Miracle escrita por B Mar, B Mar


Capítulo 25
Cap 25 – Everything is like have to be.


Notas iniciais do capítulo

Acabou, gente. T-T. Último capítulo além do epílogo =(.
Nem acredito que chegou ao fim.
Aproveitem, amados.



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Cap 25 – Everything is like have to be.

Draco PDV:

Acariciei os cabelos de Hermione demoradamente enquanto ela repirava baixo deitada em meu peito, adormecida há tempos.

Aquele fora o momento pelo qual eu havia esperado por toda a minha vida. E era maravilhoso tê-la em meus braços depois de todos esses quase 12 anos.

- Eu te amo. – Beijei seus cabelos e ela se mexeu levemente em meu peito, suspirando.

Eu me lembrava de cada momento que havíamos passado juntos antes dela partir, e temi por anos que aquilo nunca mais acontecesse. Não tê-la em meus braços havia sido a pior coisa em minha vida por anos.

Eu finalmente me sentia vivo.

Cobri seu corpo e pus uma calça de pijama, seguindo para a porta do quarto ao lado. Rose dormia encolhida e seu cobertor estava aos seus pés. Meu coração desacelerou um passo e se contorceu levemente. Eu não havia acompanhado o crescimento de Rose e Scorpius como deveria ter feito nesses longos anos, e me arrependia daquilo mais do que tudo em minha vida. Me arrependia de não ter parado Hermione quando ela saiu por aquela porta e por não tê-la confrontado em sua decisão.

Fui até minha filha (nem Merlin sabe o quão feliz eu sou em poder dizer isso) e a cobri, beijando sua testa e fazendo-a sorrir, então saí e fechei a porta.

Segui para o quarto de Scorpius e Ted. O garoto de cabelos coloridos dormia como alguém que tinha alguém deitado em seu peito e Scorpius havia feito uma bela confusão em sua cama. Ele dormia como eu quando era criança.

Cobri meu filho e o observei por alguns minutos. Scorpius era como uma cópia física minha, com apenas o bom da minha personalidade infantil e características próprias.

Sorri e voltei silenciosamente para meu quarto, deitando ao lado de Hermione, que logo voltou à sua primeira posição.

Me aconcheguei e, então, adormeci.

(...)

O ano escolar se passou mais rápido que eu imaginava. No verão seguinte Hermione, Rose, Scorpius e eu já voltávamos pra casa para terminar com os preparativos do casamento, como o ajuste do vestido e a decoração do jardim.

Uma semana depois eu já dizia sim à minha amada esposa numa cerimônia simples, mas com a insistente cobertura do profeta diário, representado por Denis Creevey, que havia seguido os sonhos do irmão mais velho. Hermione estava deslumbrante e Rose seguia os passos da mãe.

Aquela era a vida que eu sempre quisera, e havia enfim alcançado.

Viajamos para Paris e tivemos uma longa lua de mel, voltando para casa depois de um mês e meio para buscar as crianças e viajar para Orlando.

Rose estava tomando formas de mulher, e eu não gostava nada da história. Scorpius parecia muito mais alto depois da lua de mel. Eu havia passado por isso entre o 1º e o 2º ano, mas havia crescido ainda mais quando ia entrar no 3º.

Estávamos no hotel, nos preparando para mais um dia de diversão quando o que eu mais temi desde o dia que descobri ser pai aconteceu.

- Maaaaaaaaeeeee. – Rose berrou de dentro do quarto.

Corri para o cômodo com a varinha em uma mão e o sapato em outra.

Mas ela simplesmente bateu a porta quando ameacei entrar. Aquilo era sangue.

- Rose. – Bati na porta. – Rose, minha filha, abra essa porta.

- Não. – Rebateu.

- Rosalie Malfoy. Eu sou o seu pai. Me obedeça.

- Eu sou abro para a mamãe.

Suspirei e Hermione pôs uma mão em meu ombro.

- tudo bem, eu vou entrar. Não deve ser nada grave.

Esperei por alguns minutos e Scorpius me encarou.

- O que é que tá pegando?

- Sua irmã se trancou aí com a sua mãe.

Ele deu ombros.

- Já sei até o que está acontecendo.

Levantei uma sobrancelha para meu filho.

- Sabe?

- ah, papai. Vai dizer que o senhor não faz nenhuma ideia? A Rose tem quase doze anos.

- e daí?

Meu filho revirou os olhos.

- Ela não é mais uma criança.

- O que você está querendo dizer com isso? – Encarei meu filho, bestificado.

Scorpius suspirou.

- Papai. A Rose menstruou. Entendeu ou prefere um desenho?

Ignorei a ironia e encostei à parede.

Não podia ser.

Não.

Minha menininha ainda era uma criança. Ela não tinha idade pra menstruar.

- Não fale besteiras. – Falei por fim.

Scorpius deu ombros.

- Se quer saber por si mesmo, tudo bem.

Ele se foi e esperei mais alguns minutos, então Hermione saiu sorrindo.

- então? – Lhe olhei esperançoso.

- Rose é uma mulher agora, amor.

Franzi as sobrancelhas.

- E ela por acaso era um homem?

Hermione revirou os olhos e tirou o sapato de minha mão. Eu nem percebi que ainda segurava.

- amor. A Rose cresceu. – Deu ombros.

- Como assim?

Ela suspirou.

- Senta no sofá, Draco.

Obedeci e ela tomou minhas mãos entre as suas, murmurando algo como “E eu achando que só teria essa conversa uma vez”.

- Amor, chega um dia na vida de uma garota, onde ela deixa de ser uma criança. Acontecem transformações no corpo gradativamente e ela acaba descobrindo para que existem cera depilatória e absorventes.

- Enrola menos, por favor?

- Rose menstruou.

Minha boca provavelmente caiu e encostei o corpo ao sofá.

- A minha menininha? Mas ela é tão nova.

- As coisas são assim amor. – ela tentou me acalmar e deitei a cabeça em seu colo. – Ela cresceu. Você tem que aceitar.

- Mas eu nem vi a Rose crescer. – Lamentei.

Hermione acariciou meu cabelo e rosto. Eu estava chorando.

- Ela não pode crescer.

- As coisas são assim. É o ciclo natural da vida. Não é como se ela começasse a transar. Ela só vai sangrar uma vez ao mês. – Falou como se fosse natural. – E... Amor, não comente sobre isso, ela ainda está um pouco assustada.

Confirmei e sequei as lágrimas.

- quer ficar em casa hoje?

- quero.

(...)

Olhei minha filha de longe enquanto ela escovava os dentes no banheiro que compartilhava com Scorpius.

- Que foi? – Perguntei sem olhar pra mim.

- Nada. – Dei ombros. – só. Nada.

Ela secou as mãos e a boca na toalha e me abraçou, pegando-me de surpresa.

Abracei-lhe de volta e ela sorriu levantando a cabeça para olhar para mim.

- Eu te amo. – Afirmou e beijei sua testa.

- Também te amo, filhinha.

Então eu percebi. Não importava se ela havia crescido ou não, não importava se ela era uma “moça” ou não. Ela sempre seria minha menininha, e eu podia sempre pegá-la no colo e levá-la pra cama, ou cobri-la durante a noite.

Rose se afastou e desci para a sala.

Hermione tinha Scorpius deitado em seu colo assistindo um filme qualquer.

Eu sabia que eu sempre a teria, e que sempre me lembraria de Scorpius me pedindo ajuda para alcançar o livro na estante alta, por mais que ele crescesse. E que, em toda noite, eu poderia sentar à mesa com uma família maravilhosa, em Hogwarts ou na mansão Malfoy.

E eu sabia que aquele era o milagre que eu pedi por todas as noites às estrelas desde que havia me dado conta, há quase 16 anos, que minha vida era vazia.

Sentei ao lado de Hermione e Rose veio para meu lado livre. Beijei a testa de cada um e eles sorriram.

Eu amava cada um.

E sabia que, agora, era feliz.

E que seria para sempre.

Fim


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Espero realmente que tenham gostado. Nos vemos no epílogo, pessoal.
XoXo, BMar