Pequena Travessa escrita por Arline


Capítulo 12
Capítulo 12 - SEGUNDA TEMPORADA


Notas iniciais do capítulo

Hey! Voltei, povo lindo! Decidi colocar meu bloco na rua... u-u
Eu sei que é chato esperar e meus pedidos de desculpa nem devem ser válidos mais... Mas gente, eu fico pirada com essa coisa de fic... Sério! É muita história na minha cabeça... Fora que eu passei uma fase negra! Não saía nada de nada e em fic nenhuma.
Teremos agora a sinopse e o primeiro capítulo da segunda temporada. Espero que gostem! E me apontem os erros, ok? Nem revisei.
Acho que não agradeci à Assucena pela recomendação. Eu agradeço e o Ed manda beijos e pede que você deixe sua janela aberta... Talvez ele aproveite o carnaval e lhe faça uma visitinha fantasiado de vampiro.
Ah! Passem em Destinos Cruzados! Me digam o que acham da fic. Ela está com poucos capítulos ainda.
bjus!



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SEGUNDA TEMPORADA

SINOPSE

Depois de resolver toda a confusão que Bella me arrumou, eu pensei que nossa vida seguiria num ritmo calmo, com nossas idiotices perfeitas, nosso jeito doido de amar... Ilusão pura! Como se não bastasse a nossa confusão diária — sim, aquela coisa de ritmo calmo não existia mesmo —, ela ainda engravida!


Em algum momento da minha vida, durante aquela confusão de Jasper/Bella, eu quis mesmo um filho, mas quando Alice engravidou eu vi que aquilo não era coisa boa... A mulher ficou doida, comia igual a um monstro faminto e ainda colocou no mundo uma coisinha que fazia coisas fedidas... O menino babava demais, chorava demais... E eu teria um! Quer dizer, Bella teria, mas era meu também!



A vida não cansava de me surpreender... E se ela estava pensando que conseguiria me enlouquecer, estava redondamente enganada... Eu já era doido o suficiente e mostraria pra ela quem mandava naquela bagunça!




CAPÍTULO 1

Minha cabeça pesava e tudo estava meio que rodando, me deixando tonto e enjoado. Ter deixado que Bella dirigisse meu carro não foi uma ideia brilhante. Mesmo a pista sendo larga e reta, ela conseguia desviar o caminho e passar pelo acostamento, fazendo um frio me subir pela espinha. Sério, o que salvava mesmo era que Bella era bonita, gostosa e eficiente no trabalho; porque ela não sabia cozinhar, não sabia dirigir, não aguentava beber... E estava grávida! Isso era um perigo!


A ficha de que eu seria pai ainda não havia caído e eu nem sabia como contar para meus pais; por certo eles mandariam que eu arrumasse uma casa e que me casasse com Bella. Agora eu não queria mais; já teríamos um filho mesmo... Casar pra quê?



Renée ficou muito feliz com tudo aquilo; disse que estava sentindo que algo bom aconteceria e conversou com seu médico, que informou que ela estava bem pra voltar pra casa a hora que quisesse. Ótimo! Eu teria uma sogra meio perturbada, uma mulher grávida e eu morando na mesma casa. Não... Bella que me desculpasse, mas a mãe dele moraria lá na casinha dela, com o fantasminha do falecido Charlie.



Era muita coisa pra uma pessoa só aguentar... Eu preferia estar desmaiado ainda, sem pensar em nada, sem me preocupar com nada. Talvez eu me mudasse para a clínica... Dormir, comer, tomar uns remedinhos e relaxar... Não seria má ideia.



De tão absorto em meus pensamentos, só me dei conta que já estávamos em casa quando Bella me cutucou. Eu não queria descer e ter entrar e enfrentar minha família. A notícia de um bebê foi bonitinha quando foi com Alice; comigo as coisas eram diferentes... Eu não saberia ser pai e cuidar de uma coisinha barulhenta... Não que eu não estivesse feliz; eu estava! Só estava meio perdido ainda.



Bella me olhava de um jeito estranho, quase triste, e eu poderia jurar que ela estava fazendo força pra não chorar. Oh, merda! Faltava pouco pra ela começar a fazer igual Alice, quando minha irmã esperneou e disse que Jasper não a queria mais. Pra isso eu não estava preparado mesmo! E era cedo ainda... Bella nem estava parecendo uma mamãe monstra; a barriga nem aparecia...



— Você não quer o bebê, não é? — Bella falou tão baixo que quase não ouvi — Se não quiser mais nada comigo, pode terminar o namoro, mas eu não vou me desfazer do meu filho! — agora eu estava ouvindo, ela começou a gritar...


— Não grite! O bebê vai ter certeza que você é doida! — e eu também, porque gritei — Claro que quero nosso filho, eu só fiquei assustado. Vai me dizer que você não se assustou ao saber que tem uma coisinha aí dentro? Vai me dizer que você não ficou assustada ao saber que essa coisinha vai ter que nascer e passar por um lugar que eu até hoje não sei mesmo como é possível? Ah, Bella! Se fazer de mulher maravilha não é sua cara!


Eu estava esperando que ela começasse a chorar, mas não esperei que ela me batesse... A mão parecia mais pesada e doeu mesmo! Minha bochecha estava ardendo.



— Você é um idiota! Não estou me fazendo de mulher maravilha! E é claro que estou com medo e assustada, droga! Eu não cuido nem de mim direito! Nós não somos normais, Edward... Nós não seremos bons pais.



Eu também concordava com tudo aquilo, mas era hora de acalmar aquela doida... Nosso bebê já devia estar morrendo de medo de nascer e de ter nos escolhido como seus pais. Abracei Bella meio desajeitadamente e beijei seus cabelos bagunçados — não que ela precisasse saber disso.



— Daremos um jeito, ok? A gente não fez? Vamos cuidar direitinho do nosso bebê, não se preocupe... — ela fez um barulho estranho, como uma das risadas feias que dava — E sempre tem a opção de deixá-lo em uma jaulinha...


— Idiota! Nosso bebê será lindo e calminho, tá? Não será como nós dois.


E que os anjos do Senhor dissessem amém! Ter uma criança pior do que nós dois não daria certo de jeito nenhum, nem se ligássemos para o SOS Babá¹! Oh, não... Nem a babá Stella² daria jeito...



— Sendo inteligente já está bom, Bella. — ela se afastou, encostando a cabeça no banco — Eu pensei em esperar um pouco antes de contar a todos... O que você acha?



Um suspiro, uma careta e as mãos esfregando a bochecha. Essa foi a resposta que recebi.



— Olha, faremos do jeito que você quiser, tudo bem? — comecei — Se quiser fazer uma festa, nós faremos. Se quiser contar agora, contaremos. Eu contrato uma banda se você quiser.


— Eu quero esperar, Edward. É melhor procurar um médico, fazer um exame... Não sei; acho que estou com medo de o doidinho estar errado.


Eu estava era com medo dele estar certo! Era muita coisa pra um Edward só...



Por fim combinamos de sair cedo no dia seguinte e procurar um médico; Bella até que pareceu mais animadinha e eu confesso que passei a imaginar e fazer planos para aquela coisinha.



A casa estava silenciosa quando entramos, não havia nada que indicasse que havia viva alma por ali, me deixando meio desconfiado. Minha família não era normal, mas ninguém sumia assim, sem deixar ao menos um recado.



Ao subirmos, encontrei a porta do quarto de meus pais aberta e vi os dois abraçadinhos na cama, se beijando. Cara, aquilo era... Era... Pelo menos eu já sabia o que não fazer quando meu filho estivesse crescidinho. Trancar a porta do quarto era fundamental. Por culpa de meus pais eu era meio retardado, com certeza!



— Estão vestidos, pelo menos. — falei de uma vez, chamando a atenção deles.


— Não estávamos fazendo nada, Edward. Nem vem com essas maluquices.


Meu pai se ajeitou na cama, puxando um travesseiro. Oh, meu Deus! Minha mãe estava... Ela... A mão no... Não, eu não merecia ver aquilo!



— Ok! Eu só passei pra avisar que já chegamos... Podem voltar a fazer nada.



Fechei a porta atrás de mim e corri até meu quarto, só então me dando conta de que Bella não estava ao meu lado. A encontrei jogada na cama, com a mão pousada sobre a barriga descoberta e com um meio sorriso em seus lábios, que morreu assim que ela me viu. Seria difícil fazê-la acreditar que eu estava feliz...



Me deitei ao seu lado, com os pés pra fora da cama e chutei meus sapatos, logo ouvindo o barulho de algo quebrando; um cheiro bom invadindo o quarto logo em seguida. Nada era perfeito... Deixei minha mão sobre a de Bella, como se acarinhássemos o bebê. Cena de filme!



— Não adianta dar uma de papai do ano... Você quebrou meu vidro de perfume e eu vou querer outro.



Minha risada foi abafada quando praticamente escondi o rosto na barriga de Bella, beijando perto de seu umbigo. Eu estava meio gay, meio idiota... Meu corpo parecia flutuar ou algo assim.



— Você sente algo diferente? Dá pra sentir se o bebê está aí dentro?


— No meu coração, sim, mas em minha barriga... Eu só sinto mesmo aquela coisa estranha de quando a gente está cheio de gases.


Bella seria mesmo uma ótima mãe... Dizer que seu filho era um pum não era uma demonstração de amor... E meu filho jamais saberia daquilo; já bastava uma pessoa traumatizada naquela família.



Por muito tempo nós ficamos trancados, apenas conversando sobre nosso bebê. Eu ficava sem saber o que falar e passei a ouvir Bella, a ver seus olhos brilhantes e o sorriso meio bobo. Durante o jantar ficávamos nos olhando, esperando quem acabaria por falar demais; eu só consegui me segurar porque fechava os olhos a cada meio segundo e sempre me vinha na mente a imagem da minha mãe com a mão no... Lá no meu pai. Aquilo me fez até perder o apetite.



Acabamos por dormir cedo, tamanha era a ansiedade pelo dia seguinte; saberíamos mesmo se havia um bebê ou se era apenas gases...



Acordei todo dolorido e cheio de baba. Bella tinha mesmo que parar com aquela mania de dormir toda jogada; se ela fosse uma pessoa normal, sua perna não estaria quase na minha cara.



Agora eu não poderia acordá-la de forma brusca e até sacudi seu corpo bem de leve. Por duas vezes. Na terceira vez eu joguei foi o travesseiro em sua cara mesmo. Como conseguia dormir tanto? Como ela não perdia a hora de ir para o trabalho?



— Filho da mãe! É assim que você me acorda? Você é um ogro, Edward!



E a gritaria começou... E os elogios... E todas aquelas coisas lindas que só Bella sabia dizer.



— Bom dia, amor. Já estamos atrasados, sabia? Levante sua bunda magrela e vá tomar um banho e tirar essa baba ressecada da cara.


— Você é tão romântico quanto uma dor na bunda, Edward! E eu não me lembro de ter marcado porra de hora nenhuma pra sair de casa! Vá sozinho, cacete!


Eu tomei banho ouvindo Bella resmungar e me xingar. Eu escovei os dentes ouvindo Bella dizer que queria que eu me engasgasse com a escova. Eu em arrumei e ela nem havia levantado.



— Primeiro: eu não posso ir sozinho porque a grávida é você. Segundo: se eu me engasgar e morrer, pode ter certeza que eu não serei um fantasma igual ao seu pai, que vive só dentro da cabeça da sua mãe; eu vou infernizar sua vida e nunca mais homem nenhum vai se aproximar de você. Terceiro: eu nunca disse que era um cara romântico e, por fim, levante a porra da bunda daí e vá se arrumar.



E foi só falar um pouco grosso que ela levantou rapidinho... Mulher de bandido! Bella gostava de uns gritos; falar manso com ela não dava certo não... Quando eu fazia isso, ela dizia que eu estava ficando mole e virando gay.



Quase uma hora depois, quando descemos, a cozinha mais parecia um campo de guerra; Alice estava amamentando e o outro seio deixava a blusa toda molhada. Jasper tentava comer e dar comida à minha irmã. Meu pai e minha mãe estavam organizando tudo novamente, uma vez que Alice sempre tentava pegar alguma coisa com o moleque no colo e derrubava alguma coisa.



Aquela seria minha vida dali alguns meses... Pobre de mim...



— Estão atrasados para o trabalho. — meu pai começou com a ladainha de todo dia.


— Não estamos. Não vamos à empresa hoje.


E eu era grandinho demais pra ter que dar satisfações, não? Só isso estava bom de dizer.



— E eu posso saber o motivo? Eu ainda sou o dono daquilo lá.


— Isso! Sendo o dono, o senhor não acha que deveria levar sua bunda até lá e trabalhar? Ah, outra coisa; estamos nos demitindo, senhor Carlisle dono daquilo lá Cullen.


Sim, eu estava sem paciência. Sim, eu acordei de ovo virado, como Bella dizia. E sim, eu queria sair logo e encontrar a merda do médico que diria se Bella estava grávida ou não.



— Você não pode! — minha mãe gritou.


— Posso e já fiz. Até mais. Anda logo, Isabella.


E lá estava ela, me seguindo como se eu fosse o cara mais amedrontador de todos. Aquilo estava me dando ideias... Talvez eu amarrasse Bella na cama e usasse algemas, chicotes e essas coisas dos livros da moda... Nós ainda poderíamos transar, não poderíamos?



— Bella, eu terei que ficar sem sexo? Você está grávida...



Ok, não era pra ser verbalizado, mas, já que meu pensamento quis tanta liberdade de expressão...



— E eu peguei uma doença por conta disso? Se você me deixar sem sexo, Edward, eu te deixo sem sexo. Escolha.



Porra! E não daria na mesma coisa?



Preferi me calar e entrei logo no carro, sendo seguido por Bella. A porrada que ela deu ao fechar a porta trouxe lágrimas aos meus olhos. Meu carro ainda ia se revoltar e dar uma de Christine – O carro assassino³...



Bella pediu que eu a levasse à clínica onde Alice fez o acompanhamento de sua gravidez e não vi mal algum nisso. Talvez a médica fosse a mesma e isso facilitaria muito; ela já saberia que não éramos normais.



Liguei o rádio em um volume considerável; se eu não estava dormindo, Bella também não ia dormir. Companheirismo na relação! Estava tocando Ben, do Michael Jackson, e eu me peguei com um aperto no peito por conta daquele pobre ratinho indefeso! Ele amava mesmo aquele bichinho nojento e asqueroso... Sem perceber, acabei chorando e passei a cantar a música, recebendo olhares estranhos de Bella.



— O quê? É uma música triste, ok? O ratinho era amigo dele, droga!


— Tudo bem, Edward. Se mate de chorar, só me leve em segurança até a clínica, ok?


Mulher insensível e cruel... Não conseguia entender a profundidade dos sentimentos do cara, não conseguia entender o quanto ele amava aquele serzinho... Cruel!



Ao chegarmos, fiquei espantado com a quantidade de mulheres grávidas... Era muita criança no mundo, gente! Teve uma mulher que passou por nós desesperada e dizendo que não daria conta de criar dois bebês de uma vez. Senti dó dela... Dois de uma vez não devia ser fácil...



Deixei Bella sentada enquanto fui falar com a recepcionista. Se aqueles peitos que quase saltavam do decote não fossem siliconados, eu cortava meu braço! Muito grandes pra um seio natural.



— Ei. — chamei sua atenção delicadamente — Eu acho que minha namorada está grávida e quero uma consulta. Pra ontem, se possível.



Ela me olhou feio e não entendi. Mulheres...



— As consultas são marcadas por telefone, senhor. Não temos como encaixar pacientes assim.


— Preste atenção porque eu não vou repetir, ok? Eu acho que minha namorada está grávida e quero a droga da consulta. Ela caiu e, se alguma coisa acontecer, eu te caço no inferno. Dá pra marcar uma hora pra ela?

— O senhor devia ter procurado uma emergência, senhor. Aqui, a única emergência atendida são os partos.

— Ela caiu bem na porta de vocês, ao tropeçar em um tapete mal colocado. Ou você marca a porra da consulta agora, ou eu processo a clínica. Tem uma hora disponível? E pare de repetir essa coisa de “senhor”, “senhor”! É chato e parece uma máquina quebrada.


A mulher engoliu seco e acreditou em mim, dizendo que marcaria a consulta. E seríamos os próximos. Eu nem precisei pegar o celular e ameaçar chamar a polícia... Comigo era assim, rápido e prático. E só quando Bella incorporava meu Jasper é que me chamava de senhor. Só ela me chamava assim e eu gostava.



Devido a uma câimbra, Bella pediu que eu a ajudasse a chegar ao balcão para preencher a ficha; a recepcionista ficou tão nervosa, pensando que era resultado do tombo, que foi atrás de uma cadeira de rodas. Tá, não foi totalmente mentira; Bella havia mesmo caído no dia anterior e, se fosse de acontecer algo, já teria acontecido.



Ao sermos chamados, Bella queria dispensar a cadeira de rodas, mas eu a empurrei nada delicadamente pelos ombros, fazendo com que ela permanecesse sentada. A criatura não sabia nem dar continuidade ao meu teatro!



A médica que nos recebeu foi a mesma que cuidou de Alice; seu olhar pra nós era suplicante, implorando pra não fizéssemos o mesmo escândalo que minha irmã fez ao receber a confirmação da gravidez. É claro que não faríamos aquilo...



Depois de toda aquela coisa de apertar mãos, sorrir, dizer nossos nomes e fingir que estávamos ali por nada, a mulher finalmente chegou ao assunto que me interessava!



— Bem, Isabella, acabaremos com sua dúvida em cinco minutos. — ela se levantou, foi até um armário e retirou uma caixinha rosa, entregando à Bella — Faça o xixi no potinho, coloque a fita e retire. Duas listras significa que você está grávida. O banheiro é aquela porta ali atrás.



No modo automático, Bella se levantou e seguiu pra onde o dedo apontava. Aquilo estava sendo fácil demais... Fazer xixi num potinho? E os exames? E todas as coisas que ela pediu à Alice? Minha língua estava coçando pra perguntar...



— Ela não tem que fazer um exame de sangue não? Essas coisas são confiáveis? E se ela não conseguir acertar o potinho? Se eu não consigo acertar o vaso sanitário...


— Edward, se acalme, ok? Ela vai conseguir e o exame é confiável; depois faremos outros. E eu realmente não me interesso pela mira torta do seu pinto.


Mira torta? Ela disse que meu pinto era torto? Ela estava doida? Só não abaixei as calças pra mostrar que meu pinto não era torto, porque Bella saiu do banheiro chorando e agitando uma tirinha no ar. Cara... Tinha xixi ali... Aquilo era nojento demais...



A médica pediu que Bella aproximasse a tirinha de sua mesa — claro, ela jamais admitiria o nojo... — e nos deu os parabéns. Ok... Bella estava mesmo grávida. Não tinha mais pra onde correr; era só esperar a bomba explodir e a coisinha chorona nascer. E Bella estava tão nervosa que até me mantive um pouco afastado, com medo de ela me culpar por seu estado. Sabe como é; a culpa é sempre do homem...



Corri até o lado de fora pra buscar água pra Bella, e eu queria que do bebedouro saísse uísque; só tomando um porre e dormindo mesmo... Muita novidade! E eu nem sabia que aquilo ainda ia piorar...



Demorou um pouco até que a doida se acalmasse e enquanto isso, a médica ia escrevendo coisas em seu receituário, me deixando meio desconfiado com aquilo; cinco folhas já estavam separadas e ela continuava escrevendo. Aquilo era o quê? Pedidos de exames psicológicos pra nós dois? Medicação tarja preta pra mim?



— Vamos lá, mamãe. — a médica levantou, pedindo que a acompanhássemos até outra saleta.



A pressão de Bella foi aferida, os batimentos cardíacos e muitas perguntas mais foram feitas. Quando a médica pediu que Bella se trocasse e colocasse um roupão, a doida tirou o vestido que usava e deitou na maca, só de calcinha e sutiã. Ela sabia que não precisava fazer aquilo, não sabia?



— É... Você não prefere mesmo usar o roupão?


— Não doutora Leah, eu estou bem assim. Edward já viu tudo mesmo... E não é como se a senhora não visse peitos com frequência, não é?

— Ok. — aquele assunto estava encerrado — Como você disse que caiu, vou fazer uma ultra pra saber se está tudo certinho com esse bebezinho e pra saber o tamanho e tudo mais. Depois eu explico...


Sim, era melhor mesmo. Eu já estava era nervoso com toda aquela demora e passei a perguntar sobre tudo o que ela fazia; o que era aquele gel, pra quê servia... Não demoraria muito e ela me mandaria calar a boca.



Eu não conseguia ver nada na telinha porque a médica virou o aparelho totalmente em sua direção, enquanto passava outro aparelhinho na barriga de Bella.



— Meu Deus... — o sussurro da médica nos deixou apreensivos. Já dava pra ver se tinha alguma coisa de errado? Era um alien? Era só pum? Mas o exame deu positivo!


— Doutora...? E o coração? Não estamos ouvindo nada...


Oh, sim! Não estávamos ouvindo aquele barulho que mais parecia uma escola de samba.



— Não se preocupem; eu ainda não liguei a caixinha de som.


— Mas tem um bebê aí, não tem?


Sim, eu estava mesmo enchendo o saco! Era meu pequeno alien ali dentro, oras!



— Ah, tem! Você está mais do que grávida, Isabella...



Leah nos virou a telinha e ligou a caixinha; um som todo misturado e alto preencheu a sala, fazendo com que Bella sorrisse enormemente. Eu não estava muito diferente não; era forte e alto. Incrível.



— Estão vendo essas três manchinhas aqui? — assentimos quando ela nos apontou coisas que mais pareciam um “C” deformado — São os bebês de vocês. Parabéns! Vocês terão trigêmeos!


— Como?


Bella gritou, eu vi tudo escuro e não ouvi mais nada.



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Notas finais do capítulo

1: SOS Babá é um programa - velho - americano bem no estilo Super Nanny.
2: Babá Stella é uma das babás que tentam dar um jeito nos monstrinhos e eu gosto bastante dela; toca o terror nas crianças.
3: Christine - O Carro assassino é um filme americano dos anos 80. O carro meio que tinha um sentimento de posse por seus donos e bem... As coisas não acabavam bem pra eles.
Leiam, comentem, me digam o que acharam e se querem post na semana que vem!