90 Days With Him escrita por MagB


Capítulo 4
True Love Throws At You




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Ouço a música de meu despertador tocar e levanto correndo da cama antes que me atrase para primeira aula do dia. A única coisa que me faz parar é o calendário em minha escrivaninha.

–15 de junho! –suspiro contente ao mesmo tempo em que me sinto uma completa idiota.

Sorrio aliviada por ser o primeiro dia das férias de verão. Principalmente depois das fotos de meu passeio de domingo com os integrantes da boy band do momento e suas namoradas e de Harry me trazendo para casa. Não estava nem um pouco a fim de enfrentar a ira das directioners do meu colégio.

Arrasto-me novamente para cama e me cubro tentando voltar a dormir, mas com o calor repentino que havia feito em Londres a cama começa a ficar desconfortável então me levanto sabendo que não conseguirei pregar os olhos.

Saio do quarto e procuro sinal de vida no segundo andar, mas o lugar está vazio e silencioso. Já o rpimeiro contem barulhos de vozes abafadas e objetos de cozinha indicando que Mary e tio Simon estavam acordados.

–Bom dia anjinho. –Mary e meu tio estão sentados no balcão comendo.

–Bom dia Nany. –nos abraçamos e ela beija minha cabeça.

–E eu?- perguntou meu tio e vou a sua direção.

–Bom dia titio. –ele abraça meus ombros e eu dou um beijo em sua bochecha.

–Bom dia princesa. – eu me sento ao seu lado e pego uma panqueca para comer.

Adorava manhas como essa, era uma pena que fossem tão raras. Meu tio é um homem ocupado e muitas vezes está viajando, mas mesmo assim sempre foi presente em minha vida.

–Bom dia pessoal. –escutei uma voz feminina cantarolar.

Diana assim como tio Simon e eu está de pijama e com o costumeiro sorriso no rosto.

Ela braça abraça primeiramente Mary e depois vem em minha direção.

–Bom dia anjinha. –eu fico na ponta dos pés para abraça-la.

–Bom dia Di. –nós nos separamos e ela vai em direção do meu tio que lhe dá um selinho fazendo com que o rosto de Diana fique corado.

–Simon. –ela dá um tapinha no ombro dele que apenas ri sendo acompanhado por mim e Nany.

Diana era a melhor amiga da minha mãe e ela e Simon sempre se odiaram, mas quando meus pais faleceram algo em comum os uniu. Eu. Meu tio havia conseguido minha guarda e assim que recebeu a noticia Diana pediu que fosse transferida para Londres já que achava meu tio mentalmente incapaz de cuidar de uma criança sozinho. Como ele era um homem muito ocupado acabou contratando Mary e também para que Di saísse de seu pé, entretanto o ódio de ambos continuou.

Quatro anos depois eu e Nany voltávamos às pressas de um passeio no parque tentando chegar em casa antes da chuva e quando abrimos a porta da sala fomos surpreendidas por meu tio e Diana que estavam sentados nos sofá aos beijos.

Ainda me lembro de alguns detalhes como a cara de culpa de Diana e o grande sorriso nos lábios de meu tio.

Os dois bem que tentaram negar, mas três meses depois eles estavam namorando.

Já faz quase doze anos desde o dia em que pegamos os dois no flagra e nunca entendi porque nunca haviam se casado, Di praticamente morava aqui e nós quatro convivíamos como uma família.

Volto minha concentração para comida a minha frente enquanto pego fragmentos da conversa na mesa.

–Julie, Julie, Juliet?! –alguém me chama.

–Ahn, o que? –pergunto confusa.

–Seu celular. – Diana indica com a cabeça o aparelho em cima da mesa que está tocando.

–Lucy?

–Quem mais ligaria para você? –sua voz divertida respondeu.

–Ai essa doeu. –respondi sorrindo.

–Desculpa não foi isso que eu quis dizer.

–Entendi o que quis dizer. –respondi a acalmando.

–Ótimo, mas e ai, já está pronta?

–Pronta para que? –questionei confusa e a ouvi suspirar do outro lado.

–Não vai me dizer que você esqueceu. É claro que você esqueceu.

–Lucy, será que pode ser mais especifica?

O celular ficou mudo por alguns segundos.

–Você esqueceu que combinamos de passar uma tarde juntas hoje? –perguntou cansada.

Dei um tapa na minha própria testa

–Cara! Desculpa mesmo Lu vou tomar um banho rápido e já estou indo para sua casa. –respondi me levantando. –Tem algum problema em você vir aqui?

–Não por quê?

–Ah que bom é mais fácil para mim. Se não for incomodo.

–Tudo bem daqui uns quinze minutos vou.

–Obrigada Lucy, você é a melhor!

–Eu sei que sou.

–Convencida. –nós duas rimos e desligamos o telefone, corri para o meu quarto.


Lucy esta na sala conversando com Diana e assim que me vê ela se levanta.

Observei a figura magra e pequena a minha frente. Os cabelos loiros um pouco abaixo dos ombros estavam com a franja presa pelo óculo escuro. Os olhos azuis se destacando na maquiagem. -Eu estava me remoendo pensando no que darei para você de aniversário e agora já sei o presente perfeito. Um relógio.

–Eu também te amo. –eu a abraço enquanto rimos.

–Vamos então? –ela perguntou e assenti. –Vamos conosco Di?

A mulher negou.

–Vou passar um tempo com Simon. –sorrimos cúmplices e saímos.

Caminhamos até seu volvo.

Ela ligou o carro e dirigiu por mais ou menor dez minutos antes de parar num beco.

–Conta T-U-D-O!!!!! –me assustei com a expressão eufórica em seu rosto.

–Tudo o que? –perguntei e ela revirou os grandes olhos azuis.

–Tudo o que? Tudo o que aconteceu ontem.

–Eu te contei tudo.

–Ainda falta alguma coisa eu sei, sou sua melhor amiga desde os oito anos. –suspirei.

Não havia contado sobre a sala de música e a despedida.

–Bem quando ele foi me mostrar a casa tinha uma sala de música com um piano igual ao que tínhamos em casa quando meus pais eram vivos e ai eu contei para o Harry sobre como eu me sentia com a morte deles e acabei chorando e Hazza me abraçou e...

–E? –ela me incentivou.

–E eu gostei!

Ela sorriu e deu gritinhos histéricos.

–Caramba! Harry Styles te abraçou!!! –bufei.

–Lu, ele é só um cara normal. –ela me olhou como se eu estivesse comendo areia.

–Só um cara normal! Ele é um deus grego com uma voz rouca que tira as garotas do eixo.

–Para mim ele é só um garoto super legal, engraçado e muito fofo que sabe cantar.

–Está bem se você pensa assim. –deu de ombros ligando o carro saindo do beco.

Aumentando o volume do rádio eu interrompi a conversa.

Não contei a ela sobre a despedida quando Harry me chamou de “minha pequena”. Apesar de sermos melhores amigas desde os oito anos não queria que ninguém soubesse porque ainda me sentia confusa e não sabia o que aquilo tinha significado para ele ou para mim. E não estava com a menor vontade de descobrir.

–Acha que isso vai virar algo real?

–O que? –Lucy revirou os olhos.

–Esse romance falso. Acha que pode se tornar algo real. –bufei.

–Não mesmo.

–E por que não? Vi as fotos na internet e vocês formam um belo casal. –encostei a cabeça no vidro.

–O amor é complicado.

– O amor não é complicado. As pessoas são. –olhei para minha amiga. – Eu tenho meus momentos “poeta incompreendido.”

Nós rimos.

–OMG!!! Amo essa música.

Lucy aumentou o volume no momento em que identificou o que estava tocando.

So scared of breaking it

That you won't let it bend

And I wrote you hundreds letters

I will never send

Sometimes these cut are so much

Deeper then they seem

You'd rather cover up

I'd rather let them bleed

So let me be

And I'll set you free

Maroon 5 , Cher Lloyd e Katy Perry eram gostos que eu e Lucy compartilhávamos e Misery uma das músicas que mais gostamos da Marron 5.

–Ainda vou me casar com Adam Levine, você vai ver. –disse par minha amiga que riu.

–Pelo menos você e Harry compartilham algo em comum. Preferem os mais velhos.

–Ah qual é Lu, é o Adam um dos caras mais lindos do mundo.

–Não posso discordar de você.

Eu havia conhecido Adam uma vez numa festa em que fui com meu tio. Ser sobrinha de Simon Cowell tem suas partes boas.

Não que eu me aproveite da situação ou me ache melhor que os outros. Longe disso.

Sempre detestei aquelas crianças mimadinhas que tinham tudo o que queriam. E havia muitas assim.

Lembro-me de ir a lugares com meu tio e as únicas conversas entre os jovens herdeiros sempre giravam em torno de riqueza.

Eu e Lucy nos conhecemos numa dessas ocasiões. Ainda me lembro.

O lugar era aberto não fosse a gigantesca tenda branca que abrigava os convidados.

Meu tio Simon conversava com varias pessoas a maioria do ramo música, todos bem sucedidos como ele.

As crianças de oito a doze anos ficavam num lugar mais afastado gabando-se umas com as outras do que tinham em seus cofrinhos de ouro.

Estava cansada daquela mesma conversa sem conteúdo. Sai da tenda sem que me vissem e sentei num dos morrinhos que havia ali.

O lugar era afastado e eu já não podia mais ouvir a música ou as vozes. Respirei aliviada.

–Também esta cansada dessas pessoas?- virei assustada com a voz.

Uma garota com cabelos loiros presos num coque me observava com grandes olhos azuis.

Já tinha visto ela outras vezes e sabia que tinha minha idade.

–Não das pessoas exatamente, da conversa. –respondi mexendo em minha trança.

–Nem me diga! Quem se importa se Connor Kemberly tem um porta papel higiênico de ouro.

–Exatamente! É papel higiênico para o fim que leva isso é um pouco de exagero.

Nós duas nos olhamos sorrindo.

–Cara, alguém finalmente me entende. –sorrimos uma para outra e continuamos conversando até o sol se por e meu tio e o pai de Lucy vir atrás de nós.

–Me ligue Julie.

–Vou ligar sim.

Despedimos-nos e seguimos na direção oposta.

–Gostou dela? –sorri para meu tio segurando sua mão.

–Acho que vamos ser grandes amigas.

Passaram-se nove anos e eu e Lucy somos inseparáveis.

“Em um mundo comandado por herança sanguínea e contas de banco, vale a pena ter um amigo.”

Lembrei-me de uma frase Gossip Girl que descrevia muito bem nossa amizade e o lugar em que vivemos.

Nós somos irmãs ao de sangue, mas de coração e nada no mundo vai nos separar. Nunca.

–Vamos comer alguma coisa, por favor. –implorei depois que saímos da décima loja com várias sacolas.

–Tudo bem, vamos lá sua morta de fome.

Caminhamos até a praça de alimentação.

–Vou sentar e esperar você. –disse Lucy.

–Não vai comer? –perguntei preocupada. –Você está mais pálida que o comum.

–Estou meio indisposta. Nada de mais. –esclareceu depois que a olhei com preocupação.

–Lucy não é melhor irmos embora.

–Estou bem Juliet é só esse calor.

–Tem certeza que não que ir.

–Tenho, vai comprar seu lanche eu vou ficar bem.

–Já volto. –ela assentiu.

Pedi uma pizza pequena de mussarela e coca-cola.

Volte para mesa e comi enquanto conversava com Lucy.

Quando voltamos a andar pelo shopping ela já estava mais corada.

–Estou precisando de um anel. –disse puxando minha amiga.

Olhamos algumas joias e acabei comprando um anel do Pacman.

Meu celular toou na bolsa.

No visor apareceu a foto de Harry.

–Harry. Aconteceu algo?

–Oi Julie. Não, não aconteceu nada. É que a Cher esta aqui em casa e pensei que você gostaria de conhecê-la.

–Cher, Cher Lloyd?

–É ela mesma.

–Você está brincando.

–Não estou não, ela disse que vai amar conhecer a minha “namorada”.

Eu parei por alguns segundos surpresa com aquilo, levaria um tempo até eu me acostumar com a ideia.

–Seria ótimo, mas eu estou com a minha amiga...

–Traga ela também, quanto mais, melhor.

–Um segundo.

Tapei o telefone e vire-me para minha amiga.

–Hey Lu, está afim de conhecer One Direction e Cher Lloyd?

Ela arregalou os olhos.

–Você está falando sério?

–Harry está nos convidando.

–Caramba, caramba, caramba!!!! É claro que eu quero.

–Nós já estamos indo.

–Perfeito, consegue chegar aqui.

–Acho que sim.

–Bom te mando uma mensagem com o endereço.

–Tudo bem, até.

–Até.

Dois minutos depois a mensagem de Harry chegou e estávamos dentro do carro.


Entramos no elevador e reparei que Lucy estava mais pálida que antes.

–Lu...

–Eu estou bem, foi só a viagem de carro já vai passar.

Não disse mais nada.

Saímos do elevador e eu apertei a campainha.

Um garoto loiro abriu a por ta sorrindo.

–Nialler. –sorri para ele.

–E ai Julie. –nos abraçamos.

O abraço dele é fantástico, daqueles que você não quer sair nunca.

–Niall quero te apresentar minha amiga Lucy Von Signe. – no momento em que olhou para Lucy vi seus olhos azuis brilharem.

–Uau. –ele corou quando percebeu que tinha dito aquilo alto. –Quer dizer... Muito prazer em conhecê-la.

Ele estendeu a mão e Lucy levantou a sua, mas ao invés de apertar a de Niall cobriu a boca.

–Lu, você esta bem. –perguntei estendendo a mão.

Ela já não estava mais branca, sua pele tinha aderido uma tonalidade esverdeada doentia.

–Lucy! –ela cambaleou diretamente para os braços de Niall.

Mas que rapidez. Pensei.

Mas ao invés de beija-lo Lucy fez uma coisa que eu nunca havia pensado que alguém faria.

Ela vomitou no Niall.



Pessoal a fic também será postada nesse tumblr:

http://fanficsmissatalanta.tumblr.com/90dayswithhim





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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado apesar do final bem nojento!
Minha Lucy é Emily Osment.
Roupas do capítulo.
Julie: : http://www.polyvore.com/julie_shopping/set?id=60428395#stream_box
Lucy: http://www.polyvore.com/sweetie_16/set?id=58638128
Até o próximo e não deixem de comentar o que acharam.