New Legends - Cavaleiros do Zodíaco escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 1
A chegada dos novos cavaleiros


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, esse é o primeiro capítulo da fanfic, espero que gostem e acompanhem por favor, Obrigado!

Dez novos cavaleiros de Bronze chegam à Fundação Graad e se apresentam ao serviço diante de Tatsumi.



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Naquela típica tarde japonesa, Tokumaru Tatsumi contemplava o pôr do sol de Tóquio. De pé em frente à imponente Fundação Graad, ele esperava a chegada dos novos cavaleiros de bronze que recentemente haviam terminado seus treinamentos. Saori há muito renunciara por completo à sua vida humana e se dedicava exclusivamente ao Santuário como Atena. Assim, Tatsumi administrava a Fundação, que havia se tornado uma espécie de filial do Santuário. Aspirantes a cavaleiros eram escolhidos e instruídos ali, e de lá eram mandados para diversos lugares pelo mundo para conseguirem suas armaduras.

Saori, ou melhor, Atena havia dito a Tatsumi que o Santuário iria precisar mais cedo ou mais tarde de novos cavaleiros, e que os cavaleiros dispersos pelo mundo precisavam ser reunidos. Tatsumi, como novo presidente da Fundação, ficou curioso sobre as razões de a deusa pedir que ele recrutasse mais cavaleiros, mas ela se limitou a dizer que “a ordem do cosmo estava muito instável” e que o Santuário precisava estar preparado para qualquer nova ameaça.

Era sabido que o Santuário precisava de mais cavaleiros. A última Guerra Santa havia abalado o local dos cavaleiros de forma profunda. Muitos guerreiros corajosos haviam perecido em combate, e os sobreviventes preferiam viver isoladamente e visitavam o Santuário com pouca frequência. Seiya e os demais ex-cavaleiros de bronze eram agora Cavaleiros de Ouro e de Prata, e há muito não moravam mais no Santuário. Contudo, foram eles os primeiros que Atena escolhera para treinar novos cavaleiros, e eles foram os primeiros a receber a missão. E os novos soldados da deusa iriam servi-la vestindo justamente as armaduras que haviam pertencido a Seiya e seus amigos. A Guerra Santa havia terminado há cerca de três décadas, mas a tensão entre os deuses olimpianos ainda não havia se dissipado por completo.

Duas limusines pretas com o selo da Fundação atravessaram os portões e estacionaram em frente a Tatsumi. “Até que enfim”, pensou o CEO da Fundação. Buscou no bolso do terno a lista que lhe fora enviada mais cedo por e-mail com os nomes dos novos cavaleiros. Houve muitos aspirantes, mas apenas estes haviam se tornado cavaleiros de bronze. Os demais teriam que reiniciar o treinamento ou então se transferir para a divisão dos cavaleiros de aço. Sem falar naqueles que haviam morrido durante o treinamento.

Algo na lista chamou a atenção do chefe da Fundação. “Todos esses garotos são brasileiros”? Coçou a testa. “Aquele país cresce rápido mesmo. Mas como vou me comunicar com eles? Não falo português e nem ao menos sei se eles falam meu idioma!”

As portas do banco da frente dos dois carros se abriram. Ambos eram guiados por um agente da Fundação, enquanto outro agente ia ao banco do passageiro. Dois agentes desceram das viaturas e foram até Tatsumi.

— Senhor, trouxemos os jovens – anunciou um deles.

— Hm, ótimo – retrucou o CEO. – Antes de eles saírem dos carros, tenho algo para tratar com vocês.

Um dos agentes fez sinal para os pilotos não deixarem os garotos saírem dos carros.

— A menos que eu esteja com problemas de vista, a lista informa que todos os aprovados que estão aí são brasileiros – disse Tatsumi. – Eu não falo português, cavalheiros, e, no entanto, tenho que me comunicar com esses jovens, agora.

— Isso não será problema, senhor – disse o outro agente. – Durante os treinamentos, os aspirantes foram deslocados para vários locais do mundo, o que os obrigou a aprenderem as línguas locais de seus locais de treinamento, bem como os idiomas requisitados pela Fundação. Logo, eles se tornaram fluentes em japonês e inglês, assim como em grego, por precaução.

— Entendo – disse Tatsumi. – Isso melhora a situação. Já devem estar a par de que esses jovens serão deslocados para mais uma etapa de preparação, cavalheiros.

— Perfeitamente – disse o outro agente. – O diretor da divisão japonesa da Fundação nos deixou a par da situação.

— Ótimo. Os senhores agora devem se dirigir ao Coliseu para reforçar os preparativos. Já receberam as instruções?

Os dois agentes assentiram.

— Agora me tragam os jovens.

...

...

Dez jovens desceram dos carros da Fundação e se postaram em frente a Tatsumi. Os agentes pilotos cederam os volantes a seus colegas, que rumaram para os portões da mansão, enquanto os pilotos permaneciam em seu lugar, ao lado de Tatsumi.

O CEO da fundação era um senhor de meia-idade, mas com aspecto de idoso, como se já tivesse visto um pouco de tudo que um ser humano podia ver em sua vida. Tatsumi era careca desde a juventude, tinha uma pele morena, herança de seus antepassados do Sudeste Asiático, e olhos castanhos muito vivos, com os quais esquadrinhou os dez novos cavaleiros. Lembrou-se das orientações de Atena. A missão para com aqueles jovens era simples. Eram nove garotos e uma garota. “Pelo menos vão dormir em quartos separados”, refletiu.

— Bem-vindos à Fundação Graad – anunciou ele, em inglês, para os jovens. Pigarreou e continuou: - Sou Tokumaru Tatsumi, diretor-presidente. Vocês são os dez jovens que juraram servir à deusa Atena como seus cavaleiros, e estão aqui para algo que pode ser considerado como a parte final de seu treinamento. Se tiverem alguma pergunta, este é o momento certo para fazerem-na.

Para surpresa de Tatsumi, todos os jovens ergueram as mãos. A boa notícia era que estavam entendendo-o perfeitamente; a má era que não havia sido claro em sua mensagem. Apressadamente, ele escolheu um dos meninos e fez sinal para que falasse.

— Pensei que nosso treinamento já tivesse terminado.

— O treinamento para obter a armadura já foi concluído – esclareceu o CEO. – O que vocês enfrentarão aqui durante esta semana será uma confirmação de que seus mentores não os ensinaram em vão. A nossa deusa requer que os cavaleiros sejam capazes de provar seu valor antes de finalmente serem designados para o Santuário.

Os jovens ainda não pareciam satisfeitos e continuaram com as mãos erguidas. Dirigindo-se a todos eles, Tatsumi disse:

— Todas as suas dúvidas serão esclarecidas em uma série de entrevistas que farei com todos vocês amanhã, antes de nosso evento.

Os novos cavaleiros não pareciam dispostos a abaixar as mãos, mas Tatsumi deu as costas ao grupo e chamou alguém de dentro da mansão.

— Isabella!

Uma moça saiu de dentro da mansão, vestindo uma espécie de uniforme rendado em preto e branco. Era de estatura média, tinha cabelos castanhos com mechas louras e uma pele alvíssima, e olhos castanho-esverdeados brilhantes.

— Senhor Tatsumi?

— Por favor, conduza os jovens cavaleiros aos seus quartos. – Em seguida, ele se voltou para os cavaleiros. – Minha assistente irá levá-los aos quartos onde passarão esta semana. Hoje vocês estão livres para usar as dependências da mansão, e não se esqueçam de comparecer ao jantar. Amanhã, nossas entrevistas começarão após o café da manhã, e no dia seguinte, vocês serão conduzidos ao Coliseu Graad para nosso evento. Qualquer dúvida será esclarecida amanhã durante as nossas entrevistas e, se precisarem de algo, podem chamar um de nossos agentes, a minha assistente ou a mim. Podem falar em japonês ou em inglês que serão perfeitamente compreendidos.

Os cavaleiros fizeram sinal de compreensão e começaram a se dirigir para o interior da mansão. Tatsumi sorriu consigo mesmo. “Nenhum deles terá coragem para falar em japonês. Nosso idioma é honrado e esses garotos são demasiado jovens, ainda nem assumiram suas verdadeiras responsabilidades.”

Mal havia concluído essa linha de pensamento, a única garota do grupo postou-se defronte a ele e chamou-o pelo nome.

— Com licença, senhor Tatsumi? – ela falou em japonês, o que surpreendeu profundamente o diretor da Fundação. Sem demonstrar o susto, ele abaixou os olhos para a menina e respondeu em japonês para manter a dignidade.

— Pois não?

— Com todo o respeito, senhor, eu reparei que alguns dos meus colegas têm graus de parentesco entre si, o que me leva a crer que alguns poderiam dividir quartos, para ocupar menos espaço de sua mansão.

Tatsumi ponderou sobre isso. A atitude da menina não parecia suspeita, apesar de ela ter parecido simpática demais. Os cavaleiros estavam quase entrando na mansão.

— Um momento, jovens – chamou o diretor, em inglês. – Pelo que me parece, alguns de vocês são parentes. Quais de vocês os são?

— Ele é meu primo – disse um dos jovens, segurando o ombro do primo.

— Somos cinco primos – disse outro garoto, e seus quatro primos se juntaram a ele.

— Somos irmãos – disseram os outros dois cavaleiros.

— Ótimo. Acho que seria melhor para todos se os parentes dividissem as instalações. Temos quartos para dois, três, quatro, cinco pessoas nesta mansão, portanto não tem com o que se preocuparem.

Curiosamente, a garota que falara em japonês com Tatsumi era a única sem parentes. Pela expressão, ela tentava parecer indiferente à situação, mas era como se escondesse alguma mágoa interna.

Tatsumi dispensou os cavaleiros e lembrou-lhes novamente de descerem para o jantar na hora certa. Eles seguiram Isabella, a assistente, em grupos, rumo a seus quartos, conversando timidamente enquanto saíam da presença do diretor.


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Notas finais do capítulo

Valeu pela leitura.



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