Pequena Travessa escrita por Arline


Capítulo 21
Capítulo 21 - segunda temporada - bônus


Notas iniciais do capítulo

Bem, chegamos ao último do último!

Eis o bônus do casamento dos dois. Está curtinho, mas eu gostaria que vocês me dissessem o que acharam dele... Espero que gostem, certo? Após ler, marquem a fic como lida, ok?

Pra quem achou divertido o Ed achando que era gay, fiz uma one (Fantasy) onde ele é realmente gay e tem um romance com o Jasper. A quem de fato interessar e quiser rir um pouquinho, passe por lá!

Aqui nos despedimos de uma vez de PT. Mais uma vez, agradeço a todas que me acompanharam até aqui e aguentaram toda a demora.

Bjs e até alguma fic...



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BÔNUS

O CASAMENTO

Era o dia do meu casamento com Bella. Eu não estava nervoso nem nada, afinal, depois de três filhos, casar era o de menos.

Claro que eu amava minha mulher, mas esse não foi o único motivo que me fez querer oficializar nossa união... Não. As crianças sempre eram convidadas para as festinhas dos coleguinhas, eu estava trabalhando outra vez, assim como Bella, e nós notamos que as mulheres estavam mais saidinhas, davam em cima mesmo. E eu até poderia ser bem idiota, mas sabia que uma aliança daria mais confiança à Bella.

O ciúme também foi um fator importante em minha decisão. Era de conhecimento público quão ciumenta Bella era e até brigamos algumas vezes por conta disso. Não passava de alguns poucos gritos e acusações de eu estar sorrindo demais, mesmo sendo mentira, então seria melhor mostrar de uma vez que eu a amava e que só havia uma mulher em minha vida.

Também não fiz pedido algum; apenas comprei as alianças, comuniquei que nos casaríamos e fui tratar da papelada. Só. Simples. Minha família ficou indignada com minha atitude, pois esperavam festa, igreja, padre e todas aquelas coisas que só fazem com que a lua de mel demore mais a acontecer. O quê? Mesmo sendo um casamento no civil, eu teria uma lua de mel, ora essa! E o fato de termos três filhos não queria dizer absolutamente nada! Só porque eles já existiam, não queria dizer que eu jamais faria sexo depois disso.

Nossos filhos estavam todos arrumadinhos e parecendo pequenos lordes dentro de seus terninhos, e só faltava Bella descer para que pudéssemos seguir até o cartório, onde provavelmente minha família já estaria esperando. Não adiantou dizer que não seria um casamento esplendoroso; Bella quis uma porra de um vestido branco. BRANCO! Aquilo não poderia representar pureza nunca na vida. Não se Bella o estivesse usando.

Mas eu confesso que quase babei quando a vi, linda, descendo as escadas. O vestido não era em nada parecido com um traje tradicional de noiva; era só um pouco de pano apertando seus seios e deixando as curvas mais acentuadas. Nada vulgar, longe disso, mas era bem provocante, ainda mais quando eu vi a renda nas costas quase completamente nuas. E havia um buquê também. Uma coisinha bem pequena formada por florezinhas vermelhas.

— Uau! Você está linda. — dei um beijo de leve, não querendo estragar a maquiagem.

— Você também está bem bonito. E nossos menininhos estão lindos, você não acha?

— Acho. Bem, vamos? Temos de nos casar!

Bella sorriu e seguimos para o carro. Claro que nada estava bom o bastante pra ela... Nunca estaria! Eu não quis nenhuma daquelas palhaçadas de despedida de solteiro, dormir longe da minha mulher por uma noite, ficar longe dela enquanto nos arrumávamos... O convencional não era pra nós, só que ela não entendia isso e reclamava por eu ter visto seu vestido. Ah, pelo amor de Deus! Eu já tinha visto quase seu útero e ela se importava com uma porra de um vestido?

Ao chegarmos ao local onde ocorreria o casamento, encontrei Emmett do lado de fora, enchendo a cara e abraçando meu pai. Cara, aquilo não estava certo...

Lógico que eu estava puto, porra! Era meu casamento e ninguém tinha o direito de estragá-lo.

— Ed, irmãozão! Parece que Deus tá te dando uma segunda chance, mano! A hora de se enforcar vai demorar, porque teve um problema com o casamento anterior... Mais uma hora pra você pensar bem, cara.

— Não há o que pensar. E você, Emmett, vá tomar um café e curar o porre, senão eu te mato.

Resmungando, ele foi atrás de qualquer coisa que pudesse fazê-lo melhorar. Eu queria voltar ao carro, mas ninguém me deixou; preferiram seguir até a sala de espera, onde encontramos o restante de minha família e dois amigos de Carlisle. Eu disse: sem convidados, sem festa, sem gente torrando meu saco e me impedindo de sair em lua de mel.

— A conta é sua, pai. Eu não queria nada disso. Eu não pedi que você convidasse ninguém!

— São dois amigos, Edward. Eles queriam estar comigo e eu queria que eles estivessem aqui; não é todo dia que o mais retardado dos meus filhos vai se casar. E não se preocupe com as despesas, pão duro dos infernos, eu sou responsável pelas contas, ok?

Ele foi pra perto da minha mãe, me chamando de mão de vaca.

Bella veio pra perto de mim e me abraçou, pedindo que eu não ficasse irritado bem no dia do meu casamento. E qual era o problema? Só porque era meu casamento o mundo tinha que parar? Nada acontecia mais, certo? Cada uma...

— É claro que eu vou me irritar! Uma hora de atraso é muita coisa, Bella! Ou você acha que vão segurar o avião até que a gente chegue?

— Não precisamos ficar muito tempo na casa de seus pais, então poderemos sair logo e não nos atrasaremos. Paris ainda estará nos esperando para nossa lua de mel.

— Pai, o que é lua de mel?

A pergunta veio de Charlie, o meliante, e meus olhos arregalaram. Como eu explicaria o que era lua de mel, porra? E todo mundo me olhava, esperando minha resposta. Um detalhe importante: não éramos os únicos na sala; outras pessoas esperavam pra se casarem também.

— Quando duas pessoas se casam, elas passam um tempo juntos em casa, se não tiverem dinheiro pra viajar, ou em outro lugar.

Minha resposta foi brilhante! Rápida e que fez meu filho entender.

— E você vai matar a mamãe? Igual disse que ia fazer?

Eu disse?! Quando foi isso, pelo amor de Deus? E eu preciso dizer que todos me olharam? Eu acho que não, certo?

— Eu não disse isso, Charlie. Eu amo sua mãe, como poderia matá-la? Tudo bem que Bella é uma dor na bunda às vezes, mas não é pra tanto...

Apanhei, claro.

— Ontem. Eu não consegui dormir, aí tava indo lá pro quarto de vocês, aí escutei a mamãe gritando assim: para! Pelo amor de Deus, você vai me matar! Devagar, devagar!

Minha nossa senhora das fodas mal dadas! Porque porra eu ajudei Bella a colocar esse menino no mundo, Jesus? Que mal eu fiz? E era pra Bella pedir pra ir mais rápido... Se bem que nós tiramos a cama do lugar... E todo mundo estava me olhando outra vez. TODO MUNDO.

— Charlie, você ouviu errado, filho. Ontem nós estávamos dormindo.

Ninguém acreditou, claro que não... Cada um deles tinha a gargalhada presa na garganta, pronta pra sair e me deixar com mais vergonha do que eu poderia suportar pra um casamento só. Vergonha alheia era piada se comparada àquilo...

— Não, papai! Eu ouvi certo! Aí, teve uma hora que a mamãe disse que se não fosse mais devagar, ela ia engasgar.

PUTA MERDA. MORRI DE VERGONHA. ME ENTERREM!

Sim, eu fui um tanto rude na noite anterior e fui com tudo em Bella, quase fazendo meu pau sair por sua garganta mesmo, e pedi pra que ela não gritasse tanto, mas não adiantou muito, pelo visto...

— Edward, faça-o calar a boca, pelo amor de Deus! Todo mundo está olhando pra gente! Vão achar que somos pervertidos.

— Nós somos pervertidos, Bella! Você usou uma porra de um sorvete pra lambuzar meu pau e me chupar. Quer algo mais pervertido? E aquela merda estava muito gelada!

Eu estava sussurrando mesmo, cheio de medo de alguém ouvir.

— Certo. Eu vou tentar arrumar isso.

Bella abaixou-se até a altura de nosso filho e sorriu pra ele. Era o sorriso que eu amava, de mãe, que mostrava o quanto ela os amava.

Cerca de cinco minutos depois ela levantou-se e sorriu pra mim de um jeito bem cínico, como se me chamasse de idiota.

— Pronto. Agora nós somos atores e estávamos treinando uma cena pra representar no teatro; você era um terrível serial killer.

Sério? Pelo amor de Cristo... Tudo aquilo era muito ruim! Muito, muito ruim mesmo!

Por fim, após incontáveis minutos de espera, fomos chamados até a sala onde o casamento seria realizado. Emmett seria meu padrinho e por sorte, deram a ele alguma coisa que o deixou novinho em folha. Na verdade, Rose e Emmett seriam padrinhos de nós dois, pois Bella não tinha amigos. Aquela desgraça daquela mulher não fazia amizade com ninguém, não arrumava mãe de algum coleguinha dos meninos pra fofocar, não saía com um bando de mulheres pra falar mal dos homens. Não... Minha mulher gostava de ficar em casa, fodendo minha paciência e ainda dizia que era o suficiente pra ela, que a deixava feliz. Que porra eu estava fazendo ao me casar?

— Dez minutos, Edward... Dá pra desistir... Eu te empresto meu carro e depois, levo os meninos pra você a cada quinze dias. — Emmett insistiu pra que eu desistisse.

— Se você insistir mais uma vez, eu juro que aceito, Emm!

Bella grudou em meu braço e praticamente me arrastou até o juiz, que nos olhou meio estranho. Ah, fala sério! Nós nem nos conhecíamos e ele já nos olhava daquela forma?

Toda a lengalenga começou e eu fiquei ali, parado, com cara de tacho, quase xingando Bella por ela apertar tanto meu braço. Minha mãe e Renée quase não se continham de tanto chorar e meu pai as olhava como se fossem aberrações. Emmett estava mais interessado nos peitos de Rose, que olhava para os meninos — ela não quis levar seus gêmeos, senão eles poderiam ter acabado com tudo no primeiro segundo, e os meninos estavam completamente entediados, olhando o teto e com certeza, pensando no que mais poderiam fazer pra me envergonhar.

A hora das alianças foi tensa! Eu havia me esquecido completamente daquelas coisas e foi Raphael quem me salvou, pois ele estava com a caixinha em seu bolso.

— Eu posso falar algumas palavras? — perguntei ao juiz, que não me pareceu satisfeito, mas fez um gesto pra que eu continuasse.

Bella me apertou mais, só que eu fui bem esperto e retirei seu braço do meu com quase delicadeza. Obviamente eu não estragaria tudo e falaria coisas bem bonitas, daquelas que fariam com que ela me agradecesse com muito sexo depois.

— Bella, eu sei que às vezes minhas idiotices te tiram do sério, sei que sou chato e um tanto preguiçoso e que isso te irrita muito... Você entrou em minha vida de um jeito tão inesperado e louco, revirou tudo de ponta cabeça e me deixou pirado mesmo, mas eu continuaria com toda a maluquice, não mudaria uma vírgula. Você me deu os meninos e continua me aturando, mesmo depois de tantos anos... Eu só posso dizer que te amo.

— Oh, Edward! Eu amo você, senhor meu marido.

Eu imploraria por sexo, era um fato! Senhor meu marido me soava bem pra cacete!

Foi um casamento lindo, não foi? Eu sei que foi, porque eu estava lá, e eu sou lindo e maravilhoso, a cereja do bolo. E Bella adorava cereja... Jesus me ajude! Nós destruiríamos a Torre Eiffel, só isso.

Paris, aí vamos nós!


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Notas finais do capítulo

Gostou? Riu? Não? Comente e me diga!