New Legends - Cavaleiros do Zodíaco escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 41
Despertando o Sétimo Sentido! Cavaleiro de Touro, Josafá


Notas iniciais do capítulo

O sétimo sentido é o ponto de cosmo que os cavaleiros de Bronze precisam alcançar se quiserem ter alguma chance contra os Cavaleiros de Ouro. Sem a ajuda de Isabella, os cavaleiros de Bronze estão por conta própria na casa de Touro. Betinho acaba se sobressaindo no primeiro confronto "para valer" nessa jornada, fazendo frente a um novo cavaleiro de Ouro. Conseguirá o cavaleiro de Pégaso superar as próprias limitações e se aproximar do sétimo sentido?



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Avistaram e entraram na Casa de Touro. A exemplo de Áries, também estava escura e, aparentemente, deserta. Nenhum cosmo emanava ali, exceto os dos Cavaleiros de Bronze.

— Acho que não há ninguém aqui – disse Matt. – Vamos em frente!

Os cinco foram em frente; mas então, bateram em algo duro e sólido que seus olhos não haviam captado antes, e caíram no chão. Matt levantou primeiro, e viu o que os tinha derrubado.

Um homem estava postado defronte a eles. Era alto, moreno, musculoso, de cabelo grisalho e longo, preso em um rabo-de-cavalo. Usava uma armadura de Ouro tão brilhante quanto à de Kiki.

— Sou Josafá, o cavaleiro de ouro de Touro – ele se apresentou aos cinco cavaleiros. – Tenho ordens para não deixar que vocês ultrapassem esta casa.

— Que novidade! – esbravejou Matt. – Mas não vamos aceitar assim tão facilmente. – Os outros cavaleiros de Bronze já haviam se levantado e se reunido a ele. – Vamos vencê-lo!

— É inútil. Somos cavaleiros de Ouro, os cavaleiros mais fortes de Atena, que alcançaram o sétimo sentido. Com seu cosmo de cavaleiros de Bronze, não têm chance contra um de nós – garantiu Josafá.

— Veremos! – disse Gustavo. – Vamos juntos, pessoal! Ataquem-no!

E os cinco partiram para cima de Josafá.

O cavaleiro de Touro cruzou os braços. No momento em que os cavaleiros de Bronze iam atingir sua armadura, uma luz intensa brilhou da vestimenta e impeliu os jovens cavaleiros para longe de Josafá, como se ondas de choque os houvessem afastado.

Os cinco cavaleiros de bronze estavam jogados ao chão novamente.

— Como eu disse, é inútil um cavaleiro de Bronze enfrentar um cavaleiro de Ouro. O resultado esperado é muito claro – salientou Josafá.

Betinho de Pégaso, no entanto, conseguiu se levantar. Encarou o cavaleiro de Ouro, mas hesitou ao ver seus amigos ainda inconscientes.

— Pessoal, vamos! Levantem! Temos que passar por ele! – disse o garoto, tentando instigar seus amigos.

— Não adianta – alertou Josafá. – O impacto do meu golpe os deixou desacordados. Pode ser que demorem a recobrar a consciência. É um milagre você ter conseguido continuar de pé.

— Milagre? – Betinho se voltou para o dourado. – Milagre vai acontecer se, após eu te derrotar, você continuar falando demais.

— Está confiante demais – disse o cavaleiro de Ouro. – No entanto, você já foi derrubado duas vezes. O que te faz pensar que vai sobreviver a um terceiro golpe?

— Não há como um mesmo golpe funcionar tantas vezes contra um cavaleiro – afirmou Betinho. – Aliás, se está tão disposto assim a acabar conosco, por que está de braços cruzados?

— Essa postura significa que posso combatê-los dessa maneira – explicou Josafá. – Sem mover sequer os braços.

Impossível! Esse cara tem que ter uma fraqueza. Betinho considerava suas opções; agora já era claro que qualquer ataque frontal seria repelido pela postura defensiva de Josafá.

Tinha que haver uma forma de fazê-lo descruzar os braços... Betinho se viu forçado a testá-lo.

— Não vou deixar você ficar de braços cruzados para sempre – garantiu o jovem cavaleiro de Bronze. – Meteoro de Pégaso!!

Ele atacou disparando seus inúmeros socos contra Josafá, se esforçando ao máximo para manter a velocidade da luz.

Josafá não descruzou os braços, mas, à medida que os golpes de luz de Betinho o atacavam, o cavaleiro de Pégaso começou a notar melhor a movimentação da forte luz que irrompia da armadura quando o cavaleiro de Touro repelia seus ataques.

Então Betinho conseguiu ver algo mais na velocidade da luz: os braços de Josafá se moviam sim, liberando as ondas de choque que ele sentira ao ser repelido das vezes anteriores, mas era um movimento tão rápido que provavelmente não poderia ser visto a olho nu. Talvez o elemento da Luz estivesse ajudando Betinho no momento.

Ele foi repelido outra vez pelas ondas de choque, mas dessa vez, não estava abalado; levantou-se rapidamente e encarou confiante seu adversário.

— Mas o que? – exclamou Josafá, surpreso. – Não é possível que você esteja de pé.

— Também não é possível que você fique o tempo todo sem mexer os braços, não é? – desafiou Betinho. – É... Você não é o único que consegue acompanhar a velocidade da luz – acrescentou ao ver a expressão incrédula no rosto de Josafá.

— Tolo – disse o cavaleiro de Touro. – Assim está apenas apressando a própria morte. Só porque descobriu minha técnica, isso não te dá vantagem nenhuma.

— Pelo contrário! Isso me dá uma vantagem imensa! Pois agora sei seu ponto fraco! – exclamou Betinho.

— Ora, menino... Não fale do que não entende.

Betinho avançou novamente contra Josafá. Como Seiya havia lhe ensinado anos atrás, o ponto fraco de seu inimigo era sua arma mais forte, e, com isso, a vitória só seria alcançada inutilizando tal arma.

— Meteoro de Pégaso!!

Desta vez, os golpes de Betinho iam em direção aos braços de Josafá. Com centenas de golpes atingindo sua postura defensiva, o cavaleiro de Touro não conseguiu suportar manter os braços cruzados.

— Chifre das Sombras!! – Josafá se viu obrigado a revidar quando a velocidade da luz dos golpes de Betinho se intensificou.

O golpe afastou Betinho, mas o cavaleiro de Pégaso não vacilou e continuou atacando o oponente. Josafá era poderoso, mas seu golpe sombrio não era páreo para o elemento da Luz.

E finalmente, após muita persistência, Betinho conseguiu forçar Josafá a desfazer os braços cruzados e o empurrou alguns metros para trás.

— Parece que o subestimei – disse Josafá. – Você é um adversário digno, e como tal, será eliminado. Grande Chifre!!

Josafá manteve os braços erguidos, e as ondas de choque voltaram a irromper de sua luz, porém com uma velocidade muito superior.

Betinho foi arremessado novamente e caiu no chão. Quando se levantou, no entanto, estava sorrindo.

— Qual é a graça? – perguntou Josafá. – Consegue rir antes da própria morte?

— Você não aprende, né? Seu golpe mudou, mas na essência continua o mesmo... Você lançando ondas de choque contra mim. Já devia saber que um golpe não funciona duas vezes contra um cavaleiro!!

— Ora, moleque insolente! Se é o que diz, acabarei com você agora mesmo! Estava indo devagar porque é só um garoto, mas agora minha paciência se esgotou! Grande Chifre!!

Betinho foi de encontro ao golpe. Assim como havia feito quando enfrentou os cavaleiros de Aço, havia uma técnica que poderia neutralizar o golpe de Josafá.

— Cometa de Pégaso!!

Betinho penetrou no turbilhão de ondas de choque do golpe do Touro como um pequeno furacão revolto, buscando o olho da tempestade.

Josafá não percebeu a movimentação do cavaleiro de Pégaso. Quando se deu conta, Betinho já estava sobre ele, tendo trespassado a barreira das ondas de choque do Grande Chifre.

CREK! Num rápido movimento, Betinho cortou o chifre esquerdo do elmo da armadura de Touro com o punho fechado, fazendo Josafá cambalear.

— Rá! Arranquei seu chifre, cavaleiro de Touro! – exclamou Betinho, aterrissando atrás de Josafá.

Josafá conseguiu se manter estável, e se virou para encarar o Pégaso.

— Como ousa quebrar uma parte da armadura de Ouro? Vai ser castigado por isso!

— Você estava pedindo para que eu arrancasse o chifre. Da próxima posso arrancar o outro também!

— Já chega!! Chifre das Sombras!!

— Meteoro de Pégaso!!

Os dois golpes se chocam, mas Betinho consegue aumentar sua luz mais uma vez contra o soco de trevas de Josafá. O cosmo do cavaleiro de Bronze consegue, ainda que só por um instante, dar um salto de nível.

As centenas de fagulhas de luz impelem Josafá para trás, e o cavaleiro de Touro finalmente cede e seus joelhos tocam o chão.

— Já chega, você disse? – Betinho, de pé, observava o cavaleiro de Ouro abatido.

Josafá ergueu penosamente os olhos para ele.

— Seu cosmo... Eu senti, por um ínfimo momento, que o seu cosmo tinha atingido o Sétimo Sentido. Como se chama, garoto?

— Sou Betinho, cavaleiro de Pégaso!!

— Pégaso? – Josafá deu uma risada trovejante. – Eu devia imaginar. Vocês cavaleiros de Bronze sempre são persistentes. Mas Pégaso sempre foi um cavaleiro singular, deveras destemido. Os cavaleiros anteriores dessa constelação também eram assim. Parece-me que você e seus amigos são brasileiros, não?

— Sim, somos...

— Rá, eu devia imaginar. Nós brasileiros sempre somos perseverantes.

— Espere, “nós”?

— Sim, garoto. – Josafá se levantou penosamente, mas não parecia abalado. – Sou cearense macho... Costumo ter o melhor senso de humor entre os cavaleiros, mas, como vocês foram apresentados como oponentes, você não me conheceu no melhor dia.

— Que coisa... Bom, acho que terminamos por aqui. Vai me deixar passar?

— É claro. Parece-me que suas intenções são boas. Seu cosmo não tocaria de leve no Sétimo Sentido se não fossem. Vá em frente... E boa sorte.

Betinho se curvou perante Josafá e se virou para sair. Havia quase alcançado a saída quando ouviu seus amigos gemerem lá atrás.

— Ugh... – Gustavo começou a se levantar. – Cavaleiro de Touro... Nós ainda não desistimos.

— Espere. – Thiago observou Betinho próximo à saída. – Parece que Betinho o derrotou sozinho. Nesse caso, poderemos passar.

Ele e Gustavo ajudaram Matt e Rina a se levantar, mas, assim que fizeram menção de seguir Betinho, Josafá se postou defronte a eles.

— Não. O Pégaso pode passar porque me derrotou. Mas vocês estiveram desacordados esse tempo todo. Não vou permitir que passem sem que me vençam.

— Ei! – exclamou Betinho. – Não seja mau perdedor! É óbvio que, se eu o venci, eles também poderão vencê-lo!!

— Veremos. Se quer chegar logo ao Grande Mestre, Pégaso, antes do fim das doze chamas, sugiro que passe depressa para a próxima casa. Mas seus amigos precisam provar que conseguem enfrentar um Cavaleiro de Ouro.

— OK! A gente topa! – disse Matt. – A gente enfrenta o cavaleiro de Touro enquanto você vai à frente, Betinho. Depressa!

— Mas...

— Isso mesmo, irmão. Você já fez sua parte, já mostrou sua força. Agora é a nossa vez. Vá em frente, nós te alcançaremos depois. Temos que chegar até o Grande Mestre. – Thiago fez sinal para que o irmão se apressasse. – Atena espera por nós!

Betinho olhou para o irmão e seus amigos, e, sem hesitar, se virou para sair da casa de Touro, deixando os outros quatro cavaleiros de Bronze encarando Josafá de Touro.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: O poder do Grande Chifre



Revisão concluída em 06.05.2020



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