Inimigos Até Que o Amor nos Separe escrita por Gabs Black


Capítulo 29
Vingança.


Notas iniciais do capítulo

Viram como eu sou boazinha? Já postei mais m capitulo! *-*
Enfim, esse capitulo está bem forte e triste, mas espero que gostem.
Enjoy :3



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POV SCORPIUS.

─ Bem vindas, crianças. ─ falou ele com a voz fria.

E por algum motivo, essa voz me deu arrepios.

─ Onde está o garoto? ─ perguntou Rose, com a voz tremula.

O homem encapuzado soltou outra gargalhada fria, então eu vi uma varinha escorregando de dentro da sua manga para sua mão.

Ele apontou para Rose e gritou.

─ Expelliarmus.

A varinha que estava segura em sua mão foi parar no outro canto do casebre.

Agora eu teria que lutar por nós dois.

Ele continuava com a varinha apontada para ela, então em um ato desesperado, eu a empurrei contra uma cômoda velha, e ela caiu no chão.

Eu não queria te-la empurrado, mas o homem poderia tentar lançar uma maldição contra ela ou coisa assim, e isso era muito mais grave.

─ SCORPIUS! ─ ela gritou.

Eu olhei para frente e ele apontava a varinha na minha direção, eu saquei a minha e gritei.

─ Estupefaça.

Ele bloqueou meu feitiço, então com um floreio de sua varinha, cordas irromperam pela ponta, vindas em minha direção, amarrando-me.

Rose gritou, ainda caída no chão, e ele se virou para ela.

─ O que temos aqui? ─ indagou ele. ─ Uma Weasley certamente... E você garoto, quem é?

─ Scorpius Malfoy. ─ falei.

─ Malfoy? Estamos com sorte hoje, além de pegar uma Weasley ainda pegamos um Malfoyzinho traidor do sangue. Suponho que você seja filho de Draco, certo?

─ Certo. ─ falei.

─ Então vocês namoram pelo que eu pude ver? Como a qualidade da família Malfoy caiu, nunca imaginei nenhum deles namorando uma mestiça imunda. Você já foi pra cama com ela, Scorpizinho? Já usou a garota? ─ ele perguntou maldoso.

Ouvir ele falando dessa maneira de Rose, fez meu sangue ferver. Ele me olhava, esperando uma resposta, e eu o ignorei.

─ Eu... Te... Fiz... Uma... Pergunta. ─ sibilou ele, chegando perto de mim. ─ RESPONDA!

Em um surto de raiva eu cuspi em seu rosto.


─ Garoto Nojento! ─ ele gritou. ─ Agora você irá aprender a tratar as pessoas com a devida educação. ─ e apontou a varinha para mim.

Eu não senti medo nenhum naquele momento, ele que me torturasse, me matasse se quisesse, o importante era que ele não encostasse um dedo sequer na minha Rose, que a essa altura já havia se arrastado até mim, e estava sentada ao meu lado.

Ele pareceu perceber o meu desespero e preocupação para com Rose, e isso sim me deu medo.

Ele abaixou a varinha, e eu pude distinguir um sorriso maldoso em seus lábios enrugados.

Ele levou as mãos até o capuz e o abaixou. Era um homem moreno, com feições cruéis, seus dentes estavam todos podres, e quando ele sorria, parecia rasgar os cantos da boca.

─ Você sabe quem eu sou, garota? ─ ele perguntou.

Rose não respondeu. Ele continuou.

─ Eu sou Rodolfo Lestrange! Eu era casado, sabia? Mas minha mulher morreu, é, ela foi assassinada! E vocês sabem quem a matou?

Claro que nós sabíamos, Bellatrix Lestrenge, minha tia avó, havia sido assassinada pela avó de Rose, Molly Weasley, no dia da grande guerra.

Foi ai que minha ficha caiu, ele queria vingança, ele queria se vingar dos Weasley, e aquele casal deveriam ser Macnair e Dolohov, transfigurados pela poção polissuco, e eles estavam esperando apenas que um Weasley caísse em sua lábia, para trazê-lo para Lestrenge.

Rose pareceu perceber isso também, por se aconchegou mais ao meu lado, e eu senti seu corpo se retrair. Eu queria pegar minha varinha e amaldiçoa-lo, mata-lo se possível, mas com os membros amarrados isso era impossível.

Ele continuou com seu monologo.

─ Molly Weasley, aquela porca gorda, matou minha mulher, MATOU MINHA BELLA! ─ ele gritou. ─ E agora, eu vou me vingar!

Ele olhou para meu rosto e sorriu novamente, seu sorriso sem vida e sem emoção.

─ Mas você pode ficar tranquilo, apesar de ser um traidor de sangue, eu já fui amigo de seu avó, e não estou pretendendo machucar um puro-sangue, então, se você ficar bem quietinho, não vai sentir dor alguma.

Ele disse isso como se eu fosse capaz de mexer com todas aquelas grossas cordas me apertando cada vez mais.

Ele voltou a varinha contra Rose e sorriu. Olhei para o rosto dela, e ele não demonstrava pavor algum muito menos medo, foi nesse momento que eu entendi o que era ser selecionado para a casa Grifinória.

Ele ergueu a varinha.

─ Crucio. ─ gritou.

O grito lascinante de Rose ecoou em meus ouvidos, e eu senti como se aquela dor fosse a mim.

E eu duvidava muito que não fosse.

─ NÃO! ─ gritei me remexendo nas cordas, tentando a todo custo me libertar. ─ PARA, PARA COM ISSO, NÃO A MACHUQUE, NÃO A MACHUQUE.

Ouvi gargalhadas do outro lado da sala, aonde o casal que nos enganara já haviam voltado ao normal, agora como Macnair e Dolohov.

Rose gritou novamente, se contorcendo de dor no chão.

Eu me remexi mais contra as cordas, a força que se apoderara de mim era descomunal, porém as amarras só pareciam ficar mais apertadas a cada vez que eu me esforçava mais.

─ NÃO, ROSE, ROSE! ─ eu gritava, em desespero. ─ NÃO! MACHUQUE A MIM, MAHUQUE A MIM.

Ele gargalhou e brandiu novamente a varinha, fazendo Rose suspirar aliviada.

Ele cessara a maldição.

─ Que galante de sua parte Malfoy. Não, vejamos, não quero acabar com a sanidade dela agora, talvez mais tarde. ─ ele falou.

Então eu senti medo, muito medo.

Ele iria tortura-la até conseguir a ultima gota de sua sanidade mental.

Um destino muito pior do que a morte.

E nesse momento eu desejei morrer, eu desejei sentir dor, sentir muita dor, por que eu não suportava vê-la sofrendo, enquanto eu estava ali, intacto.

Ele virou em direção ao canto do casebre, onde estavam os outros dois comensais.

─ Precisamos sair daqui, estamos muito perto do vilarejo, precisamos ir para longe. ─ ele falou.

─ E os garotos? ─ perguntou o homem da direita.

─ Deixaremos Malfoy aqui, levaremos a mestiça imunda. ─ falou ele.

Eles iriam leva-la, eles nos separariam e eu não conseguia fazer nada.

A culpa era minha, era toda minha, eu deveria ter ficado em casa com ela.

A essa altura Dona Hermione já nos esperava para o almoço, a essa altura ela já estava preocupada conosco.

Dolohov e Macnair voltaram em direção a Rose, e Lestrenge segurou fortemente em seu braço.

Eu olhei para o seu rosto e sibilei.

─ Eu te amo.

E a única coisa que eu desejava, era vê-la novamente, se não minha vida simplesmente não teria mais sentido.

Então eles rodopiaram e desapareceram.

POV ROSE.

Ele voltou a varinha contra mim, eu sabia que ele queria vingança, mas por incrível que pareça, eu não estava com medo da dor, eu não estava com medo da morte, por que ele, Scorpius Malfoy, estava seguro, e para mim, isso bastava.

Nesse momento eu senti uma coisa crescer dentro de mim, uma coisa que jamais tinha sido colocada a prova.

Coragem.

Eu me senti uma Grifinória como jamais havia me sentido.

Não consegui distinguir muito bem o que ele gritara, por que imediatamente, senti uma dor que eu jamais imaginaria sentir, era como se cada músculo, tendão, osso e poro estivesse em chamas, como se ferros em brasa estivessem transpassando meu corpo.

E eu gritei, gritei muito alto, muito forte.

Não era minha intenção gritar, muito menos demonstrar fraqueza, mas a dor era demasiada forte, eu não consegui.

Scorpius gritava ao meu lado, mas eu não conseguia distinguir o que, eu não entendia, no momento a única coisa em que meu cérebro conseguia distinguir era aquela dor.

Ele gargalhou e brandiu novamente a varinha, fazendo a maldição cessar. Apesar da dor ter acabado, eu sentia como se tivesse levado uma surra das feias, cada músculo do meu corpo estava dolorido, e a cada suspiro que eu dava, parecia que meus pulmões iriam explodir.

Eu fiquei ali, caída no chão, inerte, apenas observando a minha varinha, que jazia caída do outro lado da casa escura.

─ Que galante de sua parte Malfoy. ─ ele falou ─ Não, vejamos, não quero acabar com a sanidade dela agora, talvez mais tarde. ─ ele falou.

É, era isso, ele iria me torturar até que eu enlouquecesse, até que eu esquecesse meu próprio nome.

E a única coisa que queria era poder ver meu pai novamente, ver minha mãe sorrindo para mim, ouvir meu irmão ralhar por ter riscado algum de seus jogos de vídeo-game.

Eu queria apenas ver a minha família, uma vez mais, porém isso não era possível, e agora, agora eu precisava ser forte, e não ter medo da dor.

Lestrenge virou em direção ao canto do casebre, onde estavam os outros dois comensais.

─ Precisamos sair daqui, estamos muito perto do vilarejo, precisamos ir para longe. ─ ele falou.

─ E os garotos? ─ perguntou o homem da direita.

─ Deixaremos Malfoy aqui, levaremos a mestiça imunda. ─ respondeu.

Era agora, eles iriam me levar para Merlin sabe onde, e talvez meu pai jamais me achasse.

Se ao menos eu tivesse escutado minha mãe...

Minha mãe, a essa altura já deveria estar preocupada comigo.

Senti meu coração afundar, ela ia sofrer por mim, todos iriam sofrer por mim. Mas não havia mais nada a ser feito, eles estavam em segurança e era somente isso que importava.

Dolohov e Macnair voltaram em minha direção e Lestrenge segurou fortemente em meu braço.

Eu olhei para Scorpius, em um adeus mudo.

─ Eu te amo.

Foi a ultima frase que eu vi se formar em seus lábios, antes de desaparatar.


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Notas finais do capítulo

Então pessoal, o que acharam?
Eu não sei se consegui passar bem os sentimentos de Socorpius quando viu Rose sendo torturada, por que isso é realmente dificil, mas eu espera que tenha conseguido um resultado legal.
Então, comentem e digam o que vocês acham que vai acontecer!
Recomendações me ajudam a escrever bem rapidinho! :33
Beijos :*