Stand By Me escrita por jooanak


Capítulo 4
Pretending


Notas iniciais do capítulo

Obrigado pelas reviews! ♥ continuem lendo e espero que vocês gostem desse capítulo!



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Parecia que aquela manhã estava mais ensolarada do que estava, os passarinhos cantarolavam suas canções e assim que eu abri meus olhos, minha mãe já estava batendo na porta do quarto:

— Como foi o dia de ontem?

— Me deixa mãe..  falei de mau-humor

— Então tá - o sorriso dela se desfez e ela foi embora..

Eu e minha mãe nos dávamos muito bem, mas eu realmente não queria compartilhar isso com ela, quando cheguei na escola Emma veio correndo em minha direção e eu fui obrigado à contar tudo, detalhe por detalhe.

— E então vocês se beijaram?

— Sim.

— E se beijaram de novo?

— É

— E de novo?

— Cala a boca, Em.

Continuamos caminhando no corredor quando minha visão ficou escura, senti duas mãos tapando meus olhos e bufei, odiava quando faziam isso comigo!

— Eu juro que vou te esfaquear; seja lá quem for você.

Quando voltei a enxegar, vi um Cato com um sorriso de tirar o fôlego

— Você ia mesmo me esfaquear, pequena?

— Não tenha dúvidas. – eu pisquei para ele

— Antes que você percebesse, eu quebraria seu pescoço. – ele sorriu.

Ambos rimos e Emma saiu sem notarmos.

Ficamos conversando até o momento em que eu fui para minha sala e ele foi para a dele, passei as aulas pensando apenas nos Jogos Vorazes, que estavam para acontecer em menos de seis meses, meu sonho era ir para lá, mas agora, com Cato, com tudo que está acontecendo, eu não tinha mais certeza do que eu queria! Depois que a aula acabou saí da sala com Emma e fui direto para a academia, lutei com Brutus e quase ganhei dele.. eu estava melhorando na luta corpo-a-corpo! 

No final da tarde, Anastasia, uma garota nova na academia de uns onze ou doze anos veio em minha direção

— Clove?

— Sim? – perguntei mau-humorada

— O Cato pediu para você o encontrar na entrada da floresta.

A última vez que eu o tinha visto fora naquela manhã; Cato geralmente era um dos últimos a ficar naquela academia, no entanto, ele não havia aparecido hoje. E porque diabos ele havia mandado Anastasia me chamar? Todos sabiam que éramos amigos. Ele não precisava fingir que não éramos... devia ser importante. Sai da academia e fui em direção à floresta, quando eu o vi...

... com Lis.

Fiquei escondida atrás de uma parede e observei cada gesto; Kerri passou sua mão pelo cabelo e pelo rosto de Cato. Ao ver aquilo, uma fúria imensa se formou em mim, mas falei a mim mesma que não faria nenhuma besteira; ela então passou suas mãos na cintura de Cato, e foi aproximando seu rosto do rosto dele, quando finalmente, eles se beijaram. Eu esperei que Cato fosse rejeitar o beijo dela, mas não, ele continuou a beijando.

Senti minhas pernas tremerem e deixei meu corpo desabar. Afundei meu rosto em minhas pernas enquanto chorava; por mais que eu tentasse engolir o choro, eu não conseguia.

ONDE VOCÊ ESTAVA COM A CABEÇA CLOVE? Para ele, você sempre vai ser a melhor amiga dele... Chorei pelo o que pareceu ser uma eternidade, quando finalmente tomei coragem de me virar, não havia ninguém lá. Ainda aos prantos, me levantei e caminhei para dentro da floresta, estava há menos de 2km de casa quando ouvi passos e parei.

— Quem está ai? - ninguém respondeu.

Continuei caminhando até que uma dor insuportável se formou em minhas costas e minha barriga. Só quando eu estava de joelhos no chão, percebi a flecha que atravessava o meu corpo, tudo ficou escuro quando vi o sorriso maléfico se abrindo no rosto de Lis.

Quando eu acordei estava deitada em uma poça de sangue e a noite já estava totalmente feita, o céu estava cheio de estrelas, apesar das minhas inúmeras tentativas frustadas de tirar a flecha, eu ainda tentava movê-la, sem sucesso. Tentei me levantar, mas eu não conseguia, então, tentei gritar, mas a voz não saia, era praticamente um sussurro.. fiquei ali, gemendo de dor esperando minha morte, pelo menos eu veria meu pai outra vez quando eu morresse. A morte é fácil comparada à vida, e as vezes, morrer parece bem mais tentador do que viver, infelizmente, hoje não seria o dia. Ouvi uma voz ao longe gritar meu nome.

— Clove? 

— Aqui - eu tentei gritar, mas nada saiu.

— Você tá ai?

Eu tentei gritar, mas não consegui, então quando percebi a voz se afastando, fiz a única coisa que restava e comecei a bater com meu punho na pilha de folhas que estava formada do meu lado. Bati com toda a força possível, não era muita mas fiz o que fui capaz, ouvi passos se aproximando e se transformando em corrida e depois, apaguei.

 

Quando acordei vi Cato na minha frente e eu estava em meu quarto.

— Bom dia flor do dia.

— Vai embora Cato.

— Isso é incrível! Eu salvo a sua vida e você me manda embora...

— Vai a merda.

 — Vai você.

Ele saiu do meu quarto e bateu a porta, abracei meu travesseiro e fiquei chorando a manhã inteira. Minha mãe trouxe o almoço; aos poucos ela foi explicando que eu fui achada por Cato na floresta quase morrendo e ele me salvou. Depois de comer, dormi a tarde inteira e no final da tarde, resolvi ir ver como Emma estava, ela morava muito longe, tipo, do lado da casa de Cato, mas eu tentei ignorar esse fato e me concentrar apenas em como Emma sempre me ajudou.

Quando cheguei à casa de Emma, conversamos um pouco, embora mantivéssemos distância do assunto do acidente. Depois de uma tarde confortável ao lado de minha melhor amiga, fui embora.

— O que você quer Cato? – falei ao sentir que seu perfume do meu lado. 

— Como sabia que era eu?

 — Seu perfume.

Ele ficou pensativo.

— Eu não entendi o que eu fiz pra você!

— Você sabe, mas não quer lembrar!

— O que?

— Você beijou a Lis - enfiei meu dedo na cara dele.

— Você estava me espionando?

— Não, Anastasia disse que você queria me encontrar, e quando cheguei você estava se amassando com ela, por sua causa eu estou assim! Porque depois que fui embora, Lis me seguiu e atirou a flecha em mim

— Eu nunca disse nada para Anastasia! Lis precisava conversar comigo e fomos lá e ela me beijou!

— Você já ouviu falar em recusar um beijo?? Ah, quer saber? Foda-se mesmo

— O que posso fazer? Lis beija bem.

Olhei pasma pra ele e meti um tapa na sua cara.

— Isso doeu Clove.

— Olha, provavelmente não doeu mais do que levar uma flechada ou ver a garota que você disse que amava beijando outro.

— Você nem teria coragem de fazer isso - ele sorriu.

— Aé?

Olhei para os dois lados e avistei Matt, um menino que pratica na academia passando e não pensei duas vezes, caminhei em sua direção e o beijei. Quando terminamos o beijo, ele me encarou e foi embora. Depois eu continuei andando em frente e Cato correu atrás de mim.

— Você é ridícula.

Eu sorri

— É sério, não olha mais para a minha cara.

— Que assim seja!

Fui embora dali, minha cabeça doía e a vontade de matá-lo aumentava a cada passo que dava. No entanto, depois de uns vinte metros, eu parei e virei. Cato havia feito o mesmo. Eu bufei. Voltamos para perto um do outro e eu apoiei minha cabeça em seu peitoral enquanto ele me abraçava. 

— Desculpa Cato. – falei baixinho

— Eu que tenho que pedir desculpas.. devia ter recusado o beijo de Lis.

— Devia...

Cato olhou em meus olhos e me beijou. Naquele momento, não nos importávamos se alguém estava nos vendo ou não, tudo o que importava era a gente.

— Vamos, eu te levo para a casa pequena - e então ele me pegou no colo.

— Me solta Cato, me solta! - comecei a bater em seus braços

Ele riu e me soltou. Ficamos andando abraçados pela floresta até chegarmos em minha casa, nos sentamos nos degraus da varanda e apoiei minha cabeça sobre o seu ombro.

— Eu te amo Cato.

Ele meu puxou e beijou minha testa.

— Eu também.

Ficamos ali, abraçados e nos acariciando até que Cato resolveu ir embora, mas antes disso ele me deu um anel onde estava escrito "C ♥ C".

Ele me beijou e eu o vi partindo. Como eu amava esse garoto


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