New Legends - Cavaleiros do Zodíaco escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 16
O gelo das trevas!


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente. Desculpem a demora em postar.


Thiago de Cisne mostra o verdadeiro poder do gelo na batalha contra o Cisne Negro.



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Como ele era parecido com o Seiya, pensou Betinho, ligeiramente assustado, ao deixar a cena de confronto com o Pégaso Negro rumo ao interior da floresta. Decidiu afastar esse pensamento. Não o ajudaria nem um pouco a se concentrar caso tivesse que enfrentar novos desafios.

Infelizmente, aquela seria apenas a primeira das coincidências.

...

...

...

Centenas de metros à frente de Betinho, os demais cavaleiros de Bronze se embrenhavam cada vez mais no bosque do sopé da montanha. Pareciam estar chegando ao fim da floresta; um vento gelado, de aspecto semi-glacial, atravessava as árvores ao encontro deles.

Então o vento ficou mais agressivo e mais cortante. Cristais de gelo surgiram de todos os lados, arranhando a pele dos cavaleiros.

— Thiago – disse Gustavo, cauteloso. – Se isso for coisa sua...

— Não – retrucou Thiago. – Na terra onde treinei o vento é parecido com este, mas esses cristais...

Ele agitou a mão. Mais cristais surgiram no ar, com tons prateados, afastando os cristais que apareceram antes, que eram negros.

Então, o vento ficou tão forte que cortou algumas árvores com a força de uma motosserra. Um cavaleiro negro surgiu na copa de uma árvore, contemplando o grupo. Sua armadura era muito semelhante à de Cisne. Tinha cabelos longos e revoltos, escuros com mechas louras,e olhos verdes.

— Bem-vindos, cavaleiros de Bronze – disse ele em tom solene. – Vejo que conseguiram suportar meu ar gelado até agora, mas não posso permitir a passagem de vocês. Sou Jido de Cisne Negro, dos Quatro Veteranos.

Thiago deu um passo à frente.

— Então serei seu adversário. Sou Thiago de Cisne. Posso superar seu ar gelado sem dificuldade.

Jido ergueu uma sobrancelha.

— É mesmo? É convencido, rapaz. Lembra um pouco o seu mestre, que me derrotou. Vejo que posso me vingar agora, derrotando você.

— Então, passem – disse Thiago aos outros. – Deixem-no comigo!

Rina, Gustavo e Matt correram para longe do bosque. Jido tentou impedi-los, mas Thiago o cercou com seu próprio ar frio. Gustavo gritou:

— Cuidado, Thiago! – Mas o vento abafou sua voz.

Jido sacudiu as mãos e desfez a cortina de vento criado por Thiago. Ele desceu para o solo, carregado por sua própria corrente de ar, e investiu contra o rapaz.

Nevasca Negra!!

O vento se solidificou como uma parede de gelo e atacou Thiago. Foi tão rápido que ele mal teve tempo de desviar.

Contudo, se segurou. Resistiu aos ventos, com as mãos erguidas na direção do Cisne Negro, que não parecia acreditar que Thiago conseguia aguentar seu golpe, mas que continuava forçando o ar gelado em direção ao oponente.

Thiago se concentrou. Hyoga já havia vencido aquele cavaleiro. Era preciso encontrar um meio de neutralizá-lo.

Ele forçou seu cosmo a chamar seu próprio vento, para superar o vento de Jido. Ainda com as mãos estendidas, ele sentiu o ar começar a envolvê-lo, concentrando-se em suas mãos e se opondo à corrente gélida do inimigo.

— Tolo! Este é meu território; não vai conseguir que o vento se volte contra mim! – bradou Jido.

— O seu vento, não – concordou Thiago. – Por isso é melhor convocar um novo vento.

Ele sentiu que já tinha ar em quantidade suficiente. Soltou seu cosmo.

Pó de Diamante!!

O ar mudou completamente de direção, como se todos os ventos do Japão avançassem contra o Cisne Negro. Jido foi lançado contra as árvores restantes, caindo na terra enquanto os troncos desabavam sobre ele.

O vento cessou. Thiago foi em direção do inimigo caído, e ouviu Jido gemer, enquanto caminhava para fora do bosque:

— Não acabou, Cisne. O poder de Marte vai envolver você e seus companheiros...

...

...

...

Vários quilômetros ao sul dali, Bore Sutto retornava apressadamente para seu veículo, no estacionamento da arena. Agora que a Guerra Galáctica estava, para todos os efeitos, encerrada, Bore precisava relaxar. Provavelmente, seu próximo destino seria um belo resort no sul, ou mesmo em outro país, para que pudesse aliviar a tensão dos eventos finais da competição.

Assim que alcançou o veículo, uma voz o sobressaltou.

— Aonde está indo com tanta pressa, meu caro?

Tentando se recuperar do susto, o comentarista esportivo olhou para os lados, e localizou um jovem familiar encostado em um veículo vizinho. Era o prof. Rudolf Fontes, novamente.

Bore suspirou. Pelo jeito, minha noite ainda vai render algumas emoções.

— Quer me matar do coração, menino? - disse ele, ainda ofegante. - Ainda nem me recuperei daquela luta dos Cavaleiros de Bronze contra aquele lunático  e...

— Ah, sim, perdoe minha chegada repentina. Realmente, aquele desfecho pegou todos nós de surpresa - comentou Rudolf. - Os jovens Cavaleiros de Bronze realmente conquistaram a admiração de todos nós, não é mesmo?

— Hã, sim, claro...

— E tinham que ser brasileiros. Só me fez sentir mais orgulho deles. Tudo bem que, até onde sei, eles passaram anos treinando em outros lugares e nunca mais voltaram ao Brasil, mas mesmo assim é bom saber que tenho algo em comum com eles. E agora, essa treta com os Cavaleiros Negros e as armaduras de Ouro roubadas... Provavelmente eles terão ainda muito trabalho pela frente.

— Hã, é, com toda certeza. Mas, Rudolf, eu realmente preciso ir. Tenho um compromisso urgente e preciso me deslocar ao aeroporto o quanto antes.

Rudolf fitou a limusine do comentarista. Em seguida, voltou a encarar o homem mais velho.

— Realmente, você parece mesmo com pressa. Vá em paz, meu amigo. A gente se vê por aí. Enquanto isso... vou ver o que mais consigo descobrir sobre esses incríveis cavaleiros.

Rudolf acenou levemente para Bore e saiu andando em direção à saída do estacionamento.

Já farto daquela semana intensa, o comentarista entrou em sua limusine e mandou o motorista correr para o aeroporto. Estava decidido; enquanto os cavaleiros e, principalmente, Rudolf ainda estivessem no Japão, Bore não ficaria no país. Talvez Cingapura fosse uma boa opção para suas férias "forçadas" que estavam prestes a começar.

...

...

...

Espreitando nas sombras do estacionamento, Rudolf contemplava a imponente arena, agora vazia. Esperou até que o carro de Bore tivesse saído de vista, para se dirigir ao automóvel que havia alugado.

— Tatsumi se esquivou de mim mais uma vez. Bore não vai mais querer compartilhar nenhuma informação comigo, depois desse desfecho extravagante do torneio - ponderava ele em seus pensamentos. - Uma pena. Pelo jeito, terei que continuar minha pesquisa por mim mesmo. Mas não se preocupe, Bore. Quando eu tiver descoberto o suficiente, você será um dos primeiros a saber. Tatsumi também não vai conseguir se esconder de mim para sempre.

Ele fitou o horizonte, na direção do Monte Fuji. Ele entreouvira alguns funcionários da Fundação Graad presentes na arena mencionando que um ônibus da Fundação estaria se dirigindo à montanha naquele momento. Provavelmente, os cavaleiros iriam para lá nesse ônibus. Que a sorte esteja ao lado de vocês, pensou o historiador. Talvez eles estivessem no encalço dos tais Cavaleiros Negros que haviam aparecido mais cedo.

— Que belo espetáculo vocês nos proporcionaram, Cavaleiros de Bronze - dizia Rudolf para si mesmo, enquanto entrava no carro. - Espero que continuem sendo esses valorosos guerreiros que demonstraram ser nesse torneio. E quanto a Tatsumi, Bore, e o resto do mundo... me aguardem. O povo precisa conhecer seus verdadeiros defensores. Tenho alguns amigos lá na Inglaterra que irão adorar saber sobre tudo isso. No momento certo... a identidade dos Cavaleiros de Atena não será mais desconhecida pela população mundial.


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Notas finais do capítulo

E agora, quando será que teremos Rudolf surgindo novamente?


Obrigado pela leitura!



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