Stand By Me escrita por jooanak


Capítulo 12
I dreamed a dream


Notas iniciais do capítulo

Para vocês que estavam preocupados com o futuro de Clato, acho que vão amar esse capítulo! Boa leitura :) ♥



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Acordei cedo na manhã seguinte, tomei banho e botei meu uniforme, quando eu cheguei na sala todos já estavam lá.

— Então, é o seguinte... vocês tem que mostrar o melhor de vocês, se fizerem isso, essa edição já é de vocês! Não falem com outros tributos, apenas com os Carreiristas do 1 e do 4, se eles forem interessantes, falaremos com seus mentores e formaremos uma aliança. Não quero que vocês discutam como anda acontecendo ultimamente, isso não será bom na arena.

Fomos todos para o elevador; Glimmer e Marvel juntaram-se a nós. Antes mesmo que Cato pudesse falar algo, eu saí do lado dele e fui para o lado de Marvel, fiquei conversando com ele e pude sentir que Cato me fuzilava enquanto eu escondia uma risada; ao chegarmos no subsolo, onde seria o treinamento, muitos tributos já estavam lá, Cato ficou conversando com Glimmer enquanto eu conversava com Marvel. Era totalmente diferente conversar com Marvel... ele não ficava xingando ou sendo irônico o tempo todo, por isso eu gostava dele. Depois de um tempo, Atala chegou e parou na frente de todos.

— Nada de lutar entre si. Vocês terão tempo de sobra para isso na arena. – ela apontou para as estações de treinamento. – Meu conselho é que vocês não ignorem as técnicas de sobrevivência. Vinte e três de vocês morrerão. Um sairá vitorioso. Quem será essa pessoa vai depender da sua habilidade de se antecipar nos problemas. Todos querem uma espada, muitos de vocês morreram de causas naturais. 10% morrerão de infecção, 20% por causa de desidratação. Estar exposto a isso pode matá-lo com a mesma facilidade de uma faca. - ela assoprou o apito - O TREINAMENTO COMEÇOU!

Cato foi na hora para o treinamento de espada e me virei para Marvel na hora.

— Onde você vai começar?

— Eu sou muito bom em luta corpo-a-corpo.

— Não vá lutar com Cato.

— Porque?

— Ele está com muita raiva de você agora.. só acho que não é uma boa ideia.

— Ok. Obrigado pela dica

Marvel se virou e fui para a estação com as facas, acertei todas elas. Já estava me cansando quando Cato segurou meu braço.

— O que você pensa que tá fazendo, Clove?

— Porque?

— Fica andando com esse garoto pra cima e pra baixo

— Se liga Cato, eu e Marvel somos apenas amigos.

— Ele quer ser mais do que seu amigo.

— Olha quem fala..

— Isso é serio Clove. Muito sério!

— Eu sei muito bem o que eu estou fazendo Cato, e você?

Ele soltou meu braço e eu fui para longe. Treinei mais um pouco e depois observei os outros tributos... a menina do 11 só fazia escalada, o garoto e a garota do 12 estavam juntos o tempo inteiro, agora, na estação de camuflagem, Cato ajudava Glimmer a segurar o arco... o que???? Cato? Glimmer? Meu sangue começou a ferver. Ele segurou as mãos dela e pôs a mão na sua barriga e o queixo em seu ombro, Cato sempre fazia isso comigo, era o que me deixava mais puta. Mas isso não ficaria barato, andei em direção de Marvel, mas sem querer, tropecei em alguma coisa, esbarrei em Marvel e ambos caímos no chão e meio que demos um selinho, e Cato viu. Ele veio furioso para cima de Marvel, entretanto, antes que ele encostasse um dedo em Marvel, em me pus entre os dois.

— Cato, aqui não.

E mesmo conhecendo Cato quando ele ficava furioso, eu não pude prever o que ele faria, e quando eu previ, era tarde demais. Quando eu percebi, ele já havia me dado um tapa na cara. Apenas Marvel e Glimmer viram, eu fiquei olhando Cato tentando esconder o nó que se formava na minha garganta e me perguntei quando ele havia virado aquele monstro. Saí de lá e fui para as minhas facas quando vi Marvel chegando perto de mim.

— Você ta bem?

— Estou.. obrigado por se preocupar Marvel, pelo jeito é o único.

— Fiquei preocupado, desculpa por não ter feito nada.

— Não se estressa. Eu não esperava aquilo. Cato é um...

Quando o treinamento acabou, não almocei, saí correndo para o nosso andar. Enobaria e Brutus não estavam lá, isso era um bom sinal. Me joguei no sofá e fiquei lá, não derramei uma lágrima sequer, mas fiquei lá, respirei e inspirei quando ouvi a porta do elevador se abrir.

— Clove?

— VAI EMBORA - A última pessoa no mundo que eu queria falar era Cato.

— Não grita comigo!

— Não gritar com você? – eu abri a porta e olhei em seus olhos – você me deu um tapa. Você me humilhou, me rebaixou... você é um monstro. UM MONSTRO!

— Você o beijou!

— Eu mal encostei nele! Só Deus sabe o que você e sua puta do Distrito 1 fizeram noite passada!

— Não seja idiota...

— Cato, eu te odeio! – nós dois estávamos aos berros.

 — Bem que os pacificadores deveriam ter visto você ao invés do seu pai na floresta. Você deveria estar morta e não ele. – aquilo me atingiu como um soco.

— É. Deveria mesmo. Espero que você me mate na arena... é o que eu mais desejo.

Cato que estava de pé, sentou-se do meu lado no sofá e botou a cabeça entre as pernas.

— Eu odeio isso!

— Isso o que?

— Isso tudo.. A gente era feliz antes de vir para cá, Clove. Porque nada mais tá dando certo entre a gente?

— Talvez não é pra ser...

— Eu não quero mais brigar, Clove.

— Devia ter pensado nisso antes de me dar um tapa na cara.

Voltei para a minha cama e fiquei lá deitada encarando o teto; eu estava com raiva de Cato. E se ele queria jogar esse joguinho, eu ia jogar também, na hora do jantar, eu e Cato falávamos do treinamento.

— Ei gente, eu consegui um aliado, o nome dele é Marvel, ele é do Distrito 1, vocês podem falar com os mentores dele?

— Claro.

Cato estava com tanta raiva que bateu a mão na mesa e fez todos virarmos para ele.

— Eu não quero que esse cara seja nosso aliado.

— Não pedi sua opinião, Cato.

— Vocês ainda estão brigando? - Brutus perguntou.

— Se esse cara ser nosso aliado, Glimmer será também.

— Nunca! – eu falei entredentes. 

— Você que escolhe Clove, se o Marvel vir, a Glimmer vem de presente.

Eu o fuzilei e depois dei um sorriso.

— Ok, mas caso minha faca acidentalmente encontre o caminho até o cérebro dela, a culpa não é minha!

— E se a minha espada perfura...

— Não pedi - eu o interrompi.

Continuamos conversando sobre o treinamento e no final resolvemos ver reprises de outras versões dos Jogos até altas horas, quando Cato resolveu ir dormir.

— Boa noite.

Eu fui para o meu quarto logo depois e quando fechei a porta, Cato me prendeu na parede do meu quarto e me beijou me impedindo de gritar, porém, eu o mordi. Eu tentei me soltar dele mas no final ele ganhou e eu desisti de tentar fugir.

— Porra Clove, você me mordeu.

Eu sorri para ele.

— Se você tentar gritar, eu juro que eu te prendo de novo.. e de novo... e de novo... nós precisamos conversar, sem gritos ou berros.

— E o que eu ganhou com isso?

— Nada.

— Hm.

Cato me pegou no colo e me jogou na cama.

— O que você quer conversar?

— Glimmer e Marvel.

— Não gosto de coisas que brilham, logo, não gosto da Glitter - Cato apenas revirou os olhos.

— Eu e ela não fizemos nada na noite passada.

— Cato, você tá mentindo. Seja sincero, você beijou ela?

— Ahn... ér... sim.

— Quantas vezes?

— Uma. Eu juro, eu tava me despedindo e ela me beijou.

— E o que você disse depois dela ter te beijado?

— Boa noite.

Eu o soquei.

— To brincando. Falei que eu estava apaixonado por alguém.

— E ela?

— Disse que não ia desistir de mim tão cedo.

— Hm. O que vocês fizeram naquele tempo todo?

— Conversamos sobre tudo.

— Legal.

— Você tem ciúmes dela?

— Não?

— Você tem certeza?

— Sim

— Certeza absoluta?

— Não.

— Eu sabia.

— Sabia o que?

— Que você tem ciúmes dela.

— Isso não importa nada.

— Importa sim, se você tivesse dito antes, eu teria parado de andar com ela.

— Sério?

— Talvez

— Ou seja, não.

Ele riu e se deitou do meu lado.

— Nós somos realmente burros.

— Porque?

— Porque os Jogos Vorazes estão se aproximando e ao invés de aproveitar nossos últimos momentos juntos, estamos nos afastando.

— Eu sei...

— Eu não quero pensar nisso, não consigo ver o que vai ser de mim sem você.

— Você vai continuar sendo o mesmo...

— Não, vai sempre faltar algo em mim.

— E se eu morrer, Cato?

— Eu morro junto.

— Sério?

— Sim.

— Porque?

— Do que vale viver se não tem amor?

Eu olhei para ele e o beijei.

— Eu vou sentir sua falta, Cato.

— Eu também, pequena.

— Dorme aqui hoje? E amanhã? E depois, e depois e depois?

— Claro.

Ele foi para o quarto pegar suas coisas enquanto eu escovava meus dentes e botei o pijama. Cato chegou só com a parte de cima do pijama, o que me fez perder a concentração, ele havia mais músculos do que da última vez. Nos deitamos na cama e ele ficou beijando meu pescoço o que me deixou arrepiada.

— Para Cato.

— Parar com o quê?

— Com isso!

— Isso o quê?

Ele continuou me beijando e me deu um beijo que deixou meu pescoço roxo.

— CATO!

— Era pra parar com isso? Desculpa Clove, não entendi.

Eu me virei e dei um soco em seu braço.

— Eu juro que se isso não sair até amanhã, eu te mato naquela arena, não estou brincando!

Ficamos conversando o resto da noite e gargalhando. Cato me falou de Glimmer e eu falei sobre Marvel. Ele falou do treinamento e do que descobriu observando o casal do 12. Cato realmente os odiava. Depois de algum tempo, eu comecei a ficar com sono e ele ficou fazendo carinho no meu cabelo,  cantando bem baixinho para mim.

— Ei pequena, tá acordada ainda?

— Agora tô, porque?

— Eu só queria te lembrar que eu te amo.

— Fala sério que você me acordou só para isso. - eu bocejei.

— Sim.

— Ai Cato.

— Boa noite, eu te amo!

Ele me beijou e depois eu peguei no sono, fazia tempo que eu não dormia tão bem, não tive pesadelo algum. Sonhei com Cato. Fazia tempo que eu não sonhava. Sonhar um sonho de verdade. Eu amava sonhar e vir para os Jogos Vorazes havia me privado de sonhar outra vez, e agora eu estava sonhando. Era uma sensação boa sonhar, mas o melhor era sonhar com Cato, com o meu Cato.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem e deem sua opinião.. É de extrema importância para mim, beijinhos ♥ ♥