Pov Lilith

– O que você ouviu. Saudades do tempo que era um comensal da morte, professor? Deve sentir falta não? Antes podia fazer o que quiser e agora tem que ficar sob os olhares do diretor...

– Cale-se! - ele gritou, fazendo me tremer. É, agora ele está ficando nervoso. - Você não faz ideia do que diz...Eu não sei de onde tirou essas ideias loucas...

– São verdadeiras e você não pode negar. - cortei-o. - Meu tio por parte de pai era um comensal também e ele contou para meu pai sobre alguns comensais, inclusive você. Eu me lembro daquele dia, ouvi tudo atrás da porta. Vamos Seboso, por que não me ataca? Não me tortura?

Ok, eu estou realmente ficando louca por dizer tais palavras. Mas eu já as queria dizer faz tempo e bom, já que to metida da lama, vou afundar até o fim.

– Ou será que não consegue mais? - disse num sussurro debochado.

Tudo aconteceu bem rápido. Ele nunca foi muito paciente e minha provocação teve efeito. Ele lançou um feitiço na minha direção. Sorte que já estava preparada e rebati.

– Você não sabe com quem está mexendo Devon. Sou muito mais perigoso do que você pensa.

– É? E o que você pode fazer?

POV Severus

Aquela garotinha estava afim de brincar comigo. Ela quer brincar né? Pois vamos brincar. Lancei outro feitiço que ela rebateu, apenas para distrai-la. Lancei outro em seus pés e ela caiu. Usei o Levicorpus e a trouxe para perto de mim. Joguei-a no chão.

– Crucio.

Ela se contorceu de dor e soltou um grito. Deixei-a sofrendo por um minuto.

– Ainda acha que não sou capaz menininha?

Ela olhou para mim com um sorriso.

– Só isso, professor?

Tive que me atirar para o lado rapidamente para escapar do feitiço dela. Tenho que admitir que ela tem garra. Estou gostando. Nunca pensei que essa garota podia ser tão...forte.

Fui atingido por outro feitiço e bati na parede no fundo da minha sala, derrubando a estante.

– Vejo que sabe se virar numa luta. - eu disse me levantando.

– Sim. Esse mesmo tio que eu lhe falei gostava de se divertir com seus sobrinhos e filhos. Mas me conte professor, é só isso que sabe fazer? - ela se aproximava. Chegou até a minha frente e se abaixou, ficando na altura em que eu me encontrava. - Poxa, pensei que fosse mais agressivo.

Eu puxei sua perna fazendo a cair novamente e fui para cima, prendendo-a entre minhas pernas. Segurei seus pulsos acima da cabeça com uma mão e com a outra eu pus a varinha em seu pescoço.

– Aprenda uma coisa, garotinha. Nunca abaixe a guarda para nenhum inimigo. Você late muito mas não passa de uma filhotinha muito travessa. - Desci a varinha, cortando a blusa dela (mais do que já estava) - Seu tio não te contou o que comensais fazem para se divertir? De como eu posso me aproveitar de você agora?

Olhei bem seu rosto. Ela não estava assustada, mas sim corada. Seus cabelos castanhos estavam espalhados pelo chão e seus olhos verdes brilhavam. Excitados. Sua boca estava entre aberta. Droga. Ela estava tão entregue à mim...Eu poderia fazer o que quisesse com ela ali... Podia fazê-la gritar meu nome...

A porta estourou, revelando a professora Minerva acompanhada de mais alguma pessoa que não vi a princípio.

– O que está acontecendo aqui?!! - Ela disse pálida.

Merda.