Eu E Severus escrita por Manih


Capítulo 35
Dia atípico


Notas iniciais do capítulo

Hellooooo!
:)



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POV Severus

– Ora Severus, nunca imaginei que quisesse algum dia participar de uma reunião de amigos de uma forma tão intima. – falou Dumbledore.

A cena era totalmente...inacreditável. Tanto que não encontrei minha língua.

Havia sapos de chocolate, feijões de todos os sabores e outros tipos de doces aos montes espalhados pela sala. Havia também algumas garrafas vazias e uma pela metade, provavelmente de Whisky de fogo e cerveja amanteigada. Lilith vestia somente uma grande camisa e estava sentada fazendo tranças no cabelo de Dumbledore. Este...

Dumbledore estava vestindo um pijama de flanela rosa com corações em lilás e pintava as unhas de uma mulher com longos cabelos negros.

– Oh! Você deve ser meu genro! – disse a tal mulher.

– Mãe! – exclamou Lilith.

A mulher levantou e veio em minha direção, estendendo as mãos.

– Lilith, minha filha, é por isso que você não me apresentou seu namorado...um homem tão bonito! – E ela me abraçou.

Não consegui retribuir, dado ao meu estado de choque.

– Hã... – balbuciei.

– Tudo bem querido. – disse a mulher dando tapinhas em meu ombro. – Geralmente os homens não encontram palavras quando estou perto. Meu nome é Helena Devon, mãe de Lilith.

– Prazer, sra. Devon. – consegui pronunciar e olhei para Lilith.

– Querida Helena, talvez agora seja uma boa hora para me mostrar o lago perto daqui. – disse Dumbledore, levantando e jogando as tranças para trás.

– Mas é claro Dumbledore. Acho que os dois pombinhos querem privacidade. – disse Helena, rindo.

Então os dois se foram e Lilith continuou sentada me olhando.

Ela pegou um feijão e comeu.

– Hum, acerola. – falou com a boca cheia.

Andei até o meio da sala, até ficar de frente a ela.

– Pensei que fosse ter um encontro com o panaca.

– Pensei que você não se importava. – ela rebateu.

Não respondi. Lilith levantou do chão e colocou as mãos na cintura.

– Você achou mesmo que eu ia trocar o meu morcegão das masmorras por ele? Ele pode ter salvado muita gente e feito muita coisa, mas ele nunca vai conseguir ser o meu comensal bipolar.

Não falei, nem argumentei. Apenas a empurrei até batermos numa parede e a beijei.

Pov Lilith

Acho que uma das melhores sensações do mundo é estar numa cama aconchegante, debaixo de um edredom. Com um travesseiro bem macio. E recebendo cafuné.

– Lilith...

– Hum.

– Vamos, acorde...

– Pra quê?

– Preciso levantar...

– Então vai.

– Você está em cima de mim.

Resolvo abrir um olho e percebo que realmente estou em cima do Sev-macio-como-cama.

– Bom dia... – digo, ainda com a voz arrastada.

– Bom dia dorminhoca. Por que está me olhando com essa cara feia?

– Cara feia que te conquistou, docinho. Na verdade estou tentando me lembrar do sonho que tive...Sonhei que tinha 5 pessoas morando aqui comigo.

– Vai abrir uma hospedagem?

– Tinham dois bruxos...e três trouxas, eu acho. Os trouxas estavam reclamando sobre alguma coisa...

Ficamos nos olhando por 2 segundos até eu fechar os olhos.

– Lilith, não dorme de novo! – ele exclamou, parando o cafuné.

– Huuuum. – argumentei.

– Eu preciso voltar para a escola.

– Huum hum Huhuhum. – argumentei novamente.

– É sábado sim, mas tem jogo de quadribol. Alguém vai notar se eu faltar ao jogo do meu time.

– Huhum.

– Lilith...

– Aaaah Snape! – resmunguei. – Você nunca passa o dia comigo. Hoje é sábado, fica um pouquinho só...por favor.

– Tudo bem.

– Por favor Sevizinho lindo tchutchuco...

– Já falei que fico.

– ... Da mamãe Lilith, o melhor morcegão...

– Lilith, eu já falei...

–... De todas as masmorras do mundo, o...

Então ele enviou uma meia na minha boca.

– Argh! Severus, ela tava suja! – gritei.

– Só assim para você parar de falar!

Dei língua pra ele.

– O que vamos fazer hoje? – perguntei, feliz.

– O que acha de passarmos o dia na cama? – Sev safadinho perguntou.

– Acho uma ótima ideia mas...to com fome.

– Novidade.

– O que acha de fazermos um picnic?

– Picnic! Uma ótima ideia! – Disse minha mãe entrnado no quarto.

– Mãe! – gritei, cobrindo eu e Sev. – Privacidade, por favor!

– Olha mais que cena linda! Alvo, vem aqui ver... em breve terei muitos netinhos!

Dumbledore colocou a cabeça para dentro do quarto. Seu cabelo estava estranhamento cor de rosa.

– Bom dia meus queridos. Ouvi alguém falar em picnic?

– Alvo! – Disse Severus, pegando a varinha – de onde ele tirou ela? – e fechando a porta. – Velho caduco...

– Sem noção minha mãe... – disse eu coçando os olhos.

***

O tempo estava realmente bonito. Olhei em volta, para o meu jardim vazio. Em breve vários tipos de plantas estarão nascendo ali.

– Querida, onde tem um grande pano para forrar o chão? – perguntou minha mãe.

– Não faço ideia mãe.

– Como você acha que será uma boa mãe, Lilith? Não tem nada dentro desta casa a não ser todos esses caldeirões que ficam soltando fumaça o dia todo...Assim nem Severus vai te querer!

– Fique tranquila, sra. Devon. – disse Severus, me abraçando por trás. – Eu só estou com ela pelas poções.

– Oh Merlin dos pombos terroristas! – exclamou uma voz e pude ver Rose no portão de minha casa. – Isso foi muito mais romântico do que toda a minha noite!

Corri para ela e a abracei.

– Rose! Me conta tuuuuudo amiga! Como foi a noite com Lockhart?

***

–Quem olha, nem imagina, sabe. – disse Rose, comendo um pouco de pudim.

Estávamos todos sentados a beira do lago. Tinhamos vários pratos a nossa volta, com uma enorme jarra de suco de abóbora que nunca acabava. Eu estava sentada ao lado de Severus – que parecia um tanto desconfortável por estar à luz do dia, afinal, morcegos gostam da noite.

– Primeiro, ele tomou um susto quando viu que não era você no ponto de encontro. – Rose continuou. – Mas acho que o meu charme e minha beleza acabou convencendo ele a continuar a noite comigo, é claro. E eu que pensei que ele fosse tudo aquilo que ouvi falar...claro, ele é muito bonito. Mas você acredita, professor Dumbledore, que ele falou a noite inteira e mal deixou eu abrir a boca?

– Não diga! – o velhinho exclamou, com a boca cheia de bolo de chocolate.

Não deixar Rose conseguir falar? Isso é uma baita novidade.

– Sim! Por fim, ele me levou para dançar e até que ele se saiu bem. Depois, fomos pra cama.

– Merlin, que menina rápida! – exclamou minha mãe!

– E rapidez deveria ser o sobrenome dele! – Rose estava realmente brava. – Não durou nem cinco minutos! E ainda teve a cara de pau de perguntar se foi bom pra mim.

Severus se engasgou com o suco de abóbora e começou a gargalhar. Todos rimos muito, principalmente depois de escutarmos Dumbledore dizer “Então nem vale a pena eu tentar algo.” E assim a manhã passou alegremente, todos falando mal da performance de LockHart, principalmente Severus que se mostrou bem comunicativo.

E estávamos nesse clima bonito quando uma coruja pousou ao lado de tio Dumby. Ele pegou a carta e dispensou a coruja.

– Oh céus. – disse tio Dumby e ficamos alertas.

– O que aconteceu, Alvo? – perguntou Sev.

– Falando em LockHart...Minerva diz na carta que Harry sofreu um acidente no jogo de quadribol, e o professor tentou remendar os ossos do braço do menino...e agora ele está sem nenhum.

– ele é um idiota. – resmungou Severus. Não sei porque contratou ele.

– Alguém tinha que assumir o posto. – Suspirou Severus. Acho que já é hora de voltar para a escola. – disse Dumbledore, suspirando. Ele pegou a varinha e, dramaticamente, apontou para o cabelo, desfazendo as tranças e a cor rosa de seus cabelos. – Foi muito bom passar esses momentos agradáveis com vocês, a sua casa é realmente linda Lilith. Mas agora, voltemos aos afazeres do dia.

– Um dia desses venha tomar chá das cinco comigo, Dumby! – exclamei.

E assim aparatou.

– Acho que também vou indo. – disse Rose, me olhando risonha. – Hoje tenho um desfile e não posso me atrasar. Foi bom conhece-la sra. Helena!

E também aparatou.

Passamos um final de manhã bem agradável, eu, Sev e minha mãe. Ok, ela estava contando meus micos de infância, como toda mãe que se preze, e Severus estava rindo da minha cara, mas essa cena é uma total raridade, vinda do morcegão das cavernas.

Por fim, algumas nuvens surgiram acima de nós e começou a chover. Tivemos que recolher tudo às pressas e correr de volta para casa. Chegamos totalmente ensopadas e após tomarmos banho – leia-se dar uma amassos no banheiro – fomos jogar xadrez de bruxo. O mesmo que Dumbledore havia me dado em meu ultimo ano de escola. Minha passou a tarde na cozinha, preparando o almoço.

Um dia tão atípico...mas tão especial. Eu olhava para Severus e o via descontraído, bem diferente de como ele fica no castelo. Por fim, minha mãe tinha gostado tanto dele que já o estava chamando de filho. E claro, predizendo quantos filhos iriamos ter.

Mães.

Tivemos um jantar calmo e minha mãe resolveu ir dormir cedo, alegando que queria em breve ter muitos netinhos. E por fim, passamos a noite juntos, mais uma vez.

Ok.

È claro que passamos cerca de umas duas horas conversando, discutindo e debatendo sobre, é claro, poções.


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