Houve Dois Verões escrita por AHB


Capítulo 6
Sobre Quando Foi Verão




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- Ah, vai sim!

- Nem pensar, titia!

Sirius foi acordado pelos berros de sua mãe com Andie. “Será que esse povo só sabe gritar?” Levantou com certa dificuldade, sentia-se como se atropelado por um bando de hipogrifos. Pela janela, entrava uma manhã cinzenta.

- Ficou louca, menina? – Walburga Black gritou de algum ponto da casa.

Por um segundo, Sirius perguntou-se porque estava despido, então Bellatrix surgiu em sua mente. Não pode deixar de rir: sua primeira vez, justamente com a última mulher que... Riu novamente, na verdade era bem óbvio: passara a vida toda ao lado daquela garota chata e sarcástica (tanto quanto ele, veja só). Dado momento, claro que aconteceria algo. Previsível.

E’iniziato tutto per un tuo capriccio
Io non mi fidavo..era solo sesso

O que fosse, certeza que não era só um capricho bobo... Se fosse algo passageiro haveria um sentimento tão... Arrebatador? Se fosse outra garota, qualquer outra, teria sido a mesma coisa? Por que haveria de gostar de Bellatrix? Não fazia o menor sentido, mas talvez ela não fosse só uma pessoa insuportável, perfeita para expiar sua revolta contra a família. Talvez devesse falar com ela, mas será que ela sequer iria falar com ele depois do que acontecera entre eles?

Ma il sesso è un’attitudine
Come l’arte in genere

Algum tipo de atitude deveria ser tomada, de qualquer forma, não é?

- É a minha vida, tia! – Andie gritou, a plenos pulmões.

Uma vez interrompido do seu monólogo mental, Sirius vestiu qualquer roupa e saiu do quarto, para ver o que estava acontecendo, ou seja, “porque raios estão brigando!”. Deu com Ciça, Régulos e (seu coração deu um salto) Bella dois patamares acima, apoiados na escada, olhando para baixo. Sirius lançou um olhar significativo à Bellatrix, mas ela meramente apontou para o hall.

Muito vermelha, Andie segurava uma mala perto da porta. Druella, sua mãe, estava chorando, encolhida numa poltrona, os cabelos muito claros cobrindo o rosto pálido. Havia algo nela que lembrava uma pessoa afogada, ou que passara tempo demais sem tomar sol. Pudera também, Druella sempre vivera à sombra da irmã, que por sinal, continuava a vociferar com a sobrinha:

- Sua traidora de sangue! Imagine a vergonha quando... – a mulher engasgou com a própria saliva. Foi o tempo suficiente para Andrômeda empertigar-se, o rosto mais rubro do que nunca:

- CHEGA! – ela gritou. Sirius nunca vira a prima tão furiosa – Olha aqui, titia! Pode ser importante para você, mas eu não dou a mínima para esse papo de “sangue puro” e vou ter meu bebê, você querendo ou não!

Sirius franziu o cenho. Sabia que Andie andava as voltas com um “namoradinho hippie”, mas essa história de bebê era novidade. Procurou o olhar de Bellatrix, mas ela olhava fixamente da irmã para a tia. A história também era novidade para ela.

- ANDROM... – A srª. Black percebeu que seu comando vacilara seriamente.

- Ah não! Chega! Você não manda em mim, tia! Aliás, não manda em ninguém! Não nos deixa viver! – apontou as irmãs e os primos no alto da escada – Pra mim chega! Eu...

- Andie, não! – Druella levantara-se da poltrona, os olhos azul-claros muito inchados. Postou-se ao lado da irmã. A diferença entre as duas era gritante. Druella era muito mais bonita, mas parecia quase apagada perto da postura militar de Walburga. – Você vai ser tirada da Tapeçaria!

Do alto da escadaria, Ciça soltou um guincho escandalizado. Todos olharam para ela. Muito rápido, a garota cobriu a boca com as mãos.

Andie suspirou profundamente antes de tirar os olhos da irmã e encarar a mãe e a tia:

- Quer saber? Eu estou me lixando para aquela tapeçaria estúpida! Que importa ser um Black ou não? Que diferença faz?

Druella tampou os ouvidos, como se a filha estivesse dizendo que a odiava. Encostou-se na parede mais próxima e escorregou até o chão, chorando e murmurando “Não... Por favor!” entre soluços exagerados. A srª. Black contraiu os lábios, os olhos indo da irmã para a sobrinha, então disse, a voz meio rouca de tanto gritar, mas ainda alta e ríspida:

- Faz toda a diferença... SUA TRAIDORA IMUNDA!

Por um milésimo de segundo, Sirius achou que Andie fosse continuar a gritaria, mas simplesmente riu, um sorrisinho extremamente irônico, totalmente “Black”. Walburga fora longe demais, até mesmo ela própria percebera isso.

Sob um silêncio quase absoluto, Andrômeda pegou do chão a mala que deixara cair no furor da briga, beijou a testa da mãe, dizendo “Você está doente Druella...” Druella soluçou ainda mais alto. Andie suspirou e, evitando olhar para a tia, virou-se para sair. Ainda deteve-se, a mão já sobre a maçaneta de prata oxidada e disse aos primos e irmãs:

- Não se deixem dominar. Não vale a pena! – Então empurrou a porta e saiu. Os quatro inclinaram-se no corrimão para vê-la abraçar um rapaz de cabelos castanho claros, bastante bagunçados e entrar no conversível dele, sem nem olhar para trás. Estava claro que a moça jamais colocaria os pés no Largo Grimmauld novamente. Assim que fechou a porta, Walburga Black dirigiu um olhar maligno para os quatro jovens parados na escadaria. Na hora, Sirius percebeu que a mãe iria usá-los para descontar sua ira.

- A próxima... – ela começou, num tom letal – Umazinha que seja... Vai se arrepender profundamente. Entenderam?

Sirius considerou seriamente dizer “foda-se” ao invés de “sim, senhora”.

Olhando de um em um (demorando-se um pouco mais no filho primogênito) feito uma comandante sádica, a srª. Black retomou todo o controle da situação. Estalou os dedos. Dois segundos depois Monstro apareceu, vindo ligeiro da cozinha. Walburga apontou para a irmã, ainda encolhida no chão. O elfo doméstico amparou Druella e, obedecendo a mais um comando, empurrou a mulher para a saleta mais próxima.

Walburga ainda ficou parada por uns momentos, aparentemente decidindo o que faria a seguir. Seus olhos recaíram novamente nos filhos e sobrinhas.

- Ainda estão aqui? SUMAM!!!

Não foi preciso dizer uma segunda vez. Logo que a matriarca deu as costas para a escada, os quatro apressaram-se em cair fora o mais rápido possível. Sirius procurou os olhos de Bellatrix, mas ela já sumira com a irmã pelo corredor dos elfos empalhados. Antes que ele pudesse resolver para onde iria, seu irmão o agarrou pelo pulso. Quase derrubando o garoto, Sirius soltou-se.

- O que você quer, moleque?

Régulos encarou o irmão, tentando fazer uma expressão carrancuda. Sirius segurou-se para não rir.

- Ela vai mesmo tirar a Andie da tapeçaria?

Sirius franziu as sobrancelhas negras para o caçula. Qual era a do moleque?

- Provavelmente, por quê?

Régulos deu de ombros, olhando para um ponto qualquer do hall.

- Ela até que era legal, sabe? – o menino fechou novamente o rosto – Não deixa a mamãe saber que eu disse isso!

Sirius sorriu para o caçula. Por mais sonso que o menino fosse, não deixava de ser seu irmão:

- Não se preocupe, eu... – Sirius parou de falar, pode ouvir a mãe recitando um feitiço incinerante e imaginou Walburga brandir a varinha contra a tapeçaria, os olhos quase saltando das órbitas. "Andie está livre". Régulos tossiu e desceu correndo dois lances de escada, indo refugiar-se na cozinha. Seu irmão mais velho teve a impressão de vê-lo murmurar algo que soava como “Ah, Andie...”

--§--

Sirius nunca soube quanto tempo ficou encostado ao corrimão, pensando nos últimos acontecimentos. Não era dado a esse tipo de coisa, mas ficar parado, olhando para um ponto vago próximo ao lustre, por mais entediante que fosse, realmente ajudava a por os pensamentos em ordem. Primeiramente... Não ia contar para ninguém, nem mesmo para os Marotos, que estava “tendo um caso” – havia outra palavra? Pelo amor de Merlin! – com sua prima. Depois, em segundo, tinha que falar com ela. As coisas simplesmente não podiam ficar como estavam, simplesmente porque... Era impossível, oras! Quer dizer... Ele, Sirius, simplesmente odiava a casa, odiava Walburga, principalmente depois de expulsado Andrômeda injustamente (ainda que visse a expulsão como um tipo de benção), odiava ter que obedecer a regras estúpidas de conduta e moral hipócritas. E agora, de uma hora para outra, a pior pessoa da casa, aquela menina estúpida de cabelos negros e pestanas caídas transformara-se em.... Não, ele não podia estar pensando isso! Bella era a melhor coisa que lhe acontecera sob o teto do largo Grimmauld, 12. Não podia ser! Mas era fato. “Sirius Edgar Black, você está gostando de sua odiosa prima Bellatrix!” Foi aí que uma idéia louca, para não dizer arriscada, lhe ocorreu. Precisava falar com ela o mais rápido possível.

E forse l'ho capito e sono qui

- Edgar, o que você quer aqui? – Narcisa perguntou, esganiçada, os olhos azuis fixos no primo que acabara de escancarar a porta da sala reservada para as mulheres da família.

Ignorando a loira, o rapaz virou-se para Bellatrix, sonelemente enroscada em uma das poltronas negras da saleta.

- Podemos conversar Bella – não era uma pergunta.

- Ela está ocupada – disse Ciça, olhando da irmã para o primo. Havia algo no modo que eles se encaravam que ela simplesmente não compreendia e, além disso, a assustava.

Também ignorando Narcisa, Bellatrix disse:

- Posso sim, Sirius Edgar.

Ambos continuaram encarando-se, num silêncio mútuo, que pelo menos para Ciça, soava muito incomodo. De repente parecia-lhe que o primo e a irmã estavam parados na beira de um abismo e ela do outro lado, tentando ouvir os ecos de uma conversa da qual estava excluída. Não que não estivesse acostumada com isso, mas nunca lhe parecera tão desesperador não estar a par de uma conversa. Era como se ela fosse pequena e desprezível, como uma lesma ou um pedaço de poeira, ou até pior... Simplesmente não foi ouvida quando disse que “Sirius Edgar não devia estar aqui e vai sair, não é Sirius?” Reduzida a um grande nada! “Fiquem aí, então!” Saiu teatralmente da saleta, sem entender o porquê dos próprios olhos marejados. Assim que a porte fechou, Sirius disse a Bella:

- É só a sua irmã que me chama pelo segundo nome. Você nunca...

- Fale logo o que você quer... – ela lançou-lhe um olhar impassível – Sirius.

Sirius riu. Bella podia fazer-se impassível o quanto quisesse, não adiantaria - nunca - com ele. Foi até a prima e apoiando-se nos braços da poltrona, debruçou-se sobre a garota.

Scusa sai se provo a insistere
Divento insopportabile

- Você.

Bellatrix tibetuou por um momento Ele sabe onde atacar. Então empurrou o primo com as pernas.

- Saia de cima de mim, Sirius!

- Não era bem isso que você me disse ontem!

A garota ergueu a mão no ar. Antes que atingisse em cheio o rosto de Sirius, ele segurou o pulso da prima.

- Me larga, p*rra!

Sem soltá-la, Sirius ajoelhou-se de fronte à garota, agora quase caindo da poltrona. Tão maroto quanto triste, falou:

- Eu amo você Bellatrix Helena Black! Amo muito.

Ma ti amo... ti amo... ti amo
Ci risiamo... vabè, è antico, ma ti amo.

Bella fraquejou sobre o peso das palavras. Puxou o braço para longe do primo. Havia força demais no que ele havia dito, mais do que o suportável. Ofegou uma, duas vezes, tentou carregar um olhar de descrença, detonado pelo semblante sério do rapaz. Ela se agitou, impaciente:

- Não! Não ama não! A gente apenas... – Que droga...! Porque era tão difícil? O que estava acontecendo com Bellatrix? – Quer ser expulso? Vai imitar a Andie? Vir e falar uma coisa dessas? Você não entende que isso não vai nos levar a lugar nenhum!

Ele a olhou, indignado. Era ela que não entendia.

- Amor, Bellatrix... É assim que se chama e desculpa se te incomoda, mas eu te amo! E eu...

E scusa se ti amo e ci conosciamo
Da due mesi o poco più

- Não diga isso...

- Gostaria que...

- Estou avisando... – Bella fechou os olhos e sacudiu negativamente a cabeça, tampando os ouvidos com as mãos.

- Fuja comigo!

- Para com isso Sirius! – ela disse, a voz carregada de raiva. Como ele podia falar esse tipo de coisa como se fosse tão simples? Encararam-se. O que dizer? O que fazer? Sirius aproximou-se, ao que ela recuou em direção ao encosto da poltrona.

- Foge comigo! Podemos imitar a Andie sim! – ele acrescentou antes que a prima dissesse algo. Bellatrix suspirou e endireitou o corpo. Por que as palavras dele mexiam tanto com ela? “O pior é que não são só as palavras...”

E scusa se non parlo piano
Ma se non urlo muoio
Non so se sai che ti amo...

Ela escorregou da poltrona para o chão. Sentou ao lado do primo.

- Nós poderíamos fugir... – ela começou.

- Então!

Ela fê-lo calar-se.

- Só que eu estou presa a um circulo. Algo acertado desde antes de nascer... – um sorriso bonito e melancólico surgiu nos lábios da garota – Eu tenho que casar com Rodolfo Lestrange, dar um ou dois filhos para aumentar a tapeçaria... Se saíssemos de casa assim, do nada! É burrice, simplesmente.

Sirius bufou. "Ah, o velho discurso...!"

- E não é burrice levar uma vida falsa? Fingir que não está vendo o seu marido matar inocentes porque não tem o que ele chama de “sangue-puro”?

- Há um pacto, Sirius. Não me pergunte o que é... Mas eu não posso quebrá-lo!

Sirius riu:

- Está errada, Belinha.

- Estou? - ela sorriu também. Sabia o que ele diria a seguir. “Tão previsível... Por que raio dera de gostar dele?”

- Está... Porque pactos, Bellatrix... A gente quebra...

Ciao... come stai? Domanda inutile!
Ma a me l'amore mi rende prevedibile
Parlo poco, lo so... è strano, guido piano


“Agosto, 1976

Caro tio Alphard:

Como vão as coisas aí na América? Os negócios estão indo bem? Aqui estaria tudo bem se não fosse um pequeno detalhe que acho que o senhor tira de letra!

Será que poderia fazer o grande favor de convencer o tio Órion a cancelar o noivado da minha prima Bellatrix Helena com o Rodolfo Lestrange? Não que eu veja algum problema nisso, mas o senhor sempre disse que eu tinha que fazer tudo para conseguir o que eu quero e bom... Eu quero casar com sua sobrinha! Aí eu pensei que já que sou o seu sobrinho favorito... Por que não recorrer a força maior? O tio Órion talvez resmungue um pouco, mas não era ele que dizia que queria que a filha dele ‘tem que casar com o melhor bruxo que encontrar’? Este sou eu!

Por favor tio, piadinhas a parte, use de sua influência sobre o seu ‘irmãozinho caçula’ e me ajude!

Com carinho,
Sirius E. Black

Ps: por favor, não deixe essa conversa chegar ao ouvido da 'mamãe' Walburga. O humor dela tem estado muito instável desde que o tio Órion mandou aquela carta reclamando dela ter expulsado a Andie.”

- Você fez o que? – Bellatrix olhava fixamente para o garoto deitado sobre as pernas dela. O sol vespertino cobria a laje de dourado.

- Mandei uma cartinha para o nosso tio favorito. Se der certo, a Walburga não vai poder fazer nada! Imagina só a cara dela quando souber que agente é noivo?

- Você é louco Sirius!- ela disse, afagando os cabelos negros do rapaz – Ela vai matar a gente! Vai nos expulsar!

- O tio não vai deixar! Se ele tivesse ouvido antes o caso da Andrômeda ela estaria aqui ainda. Meu plano é perfeito!

- Moleque, você acha que é uma brincadeira?

Sirius debruçou-se sobre a prima:

- Vamos fazer assim, então: se der errado foi tudo uma piada minha e você não sabia de nada.

Bella ergueu uma sobrancelha.

- Quer dizer que vai arriscar o pescoço por minha causa?

- Vou!

Ela sorriu, triunfante:

- Faz bem!

“Agosto /76

Belinha, minha querida irmã:
Como vai a vida aí nessa casa horrível?
Sabe que estou pensando em agradecer a titia por ter me expulsado? A vida aqui na fazenda dos Tonks é muito melhor! O lugar é simplesmente lindo!

(...) Papai escreveu recentemente dos E.U.A, ele disse que o tio Alphard fez uma imitação perfeita da tia Walburga se descabelando e que é para eu deixar ela se irritar sozinha, que ela é maluca mesmo! Apesar de ele estar decididamente irritado com minha atitude, o que não dou a mínima.

Ah! E a irmã do Ted tem um pêndulo de quartzo que, de acordo com ela, disse que meu bebê é uma menina. Ainda é muito pequenininho, então não tem como saber de outro jeito, mas acho que vou chamar ou de Bellenynpha ou de Doralice (mãe do Ted) Se for menino vou seguir a cartilha Black e chamar de Órion mesmo. De qualquer forma, espero que um dia você possa ensinar sua sobrinha (ou sobrinho) a duelar tão bem quanto você (eu não gosto muito de duelos, mas receio que estejam se tornando necessários).

- Também acho! – disse Sirius.

Bella balançou a cabeça e continuou a ler sob a luz das varinhas. Sob uma noite estrelada, os dois dividiam uma manta enquanto liam a carta que uma coruja entregara diretamente a Bellatrix. Era uma corujinha cinzenta, minúscula, menor que um pomo de ouro, mas se fosse maior, era bem provável que tivesse sido pega pela vigília constante da srª. Black.

“E o Sirius? Não adianta me enganar, eu sei que estão lendo essa carta juntos! Vocês se completam, sabia? Já demorou para transformar aquele Lestrange em um gorila (ninguém ia notar a diferença) e vir para cá! As portas estarão sempre abertas para vocês! Ouvi falar que o Sirius ganhou uma moto no aniversário, pois bem... Venham logo!

Pense nisso, querida! (e não deixe a tia Walburga ler isso – Você não é boba, né?)

Mande beijos para todos, inclusive mamãe.

Amo vocês!
Da tua irmãzinha,
Andie Tonks”

Bella suspirou. Quando na vida imaginara que sentiria saudades da Andie? Tão pura e inocente, às vezes tinha vontade de ter nascido como ela. Olhou para Sirius. O olhar dele perdia-se em algum ponto vago sobre eles. Ela tossiu, meio impaciente.

- Quê? – perguntou.

- Opinião...

- Ah, tá! – “mulheres” – Acho que Lestrange já nasceu transformado em gorila.

A garota revirou os olhos – “homens” – e aconchegou-se ao primo, a manta sobre os dois escorregando ligeiramente.

- Você é tão bobinho, Sirius...

Sirius ajeitou a manta nas costas da garota:

- Já disse que é você que me deixa abobado?

Sarà il vento, sarà il tempo, sarà... fuoco!


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