Uma Babá Em Apuros - Finalizada escrita por Luhluzinha


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Xuxuuzinhuuuuss... espero que curtam a ideia. Espero Comentários :) Enjoy!



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Prólogo

Isabella sentou-se entediada na cama. Tinha terminado sua faculdade de letras e literatura há duas semanas e se encontrava em tédio total.

Não tinha inspiração nem de escrever um poema qualquer. Não conseguia nem fazer rimas do tipo “Janete gosta de chiclete”.

Se levantou e coçando a bunda caminhou para o banheiro. Durante o banho pensava o que seria do seu plano de ser uma escritora famosa.

Queria ser como J. K. Rowling, C. S. Lewis e Rick Riordan.

Queria criar um cara tipo Harry Potter vivendo em um mundo mágico tipo o de Nárnia em busca do secreto e misterioso acampamento tipo o meio sangue.

Suspirou chateada.

Ela nunca teria uma idéia que lhe renderia um Best Seller.

Ela nunca seria conhecida. Não passaria nunca de Isabella Swan a filha do chefe de policia de Forks.

- Bellaaaaaaa! Mundo real chamando!

Sua mãe entrou no banheiro a despertando de suas frustrações. Renée tinha seus 45 anos de idade, mas aparência de 38. Sua cabeça era meio avoada e impulsiva. Perdia seu celular com mais freqüência do que a filha sonhava acordada.

- Em Nárnia de novo? – zombou a mãe jogando a toalha para a filha que fez uma careta – Te juro que um dia você vai se perder por lá!

Ela se levantou da banheira se enrolando na toalha.

- Meu sonho é me perder por lá para nunca mais voltar.

A mãe não conseguiu evitar a gargalhada.

- Certo, até esse dia chegar, você vai me ajudar na floricultura. – a mulher de cabelos castanhos claros foi saindo do banheiro – Se apresse, estamos atrasadas.

Isabella rolou os olhos. Mais um dia perdido naquela floricultura que em seu conceito emanava o perfume da morte. A quantidade de variedades de flores e seus cheiros diferentes se misturavam a fazendo se lembrar que aquele era o cheiro encontrado em qualquer velório.

Por isso todas as vezes que passava o dia lá; sentia-se sendo velada.

A morte de seus planos já tinha um odor apodrecido.

Prendeu seus cabelos em um coque frouxo e vestiu uma calça jeans e uma regata branca acompanhado de um bota de cano curto. Estranhamente Forks não estava tão fria, então apenas completou seu visual com um casaquinho vermelho um pouco cumprido que tinha ganhado de seu pai no seu aniversário de 23 anos.

Se lembrar disso fez seu humor decair três vezes pior do que estava. Tinha 23 anos e nenhum futuro. Não queria ser professora no ensino fundamental da escola de Forks. Preferia morrer do que fazer aquilo. Queria se escritora, mas nada parecia concordar com a sua vontade.

Desceu e tomou um café rápido; sua mãe já a esperava apressada no carro.

As horas não passavam. E já tinha perdido a paciência de jogar paciência spider no computador e a internet da floricultura era mais lenta do que uma lesma.

Clicou no internet Explorer e aguardou tediosamente a pagina abrir, e em um dos anúncios tinha algo que chamou sua atenção.

Intercâmbio em Londres pode ser mais fácil do que imagina!

Não pensou duas vezes e clicou. Só depois que fez isso pensou na possibilidade de ser um vírus.

Deu de ombros. Aquele dinossauro perdido que ocupava quase todo o caixa de sua mãe já estava na hora de ser assassinado.

Enquanto ansiosa esperava a pagina carregar se pôs a viajar em pensamentos.

Inglaterra tinha algo de mágico. Era ali onde duas de suas três histórias favoritas haviam sido criadas. Se tinha um lugar que traria a sua inspiração tão desejada, era sua amada Inglaterra.

Olhou para a entrada da loja; não tinha ninguém ali, olhou para o fundo sua mãe fazia distraidamente arranjos.

Voltou seus olhos para o computador.

Seu sonho sempre foi fazer um intercambio para a histórica Inglaterra?

Já pensou se além de realizar seu sonho você ganhar para isso?

Ser Au Pair é a solução mais fácil e comum do que imagina. Cadastre- se é grátis.

Isabella sem saber muito bem o que fazia e nem como; começou a fazer o cadastro. E incrivelmente a internet passou a ser mais rápida evitando que sua mãe percebesse o que fazia.

Londres. Inglaterra. Inspiração. Livro. Best Seller.

Podia apenas enxergar isso na sua frente.

Alguns dias depois. A pequena filha única dos Swan já desistia daquela loucura. Nenhum retorno nenhum email. Aquilo poderia ser um golpe e ela tinha entregado de bandeja todos os seus dados pessoais. Tamborilou mais uma vez os dedos na mesa. E clicou na área de trabalho. O World aberto estava em branco.

- As definições de vírus foram atualizadas.

Reprimiu a vontade de esmurrar seu Notebook; não tinha uma vez que ela não levava um susto durante as atualizações do Avast.

No canto da tela apareceu: Uma mensagem recebida.

E estava lá. Ela estava sendo convocada para ir até Seattle para responder um questionário. Anotou o endereço.

Talvez Inglaterra não fosse um sonho tão distante.

Desceu as escadas e se viu sozinha. Pegou as chaves da caminhonete velha que tinha e partiu para a cidade vizinha.

A fila era enorme. Muitas garotas compartilhavam de sua mesma vontade de conhecer a maravilhosa Londres.

Demorou o tempo necessário para que ela fosse atendida e respondesse o gigante questionário.

Naquela noite não dormiu. Pegou seu caderno e um lápis e começou a escrever um pequeno diário com todos os seus pensamentos, sentimentos e sensações.

~*~

Formulários passavam por uma esteira do escritório Londer Au Pair. Sem serem sequer olhado os nomes das meninas cadastradas; os envelopes eram separados em pilhas para serem enviados as famílias que estavam registradas no programa.

Três envelopes pardos foram enviados para uma das empresas mais conceituadas de Londres. O edifício aranha céu todo espelhado da Magnun fervilhava como em todos os seus dias normais. Os envelopes foram depositados pelo garoto de entrega na mesa da secretaria do diretor. Ela olhou o que era aquela correspondência e rolou os olhos. Naquele mês era a oitava correspondência daquele tipo.

Entrou no escritório e lá estava o jovem diretor lendo concentradamente os relatórios da ultima reunião.

Ele era tão forte e alto que parecia um armário. Seus olhos verdes sempre tinham um ar divertido e brilhante. Seu sorriso formava covinhas em suas bochechas lhe dando um ar brincalhão e infantil.

- Senhor Cullen? – a secretaria chamou sua atenção.

- Sim Carmem. – ele imediatamente levantou os olhos a fitando com um sorriso no rosto.

- Mais encomendas! – ela colocou os envelopes pardos sobre a mesa e tentou não rir diante da animação de seu chefe que praticamente voou sobre a encomenda.

- Certo Carmem, pode ir!

Emmett abriu um a um lendo atentamente tudo, mas o que ele mais gostava mesmo era ver as fotos das meninas. Era divertido em sua opinião você ficar sabendo da vida da pessoa tão rapidamente.

Eram três. E das três apenas uma cativou a sua atenção.

23 anos. Cabelos castanhos mognos. Olhos cor de chocolate. Pele alva. Lábios rosados. Nariz bem feito. Todo o conjunto era harmonioso fazendo da jovem uma linda mulher.

Pegou as outras correspondências que haviam chegado durante o mês e juntou Isabella Marie Swan as outras duas que haviam o cativado da mesma maneira.

Se fosse para ele escolher uma babá para seus sobrinhos, ela tinha que ser no mínimo linda.

~*~

Naquela manhã Isabella foi despertada por seu pai. Surpresa com aquilo ela sem sentou na cama fitando os olhos curiosos de Charlie.

- Bom dia – murmurou rouca.

- Bom dia –ele respondeu ainda a fitando de forma intensa e então se virou para o criado mudo de onde tirou um envelope pardo com carimbo internacional – Quando iria nos contar que se inscreveu para um programa de Au Pair?

Isabella não prestou atenção na pergunta de seu pai, mas sim naquele envelope.

Ela por um acaso tinha sido escolhida?

Tomou a carta das mãos de seu pai e abriu apressada.

Seus olhos percorreram o papel. Por aqueles segundos ela nem respirava.

Quase sentiu as lagrimas lhe escorrer dos olhos tamanha era a emoção de ler aquelas palavras:

Parabéns; você foi encolhida.

A felicidade era tamanha que pulava de um lado para o outro nem se importando de ler o resto. Contou tudo como tinha acontecido para seu pai que lhe apoiou em cada apalavra.

- Querida, você sabe que eu não sou o problema! –ele disse na porta de seu quarto – Boa sorte em contar a novidade para a sua mãe!

Isabella se encolheu diante daquilo.

Renée.

...

Sua mãe já havia dito mil vezes não. Parecia irredutível.

- Que tipo de pessoa serei permitindo que uma criança como você atravesse um oceano para cuidar de outras crianças? – ela caminhou até os pôster de Narnia, Harry Potter e Percy Jackson que a filha tinha espalhado por toda uma parede de seu quarto – Você vive no mundo da lua, na terra da fantasia! Crianças exigem atenção, cuidado e paciência.

- Mãe eu tenho vinte três anos. Não sou mais uma criança!- rebateu Isabella.

- Mas age e vive feito uma! Vive enfornada em livros de contos de fada, vive escrevendo coisas mergulhada no mundo da batatinha. Nunca te vi agindo feito adulta, nunca te vi com um namorado!

- Ah agora tá explicado! – disse Isabella furiosa – Só porque eu nunca arrumei um namorado não significa que eu tenha a mentalidade de uma criança e que eu seja uma! Mãe entenda de uma vez por todas, Jake e eu somos apenas amigos e não é porque você quer nós vamos nos tornar marido e mulher!

- Você se comporta como criança Isabella! Você não tem juízo! E a prova disso é você não conseguir manter nenhum relacionamento!

- Quer saber? Pra mim chega, com você não dá para conversar!

Isabella se sentou na cama chateada.

- Bella, se eu deixasse voce ir para Londres, na primeira oportunidade você iria para a plataforma encantada 9 ¾ da estação de King´s Cross verificar se a plataforma realmente existe!

Isabella se levantou irritada.

- É claro que eu iria. Como qualquer outra pessoa que fosse a Londres! E você fala tanto de mim, mas parece que sabe muito do meu mundo encantado!

Renée riu.

- Depois de ouvir você falar disso por quase dez anos, não saber um pouco do mundo encantado em que você vive seria pura falta de inteligência minha! – Renée foi caminhando para fora do quarto – Assunto encerrado; você não vai.

- Você não entende não é? –disse Isabella fazendo com que sua mãe voltasse o olhar para ela – Inglaterra sempre foi meu sonho! É lá onde tudo pode acontecer! Aonde eu posso ter a minha inspiração de que tanto preciso! Aquele lugar tem alguma coisa mágica, alguma coisa que extrai das pessoas a vontade de sonhar. A realidade é muito dura mãe. Não quero terminar meus dias nessa minúscula chuvosa e pacata cidade chamada Forks! Eu quero é mais – disse caminhando até seus pôster – Quero voar alto, quero ser conhecida e reconhecida pelo o meu talento. Você pode não admitir, mas também não pode negar que eu tenho o dom de escrever.

A mulher ficou calada. Não disse um “a” sequer. No fundo sabia que a filha tinha razão, ela precisava sair dali para ser alguém. Forks não oferecia nenhum futuro brilhante.

- Não importa o que você diga ou quantas vocês você bata o pé – continuou Isabella diante do silencio da mãe – eu não estou pedindo a sua autorização, estou apenas te informando da minha decisão, se você gosta ou não – a garota deu de ombros – Isso já não é problema meu. Eu sou adulta e faço o que eu quero da minha vida!

Isabella caminhou até seu closet deixando para trás a sua mãe extremamente orgulhosa. Poderia parecer estanho, mas Renée sempre esperou pelo dia que a filha tomasse alguma atitude sem deixar de ser influenciada ou barrada por outras. Isabella nunca tinha tido boca pra nada, pelo menos até aquele momento.

A pequena Swan olhava mais uma vez para trás. Renée e Jake acenavam para ela. Charlie não tinha ido ao aeroporto por não gostar de despedidas.

Engoliu o choro e atravessou a porta do avião. Seria um ano longe de casa convivendo com outra família. Sentiria muita falta de sua mãe, seu pai e seu melhor amigo, mas como sabia; para dar um passo a frente sempre tinha que deixar alguma coisa para trás.

Secou as lagrimas que haviam vencido a sua força de não chorar e abriu a pasta que tinha em mãos. Ela sabia de cor tudo o que tinha ali.

O nome de seu patrão era Edward Antony Cullen. 28 anos. Viúvo. Ausente devido o cargo de presidência que ocupava na sua empresa Magnun e tinha três filhos.

Duas meninas e um menino.

Thomas de oito anos; Sofie de seis anos e Andy de um ano e dois meses. Ela teria de trocar fraldas e ainda bem que Renée a ensinou a fazer isso quando sua priminha Nathalie nasceu. Todas as crianças eram filhas de mães diferentes o que poderia acarretar em alguns problemas psicológicos das mesmas.

Além disso na casa ainda morava o irmão do meio de seu patrão. Emmett Thomas Cullen. 25 anos. Solteiro.

Isabella sorriu. Talvez ela o tio das crianças poderiam se divertir um pouco já que diante das fotos todos eram muito lindos; principalmente Emmett.

Rolou os olhos diante do pensamento; era claro que não misturaria as coisas de patrão e empregada.

Fechou a pasta e olhou a paisagem que desmanchava diante de seus olhos.

Não via a hora de chegar em Londres.

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Notas finais do capítulo

COMENTEEEEMMMM :P:P:P
xoxo ;*