Eu E Severus escrita por Manih


Capítulo 25
D. m.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos e queridas! Acreditam que quando finalmente consegui escrever um capitulo o Nyah saiu do ar? :x
Pois bem, aqui está um capitulo com grandes revelações e aventuras...
Bom proveito.



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Lilith pov


Assim que meus olhos bateram nele, estaquei automaticamente da correria pela floresta. Estava em pé olhando para cima com uma expressão tranquila. Seus cabelos loiros estavam emaranhados, beirando o ombro. Millene estava amordaçada e amarrada, aos seus pés. Toda minha coragem, determinação e raiva foram ralo abaixo quando o vi. Ele olhou para mim e sorriu.
– Olá girafinha. – visto que eu continuei muda, ela perguntou: - Não vai cumprimentar um velo amigo?
Meus olhos correram de seu rosto para sua varinha e para Millene que me olhava com os olhos arregalados.
– Como? – foi a única coisa que consegui falar.
– Como o quê, girafinha? Seja especifica. Nem eu e sua amiguinha aqui estamos entendendo. Você está, querida? – e ele puxou os cabelos de Millene para que ela olhasse para ele. Ela fez que não freneticamente com a cabeça. Aquilo me tirou de meu torpor.
– eu não sei por que raios você está aqui Dan, mas eu quero que a solte imediatamente.
– Eu não posso. Ela faz parte do plano de vingança, sabe.
– Vingança? O que eu fiz para você? Você... – e uma onda de raiva passou por meu corpo. – Você matou gente inocente tão facilmente Dan! Eu não... Não consigo...
– Entender? Ora girafinha, você foi sempre tão esperta. Pensei que fosse matar a charada facilmente. Mas você não está feliz em me ver? Saí daquele inferno só para ver você.
– Dan, por favor. Solte a Millene e vamos resolver sozinhos o que tiver que ser resolvido.
– Eu já disse que não! – ele gritou, tremendo todo. – e agora...
Ele apontou a varinha para a minha direção. Imaginava o que ele iria fazer, e não via solução alguma. Teria que suportar e arrumar uma maneira de tirar Millene dali. E logo veio a dor.

Pov Severus

Eu corria pela floresta sem rumo, tentando achar alguma pista de onde Lilith poderia ter passado. Menina burra! Deveria ter deixado avisos no caminho ou avisado alguém, invés de ir sozinha atrás de um maníaco. Um grito ecoou pela floresta e mudei rapidamente de direção. Seja lá quem for o infeliz, irei tortura-lo e matá-lo lentamente. Avistei um rapaz apontando a varinha para minha Lilith. Alguém estava deitada no chão, provavelmente Millene. Cerrei os dentes e usei um feitiço de desaparecimento. O rapaz abaixou a varinha e Lilith que estava contorcida no chão, relaxou o corpo. O rapaz se aproximou dela e acariciou o seu rosto. Apertei com força minha varinha.
– Isso te lembra de alguma coisa, girafinha? Algo nos velhos tempos?
Antes que ela pudesse responder, algo se mexeu na floresta.
– Quem está ai? – o rapaz gritou. Ela apontava a varinha para todos os lados.
Minha chance.
Caminhei lentamente, para não fazer barulho naquele chão cheio de folhas e galhos, na direção de Lilith. Porém tive que me jogar no chão, pois o garoto fez aparecer uma roda de fogo de sua varinha, que queimou o ar na altura que seria minha cintura.
_ Finite. Pretificus Totalus.
Senti minha invisibilidade acabar e meu corpo enrijecer. Merda!
– Estupefaça! – ouvi uma voz diferente falar e logo vários estampidos começaram. Da minha posição não conseguia ver nada, somente os cabelos de Lilith.
– Detric... – a ouvi murmurar e logo começou a levantar. Seus olhos focaram em mim e ela colocou o indicador nos lábios, indicando silêncio.
– Finite. – ela murmurou, porém continuei parado. Ela sorriu e se levantou.
– Dan, seu cretino! Estupefaça! – E logo ela saiu do meu campo de visão. – Não!
Virei-me lentamente no chão para poder ver a cena. O Cara – a quem Lilith chamou de Dan, tinha uma Millene desacordada flutuando a sua frente. Lilith apoiava Detric por algum motivo e todos se encaravam.
– Por que está fazendo isso Dan?
– Sua mente brilhante ainda não descobriu girafinha? É VOCÊ A CULPADA POR TODOS OS ANOS QUE PASSEI NAQUELE INFERNO DE HOSPITAL! – Sua fisionomia beirava à loucura. – Eu jurei que quando saísse de lá, iria me vingar de você. Foi difícil fugir, e mais difícil ainda arrumar uma varinha e planejar tudo. Achei que não fosse conseguir voltar a manejar uma dessas – ele girou a varinha nas mãos – mas como dizem os trouxas, é como andar de bicicleta: quando aprende esquece jamais. Levantei-me rápido e lancei um feitiço paralisante nele, mas o mesmo rebateu e logo meu corpo foi invadido por dor. Muita dor.
– Vamos nos livrar do sobressalente, não é melhor girafinha?
Tudo aconteceu muito rápido. Lilith se lançou a minha frente e foi jogada em cima de mim. Sua blusa logo começou a manchar de sangue.
Ela começava, rapidamente, a morrer em meus braços. Foi nessa hora que meu peito começou a doer como a morte.


Pov Detric


Aquele idiota ficou momentaneamente surpreso por ter atingido Lilith e eu aproveitei para dar um soco na fuça dele. Logo ele soltou Millene e eu chutei sua mão, o fazendo largar a varinha. Bem que minha mãe falou que o Muai Thay iria servir pra alguma coisa algum dia. Só que ela falava sobre autodefesa... Bom, estou me defendendo dando uma sova nele agora. Enquanto chutava as costelas dele senti uma mão no meu ombro e logo fui jogado pra trás. Então o professor Snape apontou a varinha para ele e logo vi o cara se contorcendo de dor. Crucius, obvio. Ainda não entendi como ele foi chegar ali, mas não quis pensar nisso e corri até Millene. Vi quando aquele infeliz arrastou-a pelo castelo, mas acabei me perdendo na floresta. Só encontrei o caminho quando Lilith passou por mim correndo e a segui. Desamarrei minha garota e reanimei-a. Quando ela acordou me abraçou apertado e começou a chorar... Nossa, sempre tão dura. Nunca imaginei que fosse vê-la assim... Cretino!
– Quem está ai? – ouvi o professor falar e apontei minha varinha para o mesmo local onde ele apontava a dele. Com a outra mão, segurava minha menina apertada no peito. – Alastor Moody? – o ouvi falar ao mesmo tempo em que um homem muito feio e mal encarado aparecia entre as arvores.

Pov Lilith


Abri os olhos e arfei de surpresa. Não estava mais na floresta, e sim num branco e limpo quarto. Olhei ao redor e pude ver Millene e Detric sentados a um canto, conversando animadamente sobre, é claro, quadribol.
– Não se pode nem morrer em paz aqui, vocês ficam falando alto no meu tumulo!
_ Lilith! – exclamaram os dois. Então se achegaram ate mim.
– Então, me contem como eu não morri depois daquela dor horrível.
– Bom, foi tudo bem rápido... Eu consegui desarmar o safado lá e bati nele até o professor começar a tortura-lo. Depois chegaram alguns aurores e o levaram de volta para o St. Mungus.
– E você Millene, ficou machucada?
– Não Lily, nada que um bom descanso não tenha resolvido. – ela pegou na minha mão e seus olhos estavam chorosos. – Como eu posso agradecer por você ter ido salvar minha vida?
– Ora minha cara, não chore senão eu vou chorar e iremos perder muita moral na escola... Apenas umas barras de chocolate e fica tudo resolvido.
Ela sorriu e me abraçou.
– Mas que cena comovente. – ouvi uma voz bondosa e avançada na idade e logo me virei para Dumbledore.
– Será que dessa vez eu consegui bater todos os recordes de quebra geral de regras diretor?
– Talvez minha cara, mas o que seria das regras se não pudéssemos quebra-las?
Ele andou até mim e me abraçou. Uau. Ser abraçada por um super gênio, é como se eu me abraçasse.
– Você foi muito corajosa pequena Lilith. Agora, talvez seus amigos possam gostar de ouvir sua visão dos acontecimentos. – Então ele se sentou na poltrona onde meus amigos estavam antes.
– Bom, o nome dele é Dan Mathew Cross e ele é, bem, era meu amigo de infância. – não consegui impedir de sorrir tristemente. – Brincávamos muito quando eu tinha 10 anos, e ele costumava me chamar de girafinha. Era meu único amigo, mesmo sendo mais velho. Mas um dia algo terrível aconteceu. – E então as lágrimas começaram a cair e tive que parar para respirar fundo. - Ele foi me buscar na minha casa para brincarmos e meu tio, o comensal, estava lá. Ele não gostou nada de que eu estivesse em companhia masculina e atacou o Dan. Sabe, ele vivia dizendo que eu seria sua esposa quando crescesse e enquanto torturava Dan ele dizia que ninguém iria se aproximar de mim sem levar uma morte terrível. Eu tentei impedir, mas era só uma criança e não sabia como usar minha magia ao certo, por isso meu desespero acabou descontrolando meus poderes e acabei por atingi-lo de tal forma que acabou desmaiando. Me lembro que minha mãe chorava encolhida num canto na parede. Minha mente naquele momento ficou totalmente calculista. Amarrei o meu tio e tirei sua varinha, depois usei o pó de Flú para conseguir contato com o ministério da magia. Sabia que nunca iriam acreditar em uma criança, então ainda com a varinha em punho lancei um feitiço qualquer e logo seguranças apareceram. Corri de volta para minha casa trazendo eles ao meu encalço. Assim que eles viram meu tio amarrado ficaram atônitos e expliquei a situação. Meu tio foi preso em Azkaban e meu amigo internado. Ele ficou louco depois disso. Pelo visto, acabou colocando a culpa em mim.
– Realmente é uma história impressionante. Lembro-me de quando me relataram sobre a prisão deste homem e como uma simples garotinha conseguiu desarmá-lo. Bom crianças, acho que Lilith precisa descansar. Creio também que há mais uma visita que espera vê-la e não seremos nós a impedir. Vamos voltar ao castelo.
Os dois se despediram de mim e prometeram voltar outro dia. Então saíram e me deixaram sozinha. Ou melhor...
– Sabia que você devia lavar suas roupas de vez em quando? Sei que preto disfarça sujeira, mas o cheiro de poção está por todo o quarto. O que adianta ficar invisível se nem isso consegue? Aiai professor... – falei após deitar novamente em minha cama e fechando os olhos. Quando os abri novamente, pude comtemplar os deles. Ele estava sentado ao meu lado e quando o encarei, sua mão acariciou minha bochecha esquerda. Seu toque ficou marcado em minha pele.
– O que aconteceu com ele? – sussurrei.
– Foi trazido de volta pra cá. Antes ele estava apresentando bom comportamento e o colocaram em uma área para pacientes normais, por isso escapou om tanta facilidade. Mas agora o devolveram para a cela de louco que estava antes. Não que eu ache que isso seja suficiente por tudo o que fez a você.
– Não fale assim Sev... Snape. Ele era meu melhor amigo. Meu tio o enlouqueceu.
– Me chamando de Snape... Será que um dia irá me perdoar?
– Será que um dia você irá me aceitar? – rebati, sentindo meu peito doer de antecipação.
Ele não respondeu. Ao invés, colou seus lábios nos meus num beijo doce e leve.
– Só é possível aceitar algo que nunca tenha sido aceito. Agora é melhor dormir, para melhorar logo e voltar a infernizar aquele castelo com suas loucuras.
Ri com suas palavras.
– Posso infernizar seu coração também, professor?
– Nunca me pediu permissão para tal, creio que não será agora que irá realmente pedir.
Aconcheguei-me na cama e segurei sua mão, entrelaçando nossos dedos. Ficamos um tempo assim e quando senti um torpor de sono me invadindo, acabei revelando meus pensamentos numa total fase de loucura sonífera.
– Sabe o que eu acho?
_ hum?
– Que você está apaixonado por mim. – não ousei abrir os olhos, mas pude ouvir o riso dele baixinho. Creio que ele falou algo, mas não consegui escutar e logo cai num sono sem sonhos. Ao longo dos três dias que permaneci ali recebi muitas visitas, sejam dos meus amigos de Hogwarts ou de minha mãe. Porém Severus-provavelmente-está-apaixonado-por-mim não voltou mais... A única noticia que tive dele foi quando voltei ao castelo e cheguei ao meu quarto. Em cima de minha cama havia um papel dobrado ao lado de uma mascara negra. O papel dizia:


Poderia eu ter a honra de toma-la como companhia durante toda a noite do Festival de Vagalumes?
Seu Comensal favorito.
ps: Recusa não é uma opção viável.


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Notas finais do capítulo

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