POV SCORPIUS.

Eles haviam sumido, e haviam levado a minha Rose com eles. Eu precisava sair dali, eu precisava chegar até a casa de Rose e avisar a familia dela o que acontecera, precisavamos ir atras dela e acha-la antes que fosse tarde demais, mas as cordas ainda me prendiam. Meus braços estavam presos as minhas costas, e eu já não os sentia mais, minha varinha jazia caida ao meu lado, e mesmo que eu a alcançasse não conseguiria lançar um feitiço sequer.

Remexi minhas mãos com força, tentando soltar pelo menos uma delas, depois de muito esforço, dor, e cortes e esfolados nas mãos, consegui libertar minha mão direita.

Peguei minha varinha e murmurei “Relaxo” apontando para as cordas, que cairam no chão.

Andei até o outro lado do casebre, apanhei a varinha de Rose e desaparatei.

Apareci nos jardins da casa de Rose, caminhei rapidamente até a porta e forçei a maçaneta. Estava trancada.

─ Dona Hermione! Hermione! ─ gritei batendo na porta.

Ela abriu a porta e arfou, quando me viu todo sujo e com as mãos ensanguentadas.

─ Ah meu Deus! Que foi que houve? Onde está Rose? ─ ela perguntou desesperada.

Eu fechei os olhos e grossas lagrimas desceram pela miha face.

Não era minha intenção chorar, mas se eu não o fizesse, explodiria.

─ Scorpius... Scorpius, por favor, me diga o que houve! ─ ela pediu, com o panico estampado na voz, enquanto eu me sentava no sofá da sala.

─ Os comensais à levaram. ─ sibilei de olhos fechados.

─ Não! Eu... Eu sabia que isso não iria dar certo! Ah... Meu Deus. ─ ela chorava copiosamente.

Então tirou a varinha do cós da calça, e disse: ─Expecto Patronum.

Uma lontra prateada irrompeu da ponta, e ela imendou: ─ Ronald, Rose foi capturada pelos comensais, venha para casa agora.

A Lontra então saiu pela janela e desapareceu.

Um Patrono que transmite recados, um feitiço realmente dificil de se fazer.

Olhei para ela, que ainda chorava.

─C-como aconteceu? ─ ela gaguejou.

─ Um casal nos enganou, nos levaram para um casebre, me amarraram e depois desaparataram levando apenas Rose.

Achei melhor omitir a parte em que eles torturavam Rose!

Ela começou a chorar mais ainda, então se levantou e subiu as escadas, me deixando sozinho na sala.

Comecei a lembrar de tudo, lembrar de quando eu a levei para um “amigavel” passeio de vassoura, que me rendeu o melhor beijo da minha vida, lembrar de quando passamos o natal e o ano-novo juntos, lembrar de quando eu levantava sorrateiramente do quarto de Hugo e me deitava um pouco na cama dela, apenas para conversar aos sussurros, sentir o corpo dela contra o meu, até que ela adormecesse em meus braços.

E talvez essas coisas jamais aconteceriam novamente.

Era por isso que eu iria atras dela, eu iria acha-la nem que eles a tivessem levado para o fim do mundo.

Então eu me levantei, fui até a porta, porém quando estava prestes a abrir, alguem a abriu com violencia por fora, e por ela entraram Ronald Weasley e Teddy Lupin.

─ O que houve? Como a levaram? Aonde ela esta? ─ Sr. Weasley me perguntava, totalmente descontrolado.

Então Teddy tirou a varinha das vestes, e disse: ─ Expecto Patronum.

Varios lobos sairam da ponta de sua varinha e ele continuou, fazendo o mesmo feitiço que Hermione fizera mais cedo. ─ Eles pegaram Rose, venham para cá.

E imediatamente os lobos começaram a sair pelas portas e janelas abertas da casa.

Sr. Weasley andava deseperado, de um lado para o outro.

Não demorou muito para que varias pessoas começassem a chegar na casa, primos, tios e avós de Rose, todos estava ali.

─ Harry, Harry, preciso de aurores! ─ disse Sr. Weasley, segurando Harry Potter pelos ombros, desesperado.

Hermione voltara a sala, e apesar de ter parado de chorar, seus olhos ainda estavam inchados e ela murmurava coisas desconexas.

─ Ron, nós vamos encontra-lá, tudo bem? ─ então ele olhou para mim. ─ Venha comigo por favor Scorpius, e você tambem Ron.

Então nós o seguimos até a cozinha, onde ninguem poderia nos ouvir.

─ Você sabe por que eles a levaram? ─ Harry foi simples e direto.

─ Uma vingança! Lestrenge queria se vingar dos Weasley. ─ eu falei rapidamente, como se a vida de Rose dependesse de Potter saber o motivo do sequestro.

─ Eu já imaginava! ─ disse ele. ─ Todos os aurores estão revirando a Romenia nesse exato instante, parece que Dolohov e Macnair haviam sido vistos por lá ontem, provas falsas, claro. ─ ele falava rapido. ─ Eu e Gina vamos para lá agora, e vamos trazer todos, precisamos achar Rose, logo! E você Ron, não saia dessa casa, você não está em condições. ─ ele falou e saiu da cozinha, em direção a sala, eu o segui.

Ele murmurou algo apenas para Gina Potter e Dona Hermione ouvirem, então pegou na mão da esposa e desapareceu.

Hermione não parecia melhor, agora ela andava de um lado para o outro, Molly Weasley chorava compulsivamente, encostada no marido. Domi, Roxi e Lily estavam com os olhos vermelhos. Alvo tremia. Eu apenas tive tempo em reparar nessas pessoas, quando Ronald saiu apressado da sala, subindo as escadas.

Todos estavam tão nervosos que eu fui o único a perceber o movimento repentino.

Subi sorrateiramente atrás dele, seja lá o que ele fosse fazer, tinha haver com Rose, e o que tinha haver com ela, tinha haver comigo!

Eu vi suas vestes desaparecerem pela porta de um quarto no fim do corredor, certamente o quarto em que ele e Dona Hermione dormiam.

Encostei o ouvido na porta a tempo de ouvir algo que parecia uma gaveta batendo, e mal pude acreditar no que ouvi depois.

─ Papai.. P-papai, me ajude... ─ era a voz de Rose, como um sussurro.

Sejá lá como for que ele estava ouvindo-a, não importava, só o que importava é que era a voz de Rose. Isso significava que ela ainda estava bem, que ela ainda se lembrava da familia.

Atravessei rapidamente o corredor e voltei a escada quando ouvi passos se aproximarem da porta, Sr. Weasley saiu de lá de dentro com algo que parecia um isqueiro de prata na mão.

─ Encontrei, encontrei minha filha. ─ ele falou, olhando para mim.

Então nós descemos rapidamente as escadas, chegamos na sala e todos que ali estavam olharam para nós.

─ Teddy, venha, vamos comigo! ─ chamou Sr. Weasley, puxando Teddy pela roupa.

─ Para onde vocês vão Ronald? ─ perguntou Hermione.

─ O desiluminador Hermione, o mesmo que me ajudou a te encontrar na floresta, que ajudou você a encontrar seus pais, eu ouvi a voz de Rose Mione, eu ouvi. ─ ele falava rapido, indo em direção a porta.

─ Eu vou com você! ─ ela falou se levantando.

Era só que que não estava entendendo nada com nada?

Olhei em volta e todos tinham um brilho de esperança nos olhos.

Sim, era só eu.

─ Olha, você vai ficar aqui Mione. ─ ele falou colocando as mãos sobre os ombros da esposa.

─ É melhor que você espere Harry chegar Ron, é muito perigoso. ─ falou Gui.

─ Não! Eu vou agora, e Teddy vai comigo, ele já é quase um auror, vai me ajudar muito. ─ falou ele.

─ Nós tambem vamos! ─ falaram Jorge e Gui se levantando.

─ E eu tambem! ─ falou Hermione.

─ Olhem, não compliquem as coisas, tudo bem? Eu e Teddy somos aurores, treinamos para isso, sabemos como lidar com essas coisas, vocês não podem correr perigo! ─ ele falou e Gui e Jorge voltaram a se sentar, desapontados.

Porém Hermione continuou em pé, encarando Ronald.

─ Mione.. Por favor. ─ ele pediu.

─ EU AJUDEI A DERROTAR LORD VOLDEMORT! JÁ TE PROVEI QUE SEI ME DEFENDER! ─ ela gritou.

Ele voltou a colocar as mãos nos ombros da mulher.

─ Eu sei que você é uma bruxa excelente Mione, nunca duvidei da sua capacidade, mas você não entende que eu não vou suportar te ver em perigo tambem? Por favor, fique e logo eu estarei aqui, trazendo nossa filha comigo, eu prometo!

Então ele virou as costas, com Teddy em seu encalço, e saiu da casa.

Olhei para o lado e Victoire chorava compulsivamente, murmurando coisas como “Meu Teddy” “Vão mata-lo”

Isso me fez voltar para a realidade, era Rose quem eles estavam indo resgatar, eu não podia ficar aqui esperando que voltassem vivos, eu precisava ir junto.

Sai correndo da casa, ignorando os protestos para que eu ficasse. Olhei em volta e vi no outro canto do quintal, Sr. Weasley abria o tal desiluminador e uma bolinha brilhante saia de dentro dele, e entrava bem em seu coração.

Eles iriam partir agora, deram as mãos e eu corri e cheguei a tempo de agarrar um pedaço da capa de Teddy, desaparantando junto com eles.

Chegamos à um lugar frio e escuro, com arvores ao redor, então eu ouvi um grito lascinante vindo de algum lugar ao norte.