Uma Babá Em Apuros - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 10
Capítulo 8 - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, bom dia! :D
Capitulo fresquinho, saindo do forno! hahha..
Muitíssimo obrigada á lindona Ingrid Martins pela recomendação! Muito fofa voce! *-*
Valeu Xuxus pelos comentes; voces são Show de bola! hahaha.. Mas me pergunto aonde estao as outras 100 das 140 que acompanha! kkkkkk...
Gatuxas, eu descobri que meu publico leitor vai de 13 a 24 aninhos, e a maioria que colocou a idade esta em torno de 17 e 18 anos. Adorei saber alguma coisa de vcs! Isso também pode me dar uma ideias dos conteúdos que pode ingressar na fic *autora-perva.com* kkkkkk.. mas nada de exageros oks? nao curto escrever momentos íntimos de personagens!kkkkkk..
Chega de lero-lero: Enjoyyyyyyyyyyyyyy!!!



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Capitulo VIII – Parte I

Isabella atravessou parte do jardim. Não foi muito fácil a tarefa já que para um jantar intimo parecia que a mansão estava em festa.

Mas não era bem assim. Os vasos de orquídeas brancas, e a ornamentação do exterior da residência era apenas um teórico clima de paz e aceitação.

Alice apareceu em seu novo estilo. A baixinha tinha adotado o “rock in roll nas veias”. Seus cabelos foram tingidos de preto, azul e loiro. Seus olhos estavam contornados por uma maquiagem pesada e suas roupas pretas e rasgadas davam um ar de quem realmente não tinha o que fazer da vida.

- Nossa cara, eu sinto vontade de vomitar quando olho pra tudo isso. – disse Alice.

Isabella apenas escutou e não disse nada.

- Se fosse só voce! – murmurou Emmett chegando de mansinho e cruzou os braços.

- Ele não é normal!

Isabella encarou Alice. Ela não estava mesmo falando serio estava?

- Olha quem fala – debochou Emmett – E voce é bem normal não é? Vai lavar essa cara!

Disse apontando para a maquiagem gótica e assombrosa de Alice.

- Ah cara vai se ferrar! Voce torra as minhas idéias! E como torraaaaaaa! – Emmett rolou os olhos e foi se afastando enquanto Alice continuava a soltar agora impropérios.

Isabella aproveitou a deixa e entrou na mansão. Ali no andar de baixo estava tudo agitado também. Subiu as escadas. Thommy estava trancado, Sofie também, ambos se recusavam em sair. Ela já tinha desistido de insistir. Aproveitava seu momento de tranqüilidade enquanto Andy dormia.

 Entrou em seu quarto ficou ali encarando o teto.

Era tanto silencio que seu ouvido parecia fazer um som agudo. Ela não podia ficar parada.

Thommy e Sofie na verdade estavam de chantagem.

Como era que duas crianças tinham a capacidade de chantageá-la? Mas a questão era que tinham. Sofie tinha realmente parado de falar com ela. E parar de falar era uma coisa fácil para Sofie, mas não para Isabella. Isabella falava até sozinha e não ter ninguém para conversar estava se tornando uma tortura. Thommy também tinha aderido a greve, ele ainda respondia as suas perguntas, mas era de um jeito altamente acido. Ele passava a maior parte do tempo no vídeo game ou no computador.

O jantar era aquela noite.

Não que Isabella se importasse com isso. Ela tinha decidido não se meter na historia. Se eles queriam aprontar com a provável nova madrasta ficaria a critério deles.

Se sentou na cama se sentindo o pior ser humano da terra.

Ela deveria se importar. Deveria mesmo. Eram as crianças afinal que haviam feito o pedido. E elas nunca haviam lhe pedido nada.

Mas Jake havia pedido para ela não se meter. E Jake a conhecia há anos e tinha o direito de pedir algo assim...

Ou não tinha?

Isabella se levantou exasperada e pegou o seu diário. Folheou algumas paginas relendo algumas anotações. Dava para escrever um livro dramático.

Jogou o diário na gaveta e enfiou o dedo na boca para roer a unha. Roeu até não ter mais nada para roer. Foi então que percebeu que antes mesmo de decidir ela já tinha decidido no momento em que a proposta foi feita. Só não queria admitir.

Ela não queria que o patrão se casasse.

Porque não? Quem era ela para querer ou não alguma coisa?

Ela não sabia a resposta. Mas não queria ter uma patroa. Isso iria interferir em todo o seu dia a dia. Essa casa já estava cheia demais de gente dando opinião, só precisavam se organizar e não de uma integrante que iria por tudo abaixo.

Saiu do quarto decidida. Parecia ate uma cena daqueles filmes de ação tipo Os Vingadores, que se uniam a um propósito contra a um inimigo comum.

- Isabella!

Parou no meio do caminho com as pernas fraquejando. Era Esme Cullen.

Se virou com um sorriso para a avó de suas crianças, ela estava de roupão.

- Venha até meu quarto.

E entrou.

Isabella respirou fundo tentando dar coerência a frase. Será que ela tinha entendido certo? Será que a frase não era “Volte para o seu quarto e não se meta em assuntos de família!”.

Não. Não era isso. Ela tinha entendido muito bem.

Caminhou até o aposento de Esme e ali estava ela sentada diante da penteadeira.

- Feche a porta e venha pentear os meus cabelos!

Isabella arqueou a sobrancelha, mas não deixou de obedecer. Um pouco tremula se aproximou pegando a escova de cima do móvel e passando delicadamente nos fios macios e perfeitamente comportados. Isabella se perguntava como ela tinha um cabelo tão bem cuidado.

Dinheiro. Sua tonta. Até voce se tivesse dinheiro teria um cabelo assim!

Deixou que um pequeno sorriso se formasse em seus lábios. Era obvio que Esme deveria ter quase seus 50 anos ou mais; mas ela aparentava uns 38 ou no máximo 40. Era bonita, elegante, sofisticada. Se sentia um tanto inferior, mas gostava estranhamente de estar perto da Medusa. Sentia que com ela tinha coisas a aprender.

Medusa era o apelido dela na casa. Porque segundo algumas empregadas ela tinha um olhar tão frio e cruel que poderia transformar alguém em pedra.

Mas Isabella tinha descoberto que isso era o jeito dela. Isso significava poder. Ela teria o respeito e a reverencia que tem se fosse amiguinha de seus empregados? Isabella sabia que não. Ela não seria a patroa ela seria a amiguinha mesmo.

- O que sabe sobre o jantar desta noite?

Isabella estremeceu com a pergunta. O que ela queria com essa conversa de portas fechadas?

- Que o Senhor Cullen trará a família de sua noiva para apresentar.

Ela assentiu.

- E creio que sabe o que penso sobre isso não é?

Isabella respirou fundo. Esme não era o tipo de gente que não fazia perguntas se não tivesse as respostas, ela não dava ponto sem nó, ela não conversava com alguém se não tivesse um objetivo ou algo a ganhar com aquilo.

- Sim!

- Entao me diga Isabella! – seu olhar através do espelho era impaciente.

- Penso que não esta contente com o evento, senhora Cullen. Deseja que seu filho se empenhe mais com a família que ele já tem e não que sobrepõe outra sobre esta.

Esme sorriu.

- Direto ao ponto.  – ela se virou para Isabella – E acho que não preciso explicar porque te chamei aqui não é?

Isabella por um momento sentiu uma raiva inexplicável. Essa família só podia estar de brincadeira. Engoliu as palavras que se formou e reformulou outras.

- Acho melhor me explicar, porque se for o que eu entendi isso não é legal!

Isabella se afastou cruzando os braços.

- Porque voce não admite que quer fazer isso?

- Fazer o que? – Isabella questionou exasperada.

- Voce não quer Tanya Denali nesta casa tanto quanto eu! E as crianças, e Alice e Emmett e todo o resto que convive neste teto.

- De onde vocês tiraram que eu sou a pessoa mais adequada a fazer isso? Como eu vou me livrar de Tanya se nem sequer conheço ela!

- Simples Isabella; é só mostrar que voce existe!

Isabella piscou atordoada.

- Desculpe Senhora Cullen, eu não tenho idéia do que quer dizer com isso. A minha função aqui é apenas prezar o bem estar das crianças. Não sei como Tanya Denali saber que eu existo irá interferir no matrimonio dela.

Esme suspirou.

- Pelo visto menina; voce não sabe de nada! Mas tudo bem, se é da sua vontade. – deu de ombros – Pode ir.

Isabella assentiu e saiu. Não perdeu tempo ali. Mas quando voltou ao seu quarto se lembrou do que tinha decidido. Ela não iria se meter com o patrão, ela iria apenas ajudá-lo secretamente. Mas de repente algo a paralisou. Como Esme Cullen sabia que ela não queria que Edward se casasse?

-

-

Sofie saiu do ducto de ventilação e cuidadosamente subiu no telhado. Dali ela poderia vistoriar tudo secretamente. Era assim que ela sabia das coisas antes mesmo de chegarem oficialmente ao seu ouvido.

O ducto de ventilação cobria toda a casa. Invadia todos os cômodos. Através deles ela tinha acesso total aos segredos da mansão. Sabia do casamento de seu pai antes mesmo de sua Nanny saber, e sabia também que a sua Nanny sonhava com seu pai. Descobriu isso algumas semanas atrás quando foi espionar o quarto de Isabella e ela murmurou o nome dele durante o sono e claro, havia o diário.

Sofie parecia inofensiva. Frágil. E inocente. Mas apesar de sua idade ela não era nada disso. Ela tinha toda a noite planejada em sua cabeça.

Sofie era uma pestinha. Quem olhava não dava esse titulo a ela. Mas não era a toa que todas as babás anteriores não tinham durado uma semana ou menos. Ela ia de cola no condicionador a fralda suja de Andy aberta dentro da bolsa.

Se lembrava de Emma. Uma garota espanhola que estava realmente feliz com o emprego. Se sentiu culpada quando ela chorando pediu para ir embora. Ela tinha sobrevivido a patins na escada, pneu do carro esvaziado, fralda de coco de Andy, formigas na cama, gosma ma banheira... mas quando teve as paginas de seu passaporte colada uma na outra e sofreu o risco de ficar ali pra sempre; implorou para seu tio Emmett deportá-la.

Sofie até estava começando a gostar dela e de seu sotaque enrolado. Pena que não durou um pouco mais.

Com Isabella não era para ser diferente. Apesar de Andy ter ido com a cara de sua Nanny de primeira, Sofie a achou um tanto maluca demais. Provou isso na primeira manha em que Isabella foi dar banho nela e a meteu debaixo de uma ducha fria e então perdeu o domínio do chuveirinho para Andy. Toda atrapalhada sem ter idéia do que fazer. Essa seria fácil de colocar para correr. Mas então apareceu o seu pai.

Foi ali que Sofie teve uma idéia melhor.

E algumas semanas depois teve a certeza de que ela nunca na vida tinha tido idéia mais brilhante.

Pegou alguns ovos de dentro da sua bolsinha e jogou lá de cima acertando um carregador. Quase morreu de rir da indignação de alguns ali. Todos reunidos em volta tentando descobrir de onde tinha vindo o ovo.

Se levantou e correu para outra entrada. De dentro da bolsa pegou uma mistura de tinta e foi então que uma lâmpada se acendeu em sua cabeça. Em vez de atrasar o jantar ela iria usar tudo o que tinha contra a nova namorada de seu pai.

Isabella tinha dito que ajudaria certo? Ajudaria se fosse contra Tanya; então que fosse. Voltou correndo para o ducto de ventilação. Rapidamente chegou ao seu quarto, fechou a grade e partiu para o quarto de Isabella, abriu a porta assustando a baba que parecia em crise existencial.

- Eu aceito! – disse por fim as duas junto.

-Ops! – exclamou Isabella percebendo que deveria ter esperado um pouco pra falar.

- Nanny, eu aceito a sua ajuda; mas vai ter que ser segundo os meus termos.

- Oh céus! Voce voltou a falar comigo! – correu até Sofi e lhe deu um abraço apertado. A menina riu rolando os olhos.

- Chega de drama Nanny; temos uma noite de travessuras para planejar. A namorada do papai vai pensar melhor em relação ao pedido de casamento. Vamos para o quarto de Thommy!

Sofie arrastou Bella pela mão.

-

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Edward saiu do banho um pouco menos tenso. Tudo estava ocorrendo bem.

Olhou a roupa em cima da cama. Não estava animado.

O casamento era apenas um acordo. Ia alem de qualquer sentimento que ele pudesse nutrir algum dia por Tanya. Ele estava ampliando o seu império, tinha um contrato nupcial e um contrato na empresa. Ele necessariamente não precisava ser fiel; era apenas a junção de duas pessoas altamente influentes que juntas poderiam acabar com o problema das exportadoras do oriente médio. Com os nomes Cullen e Denali, era dinheiro em dobro para os Afeganistãos e todo o problema com a importação de petróleo para a sua importadora acabava.

Negócios. Apenas negócios. Negócios com Aro Denali. Tanya era apenas uma garantia.

Voltou o seu olhar para o closet. Entrou ali e pegou o vestido azul anil que agora possuía um novo perfume.

Se permitiu mais uma vez senti-lo. Era uma fragrância suave que penetrava profundamente em seus pulmões e custava muito sair. Ele segurava o máximo para não expelir o cheiro de suas narinas. Era bom. E uma noite dessas em que ele estava sozinho em seu apartamento particular, sentiu necessidade de voltar para casa apenas para sentir o perfume; e se perguntou como não seria bom sentir direto do corpo dela.

Isabella Marie Swan. Ou Bella como ela parecia gostar. 24 anos. Formada em literatura e letras. Proveniente de Forks WC – EUA.

Ele tinha aberto a copia da ficha dela. Na verdade; ele tinha aberto todos os envelopes das babás dos últimos meses para descobrir qual deles pertencia a ela. Um esforço surpreendente se fosse colocar na mesa por quantas babás ele se interessou saber o nome já que ele não lembrava de nenhum caso anterior.

Havia algo diferente nela. O jeito dela andar ou falar. Seu comportamento nada delicado e sofisticado. Ela era o tipo de mulher que sua mãe diria não ter modos, mas estranhamente Esme Cullen nunca disse uma palavra de reprovação sobre ela. Até no primeiro almoço em que teve com sua mãe pensou saber as pautas como, colégio das crianças, a nova babá, a ausência dele no convívio e outras coisas que ele estava completamente cansado de saber. No fim o assunto foi esse mesmo; mas foi um dialogo diferente. Nada de reprovação ou criticas. Ela apenas comentou de como estava satisfeita com a nova babá e com as crianças. Falou sobre as viagens que fez e perguntou como ia os negócios, fez um pedido particular por Thomas para que ele assinasse o gesso da perna do garoto, e reclamou de Alice. Alias, uma coisa que ele achava que nunca mudaria seria sua mãe reclamando de Alice.

Edward colocou de volta o vestido no cabide. Ele estava curioso para conhecer Isabella. A garota tinha feito historia em sua casa. E até ele se sentiu um personagem. Ele, ela e o vestido em sua sala as cinco da manhã. Trágico e cômico. No instante que visualizou ela naquela peça de roupa algo queimou dentro dele. Era o vestido de Savannah é claro, mas parecia pertencer mais a ela do que a antiga dona. Era bonita. Não do jeito das mulheres com quem ele saia. Ela parecia ser mais completa, parecia ter conteúdo, mais real. Não era extravagante, não era delicada e muito menos angelical. Ela tinha o jeito de gente. Gente comum, gente normal. Gente que vivia num mundo em que ele não conhecia.

Suspirou sentindo a antiga irritação. A garota era esperta por se manter longe dele. Ela cuidava de seus filhos e se envolver com ele em qualquer tipo de relação ate mesmo que amigável seria impossível. Ele não se deixava atingível a esse ponto para aqueles que viviam em sua casa.

Deixou esses pensamentos de lado e foi se trocar. Calça, camisa e terno. Segurou a gravata italiana em tom vermelho em suas mãos. Não importava há quantos anos ele usava aquele vestuário, ele jamais saberia dar um nó na gravata.

Passou a loção pós barba e seu perfume importado, ajeitou seus cabelos bem cortados e de certo volume. Calçou ou sapatos perfeitamente engraxados que poderia ver se reflexo nele. Pendurou a gravata no pescoço e saiu dando de cara com Isabella.

Ela tentava inutilmente fechar o fecho do colar e murmurava alguma coisa baixa. Na verdade praguejava. Ela usava um vestido preto justo de mangas que ia até os joelhos.

- Precisa de ajuda?

Ela não poderia ter se assustado mais. Perdeu o equilíbrio e enroscou o salto no carpete e graças a parede em que se apoiou não foi ao chão. Mas o colar não teve a mesma sorte e escorregou para o meio de seu decote.

- Se..Senhor Cullen? – perguntou atordoada e totalmente constrangida.

Ele arqueou as sobrancelhas. Definitivamente Isabella não era nada sutil. E se perguntou se existia no mundo pessoa mais atrapalhada. Não era a primeira vez que ele a via tropeçar nos próprios pés. Normalmente quando ela levava as crianças pra escola e voltava com apenas Andy, ele via ela se atrapalhar com as compras e tropeçar no jardim. Nas primeiras vezes ele se achava um ridículo por espionar a babá de seus filhos, mas depois passou a ser um passatempo até divertido.

- O seu colar ele... – Edward piscou confuso e respirou fundo - ...ele escorregou e... – porque ele estava gaguejando?

- Ah! – ela parecia ter entendido e então corou violentamente.

Se virou de costas, parecia enfiar a mão no decote e então voltou a se virar com o colar nas mãos.

- Eu não sou a pessoa mais... graciosa! – murmurou fitando a jóia. – Definitivamente não sou.

Então olhou ele nos olhos e sorriu sem graça.

- Quer ajuda? – ofereceu novamente.

- Não precisa se incomodar eu nem queria usar essa coisa mesmo e...

Edward pegou o colar das mãos dela. Como a garota falava demais!

- Não vai incomodar, na verdade pode até ser uma troca. – Isabella assentiu tirando o cabelo da frente – Voce sabe dar nó em gravatas senhorita Swan?

- Sim, talvez essa seja uma das únicas coisas de dona de casa que eu saiba fazer. Minha mãe achava que uma boa esposa no mínimo deveria saber... dar um nó. – engoliu seco se sentindo uma ridícula. Deveria parar de falar. Mas toda vez que se sentia nervosa, a sua língua perdia o freio.

Edward fechou o colar e a virou para ele, sorriu diante do súbito silencio.

- Sorte minha por sua mãe ser uma mulher esperta! – expandiu seu sorriso apontando para a gravata.

Isabella sentiu as suas pernas amolecerem rapidamente. Lembrava ao seu cérebro duas coisas vitais: respira e inspira. Respira e inspira.

Suas mãos trêmulas foram em direção ao pescoço de seu patrão. O perfume dele invadiu suas narinas. Queria agora ensinar o seu cérebro uma coisa mais importante naquela circunstancia: NÃO RESPIRA!

Aquele momento estava a perturbando. Ele tão próximo e tão subitamente gentil. O que estava acontecendo? Porque ele parecia contente com as suas mãos tão próximas dele? Porque ele parecia estar gostando do momento? Porque ele sorria? Era a primeira vez que via ele sorrir assim. Sem alguma tristeza nos olhos ou amargura nos lábios. Porque ele parecia tão a vontade?

O noivado.

Ele iria se casar. Era lógico que ele deveria estar feliz. Um gelo percorreu o peito de Isabella trazendo-a de volta a realidade; era só um nó de gravata.

- Pronto Senhor Cullen! Espero que esteja ao seu gosto.

Se afastou sem sequer voltar a olhá-lo nos olhos. E desceu as escadas em busca do jardim. Precisava respirar.

Mas a sua tentativa de fuga foi frustrada; se deparou com Sofie, Thomas, Andy e Esme a esperando no holl de entrada.

- Pensei que teria que mandar chamá-la. – reclamou Esme dando Andy nos braços da babá.

- Só um imprevisto com o colar. – explicou tentando tirar da cabeça o momento com Edward Cullen no corredor.

Neste instante seu patrão passou do seu lado, dando uma pequena atenção as crianças como se fossem pobres animaizinhos de estimação. Isso a lembrou definitivamente quem ele era e porque não gostava dele.

A campainha tocou.

Isabella se viu com o maxilar trancado esperando a porta ser aberta.

Todos estavam ali em fila. Começava por Edward, Esme,Emmett, Alice, Thommy, Sofie e então por fim finalizava com ela segurando Andy.

Os três seres entraram pela porta. Primeiro um homem calvo e gordo acompanhado por uma mulher alta, elegante e loira. Deduziu que estes seriam os pais da noiva. E então entrou a garota mais linda e angelical que Isabella já tinha visto na vida. Olhos grandes e azuis, cabelos loiros ondulados que iam até sua cintura. Boca perfeitamente desenhada e banhada num batom vermelho, tão vermelho quanto o que Esme costumava usar. Usava um vestido verde de saia rodada que ia um pouco acima dos joelhos, e um sapato de dar inveja a qualquer uma ali na sala, até mesmo Alice que espichou os olhos para o pé da moça.

Tanya Denali era linda. Era a mulher mais linda, sexy e elegante que já tinha visto. Que dona Esme a perdoasse. Tanya era linda de morrer. A terra não poderia ser digna de tê-la entre os reles mortais.

Os olhos dela analisaram cada um ali na sala até que a atingisse.

Os azuis celestes com o marrom cor de barro. Ótimo! Valeu pai!

Se queixou em pensamento exibindo um sorriso cortês.

- Oh voce é a pequena Andy? – disse Tanya por fim chegando ao final da fila.

Andy encarou a mulher. E acredite quem quiser, ela abriu o bocão a chorar como se acabasse de encarar o chupa cabra. A menina gritava e tentava escalar o pescoço de Isabella como se pudesse correr da nova namorada do papai.

Tanya ficou embaraçada. Totalmente sem graça pela reação da criança e Isabella se sentiu cruel ao se ver feliz pelo momento.

- Ah Andy é um pouco... seletiva! – disse Edward tentando amenizar o momento. Entrelaçou os seus dedos no de Tanya – Vamos para a sala?

Todos aceitaram a idéia o acompanhando; exceto Isabella e as crianças que ficaram para trás.

- Nanny. – olhou para Thommy – Outra desse tipo eu morro!

Sofie concordou enfiando o indicador na garganta simulando ânsia de vomito.

Andy tinha os olhinhos vermelhos e inchada e seu lábio inferior tremia.

- Ok! Eu não gostei dela mesmo! – Isabella deu de ombros partindo para cozinha, Thommy para o jardim e Sofie para o segundo andar.

E que a noite começasse. De verdade.

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Notas finais do capítulo

OMG! Vcs tinham ideia de que era Sofie a pimentinha???? kkkkkkkkkkkkk... nem eu! (mentira! :P) Esme eh Fod* (com o perdao da palavra) Vc nao tem noçao do que ela fez hahahaha... Acha mesmo que foi fácil assim me livrar da Medusa?
E o que foi essa coisa no corredor? Hum??? Maior climão kkkkk.. será que rola BEward?Hum? HUm? HUMMM????
Sabia que nem eu sei? Estou decidindo ainda! aouehouaehoau...
Comentem e recomendem Xuxus! EU MEREÇO! hahaha..
XOXO :*