Inimizade Colorida escrita por PotterWon


Capítulo 11
Capítulo 10 - O outro lado de Scorpius Malfoy.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, primeiro capítulo do ano, haha! Gente, vocês não imaginam o quanto eu estou feliz pela quantidade de reviews e de novos leitores desde a última postagem, muito obrigada mesmo, vocês são uns lindos ♥
Desculpem a demora, tive alguns problemas de bloqueio criativo kkkkkkkkk mas aqui estou com um novo capítulo que vai fazer vocês pularem de alegria!
Gostaria de dedicar este capítulo á:
* Tainá Monteiro (pela linda recomendação, muito obrigada s2)
Enfim, espero que gostem do capítulo, qualquer dúvida estou no twitter @PotterWon. Xoxo, enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/266687/chapter/11

O típico silêncio constrangedor estava se manifestando durante aquela longa aula dupla de poções com Malfoy. Eu estava evitando ter qualquer tipo de encontro com ele que não fossem nas aulas. Mas não estava funcionando com grande sucesso, pois antes de planejar isto, esqueci-me de que dividimos o mesmo dormitório, ou até que fazemos rondas da monitoria juntos.

- Aconteceu algo? – Sussurrou ele.

- Não, não aconteceu nada.

Eu não o olhei, respondi sua pergunta com os olhos fixados no quadro e em meu pergaminho. No fundo eu tive certeza de que Malfoy não havia se convencido com minha resposta. Afinal, eu estava evitando sua presença, ele com certeza absoluta sabia que o meu “nada”, significava algo muito grande.

- Sabe que está me evitando há mais de uma semana, não sabe? Então Weasley, me asseguro sem as menores dúvidas de que tem algo acontecendo com você.

- Não tem nada acontecendo comigo Malfoy. São apenas, dias ruins. – Menti novamente e o olhei de esguelha.

Malfoy revirou os olhos para mim e aproximou sua cadeira da minha. Tremi ao pensar que algo poderia escapar se eu me aborrecesse e começássemos a discutir. Obviamente, eu não gostaria de dizer acidentalmente, ou de qualquer outro modo, de que eu estava começando a achar que tinha sentimentos – que não fossem ódio ou algo parecido – por ele.

Ele aproximou sua boca até o pé de meu ouvido e disse:

- Nos encontramos mais tarde?

Senti todo o meu corpo arrepiar com o tom de sua voz pronunciada em um sussurro e o afastei.

- Não tão perto Malfoy. Alguém pode nos ver.

- Que seja Weasley. Iremos nos encontrar mais tarde ou não? – Disse ele agora um pouco exaltado.

- Na verdade, tenho outros planos para hoje. – Eu disse pela primeira vez olhando para ele naquele dia.

- Vai ter um encontro com os velhos livros da biblioteca? – Disse ele com um sorriso debochado.

- Vou à biblioteca, mas meu encontro será com um jovem garoto de dezessete anos. Albus e eu vamos estudar Herbologia. 

- Prefere ficar estudando em uma biblioteca velha com o seu primo do que fazer o que eu havia planejado para nós hoje?

- Bom, mesmo que seus planos fossem extremamente interessantes, sim. – Eu disse dando-lhe um sorriso irônico.

- Ótimo, irei estudar Herbologia com vocês.

- O que? Preciso te lembrar de que o que temos é secreto Malfoy? – Eu disse incrédula. – E, vamos ser honestos, você não faz o tipo de garoto que vai à biblioteca.

- Tenho certeza de que Potter entenderá muito bem.

Malfoy definitivamente estava me levando à beira do enlouquecimento. Eu não sabia se era possível entender alguém que em um instante diz que sou apenas uma diversão, e depois faz uma enorme confusão por eu dizer que vou estudar com alguém, que é meu primo.

- Vou dizer de maneira que você entenda Malfoy: Isso não é um relacionamento! Na verdade, você mesmo deixou isso bem claro.

- Então tudo isto é sobre o que eu disse? Não somos mais crianças, se sente algo a mais por mim não faça jogos, apenas diga. – Disse ele me fazendo tremer.

- Eu não sinto nada a mais por você Malfoy. – Eu disse tentando parecer o mais confiante possível. – Não sou eu quem está com ciúmes aqui.

- Acha que estou com ciúmes de você Weasley? Sonhar é algo bom quando não se confunde com a realidade.

- Quer saber Malfoy? Está tudo acabado entre nós. Não quero me divertir com alguém que não abandona a grosseria em nenhum momento sequer. – Eu disse levantando-me enfurecida da cadeira.

Entreguei meu pergaminho ao professor Slughorn, que disse que eu poderia me retirar da aula após eu ser obrigada a inventar uma terrível dor de cabeça para não ter que voltar a falar, ou sequer olhar para Scorpius Malfoy novamente naquele dia.

**

Já eram quatro horas da tarde, o que significava que Albus já deveria estar me esperando na biblioteca para estudar Herbologia.

Ao chegar lá, senti meu rosto ficar quente de raiva ao ver Malfoy sentado do lado da mesa em que Albus estava. Ele sorriu ironicamente, acenando para mim.

- Ah, olá Rose. - Disse Albus.

- Oi Al. E então, vamos estudar?

- Claro.

Ambos pegamos nossos livros e começamos a estudar. Não consegui entender tudo muito bem por que na maioria das vezes eu imaginava maneiras de torturar Scorpius Malfoy, ou mesmo tentava controlar minha raiva e ignorar sua presença ali.

- Com licença senhorita Weasley. – Disse uma voz que eu reconheci ser a de Minerva Mcgonagall.

- Algum problema diretora? – Perguntei, pois sua expressão não significava que boas notícias estavam por vir, e infelizmente, eu estava certa.

- Na verdade, sim. Aconteceu algo com seu pai. Ele está muito fraco, foi atacado por um três bruxos das trevas. Eles o surpreenderam e o desarmaram. Já os localizamos devido ao uso da maldição cruciatus, que infelizmente, fora usada em seu pai.

Naquele momento, tudo pareceu não importar mais. Malfoy, as monitorias, as aulas... Nada parecia tão importante quanto sair da escola imediatamente e ver como meu pai estava. Meus olhos marejaram e eu senti lágrimas quentes caírem sobre meu rosto.

- Onde ele está? – Perguntei com a voz trêmula e chorosa.

- Foi internado no St. Mungus há alguns minutos. Sua mãe e seu irmão estão em minha sala, você deverá vir comigo para acompanhá-los até lá.

- Tudo bem, irei imediatamente. Eu disse sentindo mais lágrimas escorrerem em meu rosto.

- Procure-me assim que chegar Rose, por favor. – Disse Albus me abraçando fortemente.

- Claro.

E muito perto dali, Scorpius Malfoy estava calado e quieto como se não se importasse com nada do que estava acontecendo. Mas ao sair, pude ver seu olhar tentando em dizer algo como “sinto muito”.

Ao chegar à sala de Mcgonagall, avistei uma Hermione mais abatida como nunca. Mamãe e Hugo estavam abraçados de pé em meio à sala, chorando. Corri até os dois e os abracei.

- Vai ficar tudo bem. Seu pai irá ficar melhor, vocês verão. – Disse mamãe pegando um lenço de papel e secando as lágrimas que escorriam em seu rosto.

- Vocês devem ir agora ao St. Mungus. – Disse a professora Mcgonagall com ternura.

Ambos entramos na chaminé da sala da diretora e seguimos para o St. Mungus. Tudo o que eu queria naquele momento era ouvir que meu pai estava bem, que voltaria para casa são e salvo com mamãe.

**

Todos pareciam exaustos, assim como eu. Afinal, estávamos esperando há horas por informações sobre papai. Mas o atendimento não estava sendo dos melhores naquele dia. Mamãe e Hugo acabaram caindo no sono, mas eu não consegui sequer cochilar um pouco. Sentada em uma de diversas cadeiras da sala de espera, eu estava perdida em meus pensamentos quando vejo Scorpius Malfoy adentrar dando passos rápidos e largos até o balcão onde estava uma mulher bem velha, de cabelos grisalhos e olhos azuis.

- Posso ajudá-lo jovem rapaz? – Disse a mulher.

- Sim. Senhora, preciso que a família de Ronald Weasley o visite agora, por favor.

Levantei-me em um salto e segui até o balcão onde ele estava.

- Creio que não posso fazer isso. O Senhor Weasley não tem permissão para receber visitas agora, ele está sendo observado e procedimentos estão sendo feitos pelos nossos curandeiros para que ele fique melhor.

Malfoy massageou suas têmporas e tirou do bolso um pequeno saco e o colocou em cima do balcão.

- Vinte galeões. Por favor, apenas deixe que a família dele o visite. – Disse ele suplicante.

A mulher olhou de esguelha para Malfoy e para o saco, pensou durante alguns minutos e finalmente respondeu:

- O senhor Weasley está no quarto de número dez. Dou-lhes meia hora. – Disse a mulher pegando saco e o escondendo atrás do balcão.

- Obrigado. – Disse ele.

Ele se virou e me viu. Nossos olhos se encontraram e eu sorri para ele. Aquele era um Scorpius Malfoy diferente, um que eu nunca havia conhecido antes e não fazia a menor ideia de sua existência.

- Por que fez isso? – Perguntei.

- Por que você estava certa sobre eu estar com ciúmes de você e do Potter hoje. E também por que eu estava errado quando disse que você era apenas uma diversão para mim, por que você não é. Eu gosto de você Rose, e é uma pena que eu só tenha descoberto isto hoje.

Meu coração acelerava a cada palavra que ele dizia. Eu não sabia o que dizer então eu fui até ele, segurei em sua nuca e lentamente o beijei. Não fora como das outras vezes. Ali, parecia que nada mais existia, apenas nós.

Nós paramos o beijo por um instante e ele olhou em meus olhos como nunca havia feito antes.

- Estava mesmo com ciúmes do Albus? – Perguntei.

- Sim. Mas, em minha defesa, eu vi você deitando no ombro dele em um dia depois de saírem do corredor juntos. – Disse ele sorrindo para mim.

- Albus é meu primo e você é um idiota.

Eu sorri para ele e coloquei minhas mãos em sua nuca novamente.

- Como eu já disse antes, você adora idiotas. – Disse ele colocando sua mão direita em minha cintura, me puxando para perto. E feito isto, ele delicadamente selou meus lábios.

- Rose?

Parado no corredor, não muito distante de nós, eu avistei Hugo de braços cruzados e um olhar que definitivamente, não significava que boas coisas estavam por vir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews? Recomendações?
Beijos e até a próxima postagem ♥