New Legends - Cavaleiros do Zodíaco escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 5
O começo de um romance


Notas iniciais do capítulo

Pessoal eu já tinha postado esse capitulo mas decidi recolocá-lo.


Os dois jovens que se encontram às escondidas na calada da noite na mansão da Fundaão Graad testemunham o surgimento de um romance entre eles.



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Matt de Fênix andou sorrateiramente pela Mansão Kido às escuras enquanto buscava chegar até a cozinha. O próprio Tatsumi permitira que os Cavaleiros retirassem o que quisessem da geladeira, desde que não acabassem com toda a comida. O que o jovem não sabia era se o diretor da Fundação Graad iria gostar de flagrar um cavaleiro andando furtivamente em direção à cozinha àquela hora da noite.

Ele já havia morado em Angola e no Havaí, e não se lembrava de ter permanecido num local onde as luzes se apagavam bem antes da dez. Era possível que os demais cavaleiros ainda estivessem acordados, na expectativa para o evento do dia seguinte que Gustavo afirmava ser um torneio de cavaleiros, mas Matt não entreouviu ninguém nos quartos enquanto caminhava pelos corredores.

Imaginou que a ansiedade havia cedido e os cavaleiros de bronze haviam conseguido cair no sono antes do grande dia. Mas o cavaleiro de Fênix imaginava que essa pequena aventura noturna já podia ser uma prévia do evento. Era um teste para suas habilidades.

Repentinamente, ele chegou à cozinha. O caminho pareceu relativamente mais curto na escuridão. Felizmente, o cosmo de Matt lhe permitia enxergar um pouco mais do que a maioria das pessoas, de modo que era praticamente impossível alguém se esconder dele.

Ele encontrou rapidamente a geladeira. Abriu-a leve e silenciosamente, e divisou de cara o que estava procurando: uma garrafa com um líquido meio transparente, meio esverdeado. Limonada! Ele pegou a garrafa e encontrou um porta-copo ao lado da geladeira. Puxou um copo descartável e foi andando em direção à mesa.

— Você não devia estar na cama? – disse uma voz. Havia alguém sentado à mesa.

Em circunstâncias normais, Matt devia ter se assustado. Não sentiu nenhum cosmo na cozinha, e deveria ter percebido a presença de quem quer fosse, mas só depois de ouvir a voz foi que divisou os contornos de uma silhueta humana observando-o da mesa. Percebeu com um sobressalto que se tratava de Isabella, a assistente de Tatsumi.

— Há quanto tempo você está aí? – ele indagou.

— Alguns minutos. Vi você chegar.

— Engraçado, eu devia ter percebido a sua presença.

Ela ergueu as sobrancelhas.

— É mesmo? Por quê?

Ele se aproximou da mesa e depositou a garrafa de suco e o copo.

— Nada de mais, é só uma habilidade secreta que eu tenho.

— Eu gosto de habilidades secretas.

— Você me parece bem familiarizada com elas. Por que eu não consegui sentir você quando cheguei?

— Oh, eu também habilidades secretas, mas acho que não há mal em te contar que eu sei esconder meu cosmo melhor do que muita gente, e também sou boa com técnicas mentais.

Ela olhou diretamente para Matt ao dizer isso. Ele sentiu que estava ficando da mesma cor da pele de Isabella; era óbvio que ela descobrira sua habilidade. De que outra forma ele não teria percebido aquela pele clara na escuridão da cozinha? E o cosmo dela que ele sentia agora... Nossa! Se ele não estivesse olhando para o rosto simpático de Isabella nesse momento, diria que aquela energia cósmica pertencia a um Cavaleiro de Prata.

— Interessante, não posso ver seus pensamentos, nesse caso – ele disse.

— Não, a menos que eu queira. Nunca esteve numa situação desvantajosa como essa, não é?

— Só com o meu mestre. Olha, eu só vim pegar esse suco, então não vai me dedurar pro velhote, certo?

— Claro que não! Tem minha palavra. – E ela juntou dois dedos da mão direita e deu um beijinho para selar o trato. – Por que não se senta?

Ela se levantou e ofereceu o próprio lugar. Matt reparou que ela usava um vestido curto e branco com estampa de flores. Ela estava realmente bonita. Após passar o dia com o cabelo preso, seus fios caíam-lhe pelos ombros como uma cascata. Ele reparou nas próprias roupas. Sua camiseta e seu short tinham ficado muito quentes de repente.

Ele se sentou, e imediatamente ela começou a massagear seus ombros. Ele mesmo não percebera o quanto estava tenso. Ele se serviu do suco e tomou um gole só para se distrair.

— Você é uma amazona? – A pergunta simplesmente escapou. Era algo que estava incomodando seus pensamentos.

— Mais ou menos – Isabella respondeu. – É meio complicado para eu explicar agora.

Ela esfregou o cabelo de Matt enquanto ele terminava de beber sua limonada.

— Pode pôr pra mim também, por favor? – pediu ela com uma voz suave.

Sem hesitar, ele encheu novamente o copo. Ela tomou o copo da mão dele suavemente, e bebeu sem se importar, enquanto continuava a mexer com o cabelo de Matt com a outra mão.

— Sabe, Matt... – ela escolhia as palavras com cuidado. – Desde que eu te vi na entrevista com o sensei Tatsumi, acho que os nossos caminhos estavam destinados a se cruzar.

Ela pousou o queixo na cabeça de Matt e acariciou o peito do rapaz. As unhas dela eram grandes, mas o calor das mãos dela fez com que ele não sentisse nenhum arranhão.

— Eu converso muito com as estrelas, sabe? E elas me contam coisas... É como um dom, que o meu mestre disse ser raro mesmo para pessoas como eu, que têm um cosmo singular. Eu posso ver que você tem seus dons de cavaleiro, e que nós dois...

Ela hesitou. Parecia em dúvida.

— Pode falar, Isabella – encorajou Matt. – Eu confio em você.

— Você sabe dançar?

Ele podia esperar qualquer pergunta, menos essa.

— Mais ou menos.

— Então me mostre o seu “mais ou menos”!

Ela o puxou da cadeira e colocou o braço dele por trás da cintura. Com a outra mão, segurou a mão dele. A diferença de altura entre os dois era pequena. Se ela estivesse de salto, teriam a mesma altura.

Ele a conduziu por alguns passos com leveza e elegância; até que, após alguns minutos, por acidente ou de propósito, ela atirou-se em cima dele e começou a rir.

— Você chama isso de “mais ou menos”?

O sorriso dela era extremamente calmante. Levou um tempo até que os dois notaram o quanto seus rostos estavam próximos.

Seus lábios se tocaram levemente. Os dois se entregavam à paixão.

Soltaram-se após alguns minutos. Ela pousou a cabeça no peitoral de Matt e o abraçou. Ele a abraçou de volta, sentindo o calor que o cosmo dela emanava. Era uma energia positiva, que há muito ele não sentia.

Ela levantou a cabeça e deu-lhe um beijo no rosto.

— Se cuida, OK? Vê se não morre nesse evento, cavaleiro. – Ela tocou-lhe o nariz e saiu da cozinha.

Matt regressou silenciosamente ao quarto, decidindo que não contaria a ninguém o que acabara de acontecer. Muito menos a Gustavo.


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Notas finais do capítulo

Obrigado pela leitura.



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