Uma Babá Em Apuros - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 23
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Xuxus, voltei antes até para nao falarem que sou chata ou lerda! kkkk.. Dedico esse capitulo a minha querida leitora Anny Cullen que esta fazendo niver. Xuxuzete, tudo me melhor para vc viu; que Deus te abençoe muito e te dê muitos outros anos de vida! :)

Enjoy o capitulo!



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Capitulo XVIII

Os ventos do ano novo sopraram. Mas a família Cullen ainda não havia voltado ao normal e alguns integrantes duvidavam de que pudessem um dia voltar.

Os sinos da catedral mais antiga de Londres soaram marcando meio dia e só quem morava perto poderia escutar, por isso a rotina da casa não foi tão perturbada antes que chegasse a hora exata de tudo vir a ruínas.

– Andy ainda esta doentinha senhor Cullen, - disse Nelly a Edward – Não sei se seria certo insistir que ela vá ao casamento.

Edward tirou os olhos do contrato nupcial que tinha em mãos e voltou a olhar a sua empregada.

– Faz quase duas semanas que ela esta assim e o Dr. Rubens insiste em dizer que não é nada físico. – resmungou.

– É emocional! – rompeu Alice pela biblioteca – Sofie também esta abatida, assim como Thomas, por sua culpa as crianças estão doentes! – se virou para Nelly – Deixe-me a sós com meu irmão.

– Pensei que não vinha para o “maldito” casamento! – ele disse a ignorando. Ultimamente Edward vinha ignorando tudo a sua volta, até mesmo seu reflexo no espelho.

– E perder esse fiasco? Sabe que sou fã de um drama maninho! – se sentou na mesa.

Edward olhou para ela por um instante e então uma lembrança louca veio em sua mente. O dia em que ele sentou Isabella naquela mesma mesa e a beijou e a tocou como se ela fosse sua.

Caminhou até Alice e a tirou de cima da mesa.

– Por favor, já basta a mamãe e Emmett passarem 24 horas do tempo deles me acusando de covarde.

Alice deu de ombros.

– Mas isso não é uma acusação; é um fato!

Edward fitou ela por uns instantes, o olhar não foi muito dócil.

– Porque voce não vai cuidar de seus sobrinhos, certifique-se que pelo menos um consiga estar presente no casamento.

– Porque para o bem mental deles, eu desejo que não estejam! – Analisou o irmão dos pés a cabeça – Ah, quer saber? Até mais tarde Edward!

Alice saiu da biblioteca e Edward se sentou na poltrona se sentindo sobrecarregado. Suspirou fundo e fechou os olhos. Era fechando os seus olhos que ele conseguia enxergar Isabella sorrindo para ele ou falando um impropério. Ela estaria dando uma bronca e tanto nele neste momento por sua negligencia aflorada com as crianças. Ele não conseguia olhar para filhos e ver o os olhos de expressão acusativos que eles tinham em sua direção.

Naquele dia em que Isabella partiu, Thomas tinha dito algo perturbador.

– É sua culpa que ela foi embora. Ela era a única mãe que eu tive.

E Edward não conseguiu negar que o fato de Isabella não suportar ficar mais tempo na mansão, era porque ela não conseguia mais ficar perto dele. Ele tinha estragado tudo para as crianças, ele nunca devia ter se aproximado da Nanny, nunca.

Suspirou mais uma vez. Como ele sentia falta dela, ele podia ter feito diferente, e ele pensou seriamente em fazer e fez. Mas quando chegou ao aeroporto já era tarde demais, apenas encontrou Jacob no saguão, Isabella havia acabado de decolar e então ele voltou para casa e assumiu que era assim que tinha que terminar, ele tinha tentado, mas Deus ou o destino tinha deixado claro que não era assim que as coisas iriam terminar; com ambos juntos.

Mas se não era assim que as coisas iriam terminar, então como seriam? Também era obvio que com ambos separados não era o certo, ele não conseguia comer, dormir e muito menos sorrir sabendo que ela estava tão longe, que ela havia ido embora. Tinha que ter alguma solução no meio de toda essa confusão, tinha que ter uma saída.

E ele passou o resto da tarde em busca de uma saída em sua cabeça. Um buraco pelo qual ele poderia escapar, algo que ele pudesse fazer para resolver a sua vida e a dela. Mas quando chegou a noite, o momento em que ele estava na sacristia, ele percebeu que talvez o único problema fosse que ele pesava demais. Ele tinha tudo, todo o dinheiro, toda a fama, toda confiança, toda gloria de um homem bem sucedido, mas ainda assim ele não se sentia bem, feliz ou completo.

– Filho? Algum problema? – olhou para o padre que o observava.

– Não; esta tudo bem! – disse angustiado – Já esta na hora?

O homem de cabelos grisalho negou com a cabeça.

– Ainda temos algum tempo. Antes de realizar um casamento, eu sempre venho conversar com o noivo. Voce não me parece feliz.

– Estou apenas nervoso. – caminhou até o outro lado da sacristia e olhou pele vitral da igreja.

– Já fiz muitos casamentos meu jovem, eu sei diferenciar um homem nervoso de um homem desesperado. – padre se sentou no banco a frente dele – Vamos, filho, me diga o que te aflige. Esse é o ultimo momento que tens para me dizer.

Edward olhou para o homem e sua batina. Pensou nas escolhas e sacrifícios que ele teve que fazer, do que teve que abdicar e então disse simplesmente.

– Padre; voce é feliz?

O padre por um momento não soube o que dizer. Ele estava esperando por uma confissão complicada e não um pergunta.

– Eu diria que sim meu jovem. Eu sou feliz, eu vivo e faço aquilo que eu sempre sonhei.

– Mas e quando voce não pode ser e fazer o que sempre sonhou? – questionou novamente.

– E quem disse que não pode? – rebateu o padre – a vida? As circunstâncias? Voce mesmo? Seus medos? O que te impede de ser feliz meu filho?

Edward passou a mão pelo rosto e então pelo cabelo.

– Supostamente era para eu ser feliz. Eu tenho tudo que o homem ambiciona na vida, sucesso profissional, uma mulher muito bonita, filhos lindos e saudáveis. Parece que esta tudo completo, mas não esta.

O padre riu.

– Oh meu filho, tem uma passagem na bíblia que te explica tudo o que esta sentindo. Na verdade, o que significa a bíblia explica o que falta em voce. – ele se levantou e pegou uma grande bíblia e abriu, colocou em cima da mesa e o chamou com o indicador – Venha, de uma lida nisso.

Edward se aproximou e fitou para as letras juntadas.

– Vamos – insistiu o padre – em voz alta!

Edward um pouco desconcertado olhou com mais atenção para a bíblia e então começou a ler.

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.”

O padre sorriu abertamente e então passou a ler no lugar de Edward.

“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

E então Edward agora sentindo uma paz que não sabia de onde vinha, tornou a ler.

“O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte desaparecerá.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.”

O padre afagou as suas costas.

– Primeira carta aos Coríntios capitulo 13 versículos do 1 ao 13. – Edward o olhou com gratidão – Vamos meu filho, quem é essa jovem que lhe proporciona o amor. Agora que voce sabe que não será ninguém sem ele, o que espera para ser feliz?

Edward se afastou um pouco e permaneceu em silencio.

– Vamos Edward. – insistiu o padre – Não é a sua noiva, é melhor ser justo hoje e agora do que causar dores futuras.

– Ela foi embora – disse subitamente – Na verdade eu fiz com que ela fosse embora porque como todos da minha família diz; eu fui um covarde. Não tive a coragem de assumir a minha felicidade.

– E você é ainda covarde Edward? Ou não a ama de verdade? – Edward se virou para o padre com um pouco de fúria no olhar.

– Ela é a única mulher que realmente amei e que irei amar.

O padre assentiu. Fechou a bíblia e se aproximou dele.

– Eu não posso fazer muita coisa por você filho, mas o que posso fazer antes de que suba naquele altar é te alertar de algo. – fez um breve silencio e então disse - É possível amar muito alguém, mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela caso você não se sinta merecedor de viver esse amor. – apoiou a mão no ombro de Edward – Se Deus colocou ela em sua vida, saiba que foi para voce amá-la, respeitá-la e honrá-la até que a morte os separe. Casamento é aliança de Deus meu jovem, e não contrato entre homens. Dito isto – se afastou de Edward – tome suas decisões.

Isabella colocou a ultima caixa na picape. Ela havia esvaziado de suas paredes todos os pôsteres de seus personagens prediletos, feito uma limpa nos livros de suas estantes, retirado de seu quarto os vestígios de uma adolescente sonhadora e agora levava isso para a biblioteca publica para servir de matéria prima para a infância de alguém que achava que o mundo real não era muito divertido. Realmente não era, mas era muito mais digno viver no mundo real do que no mundo de fantasias.

Sua mãe havia a ajudado, mas todas as vezes que via a filha de desfazendo daquilo que mais amou um dia, sentia um peso de culpa no coração.

– Filha querida, tem certeza?

– Sim mãe. Eu tenho. – repetiu monotonamente.

– Até mesmo essa linda caneca do leão Aslan? Filha é tão lindinha!

– Ate mesmo a caneca. – se limitou a tirar o objeto da mão de sua mãe e devolver para a caixa.

– Bells, voce ainda vai continuar evitando a falar sobre Londres? Jake vai voltar em algum momento e eu vou colocá-lo na parede. Eu vou ficar sabendo de tudo mesmo, então é melhor voce dizer de uma vez.

Isabella se encostou no carro e cruzou os braços.

– O que aconteceu lá foi de longe a melhor coisa da minha vida mãe – e então fitou a mãe – eu tenho o direito de estar de luto por ter acabado!

Renée já tinha idéia do que teria ocorrido, desde aquela ligação super matutina que a filha havia feito aos prantos.

– O amor as vezes não vem do jeito que a gente espera querida, temos que ter paciência para que ele se molde.

– Eu não vejo como esse amor possa se moldar para que se encaixe na minha vida mãe. Estou consciente de quem eu sou e de quem ele é. Estou consciente de que não significou para ele o que significou para mim, caso tivesse, ele estaria aqui comigo.

Isabella limpou uma lagrima fujona e entrou no carro. Sua mãe ficou de coração partido ao ver a filha naquele estado catatônico. Ela mal dormia, mal comia, mal sorria. Isabella havia se tornado em um zumbi e nem sequer notado.

Então Renée teve uma sublime idéia. Eles iriam fugir do inverno.

Emmett mal suportava o horror. O contador não chegaria tempo de entregarem as provas do que haviam descoberto sobre Aro Denali a Edward. O irmão havia acabado de subir ao altar e como ele havia se recusado a ser padrinho, ele estava sentado muito longe de onde Edward estava.

– Calma Emmett, estamos numa igreja, o mínimo que temos que ter é fé! – disse Rose chamando a atenção dele.

– Esta difícil Rose, Vicky não atende as minhas ligações, vai que ela e Tânya voltaram a ser amiguinhas e ela resolveu se aliar a eles?

– Não viaja Emmett! – reclamou – Voce esta muito nervoso, as pessoas estão começando notar que tem algo errado com o irmão do noivo!

Emmett suspirou e analisou a sua volta, parecia que o fim havia chegado. Todos os seus esforços em vão. Olhou para Alice lá na frente, ela tinha Andy no colo. Os dois trocaram olhares preocupados e muito chateados como tudo parecia estar terminando.

A marcha nupcial começou a tocar, Emmett apertou a mão de Rose com forca e checou mais uma vez seu celular. Nada, nem sinal de uma chamada ou mensagem. O contador e o advogado não chegariam a tempo.

– No ultimo caso, eu tenho aquela parte que o padre pergunta se tem alguém contra esse casamento. – sussurrou para Rose.

– Quieto Emmett, alguém pode te escutar! - repreendeu ele mais uma vez – Uma pena que esse casamento seja falso, a igreja e a noiva estão tão lindos.

Emmett olhou para ela.

– Sério Rose? Voce é daquelas que se emocionam em casamentos?

Ela se virou para ele.

– Me condene por isso! E sou traumatizada por nunca ter pego um buque!

– E sinto lhe informar, não será nesse casamento que superará seu trauma! – Rosalie o encarou e deu um beliscão discreto na barriga dele.

Emmett se permitiu relaxar um pouco, passou os braços em torno dela e beijou seu ombro.

– Voce não precisa de um buque roubado Rose – sussurrou em seu ouvido – Eu vou providencia para que tenha o seu próprio.

Ela olhou dentro dos olhos dele e sentiu seu coração falhar, Emmett não era o tipo do homem que todos os dias chegava com um buque e uma declaração de amor, mas ele sempre tinha uma peça na manga, uma palavra no momento certo, volte e meia ele sempre estava a surpreendendo de alguma forma, com uma bala ou um beijo roubado.

– Espero que voce não seja daqueles que faz promessas e não cumpre.

Ele ainda sorrindo encostou seu nariz no dela.

– Eu jamais seria capaz de viver sem voce na minha vida, Rose. Quando tudo isso terminar, se der certo ou não, eu e voce, vamos cuidar de nós!

Rosalie não resistiu e deu um beijo apaixonado em Emmett. Ele riu depois que seus lábios se separaram.

– Eu já tenho a lista das madrinhas!

– OMG! – Emmett disse divertido – Eu te disse que te daria um buque, não te pedi em casamento!

Rosalie riu e mostrou a língua.

– Então quando pedir, já sabe a minha resposta. – disse se virando em direção ao altar.

– Sei? – ele questionou abraçando ela por trás.

– Sim, sabe – disse divertida – a minha resposta é que já tenho a lista das madrinhas!

Emmett expandiu seu sorriso e inalou o perfume de sua namorada, olhou para o irmão e pensou se era dessa maneira que ele se sentia quando estava com a Bella, porque se fosse, nesse exato momento ele deveria estar desesperado olhando para noiva e vendo que não era a mulher de sua vida.

Edward tentava focar seus olhos em Tânya. Ela estava linda, mas sua atenção era puxada para o casal no fundo da igreja, para seu irmão e Rosalie. Eles pareciam felizes. Eles eram felizes, constatou, e ele seria o que? Ele deixaria se tornar novamente um homem amargo e ferido? Ele voltaria passar noites no seu apartamento com prostitutas de luxo? Ele ignoraria seus filhos e as vontades deles? Sofie tinha se recusado em ser daminha de honra e Tânya contratou crianças para que fizessem o serviço. Ele teria que para sempre contratar pessoas para estar ao lado dele?

Aro lhe entregou a filha e trocou um olhar cúmplice com ele. Edward pegou a mão de sua noiva e tentou sorrir, mas ele sabia que em vez do sorriso tinha saído uma careta. Se virou para o padre e deixou que as palavras que escutou na sacristia invadisse a sua mente.

Ele realmente conseguiria viver sem Isabella Swan? Ele amaldiçoaria o sagrado por um homem como Aro Denali? Desde quando ele tinha a obrigação de salvar o mundo e condenar a sua família a desgraça? Que acordo era esse que o levava a infelicidade? O padre falava, mas ele não escutava, ele apenas havia retido uma coisa.

“...O tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela.”

Não importasse o quanto ele amasse Isabella Swan, ou dos motivos de altruísmo que levaram ele deixar que ela partisse, a saudade que ele tinha no seu peito superava a léguas qualquer outro sentimento.

Ele a amava. Concluiu, ele amava Isabella, ela era o melhor que ele poderia querer ou ter. O que era milhões a menos se ele tinha aquilo que dinheiro nenhum no mundo poderia comprar?

De repente sentiu sua manga do terno ser puxada. Olhou para Tânya e ela o fitava chocada assim como padre que o observava com a sobrancelha arqueada.

– Senhor Cullen, vou repetir mais uma vez a pergunta – ele olhou a sua volta e todos o encaravam aflitos e confusos – Edward Anthony Cullen, aceita esta mulher, Tânya Denali, como sua legitima esposa?

– Florida? – questionou Isabella confusa – Mas o papai odeia a Florida e a tia Magnólia!

– Oh não é para tanto! – respondeu Charlie – Sinto que estou precisando de uma corzinha, assim como voce. Lá é sempre verão! Esta temporada de férias e terá muitos programas para aproveitarmos.

Isabella olhou desconfiada para os pais e então suspirou.

– Eu estou tão mal assim para que queiram me levar para Florida?

Renée se aproximou.

– Querida, é apenas um passeio em família, queremos aproveitar voce ao máximo. Sinto que esse ano é diferente para nós e para você, dentro do meu coração de mãe, eu sei que voce não ficará mais por muito tempo aqui. – afagou os cabelos da filha – Voce cresceu e amadureceu tanto Bells, eu mal te reconheço!

Isabella suspirou, nem ela mesmo se reconhecia mais.

– Ok, eu topo Flórida, mas pra quando é isso?

– Amanha mesmo! - Respondeu seu pai de prontidão – Ainda sinto que vamos da um pulinho no caribe!

E Isabella notou que ele realmente estava animado com a viagem em família.

– Mamae, o que deu nele?

Renée admirou o marido.

– Oh Bells, seu pai mudou tanto nesse ano, ele parece mais de bem com a vida.

Isabella sorriu e deu um beijo no rosto de sua mãe, foi para o quarto preparar uma pequena bagagem, puxou uma mala e a sua caixinha de recordações caiu no processo. Recolheu as cartinhas e fotos, mas foi uma folha de papel dobrada ao meio que a fez parar e se sentar no carpete. Abriu lentamente encontrando o desenho.

Sofie tinha sido má com ela ao desenhar aquilo, ali estavam ela, Edward, Thomas, Andy e Isabella retratados no dia em que deram um passeio por Paris, onde tudo tinha oficialmente começado, a torre Eiffel no fundo e um sol brilhante no céu. Sofie tinha escrito algo no fim do desenho, “Eu sempre vou te esperar Mamy. Sofi.” Ao ler, Isabella já estava novamente em prantos, não era justo Sofie chamar ela de Mamy propositalmente no momento em que ela não poderia estar mais junto, mais perto para dizer que não era a Mamy, mas era a Nanny.

– Quem são estes? – Isabella sentiu sua mãe sentar ao seu lado.

– É um desenho que Sofie fez. – Renée pegou a folha da mão de Isabella – Sou eu, Thomas, ela, Edward e Andy.

Sua mãe analisou o desenho por um tempo e então olhou a caixinha de lembranças onde tinha uma foto deles cinco.

– Eu roubei essa foto da arvore de natal, de todas que tiramos foi a minha preferida. – explicou para a mãe tentando secar as lagrimas.

– Oh Bells! – sua mãe a abraçou – Eu sinto muito. Eu realmente sinto muito que tudo tenha terminado assim. Eu como mãe sei o que esta sentindo filha, eles eram seus não é? – Isabella assentiu em meio ao choro – Mas eles nunca deixarão de ser seus filha, eles te amam! Um dia tudo se ajeita, voce vai ver!

– Oh eu não tenho certeza disso mãe – Isabella se afastou tentando contar as lagrimas e fungando um pouco – Segundo meus cálculos, o pai deles está se casando hoje!

Renée olhou para a filha penalizada. Sentiu um aperto no coração, porque se Isabella sofria ela sofria junto.

– Entao vamos pensar em outra coisa, vamos fazer a mala, seu pai esta invocado de que vai usar uma sunga verde que ele tem da época em que ele era o rei da mulherada! – Isabella riu – Me ajude evitar esse desastre visual!

Isabella enfiou as suas recordações na caixa e devolveu ao guarda roupas. Sua mãe estendeu a mão para ela e foram para o quarto aonde deu pai estava com a sunga no corpo e um óculos de sol fora de moda.

– Vamos a la playa baby??

Isabella olhou chocada.

– OMG! Meus olhos! – levou as mãos tampando os olhos – Isso é uma ofensa a eles!

A igreja parecia estar em câmera lenta, os convidados mal conseguiam respirar. Emmett fitava o irmão como se ele pudesse gritar por telepatia e fazê-lo entender que ele deveria dizer não.

Edward se virou para Tânya e encontrou seus olhos azuis. Azul parecia tão frio, não parecia quente como os de cor de chocolate.

– Vamos Edward. – ela sussurrou desesperada.

– Eu.. eu .. – ele gaguejou. Como uma palavra tão pequena poderia condenar a sua vida inteira? Ele teria essa coragem? Olhou a sua volta e segurou as mãos de Tânya – Eu não posso Tânya! Eu não posso me casar com voce!

Foi como se todos soltassem o fôlego ao mesmo tempo. Murmurinhos começaram a surgir, Emmett sentiu as penas bambas e teve que se apoiar em Rosalie.

– O que? – ela disse atônita – O que voce disse?

– Não me faça repetir Tânya! – ele sibilou implorativo. Ela puxou suas mãos da dele.

– Voce não pode se casar comigo? COMIGO? – levou a mão peito, buscou o ar um tanto desesperada – Edward... – choramingou – Voce esta me deixando no altar?

– Vamos conversar na sacristia! – disse o padre tentando acalmar os ânimos.

– Sacristia? – questionou histérica – Voce é um ordinário! Por causa daquela vagabunda não é? A Nanny!

– Senhorita, olha o vocabulário, voce esta na casa de Deus! – inquiriu o padre.

Tânya se virou para ele.

– Cala a boca! Eu estou sendo abandonada no altar não esta vendo? Ele esta me deixando por uma maldita de uma pobretona americana!

Edward encontrou o olhar ferino de Aro Denali, o mesmo marchou em sua direção.

– Como você ousa causar um escândalo desses, seu moleque! – cuspiu as palavras em direção de Edward.

– Sinto muito Aro, depende muito do escândalo que voce esta se referindo! Eu não posso mais continuar com nosso acordo, com essa tramóia toda! Minha família precisa de mim, meus filhos precisam de mim muito mais do que voce! – então se virou para Tânya – Querida, eu nunca quis me casar com você, era um contrato que eu tinha com seu pai e que definitivamente eu não posso mais cumprir. Voce merece sem feliz tanto quanto eu, e nessa união nenhum de nós seriamos.

Edward deu as costas para Tânya e trocou um ultimo olhar com Aro. Caminhou em direção aos seus filhos, pegou Andy, afagou os cabelos de Thomas e deu a mão para Sofie. Entao começou a sair da igreja pelo tapete vermelho, Aro rosnou de raiva.

– Já que era um contrato, voce sabe o que acontece com que quebra de um!

Edward ignorou dessa vez a pessoa certa e trocou um olhar de contentamento com Emmett que então se virou para Aro e caminhou na direção dele acompanhado por Rosalie, o contador e o advogado.

– Caro Aro não se humilhe mais, voce vai estar tão preocupado com as suas quebras de contrato que a de Edward será insignificante!

O advogado puxou uma pasta preta.

– Aro Denali, voce tem muita coisa a explicar para a justiça.

Isabella colocou a mão para fora da janela do carro e começou a fazer ondinha no vento. Os raios de sol queimavam a sua pele e dava uma sensação boa, um arrepio que percorria todo o corpo. Aumentou o som o do carro enquanto parava no farol; ajeitou seus óculos, até que a Florida não era tão ruim, ainda mais com a tia Magnólia emprestando o carro para que ela fosse para onde quisesse. Deixou os seus pais na praia e decidiu ir conhecer lugares diferentes sem destino e hora para voltar; estava saindo da cidade e percorria agora uma estrada a beira mar. Isabella se sentia completamente absorta nessa sensação de liberdade; era algo que a puxava do fundo do poço em que esteve nas ultimas semanas. Havia deixado de lado telefone, internet, correio, qualquer coisa que pudesse rastreá-la. Ela queria viver um dia de cada vez, aproveitar o dinheiro em sua conta e gastar com ela, planejar um futuro em que ela fosse o centro dele.

Parou em uma praia meio deserta, se sentou na areia e fitou o imenso mar. Ali do outro lado daquela águas azuis estava seu passado, tão pertinho e tão longe. Como ela gostaria de esquecer, como ela gostaria...

Pegou um livro na sua bolsa de tecido e se deixou levar pela leitura prazerosa; quando se deu conta ela lia algo que era perfeitamente adorável.

“Se não tinha aprendido nada, o que iria fazer? Como preencheria os próximos dias? não tinha a menor ideia. “o negócio era ser corajosa e ousada e realizar alguma coisa”, pensou consigo mesma. Não exatamente mudar o mundo, só um pouco à sua volta. Sair por ai com o diploma com honras de primeiro lugar em duas matérias, muita paixão e a nova máquina de escrever elétrica Smith Corona e trabalhar duro em… alguma coisa. Mudar a vida das pessoas através da arte, talvez. Escrever coisas bonitas. Agradar aos amigos, continuar fiel aos próprios princípios, viver plenamente, bem e com paixão. experimentar coisas novas. Amar e ser amada, se possível. Comer com moderação. Coisas assim.”

Olhou para o mar e riu. Uma lagrima escorreu e ela logo secou. Era isso, ela encontraria sentido nas pequenas coisas.

– Eu pensei que estava tendo uma miragem quando eu te vi! – Isabella olhou para trás – Qual seria a chance de eu te encontrar justamente aqui, na Florida, nessa praia deserta, lendo o mesmo livro que uma senhora me entregou quando eu doei algumas moedas para seu projeto de leitura.

Isabella se levantou um pouco atordoada, e um tanto incrédula.

Um dia. – ele leu o titulo do livro em sua mão e retirou o dele de sua mochila – Eu sabia que um dia te encontraria de novo, mas não sabia que seria tão rápido.

Isabella sorriu.

Jasper...

O sapato caro afundou na neve quase derretida. Edward voltou para o carro e ligou para Jacob.

– Hey, sou eu, de novo. – suspirou – eu acho que estou na casa certa, mas ninguém atende. – olhou novamente para a casa.

“Já foi a floricultura?”

– Já sim, igualmente fechada.

“Vai no fundo e vê se tem uma picape horrorosa estacionada.”

Edward saiu do carro e foi até o fundo da casa.

– Tem uma picape, e ela é realmente horrorosa.

Jacob riu do outro lado da linha.

“Não deixe que a Bella te escute falando mal da filha adotiva dela. Mas se o carro esta ai, ela deveria estar em casa também”

Edward sorriu pensando na expressão brava de Isabella, ela ficava tão linda quando estava brava.

– Mas e então o que eu posso fazer? Nenhum sinal de Isabella Swan em Forks!

– Hey! – Edward se virou e viu um jovem – Voce aí! O que esta fazendo?

Edward afastou um pouco o telefone.

– Eu procuro Isabella Swan.

– Por parte de quem? – o jovem policial tirou o cassetete e começou a bater lentamente na palma da mão, Edward observou a cena.

– Por minha parte, oras.

“Quem esta ai?” – questionou Jake.

– Eu acho que algum policial.

“Ah deve ser o Matt! Passa o telefone para ele.”

Edward estendeu o telefone para o garoto.

– É para voce! – O jovem loiro analisou o aparelho, e então pegou.

– Quem fala? – olhou para Edward desconfiado – Jake! Cara quanto tempo! O que? Não, não, chefe Swan levou a família para viajar de férias, ele disse que precisava se livrar de mim um pouco! – ele riu e Edward cruzou os braços – Ei quem é almofadinha aqui? – Edward arqueou as sobrancelhas – Ah não diga que a Bella sairia com um tipinho desses. Ela estava dando moral para mim Jake! Eu sei que voce não acredita – ele suspirou e passou a mão pelo cabelo – Mas ela morre de amores por mim! É serio! – ele voltou a olhar para Edward que tinha um sorriso no rosto – eu não sei para onde eles foram, chefe Swan disse para não importuná-lo, ele sequer deu endereço e o telefone esta desligado. Ta certo Jake, volta logo, preciso que ajeite a minha magrela, ela esta raspando o pneu.

O loiro devolveu o celular para Edward.

– Cara, se você é quem eu estou pensando, a sua sorte é não ter encontrado o chefe Swan, ele anda furioso com maluco que quebrou o coração de sua filha.

Edward guardou o celular no bolso.

– Posso ter quebrado – disse – Mas eu sei exatamente como concertar e por isso voce precisa me ajudar a encontrar Isabella.

– Bells querida tem certeza? – perguntou Renée analisando Jasper de cima a baixo.

– Mae, Jazz é meu amigo, apenas vou acompanhá-lo no final da viagem dele.

– Mas voltar para a Europa Isabella? – inquiriu Charlie um tanto bravo – Voce acabou de voltar de lá! Não quero que esteja novamente a um oceano de distancia, eu não sei nadar.

Isabella riu e abraçou seu pai. Tia Magnólia apareceu com uma bandeja.

– Biscoitinhos? São uma delicia! – ele colocou a bandeja na frente deles.

– Eu vou ficar bem pai! – sussurrou para seu velho – Eu acho que essa viagem vai me fazer bem, vou fazer o que sempre quis, viajar pelo mundo e ver o que ele tem de mais bonito!

Charlie olhou para Jasper um tanto desconfiado.

– Rapaz, se voce ousar a tocar num fio de cabelo sequer da minha menina, eu mato voce entendido?

– Pai! - Ralhou Isabella.

– Entendido senhor Swan! Eu vou cuidar de Isabella! Mas se for, temos que ir agora, o avião sai em menos de duas horas.

– Mas já? – perguntou Renée chocada.

– Sim, comprei o vôo antes de encontrar Isabella, eu estava apenas aproveitando um dia na praia antes de ir, acabei de voltar da America do sul, fiz uma turnê por lá, recomendo para vocês, vão adorar Peru, Bolivia, Chile, Argentina, Uruguai e principalmente o Brasil! Mas se não querem ir tão longe, fique pelo caribe, Venezuela, Guiana Francesa. É tão lindo quanto o resto!

Isabella se afastou do pai.

– Eu estou pronta para ir eu tenho tudo o que preciso na minha bolsa, dinheiro, passaporte e um caderno!

Renée rolou os olhos e enxugou uma lagrima.

– Vai então Isabella! Só não se esquece de uma coisa. – sua suspirou e segurou as suas mãos fitando bem dentro de seus olhos - Apenas tenha certeza de que onde quer que vá, você sempre poderá voltar para casa.

Isabella riu e abraçou a sua mãe.

– Mãe – disse um tanto divertida – Isso é uma musica!

– Eu sei! – ela choramingou – Mas não deixa de ser verdade.

Isabella se despediu de seu pai e de sua tia Magnólia que fez um pacotinho com biscoito para que eles levassem. E então Jasper segurou a sua mão enquanto caminhavam pela calçada em busca de um taxi. E Isabella se sentiu bem com aquilo, sentiu que talvez agora ela poderia seguir em frente.

Musica do capítulo: http://www.vagalume.com.br/phillip-phillips/home-traducao.html


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Notas finais do capítulo

Ai ai.. fica a duvida agora; o que será de nós que torcemos pelo amor impossível? Sofreremos mais um pouco ou a ficha cai de que certos amores não podem ser vividos? kkkkkkkk.. Oh vida cruel! :P

Grupo do face: https://www.facebook.com/groups/247956588686672/

Xoxo xuxu's! :*