O Duelista das Rosas (Yu-Gi-Oh! Universe) escrita por Phoenix M Marques W MWU 27, BILSS O DESTRUIDOR


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, obrigado por ler mais uma de minhas fanfics. Espero que gostem dessa e coloquem tantas reviews quanto nas outras. A gente se vê lá embaixo.



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            Ken e Sam Harrison são dois irmãos que vivem em Londres, filhos de uma família de classe média, e exímios jogadores de Monstros de Duelo. São frequentadores assíduos dos torneios de card games         na Inglaterra e já competiram em Gales e na Escócia. Ambos já sonham em jogar na Irlanda e, quem sabe, numa competição europeia em breve.

            Ken e Sam estudam na mesma escola em que estudava a maga descendente de egípcios Sadie Kane. Sam conhecia Sadie de vista antes da menina nascida nos Estados Unidos se mudar para New York. Como Sadie nunca mais fora vista na escola era quase como se os irmãos Harrison nem soubessem de sua existência.

            Mas Sadie não é importante para a história dos Harrison. Ken era um típico aluno-modelo, daquele que as professoras beijam o chão em que ele pisa. De fato, o rapaz era muito estudioso, e queria ser advogado. Seus esforços eram bem justificáveis.

            Sam, apesar de inteligente, não era fã de estudar. Às vezes, conseguia passar de ano nas últimas, à beira de uma prova final. Passava quase despercebida pelos professores, exceto quando tirava uma nota muito baixa. Apesar de ela não ser muito esforçada, poucas vezes ela foi chamada a atenção pelos professores por causa de maus resultados. Ela queria um emprego mais light, em sua concepção, do que o do irmão: gostaria de fazer curso de Publicidade.

            Quem olhasse poderia pensar que os dois não eram irmãos. Ken era do tamanho normal para sua idade, embora fosse magro. Tinha os cabelos lisos e uma pele meio bronzeada, e olhos negros encantadores.

            Sam era meio baixinha, loura, pele clara, meio musculosa (gostava de malhar sempre que tinha tempo, e isso dava uma média de três dias por semana), o que chamava a atenção de muitos colegas, pois ela tinha curvas bem definidas e postura de manequim, embora ela não desse atenção aos garotos, por se definir como “uma mulher independente”. Seu cabelo era longo e ela gostava de deixá-lo solto, contra os protestos da mãe para que o prendesse com mais frequência. A cor de seus olhos era verde.

            O nome de Sam era Samantha, mas o nome de Ken já havia virado motivo de piada. Quando havia entrado no colégio, a maioria de seus colegas pensou que seu nome fosse “Kennedy”, como uma homenagem ao ex-presidente americano, mas quando seu nome foi chamado pela professora pela primeira vez, todos viram que era “Kenneth”, um nome que seu pai havia visto numa peça de Shakespeare. Todos diziam no colégio que Ken tinha nome de velho. Ambos os irmãos estavam na primeira série do ensino médio.

            A Sra. Harrison era chefe de gabinete numa secretaria de departamento do governo, e o Sr. Harrison era gerente de um grande supermercado. Bancavam as idas de Sam e de Ken aos torneios de Monstros de Duelo e ficavam orgulhosos quando os dois voltavam com um bom resultado e seus prêmios em dinheiro e por mérito pela classificação. Mas tanto Sam quanto Ken nunca haviam ganho nenhum torneio, quanto mais chegar a uma final. Mas os dois não desanimavam; sabiam que um dia a hora deles ia chegar.

            Naquele momento, a família viajava para conhecer Stonehenge. Era um sonho antigo da Sra. Harrison, que havia visto várias fotografias do sítio arqueológico mais famoso da Grã-Bretanha em sua secretaria. Compraram suas passagens numa agência de turismo com direito a ônibus e hotel.

            Eram as férias de verão no hemisfério norte. Lá estavam os Harrison no ônibus de turismo que os conduzia a Stonehenge, com o Sr. Harrison e Ken num banco e a Sra. Harrison e Sam no outro.

            A maioria dos turistas daquela excursão não era inglesa. Havia belgas, franceses, irlandeses, holandeses, americanos, canadenses etc. Ken estava em êxtase por ver tantas culturas diferentes reunidas num mesmo lugar – suas matérias favoritas na escola eram Geografia, História e Estudos Sociais, que abordavam um pouco de cada um daqueles países e suas diferenças sociais.

            O ônibus chegou ao hotel próximo ao sítio após duas horas e meia de viagem a partir de Londres. A família se acomodou e foi desfrutar de um belo jantar no restaurante flutuante do hotel, que estava sobre uma das piscinas. Sam queria mergulhar numa delas, mas a Sra. Harrison disse que só poderiam usar as piscinas depois que voltassem da visita ao sítio, na manhã do dia seguinte.

            No dia seguinte, os Harrisons foram ao ônibus da excursão para Stonehenge. Com quinze minutos haviam chegado ao sítio. Seriam três visitas ao local ao longo da viagem.

            O guia do passeio orientou que todos podiam caminhar ao longo do sítio onde ficava o famoso e misterioso círculo de pedras desde que não se afastassem muito do centro.

            A Sra. Harrison apontava todas as partes do trajeto enquanto os quatro caminhavam; era a mais entusiasmada com o passeio. Ela era muito parecida com Ken: cabelos lisos e repicados de cor loura e olhos castanhos, enquanto o Sr. Harrison (pele clara, olhos verdes, cabelo longo, moreno e ondulado) lembrava Sam.

            Depois de apontar quase todas as escavações do sítio, a Sra. Harrison quis ir ao banheiro, e o Sr. Harrison foi comprar uma água mineral, pedindo para que os meninos esperassem onde eles os deixaram, num ponto em frente ao círculo de Stonehenge.

            Tão logo os pais se afastaram, Sam desmontou numa rocha, entediada.

- Fala sério, tem como isso aqui ser mais chato?

- Não desrespeite o sítio! – ralhou Ken. Estava quase tão fascinado quanto a mãe pelo passeio. – A história! As lendas! As pesquisas! Nada disso atrai você?

- Hm, deixe-me ver... Não. Ainda não vi nada de tão interessante que não pudesse ter encontrado em um livro velho da biblioteca.

- Leigos – resmungou Ken. – Mesmo que você seja loura, Samantha, não finja que é burra!

- Ah, Ken, me poupe. Meu dia já está péssimo e você só está conseguindo piorá-lo... Não tem nada que a gente possa fazer para nos distrairmos?

            Ken olhou em volta e estudou o ambiente. Por fim, localizou uma rocha plana que parecia uma mesa.

- Ali. Quer jogar?

- Jogar o quê?

- Monstros de Duelo, dã.

- Ué, pensei que...

- Que só você tivesse trazido seu deck? – Ken tirou seu deck guardado com um par de tiras do bolso da jaqueta. – Sempre estou preparado para vencer minha maninha.

- Oho! Quem foi que levou a melhor naquele torneio em Cardiff?

- Que eu me lembre, nas quartas de final de Newcastle, quem venceu o duelo em cinco rodadas fui eu.

- Estava azarada naquele dia. – Sam tirou seu deck da bolsinha que carregava no ombro. – ENFIM, vamos ao duelo ou não? Ken?

            O irmão não a escutava mais. Acabara de ver o sol sair de trás das nuvens – estavam numa manhã nublada incomum para o verão do sul da Inglaterra, mas no fim das contas estavam em Stonehenge, onde tudo era incomum. O sol projetava seus raios sobre as pedras do círculo misterioso, pintando-as com tons incríveis, como se fosse o relógio de sol mais belo do mundo. Ken simplesmente deixou seus pés o guiarem até o centro do círculo.

- Ken! Não entre aí! – ralhou Sam, correndo atrás do irmão, hesitando a entrar na área do círculo. – Esse círculo... Esse círculo me dá medo!

            Se Ken a escutou, não demonstrou. Ele olhava para o alto, deixando que os raios solares incidissem nele.

- Não é maravilhoso, Samantha? Até mesmo uma leiga como você devia apreciar a beleza do brilho do sol em Stonehenge!

            Ele estava com uma cara de bobo que só fazia quando olhava para Vanessa Ryders, a melhor amiga de Sam. Relutantemente, ela pisou, pé ante pé, dentro do círculo, e foi até o irmão.

- Veja. Sinta a magia do lugar! – exclamou Ken.

            Ele está louco, pensou Sam com um misto de apreensão e vontade de rir. Ela olhou para o alto, mas só conseguia ver uns poucos raios de sol saindo das nuvens.

- OK, já vimos seu espetáculo barato – disse ela. – Não sei o que você de tão especial nessa radiação solar (Bom, ao contrário de mim, ele não é branquelo, logo o sol não o incomoda, pensou Sam), mas acho que já deu. Você vem jogar ou eu vou ter que...

            Ela gaguejou. As nuvens se afastaram de repente, formando um círculo no céu. Uma enorme luz branca cobriu o círculo de pedra, e os irmãos Harrison foram sugados.


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Notas finais do capítulo

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