POV DOMINIQUE.

Estava sentanda na mesa com os outros, conversando e rindo, já era meia noite e cinco. Scorpius e Rose haviam sumido.

─ Olha só isso Alvo, e eu nem precisei de um plano. ─ Lily cochichou para Alvo, porém eu estava perto e pude ouvir. Olhei para a entrada no salão e vi uma cena chocante.

Rose e Scorpius entravam juntos. Ele estava com o braço nos ombros dela e ria de alguma coisa.

AI MEU DEUS. O MUNDO SÓ PODE TER VIRADO DE CABEÇA PARA BAIXO.

Quer dizer, eu sempre soube que eles se amavam, mas mesmo assim é chocante! Será que eles estão juntos? Fiz uma nota mental de perguntar a Rose mais tarde. Estava pensando quando sinto alguém me puxando pelo braço.

─ Vamos dançar, Nick! ─ disse James.

No geral eu não gostava que me chamassem de “Nick” mas ele falando ficava fofo.

─ Aaaah Jay, meus pés já estão doendo! ─ reclamei fazendo beicinho.

─ Ah, tudo bem então, vou chamar aquela morena do outro lado do salão, acho que ela ainda quer dançar. ─ disse ele virando as costas.

Droga. Ele sabe exatamente como me fazer ceder.

─ James! ─ chamei ─ Tudo bem, eu danço. ─ falei rolando os olhos.

Ele sorriu e me levou para a pista. Estavamos dançando quando meu otimo senso de direção permite que eu de um passo em falso, torcendo meu tornozelo.

─ AI! ─ exclamei.

─ O que foi? ─ perguntou ele.

─ Meu pé, torci. Ai, esta doendo. ─ disse com os olhos marejados.

─ Já falei que não entendo o por que desses saltos? Vem eu te levo para a casa. ─ então ele veio todo fofo, passou os braços na minha cintura e me pegou no colo, indo em direção a saida do salão.

─ Você deve estar sofrendo. Eu sou gorda. ─ disse assim que saimos para o ar frio da noite.

─ Nada que eu não possa aguentar. ─ disse ele me provocando.

─ Idiota! ─ disse e dei um tapa em seu ombro.

Então chegamos na sala de estar da casa dos Malfoy, ele me colocou no sofá de couro preto, e chamou por Clark, ela chegou rapidamente.

─ Ahn... Clark, será que poderia me arrumar uma caixa de primeiros socorros trouxa, se tiver, por favor? ─ perguntou ele meio sem jeito.

─ O Senhor é educado, Clark gosta do Senhor. ─ disse ela, com os olhos esbugalhados. ─ Ah, nós temos isso aqui sim, a Senhora de Clark disse que é sempre bom ter essas coisas, Senhor, só um minuto, Clark vai pegar. ─ ela disse e se reitirou.

─ Eu sei um feitiço que daria um jeito nisso na hora, mas... ─ disse ele se ajoelhando a minha frente e examinando meu tornozelo.

─ Tudo bem... ─ respondi.

Então Clark chegou com a caixinha branca de remedios e se retirou. James pegou um vidrinho, colocou o liquido em um paninho e começo a passar no meu tornozelo.

─ Você sabe o que esta fazendo? ─ perguntei meio insegura.

─ Claro! ─ disse ele sorrindo. ─ sempre quando eu e meus irmão estamos de férias e vamos jogar quadribol, sempre que alguém se machuca nós usamos isso, por que nem sempre meu pai ou minha mãe estão por perto...

─ Está passando a dor... ─ eu disse.

Então ele retirou da maleta uma longa bandagem e enrolou no meu tornozelo

─ Pronto, agora é só não ficar andando, sabe, só até que algum maior de idade esteja sóbrio o suficiente para fazer um feitiço.

Eu já disse que Teddy e Victoire estavam chapados de fire whisky? Pois é, isso que eles vieram para cuidar de nós.

Ele sorriu e me olhou, eu fitei aqueles olhos castanhos esverdeados e me perdi neles por um segundo. Ele continuava ajoelhado na minha frente. Então ele subiu os dedos até o meu joelho e deslizou-os levemente na minha canela. Um toque simples, mas que fez eu me arrepiar, o que não passou dispercebido por ele, que sorriu divertido e se sentou ao meu lado. Então ele subiu os dedos no meu ombro e desceu levemente pelo braço. Me arrepiei de novo, e mais uma vez ele precebeu. Droga. Então ele chegou com a boca bem proxima do meu ouvido.

─ Você se arrepia com facilidade, ou é só com o meu toque? ─ ele disse com uma voz rouca, extremamente sexy, roçando os labios na minha pele. Mordi o labio fortemente, ele sorriu divertido novamente. ─ Hum, acho que vou experimentar uma coisa então.

Ele desceu um pouco a boca, aproximou-a do meu pescoço e depositou um beijo ali, só um beijo de leve, mas extremamente provocante para mim. Suspirei tentando me controlar.

─ James... ─ disse com a voz falhando. ─ Nós somos... primos. ─ disse fechando os olhos e suspirando.

Ele subiu a boca novamente até o meu ouvido e disse:

─ Isso mesmo... Só primos.

Então ele virou meu rosto e seus labios encontraram os meus, a lingua deve pediu passagem e eu dei. Nossa! E que labios, que pegada. Ele passou as mãos pela minha cintura e foi me inclinando, até que eu estivesse deitada no sofá, então eu enterrei minhas mãos em seus cabelos pretos e deliciosamente macios. Estavamos quase perdendo o ar, quando ouço alguém entrar na sala.

─ hem, hem ─ pude destinguir Alvo pigarreando. Nós ignoramos e continuamos nos beijando.

─ HEM, HEM ─ ele praticamente gritou. Ai sim nós nos separamos ofegantes. Sentamos no sofá, arrumando as roupas, como se nada tivesse acontecido.

─ Vocês sabiam que isso é uma casa de familia, não sabiam? ─ perguntou Alvo reprimindo um riso.

─ Cala a boca, Alvo. ─ disse James sem fita-lo.

─ Que coisa feia vocês dois, qualquer pessoa poderia entrar aqui e se deparar com essa cena.

Para minha surpresa, James começou a rir.

─ Fica... quieto... Alvo... você é... muito... chato. ─ disse ele entre risos.

Alvo me olhava com um olhar inquisitivo, correspondi o olhar. Então James me fitou e me beijou novamente.

─ Droga, todo mundo se acertando e eu aqui... ─ pude ouvir Alvo resmungar e sair da sala, antes de me entregar totalmente aquele momento magico, que era ter ─finalmente─ James para mim.