Inimigos Até Que o Amor nos Separe escrita por Gabs Black


Capítulo 20
Patrulhas.


Notas iniciais do capítulo

Gente linda, eu sei que era para ter postado à dois dias atrás, porém, minha mãe tirou meu computador! :c
Só consegui escrever hoje, eu iria dividir esse capitulo em dois, mas decidi que já estava na hora de parar de encher linguiça e ir direto ao ponto!
ESSE CAPITULO É TOTALMENTE DEDICADO A Raquel Granger e a CrazySweety, PELAS LINDAS RECOMENDAÇÕES! OBRIGADA ♥
enfim, esse foi o maior capitulo e o mais trabalhoso, espero realmente que gostem!
Jouir ^^



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POV ROSE

Segunda-feira chegou e, com ela, a patrulha com o adorável ─sintam a ironia─ do Malfoy. O que me preocupa é que agora o clima entre nós não é mais o mesmo do começo do ano, não é só antipatia, agora tem magoa. Ele me magoou, e eu o magoei, e isso torna as coisas muito mais complicadas.

Olhei para meu relógio de pulso, são 18h30, como minha patrulha é as sete, provavelmente quem está patrulhando os corredores de transfiguração do terceiro andar agora, é Alvo e Will. Sim, eles patrulham juntos e um turno antes de mim.

Cheguei lá dez minutos depois e encostei-me à parede de pedra, esperando meu horário começar. Alvo me viu e lançou um sorriso acompanhado de um aceno com a mão, que eu retribui, Will me olhou com indiferença e desprezo.

Bufei.

Ah, por Merlin, o que ele queria que eu fizesse? Ficasse com ele só por que ele quer? Eu acho que já passou da hora do Willian crescer e aprender que o mundo não gira em torno dele.

Scorpius chegou vinte minutos depois, atrasado, como sempre. Passou do meu lado sem nem sequer me dirigir um olhar, foi andando na frente, de encontro com Alvo.

─ Você está atrasado cara! Rose chegou aqui já tem meia hora. ─ Disse meu primo à ele.

Scorpius me lançou um olhar que disse com todas as letras: “dane-se” Eu dei um sorriso sarcástico e virei o rosto.

─ Hum… Então, mas deixe que eu assumo agora, Al. ─ disse ele pegando o colete que usamos nas patrulhas, para que Filch não pense que somos alunos fora da cama.

Ah, mas que ótimo, ele pegou o colete de Alvo, vou ter que dirigir a palavra ao idiota do Willian.

Aproximei-me dele, abri a boca para pedir, porém não foi necessário, ele apenas retirou o colete e me entregou, sem sequer me olhar, o que não passou despercebido por Scorpius, que nos olhava de rabo-de-olho, provavelmente pensando em como dois namorados podem se tratar dessa maneira.

“Namorados… Namorados” Essa palavra ecoou na minha mente. Será que eu devia informá-lo de que naquele dia eu estava terminando com Will?

“Não!” Pensei firme.

Já tentei falar com ele duas vezes, e ele me ouviu? Não. Então terá que descobrir por si próprio, que eu não estou com Willian.

Vesti meu colete ─que é de um tom horrivelmente verde─ e comecei a patrulhar os corredores designados, com Scorpius ao meu lado, no mais absoluto silencio. Quando faltavam quarenta minutos para terminar o nosso horário de patrulha, eu quebrei o silencio:

─ Você não vai falar nada mesmo? ─ falei em voz baixa.

Ele ficou uns instantes em silencio, como se escolhesse as palavras.

─ Brigou com seu namorado? ─ perguntou ele finalmente, fitando o nada.

─ Eu não tenho namorado! ─ exclamei sem pensar.

Ele parou e me fitou.

─ Mas… Mas, aquele dia, o Corner… Eu ouvi. ─ disse ele com a voz falha.

─ Aquele dia eu estava terminando com ele, não sei se percebeu mas nós estávamos gritando! ─ falei sarcástica, parando também de andar.

─ Eu… Eu não sabia. ─ disse ele baixando o olhar.

─ Nós começamos a namorar no dia em que viajamos para a casa do tio Gui. E bom, naqueles dias eu vi que ele não era o cara certo para mim, por isso decidi terminar. ─ disse com o tom brando, porém frio e cortante.

─ Eu… Eu não sei o que dizer. ─ disse ele fitando-me ─ Nem deixei você falar. Me desculpe. ─ havia remorso em sua voz.

─ Não! ─ falei voltando a caminhar.

─ Não o que? ─ perguntou ele, confuso.

─ Não te desculpo. ─ falei séria, sem olhá-lo. ─ Eu arrumei um jeito de entrar no seu salão comunal, por que você não saia de lá, apenas para tentar conversar. Pra que? Pra você me ofender. ─ disse elevando um pouco a voz.

─ Eu já pedi desculpas! ─ exclamou ele.

─ E eu não as aceito. ─ falei.

Ele ficou em silencio por um instante, como se pensasse, então disse:

─ Tudo bem Weasley, mas se você não aceita-las por bem, ira aceita-las por mal. ─ havia um sorriso malicioso em seus lábios, e uma expressão travessa em seu rosto, que me deixou assustada.

─ Do que você está falando? ─ perguntei, porém ele já me puxava, descendo as escadas.

POV SCORPIUS.

Cheguei no corredor da patrulha, e ela estava lá. Sozinha. Eu juro que imaginava ela conversando com Alvo e com Corner, rindo e feliz. Porém não. Os dois patrulhavam e ela apenas observava, com o olhar um tanto… triste.

Estranho.

Fui falar com Alvo, esperando que ela interagisse com o seu suposto namorado. Ele a ignorou, e eu comecei a pensar que alguma coisa estava muito errada.

Ficamos patrulhando por muito tempo e o tempo todo a mesma pergunta martelava em minha cabeça.

“O que está acontecendo, afinal?”

Eu não sei, e não tenho coragem nem cara-de-pau o suficiente para perguntar.

Até que por um milagre, ela quebrou o silencio.

─ Você não vai falar nada mesmo? ─ falou ela, em voz baixa.

Demorei uns instantes para responder, calculando se devia mesmo perguntar. Minha curiosidade me venceu.

─ Brigou com seu namorado? ─ perguntei sem fita-la

─ Eu não tenho namorado! ─ exclamou ela.

Fique estático. Como assim? Ela tem namorado, eu ouvi.

─ Mas… Mas, aquele dia, o Corner… Eu ouvi. ─ disse com a voz falhando.

─ Aquele dia eu estava terminando com ele, não sei se percebeu mas nós estávamos gritando! ─falou ela, irônica.

─ Eu… Eu não sabia. ─ disse baixando o olhar.

─ Nós começamos a namorar no dia em que viajamos para a casa do tio Gui. E bom, naqueles dias eu vi que ele não era o cara certo para mim, por isso decidi terminar. ─ ela respondeu com a voz fria e cortante.

─ Eu… Eu não sei o que dizer. ─ disse fitando-a ─ Nem deixei você falar. Me desculpe.

Eu realmente havia pisado na bola! Como não pensei que eles poderiam estar terminando? A questão é que a raiva e a tristeza do momento bloquearam qualquer pensamento inteligente da minha cabeça.

─ Não! ─falou ela, ríspida.

─ Não o que? ─perguntei confuso.

─ Não te desculpo. Eu arrumei um jeito de entrar no seu salão comunal, por que você não saia de lá, apenas para tentar conversar. Pra que? Pra você me ofender. ─ disse ela elevando um pouco a voz. Jogar isso na minha cara só fez eu me sentir pior.

─ Eu já pedi desculpas! ─ exclamei.

─ E eu não as aceito. ─ respondeu.

E agora Scorpius, pensa.

Você fez a cagada, e agora você vai consertar. Comecei a recapitular tudo de bom que passamos juntos nos últimos tempos, como se isso fosse me dar uma resposta.

E por incrível que pareça, deu.

Me lembrei de uma coisa, sem importância no momento, porém de vital importância agora.

Flashback

─ E você, Rose? ─ perguntou Teddy, para Rose.

─ Ah, eu não jogo, tenho horror à vassouras. ─ falou ela.

─ Que tipo de pessoa não gosta de voar? ─ perguntei incrédulo

─ O tipo de pessoa igual à mim, doninha quicante. ─ respondeu ela com um sorriso irônico.

Fim do flashback

É isso, vassouras.

─ Tudo bem Weasley, mas se você não aceita-las por bem, ira aceita-las por mal. ─ falei finalmente, fitando-a com um olhar travesso.

─ Do que você está falando? ─ perguntou ela, porém eu já a puxava pelas escadas.

POV ROSE.

O que esse louco quer? Pelo que eu sei ele está me arrastando para o saguão de entrada. Mas pra que? Já esta terminando o nosso horário de patrulha, e se Filch nos pegar, estaremos fritos.

Então ele parou em frente à um armário de vassouras, retirou uma e saiu em direção ao saguão.

Eu tentava fazer perguntas, porém ele insistia para que eu ficasse em silencio. Logo saímos para a noite fria de primavera, ele saiu cortando os jardins, me arrastando por uma mão, e levando a vassoura na outra. Comecei a ficar preocupada.

─ Pra onde estamos indo Malfoy? ─ perguntei.

─ Fique quietinha se não quiser ser pega. ─ disse ele. ─ nosso horário de patrulha acabou faz cinco minutos. ─ ele disse como se fosse a coisa mais normal do mundo.

─ Idiota.. ─ resmunguei, e ele sorriu.

Para minha surpresa nós chegamos ao campo de quadribol. Mas, por quê? Não estou entendendo. Ele soltou a vassoura e ela planou no ar, então ele subiu e me puxou, me deixando atrás dele. Então eu me toquei.

Nós vamos voar.

Não. Qualquer coisa, menos voar.

Quero dizer, eu já sou bem desastrada com os dois pés bem pregados no chão, agora imagina voando.

Quando dei por mim já estávamos subindo, o vento batia furiosamente contra meus cabelos, e eu estava em pânico.

─ MALFOY, DESSE ISSO AGORA! ─ gritei.

─ AH, ACHO QUE NÃO QUERO DESCER AGORA, RUIVA. ─ disse ele divertido.

Nós precisávamos gritar um com o outro, por que estávamos indo cada vez mais alto, e o vento impedia que nos ouvíssemos com o tom de voz normal.

Nós subíamos e subíamos, então, com medo, me agarrei à ele e enterrei o rosto em seu pescoço. E que perfume…

“Rose Weasley, você está a uns vinte metros de altura, se concentra” ─ pensei.

Eu o abraçava cada vez mais forte, e fincava minhas unhas em seu abdomen, tamanhas era meu medo de cair.

─ POR FAVOR, DESCE… ─ supliquei.

─ SÓ SE VOCÊ ME DESCULPAR. ─ disse ele, e parecia estar achando uma grande graça nisso tudo.

─ NÃO VOU TE DESCULPAR COISA NENHUMA MALFOY! AGORA DESCE ESSA VASSOURA IMEDIATAMENTE. ─ gritei ainda mais alto, fazendo minhas cordas vocais arderem.

E olha, vendo pela potencia da minha voz, isso realmente não é pouca coisa.

Mas quem esse loiro idiota pensa que é pra fazer uma atrocidade dessas comigo?

─ DESCULPE RUIVA, MAS ACHO QUE SOU EU QUEM ESTÁ NO COMANDO DA VASSOURA, PORTANTO OU ACEITA AS DESCULPAS E VOLTAMOS A SER BONS AMIGOS, OU EU NÃO DESÇO. ─ ele disse e com certeza havia uma ponta de riso em sua voz.

Ok, ele venceu. Meu medo é maior que meu orgulho.

─ TUDO BEM! EU ACEITO SUAS DESCULPAS! AGORA POR FAVOR, DESCE. ─ pedi.

─ AGORA SIM EU DESÇO! ─ disse ele alegre.

Ele aumentou a velocidade, fez um lupin no ar e mergulhou, o que me fez apertar ainda mais os braços em torno dele, se é que isso é possível. Ele parecia estar adorando.

Estávamos num mergulho totalmente vertical, e eu já podia me ver estraçalhada no chão, voltei a enterrar o rosto em seu pescoço, fechei os olhos e esperei a queda, que surpreendentemente não ocorreu.

─ Pode me soltar agora. ─ disse ele, com o tom de voz normal.

Estiquei as pernas e senti meus pés tocarem o chão firme. Suspirei aliviada.

Eu sai da vassoura, ele desceu. Nos encaramos. Então, eu simplesmente comecei a socá-lo e a gritar.

─ Como… Você… Ousa… Fazer… Isso… Comigo. ─ cada palavra era pontuada por um soco.

─ AI… Ai, para com isso. ─ disse ele, tentando se proteger.

─ SEU IDIOTA. ─ gritei ainda socando-o.

Então ele viu que eu não ia parar e começou a correr pelo campo, e com a raiva que eu estava, corri atrás dele.

Ele gargalhava alto, o que fazia minha raiva aumentar cada vez mais, cheguei bem perto dele, perto, mas não o suficiente para alcançá-lo, porém para minha sorte, o colete verde horrível de patrulhas esvoaçou, e eu o agarrei.

No memento em que puxei o colete ele se atrapalhou, tropeçou e foi com tudo para o chão, como eu estava agarrada firmemente ao colete, cai junto.

Então nós ficamos ali, um caído do lado do outro. As respirações ofegantes devido a corrida. Ele não tinha mais forças para correr, e eu não tinha mais forças para socá-lo. Ótimo.

Então, involuntariamente eu comecei a rir.

A rir não, a gargalhar. O porquê eu inda não sei.

Eu só sei que eu gargalhava alto, e ele me olhava como se fosse louca.

E eu estou começando a suspeitar de que ele esteja certo.

Depois de toda aquela raiva eu simplesmente começo a rir.

─ Você está bem? ─ perguntou ele, se apoiando nos cotovelos.

─ Eu… quero… te matar. ─ falei entre risos.

─ Desculpe, mas não acho que esteja em condições. ─ disse ele rindo também.

Então como eu tenho mais sorte ainda, começou a chover.

Ótimo.

─ Vamos entrar? ─ perguntou ele, quando as gotas engrossaram.

─ Ah, não! Vamos ficar aqui um pouco, está bom. ─ eu disse.

Mas por quê? Por que está bom? A noite não está das mais quentes, ainda é primavera, deve ser umas onze da noite e eu simplesmente estou deitada no campo de quadribol, ao lado de um idiota mor, tomando chuva.

Fantástico.

─ Está frio, é melhor nós entrarmos. ─ disse Scorpius depois de algum tempo, se levantando.

Nós estávamos encharcados até os ossos, por isso aceitei a sua mão, e me levantei.

Entramos sorrateiramente no castelo, Scorpius carregando a vassoura que quase acabou com a minha vida. Estávamos encharcados, e em silencio.

Tudo estava correndo muito bem, até que viramos no mesmo corredor com um armário de vassouras, aonde Scorpius havia pegado a que usou para me torturar, quando ouvimos passos, com certeza de Filch, vindos da outra extremidade do corredor.

Droga. Essa é a parte em que perdemos cinqüenta pontos para a Grifinoria e cinqüenta pontos para a Sonserina.

Pelo menos a pontuação fica equilibrada.

Não deu tempo de pensar, Scorpius simplesmente me puxou para dentro do armario de fechou a porta. Lá era pequeno e escuro. Ele jogou a vassoura num canto.

Nos estávamos um de frente para o outro, em silencio. Eu podia ouvir o meu coração, que insistiu em ficar acelerado, provavelmente com a aproximação dele.

Então ele se aproximou um pouco mais, eu já podia sentir a sua respiração no meu rosto, e as gotículas de água que caiam da ponta dos seus cabelos. Então ele venceu a distancia entre nós e uniu nossos lábios. Uma corrente elétrica passou pelo meu corpo, e eu tenho certeza que ele sentiu. Suas mãos foram para a minha cintura, e as minhas, involuntariamente foram para os seus cabelos. A boca dele era quente, quente e macia. O seu toque era delicado, como se tivesse medo de me ferir, como se quisesse fazer daquele momento, o momento perfeito.

E ele queria. E eu também.

Ele mordeu meu lábio inferior e juntou mais nossos corpos. A sincronia de nós dois era simplesmente perfeita, como se uma boca fosse feita sob medida para a outra. E eu me perdi, me perdi no seu perfume, nos seus braços que me envolviam e no seu toque, que me deixava cada vez mais, mais dependente daquilo tudo.

Então ele encerrou o beijo com um selinho e separou nossas bocas, unindo sua testa na minha. Fechei os olhos, pedindo para que aquele momento durasse para sempre.

─ Acho que o Filch já foi. ─ sussurrei depois de algum tempo, sentindo a sua respiração contra a minha.

─ Acho que sim… ─ ele sussurrou de volta.

Ele abriu a porta do pequeno armário de vassouras hesitante, não havia ninguém no corredor. Nós saímos.

Ok, essa e a parte que eu simplesmente não sei o que fazer ou o que dizer!

Que tal: “Adorei o beijo, obrigada!” ou então “Quando vamos repetir a dose?” Isso é realmente constrangedor.

Então ele veio e me abraçou, uma corrente de ar frio entrou pelo corredor, me lembrando de que ainda estávamos molhados.

─ Boa noite, Rose. ─ sussurrou ele, no meu ouvido.

─ Boa noite, Scorpius. ─ sussurrei de volta.

Então flutuei de volta para o meu salão comunal.


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Notas finais do capítulo

Então gente? Por favor, mandem reviews dizendo o que acharam, ficou bom? Eu penso nesse capitulo desde que comecei a escrever a fic e queria que ficasse perfeito!
Beijos :*