Uma Babá Em Apuros - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 20
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Hey!!! Vish sumi e tenho certeza que tem gente pensando; DESISTIU? Não e nunca. ok? So demoro mesmo, e infelizmente nao é porque quero, precisava apenas finalizar o capitulo e nao tinha e ainda nao estou com tempo, mas fiz porque estava inspirada e precisava dar sinal de vida.

Espero que gostem e para melhorar a nossa comunicação (pq percebi que o blog nao faz efeito kkk ) criei um grupo no face.
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Capitulo XV

Isabella rodou muito antes de voltar a mansão. Chegou a parar em um bar e ficar olhando por horas a dose de vodka russa que pediu totalmente intacta e quando saiu de lá, a sua dose permanecia intocada. Caminhou por um tempo em meio a chuva sem realmente concluir ou pensar em nada. Estava conectada no automático sem entender quando foi que as coisas ficaram de ponta cabeça.

Era isso que significava crescer? Assumir todas as conseqüências de seus atos?

Porque era o que acontecia no momento. Estava realmente colhendo o que tinha plantado. A vida toda a sua inércia e mundo lúdico prevaleceram e agora a vida real cobrava dela algum tipo de movimento e posição.

Lavava as mãos sujas na pia da cozinha quando percebeu que não estava sozinha. Se virou lentamente para que quem quer que fosse não percebesse seu estado de espírito devastado.

- Bellinha! – disse Emmett – Voce chegou agora? Ta toda molhada.

- É a.. a chuva me pegou no caminho. – secou as mãos na calça úmida.

- Voce ta bem? – ele questionou se aproximado – Parece estranha.

Isabella se obrigou a sorrir. Tirou o celular encharcado do bolso e colocou no balcão de mármore.

- As pessoas ficam estranhas quando brigam com seu melhor amigo. – voltou a olha-lo nos olhos.

Ela estava mentindo. Mas ele não tinha como saber. E mesmo se ele pudesse ler seus pensamentos; o que ele poderia fazer a respeito?

- Oh sinto muito Bells. Aceita um pouco de mousse de chocolate? Ele é um remédio e tanto!

Isabella assentiu e deixou que Emmett a servisse. Começaram a comer em silencio; um silencio ate reconfortante. Colocou os recipientes na pia e se despediu de Emmett com um abraço. No vão da porta parou e se virou para ele que ainda a observava.

- Fiquei sabendo do encontro!

Emmett rolou os olhos e ela voltou a caminhar para seu quarto com um breve sorriso no rosto.

Passou pelos quartos das crianças e todas dormiam como os anjos que realmente eram, mas antes de entrar em seu quarto infelizmente acabou encontrando o olhar de Edward no corredor.

- Voce esta bem? – ele perguntou num tom de voz baixo e preocupado.

- Nunca estive melhor! – respondeu sorrindo – Boa noite... senhor Cullen!

Ele a olhou de um modo estranho e suspirou pesadamente.

- Boa noite... Senhorita Swan!

Isabella entrou em seu quarto sem olhar para trás. Estava tão anestesiada com tudo o que tinha acontecido com ela que agora já tanto fazia como ele a chamava ou ela o chamasse. Eles novamente haviam se tornado estranhos. Se sentou na cama e viu um pequeno pedaço de papel dobrado na cabeceira. Pegou e abriu desvendando uma letra infantil.

“Voce é a minha predileta. Eu só estava fazendo conhecimento de campo.”

Sofie

Isabella sorriu. Sofie a teria visto? Não; não seria possível Sofie saber que era ela montada naquela Haley preta.

-

-

A mansão apontou a sua frente. Do mesmo jeito que ela havia a deixado. Esme Cullen desceu do taxi admirando a manha milagrosamente ensolarada a sua volta. Quem diria que o a tempestade que a deixou presa por algumas horas no aeroporto de Madri seria postergada por um dia tão lindo. Ela carregava apenas uma mala simples e a sua bolsa que ganhou de presente de LV.

Nelly veio recepcioná-la totalmente incrédula. Fato que ignorou. Ajeitou seu chapéu clássico e caminhou até a mesa de café da manha.

- Bom dia meus amores!

Seu sorriso largo foi rapidamente diminuindo quando avistou nada mais nada menos do que Tânya Denali sentada ao lado de seu filho mais velho.

- Oh céus... – disse incrédula olhado para Isabella com uma expressão “como voce deixou isso acontecer” – Retiro o que disse.

- Bom dia mamãe! – Emmett passou por ela lhe depositando um beijo no rosto.

- Bom dia vovó! – Thomas acenou da mesa e percebeu que o menino estava vestido de uniforme.

- Bem. Vejo que voce conseguiu o carisma dos meus netos! Lamentável! – falou se dirigindo a Tânya e se sentou na outra ponta da mesa bem de frente para Edward.

- E eu vejo que voce mamãe; voltou cedo demais. – ele tinha um olhar pesado e um tanto raivoso.

- Senti saudades. – disse dando de ombros – E soube das novidades. Precisamos conversar.

Edward sorriu irônico.

- Oh... precisamos conversar sem duvida.

Andy bateu a mão mesa chamando atenção para ela.

- Ma! – todos a olharam – Ma, ma, ma, ma! – ela olhou para Isabella que segurava seu pequeno copinho de suco – Mamy! Mamy!  Bruuu...

Isabella encarava a pequena com os olhos arregalados. Todos estavam presenciando as primeiras palavras de Andy, chocados.

- Mamy! – repetiu olhando para Isabella – Mamy!

Algo dentro de Isabella se contorceu. Uma parte dela queria comemorar as primeiras palavras de sua pequena; mas a outra estava aterrorizada pelo fato de uma criança estar a chamando de “mamy”. Ela não era a mãe, ela não era nada.

- Quem te ensinou isso Andy? – questionou constrangida – É Nanny! Nan-ny!

- Não sabe quem a ensinou? – Tânya questionou sarcástica de repente esquecendo que não estava sozinha com Isabella, seu olhar era furioso.

Isabella calmamente se virou para Tânya.

- Não. Não sei senhorita Denali. E ao contrario do que a senhorita pensa; eu sei muito bem o meu lugar nessa casa.

Isabella se levantou um tanto atordoada sem saber muito o fazer. Se saia da sala ou se ficava.

Tânya então se lembrou qual era o seu novo papel. As medidas que tinha decidido tomar para ajustar as coisas em seu relacionamento com a família Cullen.

- Nunca duvidei disso, Isabella. – limpou a garganta tentando soar inocente – Só estou tentando entender como uma criança fala uma palavra que infelizmente não é praticamente dita nesta casa.

Esme soltou uma gargalhada e Edward suspirou cansado.

- Formidável! Formidável! – repetiu incrédula – Voce é realmente uma Denali. Que atuação esplêndida!

- Mamãe... – Edward a chamou – As crianças estão na mesa. Por favor?

- Mamy é bem parecido com Nanny. Ela pode ter perfeitamente embaralhado as palavras! – interviu Emmett – Mas o que importa é que a minha gatinha mais linda ta falando! Não é coisa fofa do tio?

Isabella olhou para Emmett agradecida. Esme suspirou incomodada.

- Pode ser como não pode ser. – Esme apontou para Edward enquanto olhava para Tânya – Ele me chama de mamãe. Emmett me chama de mamãe, assim como Alice. Eu passei boa parte desse ano por aqui, então grave erro seu, querida, dizer que essa palavra quase não é dita. Andy pode ter perfeitamente aprendido ao escutar qualquer um dos meus filhos pronunciá-las, assim como a toeria de emmett poder ser verdade. Enquanto voce não foi casada com meu filho, não opine em relação as crianças. Eu ainda sou a dona da casa.

Tânya engoliu o veneno que tinha pronto na ponta da língua e Esme agora sim satisfeita tomou um gole do suco.

A mesa se tornou silenciosa por alguns segundos até que Andy, ainda assustada com os acontecimentos depois de suas primeiras palavras resolveu chorar. Edward olhou para Isabela se sentindo culpado por toda a situação enquanto ela pegava a menina e saia com a criança para o hall de entrada. Ele olhou para a noiva, para os outros filhos, para seu irmão e então para a sua mãe. Se sentiu claustrofóbico. Aquilo a sua frente não parecia uma família, não uma família de verdade quando era apenas ele, as crianças e Isabella. Aquilo a sua frente era mais um fragmento ou projeto mal elaborado de uma.

- Com licença! – murmurou se levantando e indo atrás de Isabella.

Ela não estava mais no hall, mas sim na frente da casa e caminhava calmamente com Andy na varanda. Ele se aproximou e parou Isabella com a mão. Andy ainda tinha algumas lagrimas nos olhos e ele se penalizou ainda mais com a sua caçula.

- Oh minha pequena – disse carinhosamente a pegando do colo de Isabella – Me desculpe por não conseguir te dar uma família um pouco mais normal.

Isabela se viu obrigada a sorrir com a cena.

- Sinto em lhe informar que família normal não existe.

Edward olhou para ela e sorriu.

- Então uma família um pouco mais sensível. – Isabella deu de ombros, ponderando a alternativa – Bella – ele a chamou a surpreendendo – Nada me faz mais feliz no mundo em saber que a minha filha te ama e te olha como se fosse a mãe dela. Acredito que isso significa e transmite o quando você é importante nesta casa.

Isabella tentou se controlar, mas as lagrimas lutaram fortemente para emergir e uma conseguiu escapar pelo conto do olho, limpou rapidamente para que ele não pudesse perceber.

- Acho que talvez isso não seja algo bom. – disse desviando o olhar para o imenso jardim – É um posição muito importante para alguém como eu.

Edward suspirou.

- Voce sabe que não precisa ir embora quando o contrato com a empresa acabar. Eu ficaria muito feliz em te ter aqui para sempre ou até o tempo em que voce se sentir confortável.

Isabella sorriu incrédula com as palavras; como se elas não fossem reais.

- Oh Edward, serio? – se virou para ele – Acha mesmo que eu vou suportar viver na mesma casa com voce para sempre e não poder ter voce para mim? – sentiu seu estomago embrulhar ao dizer aquelas palavras em voz alta – Eu não sou tão masoquista como pareço. Não era para nada disso ter acontecido, era para eu ter vindo aqui, trabalhado um ano, conhecido todos os lugares possíveis, me inspirar para assinar algum contrato com alguma editora e continuar o meu sonho de ser escritora. Mas olha o que voce e a sua família fez comigo – suspirou sem saber de onde vinha a coragem de dizer tudo aquilo – Vocês me transformaram dos pés a cabeça, troquei as minhas viagens por vídeos e editoriais de como uma trocar fralda, me vi obrigada a aprender Frances e matemática para ajudar Thomas e Sofie nas tarefas de casa, perdi horas de sono por estar perdidamente apaixonada por alguém que jamais poderá ficar comigo. – suspirou já arrependida por não ter travas na língua – Não, eu não posso ficar por muito mais tempo.

Edward não conseguiu tirar os olhos de Isabella por um segundo.Covarde, isso era o que ele era. Cada palavra dita colocava em duvida a sua escolha que ele já não sabia mais se dava tempo em voltar atrás. Seu silencio era perturbador tanto para ele como para Isabella. Ela tinha tido a coragem de dizer que estava apaixonada por ele e ele não conseguia abrir a boca. Ele queria beijá-la, mas o medo de nunca mais conseguir solta-la era maior do que a coragem do ato.

- Edward? – a voz de sua mãe soou na porta – Precisamos conversar.

Ele continuou olhando para Isabella que se afastou dele rapidamente.

- Me espere na biblioteca.

Os passos de Esme se afastaram e Edward por fim abriu a boca.

- Não diga nada. – interrompeu Isabella – É melhor assim.

Pegou Andy dos braços dele e entrou na mansão.

Edward respirou fundo se sentindo atordoado e completamente fora de orbita. O que ela poderia amar nele? O que ele tinha de amável? Ele não era a pessoa mais fácil de lidar e nem a mais dócil de se conviver. O que o perturbava era a falta de respostas que Isabella lhe dava. A falta de compreensão de como alguém poderia amá-lo sem querer nada em troca.

Marchou para a biblioteca. Sua mãe estava a sua espera sentada em uma poltrona. Ele entrou e fechou a porta com chave e então se virou para ela.

- Emmett me contou que não se conteve mais.

Ele permaneceu calado.

- E eu fui tola de acreditar que voce iria realmente agarrar a oportunidade. Santo Deus, Edward, o que voce tem nessa sua cabeça para querer continuar esse casamento com essa Denali?

Quando ele voltou a olhar para mãe, seu olhar era perigosamente sombrio.

- Acredito que é a mesma coisa que passa por sua cabeça por te fazer pensar que pode se intrometer na minha vida, manipular uma inocente garota e depois agir como se esta tudo bem e que tem toda a razão! – sua voz era ameaçadora – Voce tem idéia de que as pessoas não são bonequinhos com quem voce brinca e joga sem conseqüências alguma?

- Ora larga de ser patético! – sua mãe cuspiu sem deixar se abalar com seu tom brutal – voce não esta realmente preocupado, Edward, com o que eu fiz ou da maneira que fiz, mas esta de orgulho ferido por não ter percebido antes o que todos na mansão já tinha notado. Até a própria Cornélia notou na noite do jantar. Qualquer um nota o jeito que voce se move quando ela esta por perto.

Ele riu incrédulo.

- Sério? – questionou achando realmente tudo estúpido o que sua mãe dizia – E como eu me movo mamãe? – perguntou cético.

- Como se ela fosse seu sol. – Esme respondeu de prontidão – Voce gira em torno dela, voce brilha e sorri com mais facilidade.

Edward engoliu seco como se as palavras de repente lhe faltassem. Um breve silencio se instalou e ele aproveitou para se aproximar de sua mãe.

- Então se ela aparenta toda essa importância para mim – disse num tom de voz mais calmo – Eu acredito que estou certo de manter ela bem longe do inferno e desastre que é a minha vida. – Esme suspirou irritada – É serio isso mãe. Olha só quem eu sou. Um solteirão, com 3 filhos, ocupado e muitas vezes ausente. Não estamos mais falando de mim e definindo a minha vida; não podemos julgar o que é melhor para mim, é necessário que julguemos o que é melhor para a Bella. Ela merece algo melhor do que eu.

Esme encarou o filho penalizada, seu coração doeu fortemente por escutar aquelas palavras vindo dele.

- Oh Edward. – disse indo até ele e segurando seu rosto em suas mãos – Isso não cabe a voce julgar ou decidir; isso é algo que só e somente só Isabella pode fazer. A única coisa que te destrói e te mete a ruína é essa sua maldita mania de mártir que me enlouquece!

Soltou o rosto do filho e saiu da biblioteca. Ela sabia que já não havia mais o que fazer.

-

Isabella estacionou a mini van e logo em seguida Edward parou a Mercedes ao seu lado e Emmett o conversível do outro. Suspirou tamborilando o dedo no volante e logo a frente surgiu Jake de moto com Vanessa na garupa.

Que dia do cão! Pensou observando Emmett abrindo a porta do carro para Rose e Edward esticando o braço para Tânya e Jacob ajeitando os fios de cabelos bagunçados pelo vento de Vanessa.

- Algum problema Isabella? – Esme questionou ao seu lado.

- Nada. Só estou me sentindo um pouco mais estúpida do que o normal.

Muito; mas muito mais estúpida que o normal. Depois de ter dito que era perdidamente apaixonada por Edward, o maníaco tinha permanecido calado deixando ela surtar lentamente. Acreditava que até o final do dia ela iria parar no hospício ou então se jogar da Tower Bridg*.

(*a ponte mais famosa de Londres)

- Todos temos esses dias, querida. – disse Esme em consolo.

- Podemos descer Nanny? – Thomas perguntou ansioso e Isabella sorriu para ele.

- Claro! Vamos lá fazer uns gols!

Isabella abriu a porta de uma vez com a raspinha de coragem, orgulho e amor próprio que tinha e tentou ignorar os casais felizes a sua volta.

Ela odiava casais felizes. Ela odiava pessoas felizes ultimamente.

Thomas correu em direção a Jacob e fizeram o aperto de mão personalizado deles. Sofie apenas desceu e se posicionou ao lado de Isabella que apenas pegou Andy e a bolsa dela.

Se aproximou da rodinha e limpou a garganta.

- Bem Jake esse é o Senhor Edward Cullen, e esse – disse olhando para Edward – é o famoso Jake...

- Wow – Jake exclamou divertido – não sabia que era famoso.

- Oh voce é! – disse Edward soando simpático e estendo a mão – Todos na mansão sabem sobre voce. É um prazer.

- Para mim também! – disse Jake sendo educado – Essa é minha namorada, Vanessa Wolf.

Isabella não pode deixar de notar o breve olhar que Edward lançou para ela. Ele bem que poderia estar imaginando o quanto Isabella Swan era encalhada.

De apresentações feitas, cada um seguiu para o pequeno estádio e suas arquibancadas. Tânya não escondeu a decepção ao perceber que não estavam indo para um estádio com padrões da Fifa com cadeiras almofadas e garçons de colarinho branco. Se instalaram Isabella desceu para falar com Thomas que estava la embaixo sentado no banco de reserva.

- Ei campeão. – ele olhou para ela – Preparado?

- Eu não sei.. é a primeira vez que meu pai vem em um jogo e eu...

- Voce o que? – perguntou se sentando ao lado dele.

- E eu não vou jogar. Odeio ser reserva.

Isabella suspirou e sorriu.

- Não seja bobo, mesmo que voce não jogue, ou até jogue e nem faça um gol – afagou os cabelos dele – Ele vai te amar do mesmo jeito, e vai estar orgulhoso do mesmo jeito, porque ele é seu pai Thommy!

Thomas sorriu e abraçou Isabella. Ficaram por um tempo assim e quando ele se soltou de seu abraço, Isabella soube que ele estava mais feliz.

- Agora seja um ótimo reserva! Proto para salvar o jogo! – ele riu – Vou estar torcendo por voce campeão.

Isabella voltou a subir as pequenas escadas e Sofi vinha ao seu encontro, se abaixou para saber o que a menina queria.

- Nanny – ela sussurrou disfarçadamente – Quero sorvete de chocolate, mas o papai ta ai.

Isabella sorriu.

- Pode deixar comigo, vamos  lá pegar um.

Os olhos de Sofie brilhavam enquanto o sorveteiro fazia uma casquinha caprichada do jeito que ela estava acostumada. Isabella observou a menina se sentindo um pouco melhor. Era isso que ela sabia fazer; cuidar de crianças. Tinha que parar de ficar pensando nos seus erros ou incapacidades e focar no que ela era boa. E ela era boa com Sofie, com Thomas e com Andy.

-

-

Faltavam alguns minutos para o segundo tempo acabar. Isabella estava quase pirando. Thomas tinha entrado no jogo, mas a bola nunca chegava aos seus pés. Estava empatado 1X1 e os meninos da Constantine Club eram bem maiores que eles da Club Áureas Foot e estavam pegando pesado.

- Injusto isso! – reclamou – Eles tem um jogador que é o dobro do Thommy!

- E para piorar o time da CAF não sabe passar a bola! – concordou Emmett que também estava quase tendo um pitti nervoso – Vou ter que me inscrever a técnico desse clubinho!

O relógio marcou um minuto para acabar o jogo.

- Vai Thommy! – Isabella gritou.

A maioria dos pais estavam de pé e fazia um barulho digno de torcida. Edward pegou Sofie que estava de pé no banquinho e colocou sob seus ombros e se aproximou de Isabella para sentir a mesma animação que ela parecia possuir.

Isabella evitou olhar para Edward. Continuou concentrada no jogo e abanando os pompons que recebeu do senhor que ficava ao lado da barraquinha de sorvetes.

Foi então que por um milagre Thomas conseguiu dominar a bola.

- Isso! Vai Thomas! Vai! – gritou dando pulinhos. Ela acreditava que tinha aprendido a dar pulinhos com Alice.

Thomas começou a correr com a bola em direção ao gol. O estádio inteiro gritava algo que Isabella não conseguia entender bem. O técnico gritava desesperado e fazia sinal com as mãos como se ele fosse um naufrago. Foi então que Emmett gritou ao seu lado quase a deixando surda.

- É para o outro lado! O gol do outro time é do outro lado!

Mas já era tarde, Thomas chutou e fez o gol mais lindo da partida; entretanto era gol contra.

- Merda! – Isabella sibilou observando todos os amiguinhos indo ao encontro de Thomas e falado coisas que provavelmente não eram agradáveis.

Mas se tinha alguém que poderia mudar aquela sensação de derrota; era Jacob.

Depois que saíram do estádio e foram para a mansão, Jake passou a tarde contanto para Thomas e todos que quisessem ouvir que aquele problema técnico do gol ser contra, não era nada comparado com o que Isabella já tinha feito de burrada na vida.

Jake contou as historias de infância dos dois. Do dia em que Isabella conseguiu cair dentro da bacia de ponche ou então quando ela tentou cozinhar pela primeira vez e mandou Charlie para o hospital com intoxicação alimentar. Outras historias como no dia em que Isabella foi tirar a carta de motorista e atropelou o gato da senhora Johnson e destruiu o jardim dos Newton. E principalmente ele não esqueceu de contar do dia de formatura que ela enroscou o pé na cortina e levou toda a decoração que tinha demorado dias para ficar pronta, ao chão.

Isabella não queria que Jake contasse isso para a família Cullen, mas de repente ela se viu tentando entender como ela poderia ser tão desastrada e estar viva. Não deixou por menos e contou quando Jake sem querer matou o peixinho dourado de Rebecca, sua irmã mais velha e disse que ele tinha ido se aventurar na praia de La Push e quando Becka foi ao banheiro achou o pobre na privada. Isabella queria contar mais historias para ver Thommy sorrir. Até Esme entrou na brincadeira e contou das peripécias das crianças Cullen. Alice tinha conseguido cair na sua primeira apresentação de dança e mostrou a calcinha para toda a platéia. Ou então quando Emmett no campeonato final das competições tropeçou nos próprios pés e encheu a boca de grama.

- Eu meu pai vovó? – Thomas perguntou curioso.

Esme olhou para Edward e ele rolou os olhos.

- Seu pai quando tocava piano, lá pelos 15 anos dele, foi fazer um teste para a Julliard. – Isabella olhou para Edward de repente surpresa – Eu o levei e esperei ele fora do estúdio de audição. Dez minutos depois ele saiu de lá todo esverdeado e com a cabeça baixa. Não me disse nada. Entao eu fui averiguar e acabei descobrindo que ele tinha ficado tão nervoso que tinha vomitado em cima do diretor. E claro, expulso de lá a ponta pés!

- Era muita pressão para uma criança de 15 anos! – disse Edward rindo em tom de defesa.

- Ow.. a Bella fez algo parecido. – disse Jacob e Isabella se levantou prontamente.

- Essa eu não deixo voce conta, Jake! Não!

- Ah Bella! – reclamou Emmett – Voce é a melhor em dar vexame!

- Conta Jake! Conta! – exclamou Thomas a ignorando.

Isabella se sentou tampando o rosto.

- Estávamos no fundamental, e todo mundo já tinha dado o primeiro beijo menos a Bella. Seth Garoa do primeiro ano convidou a Bella para ir ao cinema. E eu como o bom amigo e irmão que sempre fui, deixei ela ir com a condição de que eu estaria duas filas atrás. – Disse Jake se gabando – Charlie nunca deixaria ela sair e eu não estivesse junto, então Seth Garoa, concordou.  Bem... ela ficou tão nervosa que antes de qualquer coisa que ele pudesse ter feito, Bella vomitou em cima dele. Acho que Seth se arrepende até hoje de ter feito o convite!

Isabella quis se afundar no meio de tantas gargalhadas.

No fim da tarde o céu já não estava mais azul, mas repleto de nuvens cinza. Se despediu de Jake com um pedido de desculpas pela noite anterior. Ele apenas a abraçou e disse para que ficasse bem. Isabella sabia que tinha algo diferente nele, ele tinha mudado. Ele parecia feliz como nunca esteve antes.

Quando a noite acabou e todos dormiam; Isabella se deitou em sua cama e ficou escutando a chuva cair lá fora. O dia tinha sido o mais estranho de sua vida.

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(Algumas semanas depois)

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Isabella se sentou debaixo daquela arvore e observou o castelo de longe. Downton Abbey era um lugar que jamais pensou que um dia iria conhecer. Mas ali estava ela; olhando de tão perto e ao mesmo tempo longe, a magnífica estrutura. Podia ver também os funcionários trabalhado dobrado para manter o horário programado. O noivado iria começar dali algumas horas.

Depenou outra florzinha que tinha pego do jardim e se aconchegou ainda mais em seu casaco. Estava frio, mas preferia aquele momento que tinha para ela, usufruí-lo ali fora. Longe dos gritos da Senhora Denali e sua irritante linda e loira filha.

Tânya tinha exigido tudo do bom e do melhor; inclusive a proeza de alugar aquela estrutura que tinha séculos de existência e fama no mundo inteiro. Saiu nos jornais mais importantes de Londres e até mesmo o Duque de Caximer estaria presente no evento. A família real tinha mandado as suas felicitações e tentou agendar no calendário deles que ao menos um integrante da família faria as felicitações.

Isso fez com que Isabella se colocasse a pensar aonde esteve com a cabeça todo esse tempo. Não era qualquer casamento. Edward Cullen não era qualquer um. Ele era da aristocracia, fazia parte dos empresários mais bem sucedidos do mundo. Também não sabia como tinha conseguido conhecer essas pessoas e conviver com elas. Deveria se sentir sortuda por cada segundo e cada experiência que teve. Era o suficiente. Nunca mais iria se repetir. Era aquele tipo de coisa que acontece uma vez a cada mil anos, e ela tinha sido a contemplada.

Deixou os olhos vagar pela propriedade imensa. O que iria fazer depois que seu contrato terminasse? Não queria ir direto para a casa. Ela tinha todo o dinheiro que ganhou durante aquele ano guardado, ela poderia viajar. Poderia conhecer um pouco do mundo antes de se enterrar definitivamente em Forks. Poderia ir para a Itália, Romênia, Áustria,... um tour pela Europa. Suspirou tristemente; ela poderia fazer tudo isso, mas iria fazer sozinha. Nunca tinha se sentido tão sozinha como se sentia ultimamente. Antes tinha Jake para qualquer momento e agora, ele estava em uma estrada bem diferente que a sua. Foi então que ela notou que não tinha nenhum amigo alem dele, e que foi um erro ela deixar algo assim acontecer. Deveria ter sido mais comunicativa, constatou.

Voltou para o castelo e passou por Alice que discutia com sua mãe sobre alguma coisa que não havia chegado em sua bagagem. Subiu as escadas e entrou no aposento esplêndido em que as crianças estavam com mais duas ajudantes. Elas cuidavam das crianças como se fossem bonecos. Limpando unhas, cortando cabelo, ajeitando a medida das roupas.

Thomas se encontrava em um canto esperando que a barra de sua calça fosse ajustada. Olhou para a Nanny e não esboçou o sorriso com o qual Isabella estava tão acostumada. Sofie tinha o bico do tamanho do mundo e puxava a mão insistentemente para que a garota não terminasse o serviço de limpar as suas unhas.

Isabella suspirou.

- Sofie, deixa a moça terminar o serviço dela? Para de birra.

Sofie lhe mostrou a língua, mas sob o olhar serio e bravo de Isabella, ela permitiu que a garota fizesse o que tinha de fazer.

Isabella caminhou até a cama aonde Andy cochilava. Acariciou os seus cabelos.

- Meninas – disse de repente chamando a atenção das ajudantes – preciso de um tempo sozinha com as crianças.

- Mas .. – umas deles tentou rebater.

- Não vai demorar! – Isabella cortou rapidamente – E eles já estão quase prontos.

As ajudantes trocaram olhares, mas mesmo assim obedeceram.

Isabella olhou para Thomas e Sofie. Eles não estavam felizes, eles pareciam que estavam apenas conformados com algo que não podiam mudar.

- Nanny – Disse Sofie – Estou com medo.

Isabella sorriu e esticou os braços para que ela se aconchegasse ali. Sofie correu em sua direção e deitou a cabeça sobe seu peito.

- Não precisa ter medo Sofi. Voce apenas esta ganhando uma mãe a mais.

- Mas não quero ela como mãe. Eu já tenho mãe!

- Eu não gosto dela. – disse Thomas se sentando ao lado de Isabella. – Ela também não gosta de mim.

- Não é verdade! – rebateu Isabella sem saber realmente o que era verdade nessa historia – Ela tem feito muitas coisas por vocês! Ela tem ajudado seu pai na empresa, ela tem se doado mais a vocês todos os sábados. Ela tem se esforçado. Não digo que tem sido fácil para ela também Thommy. – Não sabia porque defendia Tânya, talvez fosse porque era a única coisa a se fazer para amenizar a situação – Nas ultimas semanas ela tem se comportado bem, deve ganhar o beneficio da dúvida.

Thomas olhou para Isabella, mas não foi aquele olhar de menino assustado, ou inocente. Foi um olhos de alguém mais velho; que sabia exatamente o que estava acontecendo a sua volta.

- Nanny eu tenho nove anos e consigo entender as coisas. Eu sei que ela não tem feito pela gente, ela fez por ela. Papai não se casaria com ela se ela não fingisse se importar com a gente.  – ele engoliu seco – Eu escutei ela falando com a mãe dela quando voce estava lá fora.

Isabella estudou a expressão facial de Thomas.

- Escutou o que Thommy?

Sofie foi quem respondeu.

- Ela dizendo que vai se livrar da gente o quanto antes.

Isabella piscou varias vezes e abriu a boca sem realmente sair um som. Se levantou e andou em círculos pelo quarto. Não. Isso não poderia ser possível. Tânya não poderia estar encenando os dois últimos meses. Se virou para as crianças. Tentou se recompor.

- Nanny, se eu realmente for mandado para o internato na suíça, voce promete que vai me visitar pelo menos uma vez no ano? – Thomas perguntou como se isso viesse realmente acontecer; ele não se importava.

- Porque diz isso Thomas? Isso nunca vai acontecer; seu pai não vai permitir!

- Nanny, papai iria deixar se ela convencer de que é o melhor para mim. E ele já pensava nisso antes de voce chegar. E eu não me importo. Quando voce for embora, aqui não será mais como a minha casa.

- Eu vou fugir. – disse Sofie e Isabella olhou para ela incrédula – eu vou embora atrás de voce Nanny se Thommy for mandado para o internato.

Isabella suspirou.

- Crianças, isso é absurdo! Isso nunca vai acontecer.

- Mas se acontecer Nanny? – perguntou Thommy balançando os pés.

Olhou para cada um particularmente. E se isso realmente acontecesse?

O que ela poderia fazer?

- Não sei. Mas mesmo que se pai diga sim para algo do tipo, eu sei que a sua avó não iria deixar.

Thomas a encarou confuso.

- Nanny vovó nunca esta em casa.

- Mas ela faria algo se eu pedisse. – caminhou até a sua bolsa e dali retirou uma folha de caderno e uma caneta – Vou anotar aqui o numero de telefone da minha casa, e o endereço. Caso algo saia fora do controle, vocês podem me ligar ou podem mandar alguém me procurar. – se virou para as crianças – A qualquer problema Thommy e Sofie, vocês tem a mim! E vocês me prometam que não vão fazer nenhuma maluquice, e vão cuidar de Andy!

Guardou o papel nas coisas de Thomas.

- Nanny, eu não estou pronto para que voce vá embora.

Sofie secou algumas lagrimas que saiam de seus olhos.

- Hey – Isabella se ajoelhou de frente a eles – Eu inda não estou indo embora, então nada de choro ou despedidas. Hoje é dia de festa. Vocês vão se comportar muito bem, vão sorrir, vão fingir que estão gostando. Amanha é um novo dia. Amanha a gente resolve nossos problemas ok?

As crianças assentiram e a abraçaram. Isabella enterrou seu rosto no meio deles sentindo o perfume que eles tinham e sentindo o abraço sincero que só uma criança poderia ter. Se controlou para não chorar.

Esme encostou a porta silenciosamente. Colocou a mão no peito se sentindo tocada pela cena e pelo o que tinha escutado. Voltou a caminhar pelo corredor em direção ao quarto em que Tânya estava. Se sentia determinada. Deu duas batidas e entrou. Ela estava cercada por suas madrinhas e sua mãe. Elas pararam de fofocar na mesma hora em que notaram a sua presença.

- Querida Esme! Que bom que se juntou a nós.

Esme não sorriu. Não cumprimentou. Apenas manteve seu silencio por alguns segundo deixando Tânya desconfortável. Então finalmente decidiu o que iria falar.

- Tânya. – começou – O que eu tenho a te dizer, eu gostaria de dizer na frente de toda a sua família e amigos, mas a platéia que tenho aqui, já me soa suficiente. – respirou fundo e se aproximou a alguns passos, tocou o tecido de um vestido de seda que descasava sob a linda poltrona – Quando se trata dos meus filhos, eu sou uma pessoa possessiva confesso. Sei que também não sou muito fácil de lidar, por isso tenho poucos amigos, mas aqueles que conseguem essa faceta, me ganham para sempre. – Tânya amenizou a sua expressão se sentindo mais confortável, talvez porque o tom de Esme fosse de um discurso de felicidades, de trégua – Mas você e eu nunca vamos ser amigas. – sentenciou - Ou termos um diálogo saudável. Nunca. – soltou o vestido e voltou a encarar Tânya nos olhos – Voce esta se casando com meu filho, e eu realmente tentei fazer com que isso não acontecesse. Esse evento prova que eu fracassei. Esse noivado épico e pomposo que voce organizou é a prova que eu fracassei. – repetiu com um sorriso – Até ai; tudo bem. Voce se casar com Edward. Se tornar herdeira da metade de tudo o que ele tem. Assumir um posto tão alto que voce não merece. Receber esse prestigio do qual voce não é digna. Eu engulo isso. Eu aceito, até porque não esta sob meu controle. – Cornélia sorria abertamente por ver a sua inimiga derrotada e assumindo isso publicamente – Mas tem um coisa Tânya, que se eu fosse voce, não iria testar para ter certeza. Na verdade são 3 coisas e 3 nomes. Esses você não ouse tocar, não ouse.  – repetiu tão sombria que Tânya teve o corpo todo arrepiado - Thomas, Sofie, e Andy. Para os meus netos; voce não faça planos. Voce não os trate mal. Não pense que eles estão atrapalhando o seu caminho. Porque quem entrou no caminho foi voce. – Tânya engoliu seco – Se eu souber Tânya que em algum momento voce fez algo que mencionasse meus netos; considere-se destruída. – Esme olhou para as suas testemunhas – Agora espero que entenda o porque eu quis que tivesse pessoas presentes. Para voce não dizer que eu não te avisei. – Esme sorriu e olhou para Cornélia – Tenham uma boa sorte. Vocês vão precisar; o inferno só esta começando.

Saiu do quarto deixando um silencio perturbador para trás. Caminhou para o seu aposento e se sentou ali na cama. Sentiu uma vontade estranha de chorar. Se Carlisle estivesse ali; nada disso teria acontecido.

A noite caiu e as luzes se acenderam. O castelo parecia cenário de conto de fadas. Os convidados chegavam em carros de luxo. A aristocracia e a alta sociedade selecionada estavam presentes. A noite fria tinha o céu límpido e repleto de estrelas. Garçons espalhados por todos os ambientes organizados serviam a melhor Champagne. A musica suave soava e aconchegava o ambiente. Tudo sob medida, tudo parecia apoiado por Deus. O casal de anfitriões estavam logo a entrada acompanhados dos filhos. Pareciam uma pintura de tão lindos e perfeitos.

Emmett suspirou e tornou a taça. Rosalie colocou a mão sob seu braço querendo entender porque seu novo namorado estava tão chateado.

- Isso não é certo. Voce sabe.

Rosálie voltou a olhar Tânya, Edward e as crianças.

- Eles me parecem bem aos olhos.

- Não é isso. – ele insistiu – Nem tudo que é bonito aos olhos é certo Rose!

- Eu não entendo porque não é a favor do casamento do seu irmão. Ele parece feliz Emmett.

- Exatamente, ele parece, mas não está! – Emmett pegou uma nova taça – Ele não ama ela.

Rose se virou para Emmett. Estudou seu comportamento que vinha seguindo estranho fazia algumas semanas.

- Voce pelo visto não tem me contado tudo.

Ele se remexeu incomodado. E por fim encarou Rosálie nos olhos.

- Eu estive investigando algumas coisas. Edward não gosta que eu incorpore o Sherlock Holmes, mas eu acabei que comecei a suspeitar desse casamento, depois de uns certos acontecimentos que poderia fazer que esse casamento nunca viesse a existir. – suspirou olhando em voltam e começou a falar mais baixo – Puxei alguns relatórios no banco de dados. E eles começaram me dizer algo preocupante então eu fui para a contabilidade. Puxei as notas fiscais e refiz muitas contas. Não estamos falidos nem nada disso; mas estamos em crise financeira. Edward aplicou uma boa quantia de dinheiro nas ações Denali; e elas caíram absurdamente devido a descobertas de manufaturas e ilegalidade de seu administrador. Na época quando Edward comprou as ações, era um bom negócio, pelo menos parecia ser, eu estava junto e assinei. Mas o fato é que agora ninguém sabe, na verdade ninguém sabe a não ser eu e de certeza Edward e Aro, que as Petroleiras Denali estão falidas.

Rose levou as mãos aos lábios. Assustada.

- Mas porque Edward esta se aliando a uma pessoa falida que o levou a crise financeira?

- Porque é simples a resposta Rose – Emmett olhou para o irmão e então voltou a olhar Rosalie – Se Edward solta essa merda no ventilador, respinga em todo o mercado financeiro. Muitas pessoas aplicaram dinheiro na empresa de Aro e nem todas são grandes como a Magnun para seguram o tranco dos próximos anos e viriam a fechar. Então como a Magnun possui grandes quantidades de ações, Edward se casando com Tânya se torna dono da metade da empresa de Aro, incorpora na Magnun, amplia nosso patrimônio, salva a Petrolin da falência e a nossa da crise, restabelece o mercado financeiro, ninguém fica sabendo, e a vida continua.

- Porque ele apenas não compra a empresa e da fim nessa historia.

- Porque para comprar, ele teria que fazer contratos e trazer a tona a falência da empresa e ia desencadear uma queda em dominó. A única forma que ele pode garantir que a metade da empresa é dele e sem precisar mexer com documentos legais que teriam que levantar a situação financeira da Petrolin; é essa. – Emmett tomou um gole de sua bebida e suspirou – Mas eu tenho quase certeza que ele fez um contrato nupcial. Tânya é apenas uma moeda ai.

- E tenho quase certeza de que ela não sabe disso! – lamentou Rosalie vendo a felicidade da loira que mal sabia o que a esperava.

- Não. Ela não faz idéia de que é uma mercadoria de troca para o pai.

Emmett voltou a olhar para o irmão que dessa vez teve o olhar cruzado com o seu. E então Edward soube que Emmett sabia. Sabia de todo o malabarismo que ele estava fazendo. Só tinha recebido aquele olhar duro e frio de Emmett apenas uma única vez; no dia em que ele havia escolhido abandonar seus filhos e se enterrar nos negócios.

Mais um convidado chamou a sua atenção e ele teve que sorrir e agradecer as felicitações. Andy puxou a sua calça exigindo dele colo. Ele pegou a menina e recebeu um olhar reprovador de Tânya.

- Querido ela vai amassar a sua roupa.

- Ela é uma criança. Ela não vai se comportar como um adulto Tânya. – olhou em volta – Aonde esta Isabella? – perguntou mais para si do que para qualquer um.

- A Nanny deve estar se arrumando. Ela ficou por ultimo. – respondeu Thommy entediado.

No mesmo momento ele avistou Isabella no topo das escadas. Ela não estava adornada em diamantes ou rubis como a maioria. Tinha apenas o cabelo preso em um coque frouxo e vestia um vestido preto, simples e sem muito brilho, mas que a deixava encantadora ainda mais com aquele batom vermelho que ele arriscaria dizer ser obra de sua mãe.

Sorriu quando seus olhares se encontraram. Viu ela corar e quis rir alto disso. Ela sempre corava fácil. Se lembrou das noites em que passaram juntos e do contraste de seus cabelos castanhos com o lençol branco. Do seu toque tímido e determinado. Dos seus beijos sempre doces e urgentes. Das brigas que sempre terminavam com ela em seus braços. Algo ruim em seu peito se apertou. E se fosse ela a mulher da sua vida? E se fosse ela quem ele tinha procurado por todos esses anos?

Suspirou a cada passo que ela dava em sua direção. Ele queria dizer a ela. Ele precisava contar a ela que ele também era pedidamente apaixonado por ela. Que ele a amava.

- Isso não é certo! – repetiu Rosalie as palavras de Emmett para o mesmo – Ele não ama ela.

Emmett se virou para Rose confuso.

- Voce ainda esta pensando nisso? Rose é algo que não podemos mudar!

- Eu estou vendo isso Emmett! É diferente! – disse sinalizando em direção a cena que ela via; Edward olhando para Isabella que ia em sua direção como se mais ninguém existisse a sua volta. – Como seu irmão pose ser tão estúpido! Como eu não percebi antes?

Emmett olhou para Isabella e então para seu irmão e depois para Tânya que ainda não tinha notado o que acontecia, mas estava completamente for de cena. Parecia coisa de filme. As três crianças e Edward esperavam ansiosos que Isabella finalmente chegasse.

- É, meu irmão é famoso por suas estupidez! – concordou suspirando.

- Ele é apaixonado por Isabella Swan! – exclamou Rose – E o mais absurdo disso; ela também é apaixonada por ele!

Isabella finamente chegou.

- Voce esta linda! – sibilou Edward para ela.

Isabella engoliu seco e deu um sorriso triste.

- Presente de Alice e obra de sua mãe. – deu de ombros – Obrigada.

- Imaginei que minha mãe teria algo a ver com seu batom vermelho. Voce por si mesma não usaria.

- Quem disse que não; eu sei ousar quando quero. – disse dando um sorriso torto.

- Claro que sabe. – ele concordou com um olhar cúmplice. Isabella corou mais uma vez e Edward sorriu mais abertamente. – Apenas tome muito cuidado esta noite, voce esta muito linda, pode ser que não consiga guardar uma dança para mim.

Isabella queria enforcar Edward neste momento. Era a festa de noivado dele e ele lhe dizia essas coisas. Suspirou fundo e se aproximou.

- Acho que como eu não sei dançar, isso não será problema para ninguém! Voce pode guardar essa dança para a sua noiva! – sussurrou indo pegando Andy de seus braços e Edward a impediu de fazer isso. Não entregou a criança, no lugar disso aproveitou para fitar seus olhos de um ângulo mais perto.

- Meia noite no jardim. – sussurrou e Isabella arfou se afastando um pouco e por fim sendo notada por Tânya que conversava animadamente com uma jovem que se despedia.

- Enfim voce apareceu! – disse a observando de cima a baixo – Andy esta cansada. – desviou os olhos de Isabella e então apertou o braço de Edward chamando a atenção do noivo para quem entrava em seu campo de visão – Oh Edward! Príncipe Herry!

Isabella também se virou diante do alarme. Suas mãos tiveram um tremelique e suas pernas amoleceram. Thommy percebeu e a ajudou a se apoiar.

Ruivo, alto, forte e dono de lindos olhos azuis. Era um sonho. E Isabella percebeu que não apenas para ela; mas para Tânya também. Era um noivado épico!

- Boa noite!  Parabéns pelo noivado! Esta tudo esplêndido! – ele disse beijando a mão de Tânya e ela ampliou o sorriso e então se virou para Edward – Homem de sorte voce! – os dois apertaram as mãos.

- Obrigado! – Edward disse polido – Obrigado também por sua presença!

Herry riu.

- Oh isso? Não é nada! Eu realmente gostaria de voltar a pisar em Downton!

Ele passou os olhos por Isabella como se não a tivesse notado ainda.

- E voce? Tão linda desse jeito, quem seria?

Isabella piscou atordoada; ele não poderia estar se referindo a ela.

- É apenas a Nanny! – interviu Tânya incomodada com a atenção que Isabella recebia.

- Impossível! – ele disse segurando a sua mão e depositando um beijo sem tirar os olhos dela, Isabella sorriu e corou – Mas se for verdade, me avisem quando não precisarem mais dela, posso te recomendar a Kate. Seria um prazer ter voce por perto. – disse bem próximo de seu rosto.

- Obrigada! – Isabella agradeceu quase sem voz – É uma gentileza da sua parte.

- Não tão gentileza! – ele disse com um sorriso sapeca – Me concede uma dança esta noite?

Isabella picou atordoada. Ela sabia o que iria fazer com o dinheiro que tinha poupado. Aulas de dança. Ela iria se tornar uma dançarina. Ela precisava desse atributo.

- Estou acompanhada esta noite. – disse a desculpa mais estúpida que lhe veio a mente.

- É uma pena, mas tenho certeza que seu acompanhante permitiria não é? – ele disse olhando para Thomas.

- Como adivinhou? – Isabella perguntou com vontade rir.

- Eu sou bom nessas coisas! – deu uma piscadinha e se afastou.

Isabella tinha o coração acelerado, ela tinha sido paquerada por um príncipe. A realeza não se cansava de quebrar as regras? Ela era uma plebéia! Se bem que Kate também era e tinha se tornado esposa do herdeiro do trono!

Isabella se recompôs e se voltou para Edward e Tânya. Edward tinha um sorriso triste e Tânya a encarava com desprezo.

- Bem vou levar as crianças para descansar.

- Eu quero ficar Nanny! – disse Thomas.

Isabella sorriu e se abaixou para ajeitar a gravata borboleta do menino.

- Tudo bem mini Edward! – ele riu – Se comporte, qualquer coisa sabe aonde me achar!

- Mini Edward? – Edward perguntou entregando Andy para ela.

- Hoje vocês estão muito parecidos! – ajeitou Andy nos braços e depois pegou a mão de Sofie e partiu se misturando em meio a multidão.

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Meia noite no jardim! Isabella repetiu em sua mente. Ela não sabia se ia ou fingia que nunca tinha recebido essa proposta. Ela estava no noivado dele, precisava esquecer toda essa historinha de amor e coração partido. Isso apenas existia em livros e filmes. Por isso filmes e livros normalmente vinham acompanhados das palavras ficção e fantasia.

As suas meninas já tinham dormido durante o brinde e foi essa hora que Isabella arrumou lugar para escapar. Agora ela voltava para o salão e encontrou Thomas no caminho que pediu a ela uma dança. Isabella riu e aceitou e os dois dançaram pelo salão chamando a atenção de quem poderia assistir. Alice tirou muitas fotos, disse que tinha visto ali a idéia do seu próximo álbum de fotos patrocinado. Depois Isabella perguntou divertida qual seria o nome do álbum e Alice toda sorridente disse.

- Inocência.

Isabella olhou para a baixinha e sorriu. Depois de homens nus andando dentro de casa, Alice iria focar na inocência.

Depois de Thomas também ficar cansado e ir dormir, Isabella se viu livre para fazer o que quisesse. Então aproveitou para conversar com Alice e depois com Esme que parecia um tanto triste naquela noite, mas não insistiu para que a mulher linda e elegante lhe contasse o que tinha acontecido. E então quando se deu conta ela estava nos braços do príncipe Herry. Sua mãe iria morrer de emoção quando visse as fotos que Alice estava tirando a seu pedido. Ela precisava registrar aquele momento.

Enquanto rodopiava nos braços do príncipe Herry, Isabella escutou o relógio da sala principal marcar meia noite.

Meia noite no jardim! Voltou a repetir na sua cabeça.

Eu não posso Edward! Não posso!

Meia noite no jardim! – a voz dele ecoava na sua mente. – Meia noite no jardim!

A musica acabou e então Isabella se afastou do príncipe Herry com um sorriso.

Ela não acreditava, mas estava deixando um príncipe por um destruidor de corações. Da mesma forma que ela fez quando o assunto foi Jasper. Ela percebeu por fim que, não importava o que, ela largaria o mundo se Edward a pedisse.

Meia noite no jardim.

Ela estava a caminho.

Edward suspirou e se sentou em um dos bancos que ficavam escondidos em meio a uma coberta de plantas.

Olhou par ao relógio; ela estava atrasada por 20 minutos. Ou talvez não estivesse atrasada; talvez ela não viesse. Ela não poderia vir. Não depois de tudo o que ele fez com ela.

Se levantou e começou a ir embora. Ele nunca teve o direito de pedir aquilo para ela.

Quando Isabella chegou; avistou Edward lá ao longe indo de volta para o castelo. Suspirou e se sentou em um banco, no mesmo banco que ele a esperou por alguns minutos.

Se pôs a pensar e então concluiu o obvio.

Edward não era o homem para ela. Ele não teve a perseverança de esperar por alguns minutos enquanto ela arriscava a cabeça para poder dizer adeus. Enquanto ela largava tudo de bom e novo que lhe aparecia para apenas poder estar ao lado dele. Ou então se sujeitava a situação humilhante de ser a amante.

Olhou para o céu. As estrelas haviam desaparecido e lhe restava apenas um céu cinzento. O frio lhe percorreu a alma e uma lagrima brotou em seus olhos e pingou em seu vestido.

Ela precisava ir embora. Ela precisava dar um recomeço logo. Mas algo dentro dela a deixaria congelada ali, ela não tocaria em frente enquanto ela não soubesse que tudo tinha ficado bem.

Um pequeno floco de neve caiu em seu vestido negro e logo derreteu. Isabella olhou para cima e outros começavam a cair. O inverno tinha oficialmente começado. Se levantou e voltou para o castelo, e quando entrou pela porta da frente e encontrou o olhar surpreso de Edward que finalmente percebeu que ela foi ao seu encontro, e ela através de seu olhar frio e duro deixou claro que era tarde demais para eles dois.

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Notas finais do capítulo

Dia 12/09 - a nossa fic fez um aninho de vida! kkkkk..Eu tinha a intenção de postar, mas nao deu muito certo. Mas ainda bem que hoje teve cap!

Queria que voces presenteassem a fic. Voce manda bem o photoshop? Faça uma capa. Escutou uma musica que vc achou a trilha sonora do Edward e da Bella? manda para mim! Adoro saber o que vcs pensam e como se sentem em relaçao ao que escrevo entao se nao recomendou a historia ainda, vamos lá; faça um esforço e me diga! kkkkkk...

Temos um grupo agora no face para nos comunicar; o blog nao deu vida nao!kkkkkk (Eu leio - LF)

https://www.facebook.com/groups/247956588686672/

Adicionem o grupo pessoal. Ali eu sempre estou.

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espero voces por lá! :)Bjinhos!
Comentem e recomendem!

*ps: Sorry se tiver erros de portuga! Sem betagem, sem revisao! :S