariam apenas para o amem!

– Nunca! Eu não perderia esse casamento por nada nesse mundo! – se aproximou de Isabella – Toma, é um lenço. É uma coisa emprestada que voce tem que me devolver logo quando a cerimônia acabar!

Isabella pegou o tecido e voltou a olhar a sua amiga.

– Obrigada Rose; por tudo!

– Somos uma família agora. Família se ajuda!

Alice se aproximou.

– Exatamente! – entregou a Isabella o buque de rosas azuis – Uma coisa azul. Para continuar a tradição.

Esme e Renee se aproximaram uma da outra.

– E eu acho que de coisa velha voce esta repleta não é? – disse Esme com um sorriso.

– O vestido e o anel de noivado. – disse a sua mãe.

– Falta uma coisa nova! – exclamou Alice – cadê a coisa nova? Quem tinha ficado responsável de comprar?

– Gente, tudo bem – disse Isabella – Não sou supersticiosa!

– Mas eu sou! – bradou Alice.

Teve duas batidas leves na porta. Nessie entrou.

– Hey gente, UAU Bella voce esta um espetáculo! – Alice caminhou rapidamente na direção dela.

– Me diz que voce trouxe alguma coisa nova.

– Eu? – Nessie pareceu confusa – Ninguém me disse nada.

Alice bufou contrariada.

– Eu jurava que estava tudo certo.

A porta do quarto tornou abrir e por ela passou Jacob.

– Hey songa monga. – ele analisou a amiga.

– Jake! Sai daqui! – disse Alice – Voce não pode ver a Bella ainda.

– Eu não sou o noivo baixinha. Relaxa. Tenho algo para a Bella.

Alice parou, ponderou e encarou Jacob.

– É novo?

Jake riu.

– É sim! – ela suspirou aliviada e ele se aproximou de Isabella.

– Eu sempre pensei que me casaria antes, só para te fazer sofrer – Isabella riu – Mas nesse ultimo ano, a vida nos mudou e surpreendeu mais do que poderia ser possível. – ele enfiou a mão no bolso – Tenho algo para voce. Não sei se combina com a sua beleza, mas eu acho que combina com quem voce foi; e para voce nunca esquecer eu resolvi te deixar a vista. Minha melhor amiga. – Isabella prendeu a respiração novamente para não chorar e estragar o serviço de Alice – A garota com qual escolhia pedrinhas comigo na praia, ou então fazia planos de conquistar o mundo ou descobrir uma nova estela no céu. Eu jamais vou me esquecer de quanto ficávamos em volta da fogueira escutando as lendas dos quileutes e buscando provar que fossem verdade. – ele abriu a caixinha – por isso montei essa pulseira para voce. Deu um certo trabalho, mas esta tudo aqui, quem voce é até o dia de hoje.

Isabella pegou o objeto e nela havia vários pingentes. Um lobo, uma estrela, um coração, infinito, a torre Eiffel, uma coroa, um pequeno peixe...

– Vou explicar – ele disse pegando da mão dela – o lobo sou eu, a estrela é você, o coração é Edward, infinito é a nossa amizade, torre Eiffel acho que não preciso explicar, uma coroa para seu dia de princesa, o pequeno peixe porque eu jamais vou me esquecer da sua crise no barco, o coelhinho porque agora você é mãe de muitos filhos – Isabella riu – a borboleta, por sua metamorfose, o cadeado porque eu sei que sempre terá segredos, o trenzinho porque agora você é uma mulher viajada, o dado porque a vida é um jogo e a cruz para voce jamais se esquecer de Deus.

Quando Jake olhou para Isabella estava em lagrimas, assim como todas as outras mulheres do recinto.

– Jake! – bradou Alice enxugando as lagrimas – Voce é um infeliz de um fofo!

Isabella abraçou Jacob com força ele era definitivamente a outra metade dele, o irmão gêmeo de pais diferentes.

– Eu te amo Jake, quero te levar comigo para sempre!

Jake riu e afastou Isabella encarando a barriga dela.

– Bem, ainda bem que seu vestido é largo, não era para essa barriga estar menor?

Isabella rolou os olhos e Alice enxotou seu melhor amigo para fora e tentou ajeitar a maquiagem de dela. Quando ela desceu e encontrou seu pai, Charlie teve que pedir um tempo e ir chorar no banheiro.

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Edward estava novamente no altar, não tinha passado nem quatro meses que ele havia assumido a mesma posição; mas dessa vez ele mal cabia dentro dele de ansiedade, ele precisava que a sua noiva chegasse logo. A igreja era pequena e tinha muitos rostos que nunca havia visto na vida, mas eram pessoas que provavelmente viram a sua Isabella crescer e florescer. O roxo em seu rosto tinha quase desaparecido, mas provavelmente nas fotos, poderia pegar o relance de que tinha algo errado por ali. Edward riu. Imaginou-se com oitenta anos mostrando as fotos de seu casamento para seus netos e contando o porque o roxo no olho. O padre tinha razão, um noivo ansioso é diferente de um noivo nervoso. Ele queria estar ali, ele queria se casar com Isabella Swan e torná-la Isabella Cullen. Avistou Seu irmão e Victoria, ambos acenaram para ele, e então Rosalie chegou acompanhada de sua mãe e Alice.

Isabella Havaí chegado, Renée estava na porta.

As portas da igreja se abriram. Sofie, Andy e Thomas entraram jogando pétalas de rosa branca e vermelha, logo atrás marchou Isabella acompanhada de seu pai.

Oh como ela estava linda. Mais linda do que era normalmente. Seus olhos marcados sua boca vermelha e nervosa mordiscou o lábio inferior. Ela olhava para ele e ele olhava para ela. O mundo a sua volta desapareceu e existia apenas Isabella entrando e caminhando para ele. Para ser dele, para sempre.

Quanto tempo demorou para ele entender que o amor era a coisa mais importante na vida? Precisou sofrer para admitir que jamais seria feliz sem ela. Sem a pessoa que fazia seu coração pulsar diferente que fazia enxergar o mundo colorido. Se não fosse Deus quem mais seria que o faria entender isso? Aquela palavra que ele mal dava importância, fez com que mudasse sua vida completamente. Ele tinha aprendido muito sobre o amor ao ler aquele capitulo do que ele havia especulado a vida toda.

O amor era paciente, benigno, generoso, não se ressentia do mal. Tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O amor era a única saída para ser feliz. O amor de todas as outras, era a coisa mais importante da vida, ele quem nos fazia viver e não simplesmente existir.

Edward tinha se cansado de existir, ele estava começando finalmente viver.

Viver ao lado dela...

–

–

A Thousand Years (Part 2)

The day we met

Frozen, I held my breath

Right from the start

I knew that I found a home for my heart

Beats fast, colors and promises

How to be brave?

How can I love when I'm afraid to fall?

But watching you stand alone

All of my doubts, suddenly goes away somehow

One step closer

I have died every day waiting for you

Darling, don't be afraid

I have loved you for a thousand years

I'll love you for a thousand more

Time stands still

Beauty in all she is

I will be brave

I will not let anything take away

What's standing in front of me

Every breath

Every hour has come to this

One step closer

I have died every day waiting for you

Darling, don't be afraid

I have loved you for a thousand years

I'll love you for a thousand more

And all along I believed I would find you

Time has brought your heart to me

I have loved you for a thousand years

I'll love you for a thousand more

I'll love you for a thousand more

One step closer

I have died everyday waiting for you

Darling, don't be afraid I have loved you

For a thousand years

I'll love you for a thousand more

And all along I believed I would find you

Time has brought your heart to me

I have loved you for a thousand years

I'll love you for a thousand more

Mil Anos (Parte 2)

O dia em que nos conhecemos

Congelado, segurei minha respiração

Desde o inicio

Eu sabia que tinha encontrado um lar para o meu coração

Batimentos rápidos, cores e promessas

Como ser corajoso?

Como posso amar quando estou com medo de cair?

Mas olhando você sozinho

Todas as minhas dúvidas, subitamente se vão de alguma maneira

Um passo mais perto

Eu tenho morrido todos os dias esperando por você

Querido, não tenha medo

Eu tenho te amado por mil anos

Te amarei por mais mil

O tempo para

A beleza em tudo o que ela é

Serei corajoso

Não deixarei nada levar pra longe

O que está na minha frente

Cada suspiro

Cada momento trouxe a isso

Um passo mais perto

Eu tenho morrido todos os dias esperando por você

Querida, não tenha medo

Eu tenho te amado por mil anos

Te amarei por mais mil

E o tempo todo eu acreditei que te encontraria

O tempo trouxe seu coração pra mim

Eu tenho te amado por mil anos

Te amarei por mais mil

Te amarei por mais mil

Um passo mais perto

Eu tenho morrido todos os dias esperando por você

Querido, não tenha medo eu tenho te amado

Por mil anos

Te amarei por mais mil

E o tempo todo eu acreditei que te encontraria

O tempo trouxe seu coração pra mim

Eu tenho te amado por mil anos

Te amarei por mais mil

PULSEIRA DE ISABELLA: http://static.airu.com.br/img/product/airu/0045/3964/pulseira-pandora-inspired_1377736044196_BIG.jpg

FIM