Os dias corriam, e assim como os dias um boato corria pela escola.

Bocas alheias diziam que Lílith estava “pegando” geral.

Noite passada havia tido uma baita de festa no salão comunal da Corvinal, com direito a Grifinórios, Lufanos e até uma visita de Argus Filch e Severus Snape!

A ultima parte é verdade, mas não do jeito que muitos pensaram.

No fim da festa surpreendentemente, Argus Filch e Severus Snape chegaram. Chegaram para acabar com a festa.

– Noite anterior –

A musica tocava alto no salão comunal da Corvinal, era um disco d’As Esquisitonas, que estava agitando geral.

Todos dançavam e tomavam FireWhisky ou Cerveja amanteigada que fora contrabandeada por dois gêmeos pequenos, mas ainda assim, já muito astutos.

Lílith estava numa dança agarrada com um Lufano loiro e de olhos verdes. Muitos se surpreenderam com a ousadia da garota ao beijar o Lufano, mas afinal, ela já estava no seu sexto copo de Whisky de fogo. – tinha acabado por pegar o gosto da bebida com certo morcego da capa esvoaçante.

Aos poucos os convidados foram se afastando para dar passagem ao um certo penetra, Lílith não pareceu notar isso e continuou a dançar agarrada com o Lufano que tinha acabado de descobrir que se chamava Thomas.

A garota então começou a beijar o Lufano e nem percebeu a ausência da musica, que acabara de ser desligada por Argus Filch.

Finalmente ela se separou do loiro e então notou a falta de musica.

– Porque vocês pararam a musica? – perguntou confusa, e o Lufano saiu correndo com a cara de certo professor que estava atrás de Lílith.

Ela respirou fundo.

– Tem um professor atrás de mim não tem? – alguns assentiram, não era uma pergunta, então Lílith virou.

A sua primeira reação foi congelar a segunda: Dar de ombros.

– Olá professor Snape, vai um Whisky de fogo? – perguntou ela piscando um dos olhos que pareciam consumidos por raiva e dando as costas e então subindo até seu dormitório.

(...)

A noite de Lílith certamente fora muito agitada, ainda mais por ela ter tido a chance de “atingir” certo morcegão das masmorras.

– Senhorita Devon? – disse o morcego... Ah, digo... Severus. – Gostaria de dar uma palavrinha com você. – ele falou após dispensar os alunos que olharam pesarosos para Lílith, boa parte deles haviam estado na “festa” no salão comunal da Corvinal.

– O que você quer? – perguntou ela de modo grosseiro em frente da mesa do professor.

– Menos 20 pontos para a corvinal. - ele disse com os olhos queimando de algo que Lilith não soube decifrar, talvez fosse raiva. – Ainda sou seu professor, portanto me respeite garota.

– Me respeite?! – era revirou os olhos e jogou as mãos para o alto. – E você por acaso me respeitou? Só estou lhe retribuindo o “respeito”. Mas diga logo, porque me chamou aqui. – disse ela se inclinando por cima da mesa impaciente.

– Na próxima vez que eu a ver aos beijos com outro aluno, não vou hesitar em delatar a Dumbledore. – ele disse com os olhos queimando e se inclinando mais por cima da mesa, involuntariamente Lilith acabou se inclinando ainda mais, seus olhos ficaram da mesma altura. Um arrepio correu pela espinha da garota.

– Tenho certeza que já tentou e o diretor não deu atenção. – afirmou ela com os olhos levemente serrados. – Não sou como um copo descartável que você pode usar e jogar fora Severus. Ou você me quer e ou não quer, não existe um meio termo. – Ela se debruçou mais sobre a mesa, suas bocas ficando perigosamente perto uma da outra, ela falou com um sussurro sexy: - E cá entre nós, eu sei que você me quer.

O professor estava com a boca entre aberta, achando que Lílith o beijaria quando ela simplesmente se ajeitou e saiu da sala rebolando.

– Na noite anterior –

Severus saiu rápido como uma cobra do salão comunal da Corvinal após acabar com a festa. Ele estava irritado, muito irritado. Mas ele nunca admitiria o porquê para si mesmo.

O professor disse a senha do escritório de Dumbledore e antes mesmo de ele bater ouviu um “entre” lá de dentro.

– O que devo a honra da sua visita há essa hora meu caro Severus? – disse o professor com as mãos juntas por cima da mesa e um olhar bondoso.

– É aquela garota louca! Você tem que a punir Dumbledore! – disse o homem andando de um lado para o outro no gabinete do professor, passando a mão pelos seus cabelos negros.

– Fala de Lílith? – Dumbledore deu um risinho quando Severus acenou com a cabeça dizendo que sim. – Mas porque eu deveria a punir meu caro amigo?

– Eles deram uma festa no salão comunal da corvinal! E quando eu cheguei ela estava se beijando com um lufano, aquele tal de Thomas que minerva tanto fala que é um ótimo aluno! – Severus agarrou os cabelos como se fosse os arrancar.

– Primeiro se acalme Severus. – disse o diretor assumindo uma fisionomia seria. – Primeiro me diga o que lhe incomoda, a festa no salão comunal da corvinal ou Lílith estar se beijando com outra pessoa?

– Até você? – ele bufou. – Todos vocês estão caducos, todos vocês! – ele fez uma careta.

– Não há problemas em admitir os sentimentos que você sente pela jovem Lílith, Severus. – disse o professor com os olhos bondosos. Severus saiu da sala como um furação.

No fim, tudo que restava ao homem era o seu FireWhisky, que tanto lembravam os lábios de Lílith.

(...)

Depois da conversa com Severus a garota voltara em pulinhos para o seu dormitório.

Poderia parecer idiota, mas aquilo deixara Lílith feliz. Talvez fosse a hora de Severus saber que ela tinha um valor, porque Lílith não era de se jogar fora, e se Severus não quisesse, o lufano iria querer.

Severus podia não saber o valor de Lílith, mas Thomas sabia.

Lílith se jogou na sua cama e então soltou um suspiro, pressionou sua cara contra o travesseiro e gritou. Após isso ela se virou de barriga para cima e ficou olhando o nada por um longo tempo até cair no sono.