Capitão Marvel & os Vingadores escrita por Phoenix M Marques W MWU 27, BILSS O DESTRUIDOR


Capítulo 16
Avengers Assemble, parte 1


Notas iniciais do capítulo

A batalha continua!



CAPÍTULO 16 - AVENGERS ASSEMBLE, PARTE 1



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      - Nervoso, Rudolph? – perguntou Fury.

            O diretor da SHIELD estava de volta à sala-dormitório de Fuentes, um dia depois da conversa entre Fuentes e Steve Rogers. O agente já se encontrava arrumado com seu uniforme da SHIELD, como de costume, e estava acordado desde as primeiras horas do dia, olhando para sua mesa, prestes a sair para o primeiro encontro com todos os Vingadores re-recrutados.

— Não exatamente – respondeu Rudolph. – Ansioso é a melhor palavra que eu usaria para descrever esse momento.

            Fury sorriu.

— Depois de você, capitão. – Ele indicou a porta da sala, para que Rudolph se dirigisse ao Helicarrier com ele.

...

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            Enquanto entravam no Helicarrier, que se preparava para decolar da nova base da SHIELD em Cleveland, Rudolph tomava fôlego enquanto observava a extensão da nave da SHIELD. Era sua primeira missão a bordo do Helicarrier. A vista ao redor da nave era bastante inspiradora.

— Então, como eu ia dizendo, Rudolph, seu traje é um tanto mais elaborado do que os trajes dos demais agentes – explicou Nick Fury enquanto conduzia o agente até a ponte de comando. – Contém praticamente todo o material à prova de balas existente no mundo. Além disso, a roupa é resistente às chamas e não conduz eletricidade, e pode se adequar à maioria das situações, caso você precise passar por um espaço muito estreito ou vá parar numa superfície oleosa, que prenderia tecidos normais.

— O design é bem apropriado – disse Rudolph. – Precisavam mesmo colocar esse M no peitoral da roupa?

— É só para o apelido fazer mais efeito – explicou Fury, rindo.

— OK, diretor. Mas não é exatamente com balas e armas de fogo com que eu estou preocupado.

— É claro que não. E o que me diz de suas novas armas?

            Havia dois revólveres semi-automáticos presos à cintura do traje de Rudolph, mas não eram essas armas a que Fury se referia.

— Elas serão suficientes. Um passarinho verde me contou que você andou estudando meus arquivos sobre o tempo que passei com os Emirados. Pelo visto, sempre soube qual é o meu tipo preferido de arma.

— Ora, como não. Como posso deixar nosso novo agente-revelação liderar uma missão sem estar confortável com seu equipamento?

            Rudolph passou a mão por uma das hastes de aço que estavam presas às suas pernas.

— É justo – concordou o agente Fuentes. – Resta saber se os Vingadores concordarão com isso.

— Se Rogers concorda, é muito difícil que os outros não acompanhem o raciocínio dele. Você não está sozinho nessa, Rudolph.

            Rudolph suspirou profundamente antes de fazer a próxima pergunta.

— Todos vieram?

            Fury hesitou.

— Bom, nem todos. – Ele mostrou seu tablet para Rudolph, com a lista que o mesmo enviara para Fury na véspera com os nomes recrutados. – Logan não deu as caras por aqui. Ele sempre teve um temperamento difícil, sabe. Já era de se esperar que ele não curtisse essa reunião calorosa.

— Romanoff uma vez disse: “você espera pelo melhor, mas tem que lidar com o que recebe.” Segundo ela, um homem aparentemente sábio deu esse conselho a ela e aos Vingadores algum tempo atrás. – Rudolph fitou o diretor significativamente. – Acho que essa frase se aplica bem a esse momento.

— Por que tenho a impressão que existe uma competição entre os agentes para ver qual consegue antever meu raciocínio primeiro? – Fury riu de leve.

— Bom, chefe, hora de encarar a turma.

— Essa frase é minha, Rudolph.

            Com esse tom de bom humor, os dois entraram na sala de reuniões do Helicarrier.

            Steve Rogers, Tony Stark, Bruce Banner, Clint Barton, Natasha Romanoff, Thor, James Rhodes e Peter Parker encontravam-se em volta da mesa de reuniões. Pepper Potts, apesar de ter expressado interesse em ingressar na iniciativa, explicou por meio de uma carta à SHIELD que permaneceria na sede da Stark na função de “apoio técnico” e consultora, e que se apresentaria para ajudar caso fosse requisitada. Dos que haviam recebido o chamado de Rudolph, apenas Logan não se encontrava. Rudolph esperava muito contar com o apoio do canadense, mas teria que se virar sem ele.

            Rudolph se postou defronte a mesa, olhando todos os antigos Vingadores nos olhos. Fury se posicionou acima deles, na ponte de comando.

— Dama e cavalheiros, por favor, sentem-se. – Todos assentiram ao pedido de Rudolph e se acomodaram nos assentos. Rogers estava com o uniforme de Capitão América, e Thor com sua armadura de combate de Asgard. Romanoff e Barton usavam os trajes da SHIELD, como de costume. Stark, Banner, Rhodes e Parker usavam roupas casuais. – Primeiro, quero agradecer a todos vocês por terem respondido ao meu chamado e comparecido até aqui. Asseguro-lhes que a presença de vocês não seria necessária se a situação não fosse tão grave como é agora.

— Cá entre nós, vocês podiam ter escolhido um lugar melhor do que Cleveland para estacionar sua nave... – comentou Stark.

— Essa decisão está fora da minha alçada, Sr. Stark – afirmou Rudolph, mantendo o tom sério, mas amigável.

— O bom e velho Stark. Não ligue para ele, Rudolph, ele sempre é assim – assegurou Fury.

— De qualquer forma, a base central da SHIELD era um lugar bastante próximo e estratégico em relação ao nosso objetivo – continuou Fuentes. – Sei que estão se perguntando a razão de tudo isso, e chegou a hora de encerrar esse suspense.

            Um vídeo surgiu atrás de Rudolph, na parede da sala de reuniões. O agente se deslocou para o lado, para poder observar tanto os Vingadores quanto o vídeo.

— Nosso alvo é Ison Mer – disse ele, enquanto o vídeo mostrava a foto de Ison. – Descendente dos xeiques magnatas do petróleo da Arábia Saudita, cabeça do grupo terrorista Emirados do Ocidente. Suas tropas são responsáveis pelas mortes de líderes políticos de várias nações, incluindo Vietnã, Coreia do Sul, Rússia e China. Já foi financiado pelos Estados Unidos, mas a aliança entre ele e Washington se rompeu depois que os americanos apoiaram Israel na Guerra dos Seis Dias. Desde então ele aspira se vingar da América. Mais recentemente, suas tropas estiveram por trás de levantes contra os governos de alguns países latino-americanos, como México e Cuba. Os jornais noticiaram em peso. Agora, a tropa de Sheik, como ele é conhecido, destruiu as estações da SHIELD no México, e está se preparando para cruzar a fronteira com os Estados Unidos.

— Sem ofensa, mas uma ameaça terrorista em larga escala como essa não foi notada por nenhuma outra organização além da SHIELD? – perguntou Peter Parker.

— É claro que foi – afirmou Rudolph. - A CIA e a NSA foram acionadas, mas aquilo já estava além da alçada deles. Por isso, a SHIELD precisou recorrer a...

— Pera aí, antes de mais nada nos diga, o que que esse grupo tem de tão diferente em relação a outros grupos terroristas para ser considerado tão perigoso? – perguntou Tony Stark.

— Simples, Stark. O exército de Sheik é composto por super-soldados – emendou Rudolph. – Todos os soldados dele foram geneticamente modificados.

— Impossível – comentou Banner.

            Seguiu-se um murmúrio geral de concordância, enquanto os outros presentes expressavam sua incredulidade quanto à afirmação de Rudolph.

— Senhores – interrompeu Fury. – Permitam-nos explicar. – O diretor usou um controle remoto para mudar a imagem do vídeo; a foto de Sheik passou a ser acompanhada de uma outra imagem, mostrando uma pessoa nas sombras, o rosto obscurecido. – Este é o chefe de pesquisa científica dos Emirados do Ocidente, e principal assistente do sr. Mer. Como podem ver, ainda não fomos capazes de identificar quem é o cientista. Rudolph?

            O agente Fuentes explicou para todos a história do cientista misterioso: como ele havia tido acesso à fórmula de Erskine nos tempos da Segunda Guerra, e a parceria dele com Arnim Zola e o Caveira Vermelha. Com isso, o misterioso cientista conseguiu escapar da Alemanha nazista antes do colapso do Eixo e, em algum momento durante a Crise dos Mísseis de Cuba em 1963, ele havia conhecido Ison Mer, o Sheik, e os dois tinham se tornado parceiros, com o cientista auxiliando os Emirados a produzirem armas de tecnologia à frente do seu tempo para que as tropas dos Emirados atuassem como mercenários, lutando por quem podia pagar melhor. Com isso, os Emirados haviam participado de vários confrontos, principalmente nos anos 1960, em geral enfrentando aliados do bloco comunista. Mas quando os Estados Unidos se aliaram com Israel e manifestaram-lhe apoio durante a Guerra dos Seis Dias, Sheik rompeu de vez com Washington e passou a direcionar suas tropas contra as forças norte-americanas em eventuais conflitos bélicos. A partir dos anos 1990, com o colapso do comunismo, Sheik passou a atuar na América Latina, financiando guerrilhas e revoltas armadas. Desde o 11 de Setembro, os Emirados tinham motivado levantes e insurreições em vários países, como Haiti, Honduras, Nicarágua, Colômbia, Chile e Paraguai. Desde que se instalara no México, Sheik havia começado a recrutar crianças pobres e geralmente órfãs, dos países latino-americanos e caribenhos, para serem seus soldados. Combinando a tecnologia Extremis que ele adquiriu de Aldrich Killian com a fórmula de Erskine que ele obteve do cientista anônimo, Sheik foi capaz de introduzir o soro do super-soldado em todos os membros da tropa com precisão. Agora, ele tinha em mãos o maior exército de super-soldados da história, há poucos quilômetros de atravessar a fronteira entre México e Estados Unidos e iniciar a invasão ao território estadunidense.

— Eu era um dos soldados do Sheik até um ano atrás – afirmou Rudolph ao final de sua explicação, ao que a maioria dos presentes, com exceção de Rogers, manifestaram espanto e franziram o cenho para o agente. – Eu conheço bem a força de seus homens. Eles eram treinados até a exaustão nos campos de concentração dos Emirados. Seus corpos eram moldados até o limite da perfeição física. Acrescidos do soro de super-soldado, a força desses soldados sem dúvida aumentou exponencialmente. Não há outra alternativa para deter o avanço deles, a não ser os Vingadores.

            Os oito Vingadores se entreolharam. Pareciam apreensivos, mas nenhum deles parecia assustado com a iminente invasão de um exército terrorista composto por super-soldados.

— Então, Rudolph – Steve Rogers tomou a palavra. – A missão dos Vingadores que você está nos propondo é deter esse exército. Supondo que consigamos isso, os soldados terão que ser mortos?

— Não é esse o objetivo da SHIELD – garantiu Rudolph. – Tenho que pedir que vocês utilizem força total no combate, mas a prioridade é capturar os soldados com vida. Se forem obrigados a mata-los, não hesitem; mas se tiverem a chance de captura-los, usem essa chance. Haverá agentes da SHIELD suficientes na área para atuarem como reforço para nós. Se vocês renderem um dos soldados durante o embate, basta sinalizarem para os agentes, que eles procederão com a captura.

— Espere – interrompeu Rhodes. – Você disse “nós”? Está se incluindo?

            Rudolph sorriu amigavelmente para o militar.

— O diretor Fury achou que a minha presença seria importante para coordenar a nova formação dos Vingadores. Se é que vocês não têm nenhuma objeção quanto a isso.

— O agente Fuentes está mais do que preparado para liderar os Vingadores em combate – acrescentou Fury. – Isso já foi discutido. Se vai contar com a aprovação dos Vingadores ou não, é apenas um detalhe. Além disso, se procuram por garantias de que o agente está habilitado para a missão, perguntem ao capitão Rogers.

            Todos se voltaram para Steve, que exibia o semblante mais calmo do universo e um largo sorriso.

— Eu confio na capacidade de Rudolph – declarou. – Estou dentro.

— Também já vi o Rudolph em ação. O cara está mais do que pronto para isso – afirmou Barton. – Eu concordo com a decisão, mesmo sendo agente e já tendo me posicionado em relação a isso anteriormente.

            Natasha pigarreou antes de falar.

— O agente Fuentes merece um voto de confiança. Steve e Clint tem toda razão em apoiarem-no nessa missão. – Ela lançou um discreto olhar para Rudolph, que lhe deu uma rápida piscadela, para que somente ela percebesse. A ruiva revirou os olhos para o outro agente, mas Rudolph já havia desviado o olhar para o restante dos Vingadores.

— Bom, você teve todo esse trabalho para nos reunir e nos convocar até aqui. Acho que esse esforço merece ser reconhecido. Eu topo – afirmou Peter Parker.

— Sem falar que você foi até cada um de nós amigavelmente, sem forçar a barra para pedir o nosso retorno. Isso já basta para mim. – Banner assentiu levemente com a cabeça na direção de Fuentes.

— O rapaz está bem intencionado. Eu o seguirei em qualquer campo de batalha – declarou Thor.

            Stark bufou.

— Bom, eu não quero ser voto vencido. Estou nessa, mas vou logo avisando que não sou bom em seguir ordens.

            Fuentes riu.

— Vamos trabalhar isso, sr. Stark. E você, coronel Rhodes?

            O amigo de Stark riu, incrédulo.

— É sério que eu tenho voz aqui? Eu sou praticamente o recruta dessa turma.

— Relaxa, Rhodey – disse Stark. – O Parker é mais novo que você. Não se sinta isolado.

— Han? – fez Parker, olhando para Stark tentando entender o que isso tinha a ver com o assunto em discussão.

— Cara, você é legal – disse Rhodes, ignorando as reações de Peter e de Stark. – Parece disposto a conduzir uma missão organizadamente, e se todos esses caras estão dispostos a te seguir, não vejo motivo para não concordar.

— Obrigado, senhores – disse Rudolph. – Garanto que não irão se arrepender.

— Só uma coisa... Sr. Fuentes... Rudolph? – começou Peter. – Já que pretende comandar essa missão, por que não demonstra suas habilidades de combate?

            Rudolph abriu a boca para responder, mas foi Steve quem falou.

— Por que não deixa para mostrar suas habilidades quando estivermos em combate, Rudolph? Assim todos verão que não é somente um simples agente no momento certo.

            Todos olharam curiosos para Steve, depois para Rudolph e de novo para Steve, exceto Fury, que observava as reações dos presentes divertidamente.

— Parece ótimo. Mas primeiro temos que chegar até onde estão nossos oponentes – disse Rudolph, confiante.

            Steve assentiu.

— Então, sem mortes? – perguntou o veterano da Segunda Guerra.

— Só se forem necessárias – assegurou Fuentes. – A SHIELD planeja levar todos como cativos. Muitos desses soldados são mais vítimas do que cúmplices dos esquemas de Sheik. Vamos tentar extrair algo de bom deles ao trazê-los para cá. Quem sabe haja uma possibilidade de redenção para todos eles, ou pelo menos a maioria. Sabemos que o soro, por mais eficiente que possa ser, possui efeitos colaterais fortes. O que é bom torna-se melhor, mas o que é ruim torna-se pior. A maioria desses soldados foi treinada para se tornarem assassinos sangrentos. Os soldados da minha época eram menos suscetíveis à ideologia de Sheik do que os atuais. Logo, não sabemos ao certo como está a psique desses soldados, se ainda resta alguma humanidade neles. Por mais que a orientação seja de não mata-los, pode ser que eles não te deem chance.

— Então, nada de mortes, a menos que eles nos obriguem a isso. – Steve endureceu sua expressão e juntou as mãos. – Estou pronto, e vocês?

            Todos assentiram.

— Agora, os últimos preparativos – anunciou Rudolph. – O Helicarrier vai decolar em breve. Stark, Rhodes, seus trajes já estão prontos? Os agentes deixaram-nos no hangar principal da nave para quando vocês forem utiliza-los. Clint, Natasha, as melhores armas estarão à sua disposição. Parker, a qualquer momento a partir de agora, esteja à vontade para por seu traje. Thor, lembre-se de manter o martelo sempre por perto. Dr. Banner, esteja preparado para um eventual código verde. E Steve, se precisar de alguma arma adicional, informe a agente Hill. Se bem que acho que você consegue se virar com o escudo.

— Bem como nos velhos tempos. Avengers, Assemble! – exclamou Steve para os demais, e todos deixaram a sala de reuniões para se preparar para o combate.


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Notas finais do capítulo

Espero ansiosamente os reviews de vocês!



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