POV SNAPE

Passei a semana pensando em como poderia castigar a peste. Na segunda, meus pensamentos rondavam tortura, maldições e atos que, legalmente, eu não poderia fazer. Depois, com mais calma, percebi que *infelizmente* realmente esse não era o caminho. Mas como fazer então? Algo que a castigasse por tudo o que tem feito? Depois de muito pensar, cheguei a uma conclusão. Podia não ser o que eu queria, mas que - como os alunos idiotas dizem - ela iria ser feita de idiota, iria.

POV Lilith

Nossa, esse semana passou voando! Depois que Dumbledore me concedeu aquela sala, passei todo o meu tempo vago tentando por alguma ordem naquilo. Não que eu goste, mas até pra uma pessoa preguiçosa como eu aquilo tava uma porcaria. Consegui consertar as estantes, coloquei os livros no lugar - depois de reparar alguns -, limpei as poções derramadas, joguei fora alguns objetos inúteis - papeis em branco e rasgados, penas, tintas secas, uma cueca e outras coisas que não mencionarei -, encontrei uma mesa e uma cadeira debaixo do lixo todo!!! Tirei toda a sujeira sobressalente...enfim, passei a semana ralando. Mas o final foi surpreendente: consegui deixar algum lugar limpo! Nem quando minha mãe me mandava arrumar meu quarto ou qualquer parte da casa eu conseguia...ficava de castigo uma semana...

Mas o melhor de tudo é que não encontrei o professor Snape em nenhum dia!!! Mesmo passando em frente a sala dele todos os dias - claro que tomei cuidado para não passar quando a aula estava no começo ou fim -, apesar que minha alegria irá acabar quando a ultima aula de hoje - sexta - vier: Poções.

Bom, amanhã mesmo começo a trabalhar aqui nesta minha salinha linda. Ah não, tem a detenção com o Sebos...Professor Snape...Droga. Bom, aproveitei enquanto durou. Acho melhor eu ir andando...chegar atrasada não dá né? Sai da minha sala *linda* e fui andando em direção à sala de aula, que ficava ali perto. Percebi que os alunos já estavam entrando, então corri e tentei passar despercebida. Sentei numa mesa com mais dois garotos da corvinal(Como poucas pessoas passam em poções, todas as casas têm aula juntas, portanto da corvinal tinham apenas sete). O professor estava de costas, escrevendo algo no quadro. Droga. Eu REALMENTE não sei o que acontece comigo. Fico toda feliz por não ter olhado pra cara dele, mas quando o vejo sinto meu coração disparar, como se estivesse esperado para vê-lo. Como se estivesse ansiosa. POR QUE ISSO ACONTECE?

Ele parou de escrever e virou para a turma. Passou os olhos por todos e parou em mim. Deu um sorrisinho. Sabe o que isso significa, né Lilith? Que o unicórnio foi pro brejo. Ele começou a aula. Falou das provas que viriam - como todos os professores haviam feito. Após nos chamar de cabeças de vento, falar que não aprendemos nada nesses anos e blablabla, ele disse que iriamos preparar uma poção que duraria um ciclo de lua cheia (um mês, quase): Veritaserum.

Logo, a turma ficou agitada, ansiosa. Porém, vinte minutos após termos começado a poção, todos já estavam desanimados, pois não estavam conseguindo. Logo, fumaças multicoloridas infestaram a sala. Somente a minha estava perfeitamente sem cor, e uma garota da Grifinória, chamada Cassandra , tinha a poção num tom azulado quase imperceptível. E por incrivel que pareça, o professor não veio até minha mesa nem um estante. Pode se dizer que a aula foi tranquila. Tem algo errado ai, pelo que me lembre, não houve uma aula em que, pelo menos, ele não tirasse ponto da queridinha dele aqui.

Quando a aula terminou, o professor disse para eu esperar. A turma saiu falando de mim - que provavelmente tinha feito algo. Droga!

– Me encontre meia noite em frente ao Salão Principal. - E saiu da sala. Meia noite? Eita...

***

Eram dez pra meia noite quando sai do Salão Comunal. Andei pelo castelo até chegar ao local marcado. Logo, ouvi passos e me virei na direção deles. Lá vinha ele, com aquela capa habitual, parecendo um morcego. Mas que detenção seria essa, para ser de noite? Logo, um pensamento pervertido passou a minha mente, mas tratei de afastar. Ele podia ser o que for, mas era um homem de respeito.

Ele disse para segui-lo e voltou por onde veio. Andamos em silêncio até chegar ao sétimo andar.

Ele disse para eu esperar assim que chegamos ao mesmo, e saiu andando. OKAY. Agora estou confusa. O que irá acontecer agora? Um monstro irá me atacar?

Não, isso não aconteceu.

Ele apenas voltou e me disse para segui-lo novamente. Já sei, vamos ficar andando pelo castelo a noite toda, deve ser isso né?

Paramos em frente uma porta que eu nunca havia visto ali. Peraí...ali deveria fica a Sala Precisa, não? POR MERLIN!! O que ele está planejando na Sala Precisa??? Me veio outro pensamento pervertido.

Ele virou para mim com um sorriso no rosto. Merlim...