— Na... Grécia? – disse Thiago.

— É – disse Tatsumi. – Vocês disseram que o objetivo deles era derrotar Atena... e agora, eles estão na Grécia. Próximos ao Santuário.

— Nossa, depois de rodarem o mundo, eles chegaram... à Grécia – disse Betinho. – O objetivo deles.

— O que eles pretendem? – disse Gustavo.

— Já possuem a Armadura de Libra – disse Tatsumi. – Agora, provavelmente vão tentar invadir o Santuário e tomar a vida de Atena!

— Ora, mas os Cavaleiros de Ouro podem dar conta deles, não é? – disse Rina.

— Claro que podem – disse Tatsumi. – Mas isso só levaria os Cavaleiros de Aço a um fim trágico, e lembrem que eles ainda são discípulos de Ushiô, Daichi e Shô, aliados importantes de Atena. Eles ficariam muito tristes se quarenta de seus pupilos perdessem a vida numa batalha sem sentido. Ainda há esperança de que consigamos fazê-los voltar à razão e serem reformados para o lado das fileiras de Atena. Portanto, vocês devem derrotá-los e, ao mesmo tempo, evitar um derramamento de sangue desnecessário e tentar fazê-los desistir dessa revolta. Os Cavaleiros de Ouro iriam varrer o chão do Santuário com eles, de todo jeito, se ficássemos de braços cruzados e os deixássemos tentar a sorte contra os Cavaleiros mais poderosos do Santuário.

— É mesmo? – disse Isabella.

— Claro – disse Tatsumi. – E se Matt e os outros conseguiram derrotá-los com algum esforço inúmeras vezes, os Cavaleiros de Ouro venceriam eles sem sequer suarem.

Tatsumi se dirigiu à janela e contemplou o pôr do sol. Parecia estar preocupado e ansioso.

— Portanto, Cavaleiros de Bronze – disse ele após alguns instantes de silêncio -, a missão de vocês é deter os Cavaleiros de Aço... e recuperar a Armadura de Libra. – Ele voltou a olhar o lado de fora; o sol estava quase sumindo. – Descansem... Amanhã, terão um dia longo de viagem. Vou encomendar a hospedagem de vocês numa pousada em Atenas, para no dia seguinte irem atrás dos Cavaleiros de Aço.

Tatsumi saiu da sala e voltou alguns segundos, segurando uma caixa pesada e dourada.

— A urna da Armadura de Libra! – disse Matt.

— Para o caso de eles terem desmontado a Armadura – disse Tatsumi. – Isabella irá com vocês, para carregar a urna enquanto vocês lutam. Agora, podem ir jantar, e depois vão se deitar.

Os Cavaleiros de Bronze saíram, um a um, da sala de estar para a de jantar. Isabella ia saindo, mas Tatsumi a deteve.

— Isabella... – disse ele, pensativo. – Quando você irá contar ao Matt e aos outros?

— Na ocasião mais oportuna, Tatsumi – respondeu ela.

— Eles logo vão descobrir – disse Tatsumi. – Você tem tido sorte porque eles saem em missões frequentemente, ainda mais agora...

— Fique calmo, Tatsumi – disse Isabella. – Tenho a impressão de que voltarei dessa viagem com este segredo já revelado.

No dia seguinte, Tatsumi guiou-os até um jato da Fundação que os levaria para a Grécia.

— Boa sorte, Cavaleiros! – disse ele, e o jato levou-os até Atenas, onde eles passaram o dia na pousada que Tatsumi havia dito. Lá, receberam uma carta dos Cavaleiros de Aço, que os convidavam a lutar pela Armadura de Libra perto das Montanhas de Pindo.

— Ainda vamos sair dessa, Isabella – disse Matt. Ela sorriu e o abraçou.

No dia seguinte à chegada, os Cavaleiros de Bronze chegaram ao local combinado pelos Cavaleiros de Aço, na base da cordilheira Pindo. Havia uma estrada que parecia levar até o fundo da base. Eles começaram a atravessar, mas uma voz disse:

— Esperem, Cavaleiros de Bronze!