Pouco Além (A Harry Potter Story) escrita por Phoenix M Marques W MWU 27


Capítulo 4
Dezoito Anos


Notas iniciais do capítulo

Olá gente aqui vai mais um capitulo. Nos vemos lá em baixo!

Enquanto todos se preparam para celebrar o aniversário de Harry, o menino da cicatriz continua se indagando o que Matt Stick pode estar escondendo dele.



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Harry continuou atento aos passos de Matt nos dias seguintes, tentando encurralar o amigo nas horas que ele passava na Toca – pois ele saía por volta das 08h para trabalhar no gabinete do Primeiro-Ministro e só voltava às 15h. O mesmo se aplicava a Thaila e Percy, que também pareciam partilhar o mesmo segredo de Matt. E aparentemente o casal Weasley também já havia tomado conhecimento sobre o assunto.

A tensão dele só foi momentaneamente quebrada quando Hermione chegou à Toca, uma semana depois da chegada de Harry. A garota parecia exausta, mas feliz. Rony ficou realmente aliviado ao vê-la; abraçou-a carinhosamente e trocou um rápido beijo com ela.

— Logo assim? – indagou Hermione, mas não pareceu fazer objeção.

Harry e Rony ajudaram-na a trazer suas coisas para o quarto de Gina, onde a ruiva e Thaila já estavam acomodadas.

— Não é muito espaçoso, mas acho que elas vão ficar confortáveis – disse Gina a Harry quando Hermione se instalou. Uma vez que a garota já estava acomodada, Harry, Rony e Gina não perderam tempo em arrastá-la para o quarto de Rony para conversarem.

Hermione contou os detalhes de sua viagem, os países por onde passara despercebida, usando a magia quando necessário (Harry e Rony não conseguiam acreditar em boa parte das coisas que ela dizia ter feito). Por fim, contou como achara os pais e como os fizera recuperar a memória.

— E aí, o Ministério da Magia apareceu uns dois dias depois e nos ajudou com o retorno – finalizou.

Por sua vez, Harry não perdeu tempo e contou a Hermione a conversa estranha que ele, Gina e Rony haviam entreouvido na sala da Toca. A garota mostrou-se surpresa.

— Será que tem algo a ver com Voldemort? – ela arriscou após ouvir a narrativa de Harry.

— Não pode ser – disse Rony, sentado com Harry na cama deste. – Ele está morto e enterrado em Hogwarts.

— Ainda assim, Matt está agindo estranhamente desde que o trimestre letivo terminou – disse Harry, parando para pensar. – Deve ter algum motivo para ele querer que eu fosse ficar duas semanas com os Dursley.

Os quatro especulavam o que Matt poderia estar escondendo. Harry imaginava que era um assunto sigiloso do Ministério, uma vez que Kingsley, Thaila e Percy também estavam envolvidos, e até o Sr. Weasley parecia preocupado. Nenhum dos ponteiros do relógio da família Weasley, porém, estava indicando “perigo mortal”.

Porém, ele não teve muito tempo para pensar no assunto nem em imaginar como fazer Matt abrir o jogo. Seu aniversário de 18 anos estava próximo, e a Sra. Weasley continuava preocupada, mas dessa vez era com os preparativos da festa, e se esforçava para manter todos aqueles que não estavam trabalhando ocupados arrumando a casa. Rony recebia ordens de limpar o quarto pelo menos três vezes ao dia. Para completar, todo dia a Sra. Weasley recebia uma visita quando o marido, Percy, Matt e Thaila saíam para o trabalho. Bill e Fleur tinham insistido em contratar o mesmo serviço de tendas usado no casamento deles para trabalhar na festa de Harry; Charlie, que chegara da Romênia, ocupou o quarto vazio de Jorge; Rúbeo Hagrid montara uma barraca próxima à Toca, pois era muito grande para dormir na casa, e todo dia almoçava e jantava com os ocupantes da casa; Kingsley Shacklebolt veio parabenizar Harry, Rony e Hermione pelos resultados do N.I.E.M e desejar-lhes boa sorte no curso intensivo do Ministério que se aproximava; Jorge recomendou que visitassem a Gemialidades Weasley para ver seus novos produtos, e ganhou um abraço apertado da mãe quando informou a todos que ia se casar com Angelina Johnson; Luna e Xenofílio Lovegood tinham vido mostrar sua nova criação de Mini-Pufes (Jorge, que estava na Toca nesse dia, se mostrara muito interessado e puxou uma conversa com Xenofílio sobre os filhotes).

Harry recordou-se dos preparativos para o casamento de Bill e Fleur há um ano; a única diferença era que a festa era para ele. Ele só tinha oportunidade de falar com Rony e Hermione à noite, mas os três chegavam a essa hora do dia fatalmente exaustos. Em compensação, a maioria de suas tarefas era feita com Gina, e ele tinha alguém com extrapolar suas idéias.

Ele também reparou que era comum Hagrid e Matt ficarem conversando aos cochichos quando não havia ninguém por perto. Harry sabia que os dois eram amigos de longa data, mas não conseguia imaginar por que Matt resolvera divulgar o tal segredo com Hagrid e não com ele. Agora tinha mais vontade de buscar um particular com o auror, mas isso também estava difícil, porque ou Matt conseguira se tornar hábil em Adivinhação para prever os passos de Harry, ou ele conseguira combinar sua Legilimência com um bom Feitiço de Desilusão para sumir de vista quando Harry aparecia.

Somente três dias depois da chegada de Hermione, foi que surgiu para Harry a chance de uma conversa com Matt. Ele terminara rapidamente de limpar a cozinha, quando ouviu passos descerem a escada. Agilmente, Harry escondeu-se atrás da mesa, evitando fazer qualquer barulho que fosse. Para sua satisfação, viu que os passos eram de Matt. Quando o auror pôs os pés na cozinha, Harry saiu de seu esconderijo.

— Olá, Matt – disse ele.

Matt se espantou ao ver Harry, mas não fez menção de sair da cozinha. Pelo contrário, ficou parado encarando Harry.

— Céus, Harry. Por que estava escondido? – indagou Matt, tentando agir normalmente.

— Não dá pra esperar mais, Matt – disse Harry. – Você não está sendo franco comigo.

— É verdade, é verdade – disse Matt em tom de desculpa. – Nem eu nem Hagrid, não é?

Harry ficou momentaneamente desconcertado.

— Ãh... O que Hagrid tem a ver com isso? – perguntou Harry.

— Eu percebi que vocês nos viu conversando outro dia – disse Matt. – Achei que isso o tivesse deixado intrigado.

— Ah, bem, é verdade, mas...

— Não precisa se preocupar – interrompeu Matt antes que Harry pudesse organizar o raciocínio. – É que eu e ele estamos combinando, acertando alguns detalhes sobre o seu presente. De aniversário, sabe.

— Ah, bom, eu... Nem sei o que dizer...

— Hagrid estava cheio de idéias excêntricas no começo, sabe, mas aí decidimos que vamos preparar seu presente juntos. Será algo que vai te alegrar.

Harry não encontrou palavras para responder. Esqueceu-se momentaneamente do motivo pelo qual queria conversar com Matt.

— Bom, Harry, se me dá licença, prometi que iria visitar o Bill hoje – disse Matt rispidamente. – A gente se vê depois.

— Certo – disse Harry sem pensar, olhando enquanto Matt se apressava em sair da cozinha. Só quando ouviu o estalo da desaparatação do amigo lá fora foi que se lembrou do que queria perguntar a Matt. – Droga! – xingou ele, atirando o esfregão na pia.

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Dois dias antes do aniversário de Harry, a Toca finalmente estava pronta para a festa. Não havia sujeira a não ser no quarto de Rony e as taças e pratos reluziam. A Sra. Weasley os proibira de usar magia para que Harry e Rony não caíssem na tentação de fazerem tudo levitar, correndo o risco de quebrar os talheres e as taças.

A tenda do lado de fora já estava armada, pronta para a festa de 31 de julho. Harry, Rony e Hermione puderam finalmente tirar uma folga de verdade da limpeza da casa. No quarto de Rony, Harry se apressou em contar como Matt escapara dele na cozinha para os amigos.

— Visitar o Bill – disse Rony, incrédulo. – É mais provável que ele tenha ido comprar um terno novo.

Não era comum Rony criticar Matt; a gravidade da situação era tamanha a ponto de quebrar a rotina deles.

“Desgraçados”, disse Rony, ainda expressando sua implicância com Matt. “Ele, a Thaila e o Percy. Tem alguma coisa muito séria acontecendo, tá na cara, e eles querem esconder da gente!! O que eles pensam que somos?, crianças?”

— Decididamente eles deviam nos dar mais confiança – disse Hermione, também aborrecida com os amigos mais velhos. – Afinal fomos nós que encontramos e destruímos as Horcruxes!

— Cá entre nós, nada que esteja preocupando eles pode ser pior do que Voldemort – argumentou Harry -, não é?

— Não que eu saiba – disse Hermione. – Os Segredos das Artes mais Tenebrosas não citam nada mais perigoso do que a divisão da alma e a criação de Horcruxes, nem do que as Maldições Imperdoáveis.

— Vamos fazer o seguinte – começou Harry. – Essa história não vai passar do meu aniversário, OK?

Os dois assentiram.

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Finalmente chegou o dia da festa de Harry. Além do casal Weasley, de Gina, Percy, Rony, Hermione, Matt, Thaila e Charlie, estiveram presentes Bill e Fleur, Luna e Xenofílio, Neville Longbottom e a avó, Jorge e Angelina Johnson, Hagrid, Elifas Doge (que voltara do exílio) e vários ex-colegas de Harry em Hogwarts.

Harry usava um traje a rigor mais elegante do que aquele que usara no casamento de Bill e Fleur. Falava com todos à entrada da tenda com formalidade, ainda esperando o momento certo para chamar Rony e Hermione e irem falar com Matt.

Kingsley Shacklebolt surpreendeu a todos ao aparecer entre os convidados e apresentar suas congratulações a Harry. Após Kingsley se afastar pra conversar com Matt e Thaila, o garoto olhou de esguelha para Rony e Hermione. Os dois disfarçavam perfeitamente: dançavam animadamente ao som da orquestra contratada pelos Weasley (a situação financeira deles melhorara razoavelmente e eles se permitiam a pequenos luxos). Harry viu Gina sentada, à sua espera, observando a valsa de Rony e Hermione, usando um lindo vestido branco. Harry achou-a parecida com a noiva de um príncipe.

Depois olhou para o casal Stick. Matt e Thaila conversavam animadamente com Bill e Fleur. O auror usava o mesmo terno do dia em que fora buscar Harry na Rua dos Alfeneiros; a noiva dele usava um vestido decotado cinza e prendera o longo cabelo negro num pequeno coque. Pela primeira vez em dias os dois não pareciam preocupados; Harry notou que eles tinham tomado o cuidado de sentarem longe de Percy.

Quando todos os convidados haviam chegado, Harry foi dançar com Gina, com mais ânimo do que quando tivera que dançar no Baile de Inverno. Foram dançar ao lado de Rony e Hermione; Harry aproveitou para cochichar com os dois, uma vez que não havia ninguém percebendo a conversa deles e que não fazia sentido ocultar o plano de Gina. Harry ocasionalmente lançava olhares à mesa de Matt.

Quando chegou à hora de partirem o bolo, porém, antes de Harry conseguir abrir espaço entre os convidados, Hagrid e Matt conseguiram inexplicavelmente passar por todo mundo e se postarem atrás do bolo. Havia uma mesa atrás dos dois com um pano que ocultava algo fino, reto e longo. Thaila se acomodara numa cadeira próxima deles. Matt havia conjurado um microfone.

— Um momento, por favor... – disse Matt ao objeto enfeitiçado. – Nós, Matt Stick e Rúbeo Hagrid, pedimos a atenção de todos.

Os que dançavam, pararam de dançar; os que comiam, pousaram os talheres; os que bebiam, baixaram as taças; os que conversavam, cessaram de falar, atentos a Matt e Hagrid.

— É com imenso prazer – continuou Matt -, que apresentamos aos convidados aqui presentes nosso presente de aniversário a Harry Potter.

Hagrid ergueu o pano branco e Matt acenou com a varinha. O objeto fino se abriu, revelando um telão. Matt fez outro aceno com a varinha e o telão começou a mostrar imagens.

Harry quase chorou de emoção. Os dois amigos tinham feito um vídeo com pessoas conhecidas de Harry, a maioria delas presente na festa, em que elas falavam do garoto e de suas qualidades. Também mostravam cenas dos anos que Harry passara em Hogwarts, inclusive quando voltara da caça às Horcruxes. Até os professores de Hogwarts apareciam no vídeo, para parabenizar Harry e agradecê-lo por ter salvado a escola e o mundo bruxo.

Harry esqueceu-se momentaneamente da mágoa com Matt quando o amigo veio cumprimentá-lo e perguntar o que ele achara do vídeo. Quando, porém, o garoto partiu o bolo e deu um pedaço a Gina, seu olhar encontrou o do auror, amável, e Harry decidiu o que fazer no dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Hello gente, só avisando que fiz esse presente de aniver pro Harry baseado num mesmo presente que recebi na minha festa de 15 anos. Valeu a todos por lerem. Até a proxima!



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