New Legends - Cavaleiros do Zodíaco escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 88
Desperte Cavaleiro de Atena!


Notas iniciais do capítulo

O cavaleiro de Pégaso se defronta com o cavaleiro de Ouro de Touro, que passou para o lado de Hades. Durante o duelo, Betinho teima em manter a esperança viva. Haverá alguma chance de trazer não só Aldebaran, como todos os demais Cavaleiros de Ouro, de volta para o lado de Atena?



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Thiago seguiu atravessando as Casas de cima para baixo. Ao passar pela Casa de Câncer, notou os corpos de Gustavo e Máscara da Morte estirados no chão.

Sua determinação aumentava cada vez mais. Ansiava por uma revanche digna contra Saga de Gêmeos.

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Após muita busca, o imenso cosmo que Betinho sentia desde que entrara na Casa de Touro revelou sua origem. Aldebaran de Touro surgiu em frente ao Pégaso, impedindo-o de avançar, porém ele parecia saber que o cavaleiro de Bronze não iria sair da frente dele enquanto não derrotasse o oponente.

Ao longe, Betinho conseguia sentir cosmos se defrontando nas outras Casas. Não sabia dizer se seus amigos estavam bem ou não; por enquanto, precisava se concentrar em procurar uma forma de derrotar Aldebaran.

Mas o cavaleiro de Ouro de Touro não lhe deu muito tempo para pensar. Tão logo se revelou perante o Pégaso, cruzou calmamente os braços e em seguida começou a atacar.

GRANDE CHIFRE! – berrou Aldebaran. Ondas de choque rápidas e invisíveis derrubaram Betinho com força – era a mesma sensação que tivera quando havia enfrentado o cavaleiro Josafá de Touro algumas semanas atrás, naquela mesma Casa, só que de forma dez vezes mais forte.

Mal Betinho se levantou, o inimigo começou a atacar de novo – “GRANDE CHIFRE!!”, berrava Aldebaran sem hesitar – agora Betinho saltitava pela Casa de Touro para fugir dos golpes seguidos do cavaleiro de Ouro.

— Isso é loucura!! – bradou ele, enquanto tentava fugir. O golpe de Aldebaran derrubava aos poucos os pilares da Casa, e fazia enormes buracos nas paredes. Havia, porém, uma maneira de enganar o oponente, como Betinho percebeu em tempo.

Aproveitando-se da preocupação de Aldebaran em atacá-lo, o Pégaso viu a poeira subir na Casa com o impacto dos golpes do Touro. Escondeu-se atrás das rochas, e ficou observando Aldebaran. Quando este finalmente parou de atacar, descruzando os braços, e procurando-o com o olhar, Betinho saltou do esconderijo e berrou:

METEORO DE PÉGASO!!

Ágeis meteoros empurraram Aldebaran; ele, porém, não caiu – permaneceu em pé e recomeçou a atacar feito um louco.

— Ele está totalmente fora de si! – disse Betinho, recomeçando a saltar para desviar dos golpes. – Vou ter que contra-atacar de verdade... Encarando-o!

Então, num rápido movimento, o Pégaso saltou na direção de Aldebaran e emendou seu golpe.

COMETA DE PÉGASO!!

BUM!! Os golpes de Betinho e Aldebaran se chocaram com violência; porém, Betinho já estava preparado para isso, então se agachou enquanto Aldebaran finalmente perdia o equilíbrio e caía no chão.

Betinho ficou satisfeito ao ver o oponente derrubado. Porém, levar um golpe na cara foi à gota d’água para Aldebaran.

O Touro se ergueu com uma disposição incrível e emendou seu golpe:

GRANDE CHIFRE!!

Betinho foi arremessado no ar. Porém, sentiu seus pés encontrarem o chão. Então, deu um impulso à frente e sentiu-se voando com seu cosmo, em direção a Aldebaran, pronto para dar seu golpe:

METEORO DE PÉGASO!!!

Desta vez, Aldebaran sentiu Betinho golpeando-o sucessivas vezes, sem poder fazer nada. Rápido, com o cosmo se elevando, o jovem cavaleiro saltou sobre Aldebaran e agarrou-o por trás.

— Este será meu golpe final, Aldebaran!! – berrou Betinho. – TURBILHÃO DE PÉGASO!!!

O cosmo de Betinho elevou-se mais e mais; ele jogou Aldebaran para o alto – o cavaleiro de Touro girou no ar e deu um berro de desespero – até que Aldebaran encontrou o chão da Casa de Touro com força.

O chão tremeu. Betinho perguntou-se se teriam sentido isso nas Casas vizinhas ou mesmo no restante do Santuário. Aldebaran estava morto... ou não?

Aldebaran, de repente, começou a tentar se reerguer. O elmo da armadura Surplice de Touro se partiu, seguido de um dos chifres. Ele fitava o oponente com fúria e dor, não conseguindo se levantar.

— Já basta, Aldebaran! – disse Betinho. – Essa luta não tem mais sentido.

— Não... – gemeu Aldebaran. – Preciso vencê-lo...!

— Não insista, Aldebaran!! – suplicou Betinho. – Esse não é você. Não é o Cavaleiro de Ouro que meu mestre derrotou na Batalha das 12 Casas e que deu a vida para proteger Atena. É Hades que está te manipulando!

Aldebaran ignorou-o, ainda tentando se erguer. Betinho notou que a queda do cavaleiro havia rebaixado o chão da Casa.

— Reaja, Aldebaran – insistiu Betinho. – Acorde Cavaleiro de Atena...!

Aldebaran, então, fitou Betinho com ar de espanto. Por um momento, nenhum dos dois falou ou se mexeu. Então, o cavaleiro de Touro ergue-se de um salto e solta um grito de angústia.

Aquele grito foi longo e grave. O Santuário inteiro deve ter escutado, pensou Betinho. Então, a armadura espectral de Aldebaran começou a rachar, e seus pedaços caíam no chão e tornavam-se pó... Em seu lugar, uma nova armadura, branca e reluzente, igual às dos Cavaleiros de Ouro de armadura branca que haviam saído da Torre dos Deuses mais cedo, surgia no corpo do cavaleiro de Touro.

Aldebaran havia voltado a ser um Cavaleiro de Atena.

Betinho, alegre, aproximou-se de Aldebaran e o ajudou a ficar de pé. Sentou o cavaleiro de Ouro num banco próximo aos aposentos da Casa.

— Obrigado, Pégaso – disse finalmente Aldebaran. – Já é a segunda vez que reconheço o desempenho esplêndido do protetor dessa armadura como defensor de Atena... E agora, você salvou a mim.

— Não foi nada – disse Betinho, sorrindo. – Fiz o meu dever. Hades te deixou enlouquecido mesmo...

— Eu estava tentando me livrar da influência dele – explicou o cavaleiro de Ouro. – Por isso, demorei a aparecer. Então, ele conseguiu me dominar por completo.

Mal Aldebaran havia terminado de falar, eles sentiram dois cosmos se chocando perto dali.

Betinho, de repente, ficou alarmado. “A Casa de Gêmeos!”, pensou ele. “Thiago!!”

Betinho se virou para sair, mas Aldebaran soltou um gemido de dor. Ele hesitou e se virou para o cavaleiro de Touro.

— Tem certeza que vai ficar bem? – perguntou Betinho.

— Claro, meu rapaz – disse Aldebaran, dando um sorriso forçado. – Agora sou um Cavaleiro de Atena íntegro novamente. Vai ficar tudo bem comigo. Ande, vá ajudar seus amigos.

Aliviado, Betinho saiu correndo da Casa de Touro e sumiu de vista. Aldebaran ficou contemplando a saída da Casa mais alguns instantes, até que alguém o chamou.

— Até que você foi resistente, não é, meu amigo?

O Touro do Brasil se virou. Mu de Áries vinha ao seu encontro, com um largo e bondoso sorriso.

— Nunca abandonaria Atena. Você sabe disso, Mu.

— Estou vendo – retrucou o outro. – Belo trabalho, o do Pégaso.

— Pégaso, Pégaso... Esse nome dá o que falar, não é?

Os dois riram. Mu virou-se para a saída da Casa, e contemplou o céu.

— É impressão minha ou todos os Cavaleiros de Áries vivem de contemplar estrelas? – indagou Aldebaran ironicamente.

— Agora vejo que voltou ao normal de verdade – retrucou Mu. – Seu senso de humor também voltou. Estou sentindo que essa Guerra está chegando ao fim.

Aldebaran suspirou, contemplando o céu também.

Enquanto isso, Shion compartilhava o mesmo passatempo de Mu, enquanto olhava o céu do lado de fora do Templo de Atena. Aldebaran havia voltado ao nosso lado. Agora, os irmãos Cisne e Pégaso estariam diante do último Cavaleiro espectro, e, possivelmente, o mais perigoso.

Mas Shion não se preocupava só com isso. A estrela Polaris brilhava intensamente, fora do normal. As constelações pareciam aquietar-se. Shion percebia o que estava para acontecer. Ele voltaria à cena de combates logo, logo.

— Finalmente te achei, Grande Mestre – disse alguém atrás de Shion.

O Mestre se virou. Diante dele, estava a última pessoa que ele esperaria encontrar naquela situação.

— Você – murmurou Shion. – O que veio fazer aqui?

O visitante, que vestia um manto marrom e possuía uma Cloth Stone pendurada no pescoço, exibiu um largo sorriso.


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Notas finais do capítulo

Revisão concluída em 30.05.2020



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