Stand By Me escrita por jooanak


Capítulo 15
I'll stand by you


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem do capítulo, se gostarem, deixem seus comentários. Boa leitura! ♥



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— Você viu o cabelo dele?

— Sim querida, é horrível. E as unhas? Os dentes? Ele é ridículo.

— Sem mais.

Eu estava deitada em uma maca enquanto minha equipe de preparação fofocava sem parar, eles eram irritantes. Já passava do meio dia e eu estava acordada desde as oito. Eles ainda não estavam nem na metade.

— Você está com fome? - Nash, o meu estilista veio me salvar.

— Você não imagina o quanto.

Ele riu. Almocei algumas vegetais e verduras enquanto Nash comia carne e batatas. Passamos o almoço conversando sobre a minha roupa, ele pediu que tipo de cores que eu gostava e que estilo eu achava que devia ser o vestido; no final ele falou que tinha a ideia perfeita. Voltei para minha equipe de preparação e fiquei lá por mais algumas horas. Eles fizeram minhas unhas e me depilaram. Enquanto eles fofocavam, eu ficava cada vez mais nervosa.

— Terminaram gente? - Nash era definitivamente gay. Não que isso fosse um problema; na verdade, ele tinha sido a melhor pessoa que eu havia conhecido desde que cheguei à Capital.

— Sim, Nash.

— Ok. Clove, venha comigo.

Sai da maca e caminhei em direção à Nash, ele me levou para outro quarto e me mostrou o vestido, era lindo. Era um salmão alaranjado, tomara que caía longo. Ele tinha alguns detalhes nos seios. Eu o provei e não me reconheci, eu estava linda, o que era estranho para mim. Minha equipe entrou na sala e disse que eu estava maravilhosa e apenas sorriram para mim, tirei o vestido enquanto eles arrumaram meu cabelo em um coque extremamente perfeito que deixava meu cabelo caído; ganhei uma maquiagem discreta e linda. Nash falou que eu não precisava de maquiagem para ser bonita, ele apostava na minha beleza natural, o que era estranho, porque eu não me achava bonita. Eles terminaram de me arrumar e fui para o meu andar. Ninguém estava a vista, provavelmente Cato estava com sua equipe de preparação. Fui para o meu quarto e olhei pela janela, a Capital estava linda, havia luzes por todos os lados e a multidão gritava pelo nome dos tributos, estava escurecendo. Eu precisava ir. Saí do quarto e dei de cara com Enobaria e Brutus que deram sorrisos ao me ver.

— Você esta maravilhosa, Clove.

— Obrigado.

— Vamos ou você se atrasará.

— Cato não irá?

— Ele ainda não está pronto.

Fomos para o lugar onde seria a entrevista. A maioria dos Tributos já estavam lá, faltavam poucos, Cato era um deles. Muitas das garotas usavam vestido comprido, exceto Glimmer, que usava um tão curto que eu jurava que podia ver seu útero. Marvel veio ao meu encontro assim que pôs os olhos em mim.

— Você tá, no mínimo, espetacular! - ele sorriu gentilmente.

— Obrigado Marvel, você está ótimo também.

Ele agradeceu e voltou para o lado de Glimmer. Cato chegou apenas quando Caesar entrou no palco. Ele ficou paralisado ao me ver; eu tive a impressão de que as palavras simplesmente não saíam.

— Clove, você está... você está linda.

Cato segurou minha mãe e eu rapidamente a soltei.

— É melhor irmos para frente.

Ele assentiu.

Caesar já tirava gargalhadas do público. Era impossível não amá-lo. Todos o amavam, ele era muito divertido. Glimmer foi a primeira a entrar, ela falou algo que eu ignorei completamente. Eu só via Cato e Marvel babando por ela...

Homens...

Ela não merecia Marvel, ele é demais para ela. Quando Marvel entrou, ele conquistou muitos aplausos do público; era quase mais simpático e carismático que Caesar. Eu comecei a ficar nervosa.

— Vai dar tudo certo, respire e se concentre. – Cato sussurrou em meu ouvido.

Eu tentava me lembrar das palavras de Brutus, mas elas haviam evaporado da minha cabeça. Um homem grande veio me buscar e me levou até o palco. 

— E agora, diretamente do Distrito 2, Clove!

Eu entrei sorrindo e acenando. A multidão me aplaudia, o que me deixou mais segura. Dei um beijo em Caesar e sentei.

— Então, Clove, o que você está achando da Capital?

— Eu me acostumei mais rápido do que poderia imaginar. É uma cidade linda.

— Você é uma garota tão bonita, deve ter muitos garotos apaixonados por você no seu distrito. Você tem algum namorado? – eu corei imediatamente. 

— Na verdade, não. Desde pequena eu tenho trabalhado duro para chegar aonde estou. É uma responsabilidade enorme estar participando dos jogos.

— Interessante. Você se voluntariou como Tributo, você queria isso mesmo?

— Claro. – eu sorri.

— E o que a sua família achou?

— Minha mãe ficou preocupada e emotiva, mas ela já sabia há anos do meu desejo de participar dos jogos. Ela entendeu perfeitamente.

— E o seu pai?

— Meu pai não está mais entre nós. 

Caesar suspirou triste.

— Soube que você é muita boa com facas, é verdade?

— Você terá que esperar para ver na arena amanhã. - eu sorri simpática.

— Estou ansioso para isso.

— Espero mesmo que esteja.

Ele riu.

— Obrigado pela entrevista Clove, boa sorte para você amanhã, estou torcendo por você.

— O prazer é meu, Caesar.

Ele me abraçou fortemente e fui embora. Fiquei vendo a entrevista de Cato; quando ele chegou, fomos para o hotel. De lá assistimos o resto das entrevistas, muitos dos Tributos se saíam bem, outros nem tanto. Aquilo estava entediante, até que chegou a vez do distrito 12. A garota, pegou fogo, na verdade o vestido dela. Fascinante! O garoto, porém, tinha um sorriso diferente do que ele exibia nos outros dias. Algo não estava certo. Ele era engraçado, o público gostava dele. Ele e Caesar faziam piadas e conversavam como se fossem velhos amigos.

— Então Peeta, tem alguém especial em casa?

— Não, não tenho.

— Não? Não dá pra acreditar nisso! Olhe esse rostinho bonito.... – Caesar estava decepcionado, mas continuou insistindo. – Peeta, me conta.

— Bem, tem uma garota.. que eu sou afim desde criança, mas eu acho que ela nunca reparou em mim até a Colheita.

— Bom, eu vou te dizer uma coisa, Peeta. Você vai lá, e ganha essa coisa e quando voltar para casa, eu tenho certeza que ela vai querer sair com você! Não é pessoal? – o publico foi à loucura.

— Obrigado, mas acho que ganhar não vai me ajudar muito.

— E porque não?

— Porque ela veio para cá comigo.

Todo mundo ficou quieto e eu comecei a rir histericamente. Aquilo não podia estar acontecendo.

Cato estava mais histérico que eu.

— Enobaria??? Brutus??? Eles não podem fazer isso. Eu vi o jeito que eles se tratavam... ele não estão apaixonados! - eu explodi.

— Eu e Clove podíamos ter feito o mesmo! - Cato tinha fogo no olhar.

— Se controlem vocês dois e deixem essa raiva para a arena. Amanhã vocês podem matá-los. Agora vão dormir, essa provavelmente será sua última noite de sono tranquila. Quero vocês acordados cedo pela manhã.

Saímos da sala e caminhamos em direção dos nossos quartos. Tirei minha maquiagem e meu vestido e coloquei meu pijama; entretanto, eu não conseguia dormir. Fui para a janela olhar as luzes da Capital.

— Você está ouvindo? – Cato apareceu silenciosamente.

— Estou. Eles não veem a hora de ver-nos mortos.

— Você está com medo? - ele me encarou.

— Medo? Do quê?

— Do que está por vir?

— Meu único medo é de perder você, Cato.

Ele me abraçou e beijou minha testa.

 — Clove, eu prometo que eu vou ficar sempre do seu lado!

— Porque você está me falando isso?

— Só quero que você lembre disso.

Ficamos lá, olhando a lua e as estrelas, isso me dava uma saudade do Distrito 2. Saudades de Emma, de minha mãe, do laguinho, até da escola.

— Cato, dorme aqui hoje?

— Como nos velhos tempos?

— Como nos velhos tempos. – eu sorri.

Deitamos na cama e ele me abraçou. Estava frio e ficar abraçada com ele era realmente bom. Ficamos conversando e lembrando do nosso Distrito e de como sentíamos falta de lá, Cato me beijava as vezes, eu sentia falta do beijo dele. Ficamos assim, naquele chamego a noite inteira, até pegarmos no sono, amanhã seria um dia fenomenal e eu estava ansiosa para matar alguns no banho de sangue.


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